Quem Não Tem Colírio... Vira o Jack Quatro-Olhos

em quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Não é de propósito que estou fazendo uma espécie de reprise do primeiro Halloween Animado que tivemos aqui no blog, juro! Sim, nas duas oportunidades tivemos episódios de Scooby-Doo, Hey Arnold!, Beetlejuice e Contos da Cripta (ops! Isso foi um spoiler. Hehe), mas é porque existem vários episódios bons de todos esses desenhos que se encaixam num especial de Halloween.
Naquela ocasião eu comentei que Hey Arnold! é um dos meus desenhos favoritos, e, por coincidência, os episódios que contam lendas urbanas e histórias de terror – e o especial de Natal – são os meus favoritos da série.
Se a review anterior do desenho não tinha nenhuma das garotas, desta vez, o Clube do Bolinha também foi reduzido apenas ao Arnold e ao Gerald, que desta vez, se divertiram com os pensionistas que moram na casa do Arnold, na caça ao terrível fantasma do
JACK QUATRO-OLHOS
 
Para variar, Arnold está recebendo seu amigo Gerald para dormir em casa – pois é o que resta para pobres filhos únicos, fazer um rodízio entre seus amigos, convidando-os para festas do pijama. No caso do Arnold, além de ser filho único, ele foi criado pelos avós. É difícil imaginar um personagem infantil mais solitário.
Bem, a verdade é que os avós do Arnold são melhores que muitos pais por aí. Sua avó é meio biruta, e justamente por isso, anima a casa; e seu avô tem sempre uma história nova na ponta da língua – geralmente uma lenda urbana – para compartilhar com o neto e seus amigos. É difícil se sentir entediado na pensão.
E se não bastasse os malucos da família, o garoto ainda convive com os pensionistas, e vou te contar, é cada figura... Mas falaremos deles ao longo do desenho.
Nessa noite, Arnold e Gerald tinham planejado reler sua coleção de revistas em quadrinhos que contam as aventuras de Purdy Boys – seja lá o que for isso. Se eu entendi bem o contexto, são um grupo de aventureiros que numa edição encontraram uma mão decepada no porão de alguém, em outra entraram numa mansão com um monte de múmias – está subentendido se as múmias viviam na tal mansão, ou se faziam parte da gangue nesse episódio... Enfim...
Os dois estão revirando as caixas de revistas e comentando seus números favoritos, quando Arnold pesca algo que não é feito de papel dentro de uma das caixas.
E bem nesse momento, o Vovô Phil vem trazer leite e biscoitos para os garotos, antes que a eletricidade caia de novo, porque está a maior tempestade lá fora. Uma noite bastante apropriada para contarem histórias de terror – muito mais do que para ler revistas velhas.
Até porque, mexer com o quadro de energia, deveria ser tarefa para um adulto, e não para garotos de nove anos, não é, Vovô?
Não é?
A propósito, Vovô, já que está por aí, conte-nos, de quem eram os óculos que o Arnold encontrou?
Passem um biscoito de aveia pro Vovô que ele conta a história.

Muito carinhoso de sua parte dizer isso ao seu neto de nove anos, Vovô. Não reclame quando sua velha vier pedir dinheiro para comprar cuecas novas para o menino.
Pelo menos o Gerald não é tão impressionável assim, e sugere que o amigo ponha os óculos de volta na caixa onde os encontrou e esqueça essa história. Mas Arnold acha que o destino pode ter colocado os óculos do fantasma em suas mãos, e que ele está predestinado a devolvê-lo, para que o espírito pare de assombrar a pensão.
Gerald continua achando que os óculos são de algum morador bem vivo da pensão, e quer deixar essa história para lá, mas de repente ouvem o som de alguma coisa batendo, e o Arnold cisma que é o fantasma procurando os óculos.
Aliás, não acham curioso demais o cara ser obcecado por feijões e se chamar Jack? Como Jack (na versão americana) e o Pé de Feijão.
Só queria colocar isso em pauta antes do desenho continuar.
Gerald insiste que o amigo está pirado da bola de futebol – que ele chama de cabeça –, pois essas casas velhas sempre fazem barulho à noite. Mas vocês conhecem o Arnold, né? Quando ele enfia uma coisa naquela bigorna, não tem quem tire!
E ele decide investigar.
E eles não demoram a descobrir a origem da barulheira. Acontece que a Sra. Kokoshka, também conhecida como Suzie, estava, para variar, quebrando a casa em cima do marido folgado, Oskar, porque descobriu que ele andava frequentando uma pista de corrida, quando deveria estar procurando um emprego.
Acontece que o Sr. Kokoshka está sempre envolvido num quebra-pau com a mulher, porque, como eu disse, ele é um folgado, sustentado pela esposa, e de vez em quando ela se revolta, e começa a tacar toda a louça do apartamento em cima dele.
E agora que perceberam que não era fantasma nenhum batendo nas coisas, os garotos contam ao seu vizinho folgado sobre a recém-descoberta assombração da pensão.
Daí ele já puxa uma ferradura do bolso, uma garrafa de água benta, o telefone dos Winchester, e começa a rezar para tudo quanto é santo...
E de repente eles ouvem outro barulho esquisito, vindo do apartamento do Ernie, o baixinho que trabalha com demolições.
Bem, ainda não era o fantasma, amiguinhos. Talvez tenham mais sorte da próxima vez. Se bem que o Ernie aí pode estar fazendo alguma coisa potencialmente perigosa.
O pior é que já faz algumas noites que esse tampinha tem ouvido sons muito estranhos vindo do andar de baixo, como se alguém estivesse engasgado com alguma coisa.
Será que o velho Jack Quatro-Olhos voltou a brincar com feijões? Será que é ele quem anda abastecendo os potes de sorvete no congelador?
É, mas desta vez, o som é realmente muito esquisito, galera. Melhor investigar...
Ernie vai na frente com uma marreta na mão, porque a coisa pode ficar feia. Então de repente eles dão de cara com uma assombração na cozinha.
Pois é... De novo a assombração era só o Sr. Hyuhn, o vietnamita que também mora na pensão do Arnold.
E ele também não é muito fã de assombrações.
Principalmente depois que a janela da cozinha se abre repentinamente, e um vento sobrenatural começa a fazer um monte de papéis rodopiarem no ar, entre raios elétricos, como se fosse um monstro conjurado diretamente do Além, se materializando para atacá-los com a faca de pão.
A papelada assombrada pode não ter sido nada de mais, mas por via das dúvidas, o Sr. Hyuhn sugere que eles façam uma oferenda de comida, para que o fantasma encha a pança e caia fora da pensão de uma vez por todas.
O mais difícil, aparentemente, é escolherem o que tirarão da geladeira para oferecer ao fantasma.
Gente, só porque o sujeito tá morto, não significa que ele goste de comida estragada!
E o Gerald continua se recusando a acreditar nessa baboseira de fantasma. E o engraçado é que, toda vez que ele fala isso, algum som sinistro ecoa pela pensão. Parece a roleta da Jequiti, que sempre cai no Passa a Vez ou no Perde Tudo, todas as vezes que a Rebeca Abravanel pede para ela não fazer isso. Parece sacanagem...
Desta vez o gemido, ainda mais sinistro que os anteriores, vem do armário embaixo da escada.
Daí eles descobrem uma longa escadaria atrás dos cabides de casacos, e decidem descer para investigar.
Esse Oskar é uma figura. Se bem que o Circo dos Horrores está sempre em busca de uma nova atração, e não tenho certeza se eles costumam pechinchar...
Agora até o Gerald está de acordo que tem alguma coisa ali cheirando muito mal. E provavelmente não é o peixe estragado que o Sr. Hyuhn pretende usar como porrete para se defender do fantasma, caso ele apareça.
Relaxem, rapazes, não será preciso que ninguém abra essa porta, pois ela já está se abrindo sozinha. Uma sombra pavorosa se apresenta diante deles, com olhos luminosos.
Viu, Gerald, eu não te disse que não tinha fantasma nenhum?!
Calados!
O cheiro horrível que eles estavam sentindo vinha do banheiro privativo e secreto que o Vovô estava usando lá no porão. E os ruídos e os gemidos eram somente seus esforços para soltar o ponche de framboesa gororoba da Vovó.
Tomara que ele esteja falando só do jornal, e não das revistas com aquelas pobres senhoras que o Seu Madruga lê...
Bem, de qualquer modo, agora o segredo acabou, pois a pensão inteira está lá embaixo, conferindo o estrago que o ponche da Vovó fez no intestino do Vovô.
Sei, Gerald, me engana que eu gosto...
Mas agora que já viveram sua aventura da noite, já podem voltar lá para cima e sossegar o facho.
Um pouco mais tarde naquela noite, quando todos estão dormindo, Arnold recebe a tão aguardada visita do fantasma do Jack Quatro-Olhos, que finalmente apareceu para buscar os seus óculos. E como é um fantasma camarada, ele aproveitou para gentilmente cobrir Gerald, que estava dormindo no sofá embutido na parede do quarto do Arnold. E só por causa disso, sua aparição não passou despercebida, já que o garoto acordou com o bafo gelado no cangote, e deu de cara com o fantasma do adorador de feijão.
Tão tímido quanto o Gasparzinho. Mas foi o suficiente para fazer o incrédulo, e agora definitivamente apavorado Gerald gritar no último volume, acordando todo mundo na pensão, no quarteirão e no bairro inteiro.
Desconfio que esse aí terá problemas em aceitar outro convite para dormir na casa de seu amigo cabeça de bigorna.
Bem, mas na próxima review, nós vamos conferir um combo monstruoso que está assombrando o festival da cerveja numa cidadezinha da Pensilvânia. Ou seria Transilvânia?
Descobriremos na próxima aventura. Até lá! *-*


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