Claro
que num especial de Halloween não pode faltar essa turma que sempre
nunca foge de uma boa assombração. A bordo da Máquina de Mistério, Fred Jones,
Daphne Blake, Velma Dinkley, Salsicha Rogers e Scooby-Doo percorrem o país
resolvendo os mais assombrosos mistérios.
E
sim, eu fiz de propósito uma alusão ao desenho do Arnold no título da review de
um episódio do Scooby-Doo. É que eu não tomei meu Gardenal ainda hoje.
Nesta
aventura, que foi exibida na primeira temporada de O Show do Scooby-Doo, teremos um acréscimo à turma: Scooby-Dão,
primo do Scooby, uma versão caipira do nosso cachorro favorito, que pensa que é
o Sherlock Holmes.
Na
outra review que postei do desenho, nossos amigos viajaram à Salem para
capturar uma bruxa. Desta vez, eles foram a outra cidade em nosso Roteiro do Assombro, a icônica Sleepy Hollow, onde se depararam com
O CAVALEIRO SEM CABEÇA DE HALLOWEEN
Está
rolando a maior festança numa mansão, e alguns convidados são muito nossos
conhecidos.
Notaram
que o Scooby-Doo está fantasiado de Pé de Pano, o cavalo do Pica-Pau?
Pois
é, não é de hoje que se produzem crossovers.
Ainda que esse aí, talvez, tenha sido acidental.
Então
nossa anfitriã, Gertrude Crane se aproxima para saber o que seus convidados
ilustres estão achando da festa. Claro que, onde tem comida, Salsicha e Scooby
estão mais animados que criança no circo.
Acontece
que a turma do Scooby é muito amiga da sobrinha da Sra. Crane, Beth, e foi ela
quem os convidou. E o pessoal realmente está curtindo a festa, incluindo as
tradições de Halloween que nós infelizmente só conhecemos graças aos desenhos,
porque nascemos no hemisfério errado.
Confiram
do que a Daphne estava falando na review de É A Grande Abóbora, Charlie Brown!
E
nesse caso, o Fred não beijou ninguém, mas só estava conseguindo se molhar
inteiro. Aprenda com o Salsicha, que tem um truquezinho para morder a maçã.
O
problema é que a maçã é pesada demais para ser sustentada por presas falsas, e
acaba caindo da boca do Salsicha, que sai correndo atrás dela, embora houvesse mais
uma meia dúzia na bacia d’água.
Bem
que você está precisando de uma engordadinha, Salsicha, mas pelos meus
cálculos, sim, a maçã passou mais do que cinco segundos no chão. E independentemente
disso, crianças, nunca comam alimentos que tenham caído no chão sem lavar! Ou
vocês descobrirão que... de fato, o que não mata, engorda. Vamos sempre torcer
por isso, pois geralmente é o que acontece.
E
não vamos nos estender no risco de parasitas, para não prolongar demais a
review. Até porque, os hábitos de higiene do Salsicha e a crença popular a
respeito dos micróbios não são o foco do episódio.
Porque,
de repente, enquanto Salsicha come a maçã que pegou do chão sem lavar, eles
ouvem um relincho. E não veio nem do Scooby-Doo, nem do Scooby-Dão, que
interpreta a bunda da fantasia de Pé de Pano. Foi o Cavaleiro Com Cabeça de Abóbora,
que está rondando pelo jardim da mansão, meio encoberto pelo nevoeiro.
Scooby-Dão
foi o primeiro a correr de volta para dentro da mansão, rasgando a fantasia, e
arremessando Scooby-Doo na piscina, provando que covardia é um mal de família.
Meninos,
só para lembrar vocês, o Cavaleiro Com Cabeça de Abóbora continua circulando
por aí.
Daí
é claro que Scooby e Salsicha correm para dentro da mansão, para avisar aos
amigos que tem assombração na área, exatamente no momento em que Beth estava
mostrando ao resto da turma um retrato de seu tataravô, Ichabod Crane, sobre a
lareira da biblioteca.
Aquele
mesmo, da obra de Washington Irving.
Diz
a lenda que Ichabod Crane viveu ali em Sleepy Hollow, até que numa noite
escura, pela estrada do cemitério, ele se viu perseguido por um Fantasma Sem Cabeça.
De acordo com um livro que Beth pesca na estante, durante a guerra revolucionária,
foi travada uma tremenda batalha bem ali, onde eles estão, e no meio da
batalha, os revolucionários dispararam um canhão no inimigo, e atingiram um dos
mais bravos soldados, arrancando-lhe a cabeça, e jamais a encontraram.
Também
acho, Salsicha.
O
corpo do tal soldado foi queimado no cemitério, mas segundo a lenda, em noites
escuras e nevoentas, o espírito do Cavaleiro sai por aí procurando uma cabeça.
Foi por isso que ele perseguiu seu tataravô Ichabod Crane. E ninguém sabe como
essa perseguição terminou, pois Ichabod nunca mais foi visto.
A
Disney produziu uma versão incrível dessa história décadas atrás. Acho que faz
parte da franquia Disney Fábulas. Não
que a história seja exatamente uma fábula... Deixa eu resgatar esse desenho,
que eu trago ele por aqui qualquer hora.
Quando
Scooby e Salsicha contam que o Cavaleiro Com Cabeça de Abóbora praticamente os
atropelou lá fora – porque esse pessoal não
é nem um pouquinho exagerado –, Beth deduz que o Cavaleiro Sem Cabeça tenha
retornado para assombrá-los.
Apenas
a título de trivialidade, esse episódio meio que cruzou a Lenda do Cavaleiro Sem
Cabeça, criada por Washington Irving – que fez tanto sucesso que acabou sendo
incorporada ao folclore desse pequeno vilarejo no estado de Nova York, que nem
tinha o nome de Sleepy Hollow ainda quando o livro foi publicado –, com a lenda
de Jack O’Lantern, que eu já contei aqui, sobre um cara que tentou trapacear o
diabo e acabou com um nabo no lugar da cabeça. Mais tarde, a tradição oral
substituiu o nabo pela abóbora – talvez por ser um fruto mais comum lá nos States.
Como
eu disse, trívia.
E
como estão numa festa à fantasia, Fred deduz que o que Salsicha e Scooby viram
foi apenas um convidado mascarado.
Não
precisam interromper a festa por causa disso.
Falando
em interrupções, quem foi que apagou a luz?
Salve-se
quem puder!
Todos
os convidados abandonam a festa correndo, literalmente puxando os carros. Vou
aprender essa tática, ou arrumar o contato desse fantasma, para quando certas
pessoas não muito queridas aparecerem aqui em casa. Parece uma boa maneira de
esvaziar o local.
Enquanto
o Cavaleiro Sem Cabeça persegue os convidados que estão dando no pé, nossos
amigos estão determinados a descobrir o que há por trás dessa aparição.
Então
eles tiram as fantasias e começam a vasculhar a casa em busca de pistas.
O
primeiro a encontrar alguma coisa é o Scooby-Dão, que confundiu uma bola de
boliche na prateleira de um armário, acima de um velho capote pendurado num
cabide, com uma cabeça de abóbora.
Mas
aí, quando eles vão procurar no outro quarto, aquela bola de boliche cai da
prateleira, e o ruído faz os nossos amigos medrosos pensarem que estão sendo
perseguidos.
Com
certeza, não é assim, Scooby-Dão. E o pior é que com essa barulheira toda, vai
ficar difícil surpreender o Cavaleiro. Resta ao Salsicha e ao Scooby-Doo
resgatarem o Scooby-Dão de dentro do armário.
Com
razão o Salsicha é tão magro, não para de correr! Pelo menos, dessa vez foi
fácil laçar o Cavaleiro com o fio do ferro de passar, quando o Salsicha tropeçou
na tábua.
Não
me perguntem como aconteceu, mas o Cabeça de Abóbora aí era só o Scooby-Dão
disfarçado com o capote que encontraram no armário. Mas ao tentarem sair dali,
dão de cara com o fantasma verdadeiro, e eles acabam encurralados atrás de uma
máquina de costura.
Sorte
deles que o Cavaleiro acabou se enroscando na máquina de costura, dando a eles
chance de fazer o que fazem melhor: fugir.
Velma
estava justamente contando aos outros que não tiveram sorte lá em cima, quando
Salsicha e os Scoobys chegam berrando que o Cabeceiro Sem Cavalo... Digo, o Cavaleiro
Sem Cabeça apareceu para eles no quarto de costura, e que o deixaram preso na
máquina.
Mas
quando todos sobem para conferir, não encontram nada além de lascas de madeira
no chão, perto da porta.
Enquanto
isso, a tia Gertrude estava cochilando na poltrona da biblioteca, quando de
repente uma mão branca saiu da parede e tentou agarrá-la.
A
turma ouve seus gritos e corre para ajudar, e ela conta sobre a mão do Cavaleiro,
que saiu da parede e tentou agarrar sua cabeça. Eis que um personagem que não
tinha aparecido até então surge do nada para corrigi-la, pois não era a cabeça
dela que o Cavaleiro queria agarrar, mas o colar de diamantes que a tia
Gertrude está usando.
A
propósito, o sujeito aí, que nunca tínhamos visto mais gordo, é o primo da
Beth, Elwood Crane, diretor da APEX Internacional de Sapatos. Segundo ele, o Cavaleiro
apareceu assim que Gertrude trouxe o diamante para casa, por isso ele sugere
que o coloquem de volta no cofre do banco, antes que a coisa complique de vez.
Enquanto
tia Gertrude pensa no caso dele, nossos amigos examinam melhor a nova cena do
crime, à procura de um painel oco, por onde o Mãozinha possa ter aparecido.
É
o Scooby-Dão quem acaba descobrindo um botão no chão que aciona uma porta
secreta na biblioteca, mas não junto da estante, por onde o Mãozinha apareceu; a
porta está do outro lado do aposento, e ao se abrir, eles dão de cara com o
Tropeço.
Mas
Velma aproveita o ensejo para examinar as mãos dele, que são brancas como
farinha, como aquela que saiu da parede para assustar a tia Gertrude.
Achei
essa explicação no mínimo suspeita. Primeiro porque já faz um tempo que o povo
foi embora, e segundo porque se ele sujou as mãos servindo o bolo, deveriam
estar sujas de glacê, não de açúcar. Quem é que usa açúcar como confeito para
bolo? Se pelo menos fossem beijinhos ou cajuzinhos, vá lá...
Mas
Scooby-Doo sempre foi um desenho com algum nível de maturidade – muito mais do
que metade das porcarias que produzem hoje em dia –, e não cairia no clichê de
botar a culpa no mordomo, não é?
Não
é?
???
Bem,
de acordo com a língua do Scooby-Doo, o homem está dizendo a verdade: suas mãos
estão mesmo melecadas de açúcar.
Nesse
momento, Elwood retornou, determinado a levar pessoalmente o diamante de volta
para o cofre esta noite, antes que o fantasma do Cavaleiro Sem Cabeça acabe
machucando alguém. Claro que o banco está fechado a esta hora, mas o gerente é
seu amigo, ambos costumam pilotar aviões no tempo livre, e ele já telefonou
para a casa dele, pedindo que o esperasse na agência.
Porém,
logo após sua partida, nossos amigos ouvem a risada do Cavaleiro Sem Cabeça,
mas desta vez, quando ele surge no nevoeiro, não está mais com a abóbora
pendurada no pescoço, mas com a cabeça que roubou de Elwood.
Tudo
o que restou do sujeito foi o carro batido numa árvore, um monte de roupas e
uma cabeça de abóbora.
Fred
recomenda que Beth e sua tia voltem para casa e tentem se acalmar, enquanto
eles investigam. Porque não é possível que o Cavaleiro Sem Cabeça tenha levado
Elwood consigo para a sepultura.
Daí
o Scooby-Dão usa seu talento detetivesco para examinar o carro de cabo a
rabo... Quer dizer, do para-brisa ao porta-malas, e não encontra nada, exceto um
pequeno retrato de Elwood que ficou colado em seu focinho. E a chave de ignição
também desapareceu.
Mas
o Salsicha encontrou uma pista realmente importante, num recorte de jornal.
Por
via das dúvidas, Salsicha decidiu guardar a manchete. Afinal, nunca se sabe.
Então
Fred sugere que eles verifiquem a sepultura do Cavaleiro Sem Cabeça lá no
cemitério.
Porque
sim, Salsicha!
Eles
se embrenham na estrada que leva ao cemitério, que, segundo Velma, que de
repente se tornou especialista na Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, era mais ou
menos onde Ichabod Crane estava, quando de repente, saindo do nevoeiro,
apareceu uma figura horrível e ameaçadora. Tipo essa que está atrás deles
agora.
Calma,
gente! É apenas Tropeço... Digo, Tarlof, o mordomo, que vestiu um casaco de
gola alta para sair no nevoeiro.
Falando
nisso, será que o nome dele é uma mistura de Tropeço com Boris Karloff?
Acontece
que o Tropeço aí foi incumbido pelas madames de ir até o vizinho mais próximo
para informar que a Mansão Crane está sem luz.
E
tem mais, não foi o vento que a derrubou. Alguém cortou a árvore com um
machado. Suspeito, não acham?
Isso
explica aquelas lascas de madeira que encontraram no tapete.
Nossos
amigos seguem seu caminho até o cemitério, e encontram facilmente o túmulo onde
Beth disse que o Cavaleiro Sem Cabeça está enterrado. Ou esteve enterrado, já
que o fantasma continua perambulando por aí. O problema é que ele está muito
bem fechado, e Fred não consegue abri-lo, nem mesmo com a ajuda de um pé de
cabra.
Ou
seja, o passeio ao cemitério foi uma grande perda de tempo. Mas de repente,
Velma consegue estabelecer a conexão entre as pistas que já encontraram. Então
eles pegam a Máquina de Mistério e correm até o aeroporto, onde esperam encontrar
o Cavaleiro Sem Cabeça.
É
hora de Fred preparar uma armadilha!
Eles
abrem um paraquedas e o estendem no hangar, pouco acima do avião, pendurando-o nas
vigas. Quando Fred der o sinal, Salsicha, Velma e Scooby-Doo cortarão as
cordas, e o paraquedas cairá sobre o Cabeça de Abóbora.
Mas,
como de costume, quando o Cavaleiro aparece e tenta dar a partida no avião,
Scooby-Doo faz uma trapalhada, acaba rasgando a lona do paraquedas e caindo no
colo da assombração.
Aí
acontece uma cena bem comum em desenhos animados: um avião desembestado,
fazendo manobras perigosas no ar, tentando derrubar um passageiro não
programado – geralmente um dos mocinhos do desenho; no caso,
Scooby. Daí o Salsicha tenta ajudar seu amigo canino e acaba sendo arremessado
também para cima do avião.
Depois
de várias manobras malucas, em que Salsicha acaba correndo agarrado ao trem de
pouso, o avião escapa de bater no prédio do hangar, e acaba se desmontando
inteiro, permitindo que nossos heróis capturem o fantasma, depois que Scooby-Dão
resgata os amigos e o Cavaleiro Sem Cabeça com uma rede de caçar passarinhos.
E
quem está por baixo da máscara com o rosto fantasmagórico de Elwood Crane é...
Não,
Salsicha. Acontece que esse vilão é ninguém mais, ninguém menos que o próprio
Elwood Crane. Ele estava atrás do diamante da tia Gertrude, e criou toda essa
farsa para surrupiá-lo.
Bem,
o policial vai garantir que ele fique perfeitamente acomodado numa cela na
cadeia.
Agora
contem, meninos, como foi que vocês resolveram esse mistério?
Pois
é, mas ele não contava com a astúcia da nossa trupe de detetives favorita.
Esse
Scooby-Dão... Ele ainda não entendeu que o mistério já foi solucionado, e continua
procurando pistas. E pegando peixes na piscina.
No próximo post, teremos uma caça a um fantasma fedorento e meio cegueta.
Até
lá! *-*
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita!
E já que chegou até aqui, deixe um comentário ♥
Se tiver um blog, deixe o link para que eu possa retribuir a visita.