Chegamos àquela época do ano em que muito se fala sobre união, família e
amor ao próximo. O Natal é o tema de que se encontra a mais ampla variedade de
filmes e episódios especiais em séries de TV. A maioria traz praticamente a
mesma história: uma família quer passar o natal unida, mas alguns membros moram
longe e acontece uma série de contratempos que põe em risco este plano tão
nobre.
Por tradição foram criadas canções e encenações diversas para
retratar o espírito natalino e algumas histórias já se tornaram símbolo desta
data. Talvez a mais tradicional de todas seja Um Conto de Natal, de Charles Dickens, que conta a história do
avarento Ebenezer Scrooge, que na noite de Natal recebe a visita do fantasma de
seu antigo sócio Jacob Marley, falecido no Natal há sete anos, e outros três
espíritos que pretendem ensinar ao velho Scrooge a importância da generosidade
e da união familiar.
Cada um dos três espíritos vem para lembrá-lo de seus familiares,
antigos amigos, amores, e também das pessoas com quem ele convive diariamente,
como seu empregado, o humilde Bob Cratchit, cuja história e família ele nunca
se importou em conhecer.
A cada passeio com os espíritos, uma geleira começa a derreter no
coração rabugento de Scrooge.
Algo que me chama atenção nesta história é a forma como Dickens
descreveu os três espíritos:
O primeiro espírito vestia uma túnica branca, com um cordão
luminoso na cintura, e trazia na mão um apagador que lhe servia de chapéu para
apagar a luz que pendia do alto de sua cabeça, mas à medida que a luz mudava de
lugar, parte de seu corpo desaparecia. Este era o fantasma dos natais passados,
refletindo o passado sombrio de Scrooge e a luz que ele deixara se apagar com
sua avareza.
O segundo espírito era um gigante vestido com um simples manto
verde. O fantasma do Natal presente parecia representar a esperança para o
velho Scrooge.
E o último espírito não tinha rosto, era um mero fantasma envolto
num manto negro, desconhecido como o próprio futuro deve ser.
Dickens criou uma fábula linda para ilustrar a importância de se
buscar ser uma pessoa melhor, e cultivar bons sentimentos e valores, e entender
que o importante não são os bens materiais, porque eles se corroem; o
importante é aquilo que permanece com as pessoas, os bons momentos, a família,
as pessoas queridas, os gestos de bondade e alegria, sem os quais a vida se
torna um terrível tormento.
Que neste Natal se possa cultivar estas dádivas e muitas outras, e
se lembrar que o sentido desta festa não é só dar e receber presentes, mas doar
um pouco de si para as pessoas queridas e amadas, e receber delas o que tem de
melhor.
Um Feliz Natal a todos e um Ano Novo cheio de Alegria, Paz e
Prosperidade!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita!
E já que chegou até aqui, deixe um comentário ♥
Se tiver um blog, deixe o link para que eu possa retribuir a visita.