Não Dá Para Resistir Ao Charme dos Clarke

em quarta-feira, 29 de maio de 2019


Eu desisto! Simplesmente não dá para não amar os livros dessa saga. E olha que esse eu pensei que não fosse me conquistar, mas quando eu vi...
PROMETIDA – UMA LONGA JORNADA PARA CASA
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Páginas: 476
Gênero: Romance

Sinopse:
Elisa Clarke anda um pouco entediada. Seus dias parecem iguais e os bailes há muito deixaram de trazer algum prazer a ela. Não que seja uma surpresa, pois sempre que ela está presente os eventos se tornam um desastre! E é injusto, já que ela foi uma boa moça a vida toda. Nascida em uma das famílias mais influentes, a jovem aprendeu desde pequena a respeitar as normas sociais e se manter longe de escândalos. Na única vez em que ignorou uma dessas regras acabou noiva. E foi apenas um beijo, ora bolas!
Um beijo com o qual Elisa fantasiou desde que conheceu e se apaixonou irrevogavelmente pelo belo e gentil jovem médico e que, como acontece nos contos de fadas, mudou sua vida para sempre. Mas não da maneira que ela esperava. Como consequência, agora está prometida a alguém que a despreza tanto que preferiu viver em outro continente. Tudo o que ela deseja é que as coisas permaneçam assim.
Mas Elisa não sabe que seu noivo está a caminho do Brasil, e ela terá de enfrentar o homem cujo coração um dia se viu forçada a partir.
Destinados a ficar juntos, mas separados por seus corações, eles se envolverão em uma sinuosa dança marcada por segredos, mágoas do passado, intrigas e uma arrebatadora paixão que colocará em perigo não apenas seus sentimentos, mas a vida de ambos.

EEEEE ❤



Confesso que quando li o primeiro capítulo, tive vontade de desistir da história. Todo mundo sabe que eu sou apaixonada por essa saga – Perdida é um dos meus livros favoritos, Carina Rissi é uma das minhas autoras favoritas, e Elisa Clarke é uma das minhas personagens favoritas da série –, mas o início do livro é simplesmente desanimador.
Isso porque:
1-           Elisa começa o livro reclamando da falta de novidade em seu guarda-roupa;
2-           Ela nos revela que sua vida está um saco desde que ela foi praticamente forçada a ficar noiva de Lucas (ela o ama, mas o pedido de casamento não veio em boa hora, e aconteceu da pior maneira possível, e ela nem tinha certeza dos sentimentos dele por ela);
3-           Eles estão brigados desde o livro anterior por causa da viagem que ela fez e se recusou a explicar (foi uma viagem no tempo; não dá para culpar a menina por não estar disposta a ser chamada de maluca);
4-           Os dois juraram transformar a vida um do outro num grande inferno.
Nada disso era exatamente novidade. O livro anterior (Destinado – As Memórias Secretas do Sr. Clarke) terminou deixando no ar um clima tenso entre o casal. Então, era de se imaginar realmente que o romance centrado em Elisa não começasse com cara de conto de fadas. O problema é que a autora escolheu começar a história um tanto sem pé nem cabeça: Lucas passou três anos fora do Brasil, ainda de mal da Elisa; os dois tinham decidido manter o noivado, mas já prevendo que no máximo teriam um casamento de aparências; Elisa temia mais o retorno de Lucas do que encontrar o capiroto numa encruzilhada; Lucas voltou mais dissimulado que a Paola Bracho na cadeira de rodas; e tudo isso sem qualquer aviso prévio ao leitor.
O que era fato conhecido, do livro anterior: que eles estavam num clima tenso, porque corria um boato de que Elisa tinha fugido de casa no dia seguinte ao anúncio do noivado, supostamente, com outro homem, e ela se recusara a contar a Lucas o motivo de sua ausência, embora Ian e Sofia tenham se esforçado para fazer todo mundo acreditar que eles tinham viajado às pressas para visitar um parente doente da Sra. Clarke na cidade onde ela morava antes de conhecer Ian – o que era mais ou menos verdade, já que Ian foi o responsável por salvar a vida de seu tataraneto no futuro.
Mas da forma como as coisas nos foram apresentadas nos primeiros capítulos, parecia que Elisa e Lucas estavam apenas de frescura. E isso começou a me irritar.
Eu devia ter adivinhado, que Carina sacaria uma explicação plausível da manga. Só não entendi o motivo da enrolação.
Quando a coisa toda foi explicada – a partir do capítulo OITO! –, aí, sim, eu comecei a me envolver de verdade com o livro. E ainda bem que eu tive paciência, porque depois que você sobrevive à enrolação inicial, o livro fica sensacional.
Além da briga de gato e rato que marca os primeiros dias da vida conjugal de Lucas e Elisa, conhecemos novas nuances da personalidade do rapaz, sua determinação em se aprimorar na medicina, em desvendar os mistérios do estranho medicamento – trazido do futuro – que salvou a vida de Sofia no livro passado, quando ela estava com pneumonia – que era uma sentença de morte, na época –, sua dedicação às pesquisas com micro-organismos e às experiências para aprender a lidar com eles, e eliminá-los. E ao mesmo tempo, também conhecemos um outro lado da Elisa, menos comedida, mais honesta consigo mesma, a Elisa quando não está agindo como todo mundo espera que ela aja. E essa Elisa está disposta até a entrar numa luta corporal contra um brutamontes, para defender um garoto que era explorado por ele.
Vemos aflorar o instinto maternal da personagem, quando ela decide proteger Samuel, um menino de nove anos que come o pão que o diabo amassou – isso nos dias bons – nas mãos de seu tutor.
E no meio de tudo isso, ainda temos um mistério policial, sobre a morte – ou assassinato – da mãe de Valentina, uma das melhores amigas de Elisa – com quem Ian provavelmente teria se casado, se Sofia não tivesse aparecido em sua vida.
Inclusive, eu queria saber de outros leitores, se também desvendaram o verdadeiro criminoso muito facilmente, ou se é o meu cérebro, acostumado a romances policiais, que já não consegue se surpreender. Achei extremamente previsível.
Mas nem por isso a história deixa de ser envolvente. Quando engrena, ela realmente engrena, e aí não adianta mais querer largar. Ou você lê até o fim, ou você lê até o final. E é por isso que eu não me canso de ressaltar o talento de Carina Rissi, que mesmo quando não consegue nos capturar na primeira página, ainda consegue nos manter presos em sua narrativa, até o ponto final.
Prometida é um livro que você pode achar que não vai conseguir te seduzir, mas quando se der conta, já foi fisgado, e acabará apaixonado.
Porque, afinal, esse é o talento dos Clarke: nos fazer amá-los irrevogavelmente, mesmo que o início seja difícil, mesmo quando você acha que não vai gostar. Quando vê, seu coração caiu mais uma vez nessa inevitável armadilha. 


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