Uma Luz No Fim Do Túnel

em sexta-feira, 5 de outubro de 2012




Divirtam-se agora com mais uma aventura de “Super-Pateta No Reino dos Purpurinas”. Episódio de hoje: A NOIVA E O FILHO DE CULLEN.
Desde que eu li o livro decidi não criar grandes expectativas em torno da primeira parte de Amanhecer. Meus motivos?
1 – Kristen Stewart não é uma grande atriz. A equipe de maquiagem até poderia deixá-la facilmente com cara de moribunda, mas daí a dizer que ela conseguiria incorporar todo o drama, bem... é uma outra história.
2 – A primeira parte giraria em torno da gravidez inesperada, e eu realmente apostava no remake de uma radionovela brasileira “O Direito de Nascer”, ou, na melhor das hipóteses um dramalhão mexicano contando a história de uma garota humana patética protegendo com lágrimas e poses de Monalisa o pequeno demônio que a estava matando no ventre – estou imaginando Thalia interpretando a Bella, mas ruim por ruim, fico com a original mesmo.
3 – Eu tentava imaginar como seria feita a transformação de Bellinha, a humana, na vampira quase sexy descrita no livro que, com o perdão dos rapazes que discordam, definitivamente não se encaixa com a atriz.
Resumindo, eu não botava a menor fé no talento da nossa fajuta protagonista... E:
4 – Chris Weitz, pelo visto achou que seria muito difícil colocar na tela o pesadelo que tanto fazia a Bella gritar em Lua Nova, de modo que eu não podia esperar grande coisa do único filme em que se podia ver, digamos, um drama plausível, mesmo com um novo diretor, Bill Condon.
Ok. Depois de ver o filme, eu só posso humildemente reconhecer que estava errada, e estamos diante do melhor filme da saga até agora. Mas que não deixou de ter os seus furos. Pelo menos, desta vez, teve um elenco de dublagem um pouco mais decente.
Tudo bem, vamos por partes.



O pesadelo que antecedeu a cerimônia ficou bom no filme, embora não seja o mesmo sonho do livro. Claro que a troca foi feita para não antecipar os acontecimentos ou dar dicas do que estava por vir – como se todo mundo já não soubesse o que aconteceria com Bella e sua turma! Mas realmente ficou bom. Daria um belo quadro para a decoração de Halloween.

Mas o quê...? Até os Cullen estão na pilha de corpos? Que falta de elenco de figuração...
Na cerimônia de verdade, Bella caminha pelo corredor com seu vestido branco, algo próximo de bonitinho, considerando todo o resto do guarda-roupa da personagem – como aquele uniforme de merendeira que ela usou no primeiro filme –; com um penteado bem mais ou menos, feito pela não-tão-má-assim Rosalie, estrategicamente escondendo suas orelhas salientes...
Tudo bem, é sacanagem brincar com esse tipo de coisa... Desculpa, Dobby, foi só uma brincadeirinha; você ainda é meu elfo preferido...
Na saúde e na doença, blá-blá-blá, e eles estão casados. Reparem que aquela foi a primeira vez em toda a saga que Edward não fez careta ao beijar a Bella.
 
Nos cumprimentos aos noivos surgiram novos personagens: Eleazar e Carmem – casalzinho simpático de novela mexicana; e as supostas “primas” do Alaska: Tanya, Kate e Irina. Basicamente figurantes no casamento. Não entendeu a aparição desse novo clã aos 37 do segundo tempo? Aguarde...


Grave bem este rosto! Se não trocarem a atriz, teremos notícias dela dando motivo para a história de Amanhecer – Parte 2 acontecer!
ATENÇÃO:
Mais um fato inédito na história da saga Crepúsculo: Bella abandona a cara de nojenta e dá um sorriso de gente ao agarrar o padrinho fujão Jacob Black na floresta escura!
Estava correndo tudo bem nessa cena, até o Jake dar um chilique por saber que Edward e Bella teriam uma lua-de-mel normal antes de transformá-la.

Alguém mande um DVD do filme para ele, por favor?! Com certeza vai acalmar os nervos...
 


Isto merece um tópico a parte:
A periclitante Jessica deixa bem clara sua inveja por Bella ter fisgado o vampiro bonitão;
Renée solta o gogó com sua morníssima canção de ninar;
Esme tem sua primeira fala com mais de cinco palavras nessa saga, e finalmente faz as vezes de Mama Cullen;
E Charlie faz uma ameaça pública ao novo genro – coitado, se ele soubesse...
Será que só eu achei essa parte totalmente A Grande Família?
Como diria Nelson Rubens, eu aumento, mas não invento!

Gente, os gringos precisam perder essa mania de retratar o Brasil como um carnaval ininterrupto. Que raio de samba de capoeira era aquele? Só faltou o Edward subir o Corcovado pra tentar caçar o leão que foi domesticado pela Nossa Senhora de Copacabana, para a papagaiada ser completa!
Uma coisa temos que admirar: Robert Pattinson estudou direitinho o roteiro e fez uma pronúncia razoável de suas falas em português.
Não entendi o porquê daquele beijo no meio da rua. Não estava no livro. Ah, tá, foi só para justificar a vinda ao Brasil. Ok. Fingimos que acreditamos...
 
Finalmente, a primeira noite do casalzinho meloso. ALELUIAAAAAAAA!!!!!!


Quebrar a cama, morder os travesseiros, destruir parte da janela, eu até entendo... Afinal, vampiro! Agora, Edward, como foi que você entortou aquele quadro...?

Depois disso, a lua-de-mel fica bem animada.

Até que, enfim, ela o seduz novamente.

O Prêmio de melhor coadjuvante dessa bodega vai para Carolina Virgüez, a atriz naturalizada brasileira que interpretou Kaure e avisou Bella que a criança iria matá-la.
E nesse momento também temos a melhor atuação de Pattinson neste filme.


No livro, a partir deste ponto, a história passa a ser narrada por Jacob. Então, vamos a ele: o protagonista por mérito desta parte da história.
Depois de latir mais alto e se tornar o lobo alfa da alcateia Quileute, Jake se torna o protetor/bichinho de estimação de Bella.
Uma das coisas que eu mais lamento que tenha sido cortada desse filme é a proposta indecente de Edward para que Jacob convença Bella a abortar a criança vampira, e tenha com o lobisomem quantos filhos quiser. Ou, como Jacob tão eloquentemente colocou no livro: “convidar a mulher do vampiro para fazer sexo e procriar. Que legal!”


É evidente que tal coisa nunca aconteceu, mas o diálogo da proposta foi bem engraçado. Aliás, eu esperava mais dor na interpretação do Edward na cena em que pede ajuda ao seu improvável amigo lobisomem.
Aos 40 minutos do segundo tempo, mais ou menos, Jacob tem uma ideia que só o Edward escuta na mente dele, e os Cullen passam a dar sangue humano para Bella beber e alimentar seu feto monstro – num copo com canudinho igual eu bebo coca-cola no McDonald’s, chique no urtimo! Porque, é claro que numa família de vampiros – todos com mais de cem anos de idade –, a garota gerando um pequeno vampiro, a última coisa que se imaginaria que a criança iria querer era sangue! E Jacob Black Cabral novamente descobriu o Brasil... Tudo bem, essa aberração veio do livro. Novamente, Stephenie Meyer trollando todo mundo, segurando a história no passatempo para nos surpreender com a solução mais óbvia possível. Se não fosse assim a história não faria tanto sucesso – e esta é a senhora de todas as ironias!


Alguém entendeu aonde foram Carlisle, Esme e Emmett? Caçar, buscar sangue para Bella, blá-blá-blá, mas voltaram de mãos vazias, notaram?! Ou eles só saíram de cena para dar um motivo pro Jacob enrolar a matilha do Sam com um caô qualquer, despachar os lobos rebeldes que insistiram em acompanhá-lo por toda parte, e dar um pouco mais de cena para os outros figurantes da família Cullen?


A melhor interpretação de Kristen Stewart na saga inteira – talvez da CARREIRA dela! – vem agora: O copo cai de suas mãos, ela tenta se abaixar para pegar, a coluna quebra e ela quase faz com a cintura o mesmo que a menina do Exorcista fez com a cabeça.

Essa foto não faz grande justiça, mas acreditem, foi exatamente assim! E notem: com a careta de dor, ela perdeu a cara de nojenta! #MilagreFutebolClube
CONGELA A CENA: Bella começa a cair; Rosalie e Alice estão ao seu lado, mas nem com toda a velocidade dos vampiros dessa saga elas movem um músculo sequer para segurar a mocinha contorcida. Resta ao Edward Cullen, o herói de nossa história entrar em ação, atravessando a sala correndo para impedir que Bella estraçalhasse a cuca no chão. Enquanto isso, as duas patetas ficam paradas, apenas assistindo tudo.
Sério que precisa de sátira besteirol um negócio desse?
AGORA É QUE SÃO ELAS:
Levam Bella para uma maca, onde Rosalie começa o parto sem esperar o efeito da morfina, Bella dá gritos de dor que finalmente fazem essa bodega valer a pena, pela primeira vez com uma excelente – percebam que eu disse EXCELENTE – interpretação (também sei elogiar quando merece), e Edward acaba rompendo a placenta com os dentes para agilizar o nascimento da criaturinha.
E na hora de salvar a vida de Bella, Jacob diz sobre Renesmee (a criança) a melhor frase do filme: “Deixa esse TROÇO longe de mim!” Como sempre, ele fica com as melhores falas do filme...
Parto feito, Bella morre – Finalmente! –, e assim todos vivem felizes para sempre. Fim.
Seria o final perfeito, né? Mas quis Stephenie Meyer que o livro continuasse; então o circo continua por mais algumas cenas.
Eu tenho um protesto a fazer: esqueceram de colocar o nome de Tim Burton nos créditos do filme! Sim, porque percebam a magreza esquelética de Bella Cullen em seu leito de morte. Implantaram o corpo do Jack Skelington nela e nem deram o crédito ao seu criador! É um absurdo isso...


Edward injeta seu veneno no coração da morta e começa a fazer massagem cardíaca pelos próximos dois séculos. Enquanto isso, Jacob chora agachado no mato. Em seguida entra na casa para estraçalhar a criaturazinha que matou a sua amada-idolatrada-salve-salve, e acaba caindo de joelhos aos pés de Renesmee assim que seus olhos se encontram.
O motivo?
Imprinting!
É uma espécie de magia negra do amor que torna a garota o centro de seu Universo, e todo esse blá-blá-blá romântico... Não temos tempo para isso.

Edward, no auge do desespero, começa a encher o corpo de Bella de dentadas, até que uma câmera embutida no milk-shake de chocolate que ela tomou nos bastidores começa a mostrar seus órgãos e tecidos internos se refazendo e os ossos colando de volta aos seus lugares.

E só para dar mais alguma emoção aos momentos finais da Comédia dos Horrores, a matilha de Sam declara guerra aos Cullen. Há uma luta entre os vira-latas e os figurantes da família, e o reaparecimento dos vampiros ausentes, Carlisle, Esme e Emmett, para ficar encarando os lobos até o surgimento heroico de Jacob, que dá um mortal de costas e cai incorporado num lobo, para dizer à matilha que não podem machucar a pequena monstrinha porque ela é o alvo de seu imprinting. E assim Jacob acaba salvando o dia, e Rosalie pode brincar de boneca mais um pouquinho.
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Palhaçada só para animar a última cena...
Retira-se toda a maquiagem de defunto, dá-se um banho de formol, e Bella se refaz linda e glamorosa, toda trabalhada em rímel e sombra cintilante.
E como eu já tinha previsto – atenção amigos, que ainda não me pagaram o dinheiro das apostas! –, ela abre seus novíssimos olhos vermelhos e a tela escurece!
Créditos, créditos, créditos...
E no próximo episódio da Comédia dos Horrores:
Como nunca falta uma ceninha extra para enunciar o que ainda está por vir, e deixar todo mundo cheio de expectativa por uma historinha chinfrim que na verdade não vai ter surpresa nenhuma, os Volturi recebem uma mensagem, escrita por uma secretária incompetente – que sem dúvida virou o lanchinho dos dois que a levaram para fora da cena –, com o anúncio de que Bella fora transformada. E Aro nos dá uma dica de que não deixará os Cullen em paz tão facilmente... Que novidade!
Bem, por hoje é só, mas logo estaremos de volta novamente. Eu aqui no meu velho e querido Blog, e você aí em todo o Brasil...
Pagando de Carlos Alberto de Nóbrega. Kkkk
Até a Parte 2 galera!
 

Um comentário:

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