Retrospectiva Literária 2020

em quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Esse 2020 foi tão louco que eu me peguei nos últimos dias do ano fazendo um exercício para lá de prazeroso: relembrar os melhores momentos.

Sim, eles existiram. Pode não ter sido nas áreas que a gente gostaria (aí, ANVISA, dá para agilizar essa vacina, querida?), mas no frigir dos ovos, é sempre possível encontrar algo para apreciar nesse ano turbulento.

Especialmente, em se tratando do nosso Admirável Mundo Inventado. Se a realidade não está colaborando, o jeito é se apaixonar cada vez mais pela ficção.

Assim, sem mais delongas, trago aqui duas retrospectivas especiais desse 2020. Começando pela Retrospectiva Literária.

Eis o top 5 dos melhores livros lidos esse ano (só os inéditos):

📚 Cartas Na Mesa [Agatha Christie] – Até o presente momento este é o meu favorito da autora, embora não figure entre seus livros mais famosos. Este volume reúne quatro de seus icônicos detetives: Hercules Poirot, o mais famoso; Ariadne Oliver, que protagoniza vários outros livros da autora; Coronel Race, que reaparece em outros livros mais famosos, como Morte No Nilo; e o Superintendente Battle, que também aparece em outras histórias. Juntos, esses personagens precisam desvendar o homicídio do extravagante Sr. Shaitana, durante uma festa em sua casa. O crime foi cometido “em público”, todavia, descobrir o assassino se revela tão intrincado quanto o jogo de cartas que os distraiu no momento do crime.

 

📚 A Bela e a Fera [Elizabeth Rudnick] – Uma grata surpresa entre os inúmeros livros publicados pela Disney, e baseados em seus filmes mais recentes. Apesar de ser, teoricamente, a mesma história que vimos no filme live action de 2017, protagonizado por Emma Watson e Dan Stevens, esse romance é tão envolvente, que foi como se eu estivesse tendo contato com a história pela primeira vez. Simplesmente fantástico.

Confira a resenha completa aqui.

 

📚 Desencantada – Entregando-se Aos Segredos do Amor [Carina Rissi] – É redundante colocar um livro da Carina Rissi – e, especialmente, da série Perdida –, entre os meus favoritos do ano, mas também é inevitável. Uma abordagem bacana que a autora estabeleceu nessa série foi dedicar alguns livros a personagens que foram coadjuvantes no início da história. Tivemos os dois primeiros livros focados na Sofia, o terceiro no Ian, o quarto na Elisa, e esse é o da Valentina, que, teoricamente, seria carta fora do baralho, depois de ter se mudado com a família para o Rio Grande do Sul nos capítulos anteriores, se a Carina Rissi não fosse essa autora sensacional, e, ouso dizer, onipresente em suas histórias. E aqui entre nós, Valentina é uma personagem por quem eu não daria nada nos livros anteriores, mas gostei mais do livro dela do que do da Elisa.

Resenha aqui.

 

📚 Anjos & Demônios [Dan Brown] – Desconfio que se esse livro tivesse tido uma repercussão maior na época em que foi lançado, o autor não teria se dado o trabalho de escrever O Código Da Vinci, já que os dois livros giram em torno do mesmo tema: alienação e fanatismo religioso. E preciso admitir que gostei mais desse, embora O Código Da Vinci também tenha sido bom. A história é conhecida, virou filme com o Tom Hanks, então, não é preciso resumir; basta dizer que é um livro essencial para quem, mesmo abraçando a fé, se recusa a desprezar a ciência. Afinal de contas, as duas contam essencialmente a mesma história, só que em linguagens diferentes.


📚 Aladim [Yasmine Seale & Paulo Lemos Horta] – O clássico. A história mais conhecida do Livro das Mil e Uma Noites, mesmo sem ter feito parte dos manuscritos originais. Yasmine Seale fez um trabalho primoroso ao recontar essa história, com riqueza de detalhes, expandindo a mitologia de Aladim e sua lâmpada maravilhosa numa obra que merece ser aplaudida de pé.

Resenha em breve, mas aqui no blog tem a review de um desenho japonês, de 1982, baseado no conto original de Antoine Galland.

São pouquíssimos livros lidos esse ano que eu posso dizer que não gostei. E mesmo essa afirmação não está livre de méritos. Não sou adepta do abandono de livros pela metade, então, mesmo que eu não me identifique ou não simpatize muito com a história, acabo lendo até o fim – mesmo que demore mais de um mês para terminar, enquanto emprego mais tempo em leituras mais prazerosas.

Eis aqueles que não conseguiram me conquistar (será só um top 3, mesmo):

📚 O Observatório [Emily Grayson] – A história de duas irmãs gêmeas com uma rivalidade antiga, que acabaram mais ou menos se unindo por causa de uma tragédia. A história é lenta e um tanto crua. Achei que a autora precisava desenvolver melhor a identidade dos personagens. Faltou também um pretexto mais significativo para contextualizar a tal rivalidade entre as irmãs. A impressão que ficou, foi a de que faltou diálogo, e que as duas não tinham qualquer motivo para não se entenderem, elas apenas nunca se deram uma oportunidade para se conhecerem melhor e criar alguma afinidade. O romance que se desenvolve ao longo da história no tal observatório também não me convenceu. Faltou química no casal principal.

📚 À Primeira Vista [Luanne Rice] – Um caso parecido com o anterior: Martin Cartier tinha uma relação tensa com o pai, e, embora o motivo dele seja claro e relativamente justificável, achei um pouco exagerado ficarem batendo tanto nessa tecla. O romance dele com May também aconteceu numa velocidade surreal demais para me convencer, e ainda havia uma trama mal elaborada sobre um dom especial da filha dela, Kylie. Ficou claro que a menina via anjos, mas no início do livro a autora deu a entender que havia algo mais nessa história, já que a família de May acreditava em magia, mas essa trama se perdeu no caminho. A rivalidade de Martin com o goleiro do time de hóquei rival também soou antiesportiva demais para ser verdade. Eles pareciam mais inimigos do que rivais, e, francamente, não vi razão alguma que justificasse esse comportamento, por mais que o hóquei possa ser um esporte “agressivo”.

📚 O Diário da Princesa [Meg Cabot] – Como essa história é muito conhecida, não carece resumir. E acho que um dos motivos para eu não ter gostado tanto desse livro quanto imaginava, é o fato de ele não ter nada a ver com o filme da Anne Hathaway. O filme da Disney é divertido, Anne Hathaway soube equilibrar a timidez e as inseguranças da Mia sem torná-la chata, e Julie Andrews brilhou mais que uma estrela como a Rainha Clarisse. O filme está no meu Top 100 de favoritos, sem sombra de dúvida, mas o livro foi um tanto decepcionante. Além de ter pouca relação com o filme, Mia reclama demais, por motivos muito bobos – ok, ela é adolescente, e nessa altura da vida não nos importamos muito com os motivos, só queremos mesmo é reclamar; tempestade em copo d’água é a máxima geral da adolescência, mas é possível escrever um livro adolescente sem tanta reclamação. Para quem duvida, recomendo Namorado de Aluguel, da Kasie West, que traz temas muito atuais e típicos da adolescência contemporânea, sem cair na chatice de uma protagonista enxergando catástrofes em cada meia furada.

Enfim, a Mia do livro não conseguiu me conquistar, não tinha o mesmo carisma da Anne Hathaway, e, na minha humilde opinião, embora algumas ações da avó sejam mesmo questionáveis, não achei que era justificativa para Mia ter tanta raiva dela. A Rainha a obrigava a passar as férias de verão na França. Pobrezinha... Tão sofrida essa Mia...

Sim, porque eu não me contento apenas em ler livros novos, mas gosto de reler meus favoritos e/ou livros que me marcaram de alguma forma, de tempos em tempos. Chamo essa lista de Vale a Pena Ler de Novo.

📚 Arsène Lupin – Ladrão de Casaca [Maurice Leblanc] – Meu ladrão de casaca, o mais charmoso do mundo não poderia ficar de fora esse ano, depois de ter se destacado numa longa lista de livros incríveis que eu li em 2016. A quem achou o título familiar, sim, esse livro mais ou menos inspirou o filme Ladrão de Casaca, de 1955, de Alfred Hitchcock, estrelado por Sua Alteza Sereníssima, a, então, futura Princesa de Mônaco, Grace Kelly, embora a trama do filme não tenha muito a ver com a do livro.

Ladrão de Casaca reúne nove contos protagonizados por Arsène Lupin, o Sherlock Holmes do crime. O ladrão francês dribla a polícia com a mesma habilidade com que o detetive inglês captura criminosos, e com muita ousadia e genialidade comete os roubos mais espetaculares.

📚 Os Delírios de Consumo de Becky Bloom [Sophie Kinsella] – Tinha lido esse livro pela primeira vez em 2014, mas confesso que passei por ele sem dar grande atenção, atolada com um monte de coisas para fazer ao mesmo tempo. Lembrava que tinha me divertido bastante com a história de – permitam-me conceder um apelido à Becky Bloom – Lady Consumista, tentando se livrar de suas dívidas, e arrumando mil encrencas. Lembrava também que a história era bem diferente do filme – mas, neste caso, ao contrário de O Diário da Princesa, a diferença foi 100% positiva. Daí, esse ano, decidi colocá-lo no topo da lista de releituras, e desta vez, na intenção de apreciá-lo com calma. E essa releitura apenas confirmou a minha opinião inicial de que os chick-lits não precisam necessariamente ser românticos para serem marcantes. E para 2021, já separei a continuação Delírios de Consumo Na 5° Avenida para a minha meta de leitura. Becky Bloom comprou lugar cativo na minha estante de favoritos, e, aqui, seu cartão de crédito não foi recusado.

📚 Jack Reacher #3 – Alerta Final [Lee Child] – Tinha lido esse livro em 2006, e fiquei apaixonada por essa história. Em 2012, Tom Cruise decidiu fazer uma pausa na overdose de ficções científicas de qualidade questionável que ele vinha fazendo, para protagonizar um dos livros dessa série, em Jack Reacher: O Último Tiro – um dos meus filmes favoritos do gênero nos últimos anos –, e na sequência Jack Reacher: Sem Retorno – respectivamente o 9° e o 18° livros da série; pois é, coerência não é muito o forte do cinema.

Lee Child é especialista na arte de descortinar suas histórias como um leque: um incidente aparentemente pequeno, aparentemente não relacionado com nada maior, leva a uma grande investigação, aparentemente desconexa, onde os acontecimentos se embaralham numa teia em que cada pequeno detalhe prova ter uma enorme relevância.

São poucos autores de mistério que têm essa habilidade e sabem executá-la com perfeição. Lee Child é um deles. Outro membro dessa seleta lista é a mestra Agatha Christie.

Em Alerta Final, o terceiro livro da série, Jack Reacher tenta desbaratar uma quadrilha de agiotas mafiosos que ameaçam a vida daqueles a quem emprestaram dinheiro, enquanto tenta proteger e salvar a vida da filha de seu antigo mentor – por quem foi secretamente apaixonado desde que ela era adolescente –, e ao mesmo tempo, desvendar assassinatos relacionados com incidentes da Guerra do Vietnã.

📚 A Vampira de Sussex & Outras Aventuras [Sir Arthur Conan Doyle] – O volume, publicado pela Editora Melhoramentos, para uma daquelas coleções de banca de jornal, contém seis contos do livro “Histórias de Sherlock Holmes”, a última coletânea com histórias do detetive escrita por Sir Arthur Conan Doyle. Tinha lido pela primeira vez em 2008. O legal de reler contos e livros de mistério depois de alguns anos é que, não raramente, eu já não me lembro ao certo do final, de modo que posso me surpreender, ou tentar relembrar enquanto acompanho a história novamente.

📚 Drácula [Bram Stoker] – Esse eu tinha lido nos tempos de escola, uma versão condensada que encontrei na biblioteca. Desta vez, tive a oportunidade de ler a versão integral, e me apaixonar ainda mais por esse monstro clássico.

📚 O Fantasma da Ópera [Gaston Leroux] – Esse livro foi uma das inspirações para o meu romance Raptada, e foi maravilhoso ler novamente, e me perder pelos subterrâneos da Ópera de Paris, no encalço desse astuto e misterioso fantasma.

📚 Cyrano de Bergerac [Edmond Rostand] – Falando em inspiração, esse aqui inspirou meu romance Alma de Rosas, e eu nunca passo muito tempo sem ler de novo.

📚 O Jardim Secreto [Frances Hodgson Burnett] – Aquela saudade da infância, que deve ter acometido muita gente nesse ano turbulento. Fazia mais de dez anos que eu lera esse livro pela última vez, e é uma história que sempre vale a pena recordar.

📚 A Culpa é das Estrelas [John Green] – Outro livro para ler e reler com muito carinho. Uma história linda, que aborda um assunto extremamente delicado de uma forma leve, descontraída, envolvente e comovente. Não tem como não se emocionar com a história de amor e superação de Hazel Grace e Augustus Waters, e com suas preciosas lições de vida.

 Resenha aqui.

📚 Ilha do Medo [Nelson DeMille] – Um dos meus livros favoritos de todos os tempos, com tudo o que se pode sonhar para uma história de mistério: assassinatos misteriosos, a possível ameaça de contrabando biológico, vítimas envolvidas com gente inescrupulosa e com hobbies estranhos, e até mesmo a sombra de um tesouro lendário enterrado há trezentos anos nas praias de Long Island. Como não amar?

📚 Academia de Vampiros #1 – O Beijo das Sombras [Richelle Mead] – Depois de ter lido Crepúsculo – uma obra que merecia adaptações melhores para o cinema –, e Diários do Vampiro – cuja série de TV eu amo de paixão, e cujos livros tenho ressalvas a partir do terceiro volume –, não esperava gostar tanto assim desse livro. Era só mais uma saga de vampiros adolescentes esquecida num canto obscuro da minha estante desde que... Eu comprei? Eu ganhei? Sinceramente, não lembro como essa saga veio parar aqui em casa. Enfim... Mas aí, com aquele jeitinho maloqueira, louca, desvairada, Rose Hathaway acabou me conquistando.

Admito, tive uma certa dificuldade para simpatizar com a Lissa – pelo menos até ela começar a se encontrar com o Christian Ozera –, e por vezes demais questionei aquela dependência extrema dos Moroi pela proteção dos Dhampir. Afinal de contas, eles são ou não são vampiros? Mas preciso admitir que, apesar de algumas pequenas falhas de contexto, essa história é realmente boa, e, com certeza, funcionou melhor no livro do que no filme.

📚 Becky Bloom (Os Delírios de Consumo de Becky Bloom) – Quem nunca estourou um cartão de crédito que atire o primeiro boleto vencido...

📚 Rose Hathaway (Academia de Vampiros) – Por seu jeito desencanado, tô nem aí para os comentários; cai dentro que eu te mostro quem é a meretriz de sangue. E, acima de tudo, por sua lealdade. Ela é o tipo de amiga que é raro de se encontrar no mundo real, e a Lissa tem uma sorte danada de tê-la por perto.

📚 Miss Marple (Mistério No Caribe e Um Corpo Na Biblioteca) – Ela é aquela senhorinha que não tem nada mais para fazer, além de tricotar um suéter atrás do outro para o sobrinho e cuidar da vida dos outros. Seria uma vizinha normal, que todo mundo tem nas redondezas, se ela também não fosse absolutamente brilhante na arte de desvendar crimes. E bem mais rápida que a polícia. O que só prova que às vezes a melhor estratégia é ficar por dentro dos mexericos.

📚 Elizabeth Rudnick – Depois de ler A Bela e a Fera e Aladdin no ano passado, estou louca para ler sua versão de Frozen.

📚 Agatha Christie – Cartas Na Mesa, Mistério No Caribe e Um Corpo Na Biblioteca.

📚 Lee Child – Alerta Final (Jack Reacher #3), Caçada às Cegas (Jack Reacher #4) e Miragem Em Chamas (Jack Reacher #5). Não necessariamente nessa ordem.

O bom em ambos os autores, assim como Sherlock Holmes e os livros do Dan Brown, é que você pode começar a ler pelo livro de sua preferência, sem se sentir perdido, pois as histórias são independentes umas das outras, e não carregam muitas referências de livros anteriores.

Suspense/Policial – Foram dezessete ao todo. Além dos já mencionados, quero destacar:

📚 As Aventuras de Sherlock Holmes [Sir Arthur Conan Doyle] – A primeira coletânea com contos do detetive inglês, trouxe à luz Irene Adler, a mulher – título honroso que Holmes atribuiu a ela, para distingui-la de qualquer outro ser humano, em referência à sua inteligência superior – que poderia ter roubado o juízo e talvez o coração de Holmes, se Doyle não insistisse em mantê-lo acima dessas emoções mundanas.

O livro ainda traz inúmeros contos maravilhosos do detetive, embora alguns deles, em vez de provar a sagacidade de Holmes, tentem retratar Watson com uma inteligência muito abaixo do convencional – ao menos, do que se esperaria para um homem tão instruído.

📚 O Advogado [John Grisham] – Gostei desse livro pelo apelo social que ele traz. Michael tinha um futuro promissor numa das maiores firmas de advocacia de Washington DC, mas, depois de ter sido feito refém por um morador de rua em seu próprio escritório, e de ver de perto a situação em que os desabrigados vivem naquela cidade, e, em especial, ter contato com a história trágica de uma jovem mãe e seus quatro filhos pequenos, mortos dentro do carro onde dormiam, decidiu largar tudo e se juntar a uma pequena firma de assistência social, que lutava para fazer justiça e melhorar a vida dos necessitados.

De alguns anos para cá, me determinei a ler cada vez mais clássicos. Ainda não consegui seguir o “12 Clássicos Em 12 Meses” como gostaria – pelo menos, não se for para contabilizar apenas leituras inéditas –, mas, devagar também se chega ao longe. Os lidos esse ano são:

Os já citados:

📚 A Vampira de Sussex & Outras Aventuras [Sir Arthur Conan Doyle]

📚 As Aventuras de Sherlock Holmes [Sir Arthur Conan Doyle]

📚 Arsène Lupin – Ladrão de Casaca [Maurice Leblanc]

📚 Drácula [Bram Stoker]

📚 O Fantasma da Ópera [Gaston Leroux]

📚 Cyrano de Bergerac [Edmond Rostand]

📚 O Jardim Secreto [Frances Hodgson Burnett]

📚 Cartas Na Mesa [Agatha Christie]

E também:

📚 Mistério No Caribe [Agatha Christie] – Miss Marple está de férias no Caribe, e se depara com um mistério para resolver: um dos hóspedes da pousada onde está hospedada é assassinado, horas depois de ter contado uma curiosa história sobre trazer consigo a fotografia de um assassino.

📚 Um Corpo Na Biblioteca [Agatha Christie] – Um dos primeiros casos de Miss Marple, em que Agatha Christie explora um dos maiores clichês das histórias policiais: um cadáver encontrado numa biblioteca. O interessante aqui é que a jovem achada morta não era conhecida de ninguém na casa, e ninguém sabe como ela foi parar lá.

📚 Frankenstein [Mary Shelley] – Se você já viu qualquer dos inúmeros filmes baseados na obra de Mary Shelley, acredite, você NÃO conhece a história de Frankenstein. Shelley criou uma trama visceral, de realismo doentio, e com temas absolutamente atuais.

📚 As Aventuras de Tibicuera (Que São Também as do Brasil) [Érico Veríssimo] – Um livro que deveria ser leitura obrigatória nas escolas. O índio Tibicuera estava presente quando a caravela de Pedro Álvares Cabral encontrou o Brasil, e ao longo de mais de quatrocentos anos, ele participou ativamente de diversos momentos importantes da História do nosso país – inclusive daqueles que nossos professores de História não dão muita atenção.

📚 A Seleção [Kiera Cass] – Tinha lido a trilogia inicial – A Seleção, A Elite e A Escolha – e a antologia de contos Felizes Para Sempre em 2017, e me apaixonado pela história. Esse ano, concluí a saga com A Herdeira e A Coroa, e, embora não tenha gostado tanto da história da Eadlyn quanto da de sua mãe, América Singer, fiquei feliz com os rumos que essa história tomou.

📚 Diários do Vampiro #8 – Espectro [Aubrey Clarke] – E seguimos com essa saga de vampiros da qual não consigo desapegar. Já comentei nessa retrospectiva que tenho ressalvas sobre essa saga a partir do terceiro livro. É bom esclarecer que a saga e a série não têm muito a ver uma com a outra, e nem é por isso que a saga não me cativou tanto quanto a série. O problema é que a autora meio que perdeu o fio da meada a certa altura. Os dois primeiros livros foram excelentes, mas a partir do terceiro, quando [ALERTA DE SPOILER!] Elena vira vampira, a história fica meio perdida. Na segunda trilogia, O Retorno, a história envereda por outro caminho: descobrimos que nem só de vampiros, lobisomens e bruxas é feito o universo criado por L. J. Smith; nossos heróis passam a enfrentar entidades da mitologia japonesa, e nesse ponto, a história passa por muitos altos e baixos. A terceira trilogia, Caçadores, da qual Espectro é o primeiro volume, foi escrita por Aubrey Clarke – que também foi responsável por trazer os Diários de Stefan para a literatura, e demonstrou ao mundo que não prestou muita atenção na série de TV ao adaptá-la nos livros. O monstro da vez não é nenhuma entidade japonesa, mas um espectro, entidades que se alimentam de emoções humanas, e aqui, a história se distancia ainda mais daquela que conhecemos na TV. Não é um livro ruim, de modo algum, mas também não chega a ser espetacular.

Eu julgo livros pela capa, sim. Quem nunca?

📚 A Pequena Livraria dos Corações Solitários [Annie Darling] – A história não é particularmente impressionante, mas a capa é simplesmente linda!

O livro mais longo que eu li esse ano foi:

📚 A Guerra dos Tronos [George R. R. Martin] – Não acompanho a série Game of Thrones – até já tentei, mas sinceramente, achei a coisa toda lenta demais: uma hora de tramoias e blá-blá-blá para cada dez minutos de ação. Não tenho paciência. Mas surpreendentemente, gostei do livro. É meio longo demais, é verdade; mais ou menos metade dos capítulos era desnecessário, e se o autor quisesse, poderia ter contado a mesma história em metade do número de páginas, mas, no geral, o saldo foi positivo.

Li vários contos independentes ao longo do ano, e quero destacar:

📚 A Cartomante [Machado de Assis] – Um conto que eu deveria ter lido na escola, mas não me lembro por que cargas d’água, não li. Bem, antes tarde do que nunca.

📚 Tanabata – Encontro Nas Estrelas [Lúcia Hiratsuka] – Esse conto japonês foi um dos primeiros que eu li na infância, fiquei apaixonada pela história, e por alguma razão, não conseguia encontrá-lo em lugar nenhum. Depois de revirar todos os sebos da cidade, finalmente encontrei um exemplar um tantinho judiado esse ano para relembrar a história dessa mocinha que caiu do céu (literalmente!) na vida de um camponês, e que o levou a cumprir tarefas muito desgastantes para que pudessem ficar juntos.

 

📚 O Quote do Ano:

Houve também outras leituras que eu não consegui categorizar nessa retrospectiva, como A Adorável Loja de Chocolates de Paris, de Jenny Colgan, O Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna, A Espada Selvagem de Conan, de Robert E. Howard, Tubarão, de Peter Benchley, entre outros. Foram mais de cinquenta livros lidos, e não cheguei a bater minha meta. Porque, afinal de contas, vida de leitor é isso:


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