Certa vez, no
primeiro ano do ensino médio, nossa professora pediu um trabalho de redação em
grupo que consistia em atualizar contos de fadas e incluir neles novos
personagens, a saber, os membros do grupo.
Cada grupo tinha
5 ou 6 alunos, e a escolha do conto era livre. Não foi surpresa que entre as
quatro turmas de primeiro ano de 2005 tenham sido feitas várias versões de
Branca de Neve e os Sete Anões, Cinderela e A Bela Adormecida.
Tentando fugir do
óbvio, a primeira escolha do meu grupo foi Peter Pan. Depois, não me lembro
porquê, mudamos para O Mágico de Oz.
Fizemos um
pequeno debate para decidir o que mudaria na história para torná-la mais atual.
Nós anotamos as ideias de todo mundo e combinamos que cada um escreveria sua
versão da história. Depois o grupo escolheria a melhor para o trabalho, ou as
melhores partes de cada uma e juntaria tudo para construir a história oficial.
Mas como apenas
eu cumpri a tarefa, o grupo decidiu usar a minha versão no trabalho.
Naquela época eu
já me aventurava a escrever – ou tentar escrever – livros, ainda que capenga.
Como dizem os profissionais literários, escrever bem requer prática – e eu
acrescento o constante exercício da leitura, que inspira, molda e prepara o
cérebro do escritor.
Recentemente,
enquanto reorganizava os arquivos no meu computador, eu encontrei o texto do
trabalho, e após conferir os evidentes erros de sintaxe e gramática, me
satisfiz em ver que, de modo geral, a ideia era boa, ainda que mal
desenvolvida. Então decidi reescrever, só por diversão. Mas por que reescrever
e deixar só no computador?
Espero que
gostem.
*O meu nome e dos
membros do grupo foram alterados nesta versão reescrita e os novos personagens
são:
David, o policial
Alexia, namorada
do Homem de Lata
Penélope,
assessora e melhor amiga de Dorothy
Mona, assistente
do Mágico
Melanie Morris, atriz
de cinema
Tamara, cirurgiã
plástica
Chamei esta
versão:
A Nova Aventura de Dorothy