Desafio #2: Julgando Livros Pela Capa... E Dando Mole Para o Azar!

em terça-feira, 11 de fevereiro de 2014


Bem-vindos ao segundo episódio do desafio literário que eu – facultativo! – levarei até o fim esse ano. O segundo desafio da lista do Tigre era julgar um livro pela capa. Coisa que muito leitor está acostumado a fazer – inclusive a que vos fala... CULPADA!

A verdade é que eu estava analisando outra capa, quando esta capa, ou o título, ou o fato de ter sido escrito por uma autora brasileira me chamou a atenção.

Juro que eu abri só para dar uma folheada, mas o negócio não quis largar da minha mão! E quando eu digo “negócio” estou falando do tal “Azar o Seu!”, da Carol Sabar.

 Fala se essa capa não é linda?!
Eis o enredo da novela:

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Noite de Núpcias

em sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014




por Verônica Lira

Hoje deveria ser o dia mais feliz de nossas vidas. Mas há uma atmosfera sombria ao meu redor, e uma canção sinistra que é angustiantemente familiar. Ele está tão bonito, elegante e vivo no terno italiano que fiz tanta questão que ele usasse hoje...

Ele... É tão impessoal, tão vago, tão distante. Eu poderia apenas desta vez me atrever a guardar um nome. Uma lembrança torturante do quanto a escuridão me absorveu.

Não. Sem lembranças, como sempre.

Apanhei as rosas que roubei mais cedo no jardim para fazer meu buquê; ajeitei a anágua do vestido vermelho – jamais me vestirei de branco, nada de sacramentos; desci o véu perolado sobre meu rosto. E caminhei para ele.

Ele estava sorrindo ao lado da cama, esperando. Nossa noite de núpcias. Juramos amor eterno no quarto de hotel; sem padre, sem cerimônia, sem sacrilégio.

A canção cresceu ao meu redor à medida que ele me envolvia com seus braços ardentes. Parecia o som de uma valsa tocada em pura percussão. Ouvi com prazer cada batida preenchendo o ambiente, o som da música crescendo, me absorvendo. Fui me deixando levar, sendo dominada lentamente, até não poder mais suportar.

E então, veio o clímax absoluto, quando a artéria que ligava o som da música ao prazer quente e intoxicante do sangue dele se rompeu. As batidas se tornaram mais intensas e mais urgentes; a música ficou mais alta; e então mais lenta; até que tudo se acabou. Senti na pele dele a última batida de seu coração e dei um suspiro.

A música cessou.

Mas a minha sede não.

Beijei com carinho as rosas roubadas antes de depositá-las em seu peito, como um símbolo de amor. O amor eterno que jurei, e que vivi plenamente sob o feitiço da canção inebriante das batidas de seu coração, enquanto a vida dele descia pela minha garganta. Eu sempre o amarei.

Mas agora eu preciso encontrar outra pessoa para amar... Até o fim da noite de núpcias.
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