Divirtam-se agora
com mais uma aventura de “Super-Pateta No Reino dos Purpurinas”. Episódio de
hoje: A NOIVA E O FILHO DE CULLEN.
Desde que eu li o
livro decidi não criar grandes expectativas em torno da primeira parte de
Amanhecer. Meus motivos?
1 – Kristen Stewart não é uma grande
atriz. A equipe de maquiagem até poderia deixá-la facilmente com cara de
moribunda, mas daí a dizer que ela conseguiria incorporar todo o drama, bem...
é uma outra história.
2 – A primeira parte giraria em torno da
gravidez inesperada, e eu realmente apostava no remake de uma radionovela
brasileira “O Direito de Nascer”, ou, na melhor das hipóteses um dramalhão
mexicano contando a história de uma garota humana patética protegendo com
lágrimas e poses de Monalisa o pequeno demônio que a estava matando no ventre –
estou imaginando Thalia interpretando a Bella, mas ruim por ruim, fico com a
original mesmo.
3 – Eu tentava imaginar como seria feita
a transformação de Bellinha, a humana, na vampira quase sexy descrita no livro
que, com o perdão dos rapazes que discordam, definitivamente não se encaixa com
a atriz.
Resumindo, eu não
botava a menor fé no talento da nossa fajuta protagonista... E:
4 – Chris Weitz, pelo visto achou que
seria muito difícil colocar na tela o pesadelo que tanto fazia a Bella gritar
em Lua Nova, de modo que eu não podia esperar grande coisa do único filme em
que se podia ver, digamos, um drama plausível, mesmo com um novo diretor, Bill
Condon.
Ok. Depois de ver
o filme, eu só posso humildemente reconhecer que estava errada, e estamos
diante do melhor filme da saga até agora. Mas que não deixou de ter os seus
furos. Pelo menos, desta vez, teve um elenco de dublagem um pouco mais decente.
Tudo bem, vamos
por partes.
O pesadelo que
antecedeu a cerimônia ficou bom no filme, embora não seja o mesmo sonho do
livro. Claro que a troca foi feita para não antecipar os acontecimentos ou dar
dicas do que estava por vir – como se todo mundo já não soubesse o que
aconteceria com Bella e sua turma! Mas realmente ficou bom. Daria um belo
quadro para a decoração de Halloween.
Mas o quê...? Até
os Cullen estão na pilha de corpos? Que falta de elenco de figuração...
Na cerimônia de
verdade, Bella caminha pelo corredor com seu vestido branco, algo próximo de
bonitinho, considerando todo o resto do guarda-roupa da personagem – como aquele
uniforme de merendeira que ela usou no primeiro filme –; com um penteado bem mais
ou menos, feito pela não-tão-má-assim Rosalie, estrategicamente escondendo suas
orelhas salientes...
Tudo bem, é
sacanagem brincar com esse tipo de coisa... Desculpa, Dobby, foi só uma
brincadeirinha; você ainda é meu elfo preferido...
Na saúde e na
doença, blá-blá-blá, e eles estão casados. Reparem que aquela foi a primeira
vez em toda a saga que Edward não fez careta ao beijar a Bella.
Nos cumprimentos
aos noivos surgiram novos personagens: Eleazar e Carmem – casalzinho simpático
de novela mexicana; e as supostas “primas” do Alaska: Tanya, Kate e Irina.
Basicamente figurantes no casamento. Não entendeu a aparição desse novo clã aos
37 do segundo tempo? Aguarde...
Grave bem este
rosto! Se não trocarem a atriz, teremos notícias dela dando motivo para a
história de Amanhecer – Parte 2 acontecer!
ATENÇÃO:
Mais um fato
inédito na história da saga Crepúsculo: Bella abandona a cara de nojenta e dá
um sorriso de gente ao agarrar o padrinho fujão Jacob Black na floresta escura!
Estava correndo
tudo bem nessa cena, até o Jake dar um chilique por saber que Edward e Bella
teriam uma lua-de-mel normal antes de transformá-la.
Alguém mande um
DVD do filme para ele, por favor?! Com certeza vai acalmar os nervos...
Isto merece um
tópico a parte:
A periclitante Jessica
deixa bem clara sua inveja por Bella ter fisgado o vampiro bonitão;
Renée solta o
gogó com sua morníssima canção de ninar;
Esme tem sua
primeira fala com mais de cinco palavras nessa saga, e finalmente faz as vezes
de Mama Cullen;
E Charlie faz uma
ameaça pública ao novo genro – coitado, se ele soubesse...
Será que só eu
achei essa parte totalmente A Grande Família?
Como diria Nelson
Rubens, eu aumento, mas não invento!
Gente, os gringos
precisam perder essa mania de retratar o Brasil como um carnaval ininterrupto.
Que raio de samba de capoeira era aquele? Só faltou o Edward subir o Corcovado
pra tentar caçar o leão que foi domesticado pela Nossa Senhora de Copacabana,
para a papagaiada ser completa!
Uma coisa temos
que admirar: Robert Pattinson estudou direitinho o roteiro e fez uma pronúncia
razoável de suas falas em português.
Não entendi o
porquê daquele beijo no meio da rua. Não estava no livro. Ah, tá, foi só para
justificar a vinda ao Brasil. Ok. Fingimos que acreditamos...
Finalmente, a
primeira noite do casalzinho meloso. ALELUIAAAAAAAA!!!!!!
Quebrar a cama,
morder os travesseiros, destruir parte da janela, eu até entendo... Afinal,
vampiro! Agora, Edward, como foi que você entortou aquele quadro...?
Depois disso, a
lua-de-mel fica bem animada.
O Prêmio de
melhor coadjuvante dessa bodega vai para Carolina Virgüez, a atriz naturalizada
brasileira que interpretou Kaure e avisou Bella que a criança iria matá-la.
E nesse momento
também temos a melhor atuação de Pattinson neste filme.
No livro, a
partir deste ponto, a história passa a ser narrada por Jacob. Então, vamos a
ele: o protagonista por mérito desta parte da história.
Depois de latir
mais alto e se tornar o lobo alfa da alcateia Quileute, Jake se torna o
protetor/bichinho de estimação de Bella.
Uma das coisas
que eu mais lamento que tenha sido cortada desse filme é a proposta indecente
de Edward para que Jacob convença Bella a abortar a criança vampira, e tenha
com o lobisomem quantos filhos quiser. Ou, como Jacob tão eloquentemente
colocou no livro: “convidar a mulher do vampiro para fazer sexo e procriar. Que
legal!”
É evidente que
tal coisa nunca aconteceu, mas o diálogo da proposta foi bem engraçado. Aliás,
eu esperava mais dor na interpretação do Edward na cena em que pede ajuda ao
seu improvável amigo lobisomem.
Aos 40 minutos do
segundo tempo, mais ou menos, Jacob tem uma ideia que só o Edward escuta na
mente dele, e os Cullen passam a dar sangue humano para Bella beber e alimentar
seu feto monstro – num copo com canudinho igual eu bebo coca-cola no
McDonald’s, chique no urtimo! Porque,
é claro que numa família de vampiros – todos com mais de cem anos de idade –, a
garota gerando um pequeno vampiro, a última coisa que se imaginaria que a
criança iria querer era sangue! E Jacob Black Cabral novamente descobriu o
Brasil... Tudo bem, essa aberração veio do livro. Novamente, Stephenie Meyer trollando todo mundo, segurando a
história no passatempo para nos surpreender com a solução mais óbvia possível.
Se não fosse assim a história não faria tanto sucesso – e esta é a senhora de
todas as ironias!
Alguém entendeu
aonde foram Carlisle, Esme e Emmett? Caçar, buscar sangue para Bella,
blá-blá-blá, mas voltaram de mãos vazias, notaram?! Ou eles só saíram de cena
para dar um motivo pro Jacob enrolar a matilha do Sam com um caô qualquer,
despachar os lobos rebeldes que insistiram em acompanhá-lo por toda parte, e
dar um pouco mais de cena para os outros figurantes da família Cullen?
A melhor
interpretação de Kristen Stewart na saga inteira – talvez da CARREIRA dela! –
vem agora: O copo cai de suas mãos, ela tenta se abaixar para pegar, a coluna
quebra e ela quase faz com a cintura o mesmo que a menina do Exorcista fez com
a cabeça.
Essa foto não faz
grande justiça, mas acreditem, foi exatamente assim! E notem: com a careta de
dor, ela perdeu a cara de nojenta! #MilagreFutebolClube
CONGELA A CENA:
Bella começa a cair; Rosalie e Alice estão ao seu lado, mas nem com toda a
velocidade dos vampiros dessa saga elas movem um músculo sequer para segurar a
mocinha contorcida. Resta ao Edward Cullen, o herói de nossa história entrar em
ação, atravessando a sala correndo para impedir que Bella estraçalhasse a cuca
no chão. Enquanto isso, as duas patetas ficam paradas, apenas assistindo tudo.
Sério que precisa
de sátira besteirol um negócio desse?
AGORA É QUE SÃO
ELAS:
Levam Bella para
uma maca, onde Rosalie começa o parto sem esperar o efeito da morfina, Bella dá
gritos de dor que finalmente fazem essa bodega valer a pena, pela primeira vez
com uma excelente – percebam que eu disse EXCELENTE – interpretação (também sei
elogiar quando merece), e Edward acaba rompendo a placenta com os dentes para
agilizar o nascimento da criaturinha.
E na hora de
salvar a vida de Bella, Jacob diz sobre Renesmee (a criança) a melhor frase do
filme: “Deixa esse TROÇO longe de mim!” Como sempre, ele fica com as melhores
falas do filme...
Parto feito,
Bella morre – Finalmente! –, e assim todos vivem felizes para sempre. Fim.
Seria o final
perfeito, né? Mas quis Stephenie Meyer que o livro continuasse; então o circo
continua por mais algumas cenas.
Eu tenho um
protesto a fazer: esqueceram de colocar o nome de Tim Burton nos créditos do
filme! Sim, porque percebam a magreza esquelética de Bella Cullen em seu leito de
morte. Implantaram o corpo do Jack Skelington nela e nem deram o crédito ao seu
criador! É um absurdo isso...
Edward injeta seu
veneno no coração da morta e começa a fazer massagem cardíaca pelos próximos
dois séculos. Enquanto isso, Jacob chora agachado no mato. Em seguida entra na
casa para estraçalhar a criaturazinha que matou a sua
amada-idolatrada-salve-salve, e acaba caindo de joelhos aos pés de Renesmee assim
que seus olhos se encontram.
O motivo?
Imprinting!
É uma espécie de
magia negra do amor que torna a garota o centro de seu Universo, e todo esse
blá-blá-blá romântico... Não temos tempo para isso.
Edward, no auge
do desespero, começa a encher o corpo de Bella de dentadas, até que uma câmera
embutida no milk-shake de chocolate que ela tomou nos bastidores começa a
mostrar seus órgãos e tecidos internos se refazendo e os ossos colando de volta
aos seus lugares.
E só para dar
mais alguma emoção aos momentos finais da Comédia dos Horrores, a matilha de
Sam declara guerra aos Cullen. Há uma luta entre os vira-latas e os figurantes
da família, e o reaparecimento dos vampiros ausentes, Carlisle, Esme e Emmett,
para ficar encarando os lobos até o surgimento heroico de Jacob, que dá um
mortal de costas e cai incorporado num lobo, para dizer à matilha que não podem
machucar a pequena monstrinha porque ela é o alvo de seu imprinting. E assim Jacob acaba salvando o dia, e Rosalie pode
brincar de boneca mais um pouquinho.
Senhoras e
senhores: eu lhes apresento a nova sensação do Photoshop internacional.
Diretamente de Nossa Senhora da Plástica para vocês por apenas R$299,99! Você
só encontra aqui um precinho assim!
Palhaçada só para
animar a última cena...
Retira-se toda a
maquiagem de defunto, dá-se um banho de formol, e Bella se refaz linda e glamorosa,
toda trabalhada em rímel e sombra cintilante.
E como eu já
tinha previsto – atenção amigos, que ainda não me pagaram o dinheiro das
apostas! –, ela abre seus novíssimos olhos vermelhos e a tela escurece!
Créditos,
créditos, créditos...
E no próximo
episódio da Comédia dos Horrores:
Como nunca falta
uma ceninha extra para enunciar o que ainda está por vir, e deixar todo mundo
cheio de expectativa por uma historinha chinfrim que na verdade não vai ter
surpresa nenhuma, os Volturi recebem uma mensagem, escrita por uma secretária
incompetente – que sem dúvida virou o lanchinho dos dois que a levaram para
fora da cena –, com o anúncio de que Bella fora transformada. E Aro nos dá uma
dica de que não deixará os Cullen em paz tão facilmente... Que novidade!
Bem, por hoje é
só, mas logo estaremos de volta novamente. Eu aqui no meu velho e querido Blog,
e você aí em todo o Brasil...
Pagando de Carlos
Alberto de Nóbrega. Kkkk
Até a Parte 2
galera!
Só vou comer a sua rainha.... rsrsrsrsrsrs bem bolado!
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