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em quinta-feira, 21 de junho de 2012


Não faz muito tempo, ouvi alguém dizer que a parte mais importante de uma história é o final. Bem, não discordando completamente, pois o final realmente é importante, já que é a parte que faz o leitor se satisfazer ou se decepcionar com todo o resto, e normalmente é o que os faz determinar a história como boa ou ruim, acho que a parte mais importante é o começo.
O primeiro parágrafo de um livro ou de um conto é o que cativa o interesse do leitor, como se o tomasse pela mão e o conduzisse através da história até o final.
Quando eu leio as primeiras linhas de um livro, e elas não me trazem nenhuma curiosidade sobre o que está por vir, eu o deixo de lado, ou em raras ocasiões, dou uma espiadinha no final para saber se pode valer a pena ler tudo. Mas quando as primeiras linhas me prendem, a tal modo que eu só me dê conta de que já fiz esta avaliação depois de ter lido duas ou três páginas, eu vou até o fim.
Alguns autores têm a habilidade de nos cativar desde a primeira sentença. Pensando nisso, vou citar aqui alguns inícios de livros e contos que têm conquistado leitores há muito tempo – e alguns há pouco tempo:


“Todas as famílias felizes se parecem, cada família infeliz, é infeliz à sua maneira.” (Anna Karenina, de Liev Tolstói)





“Eu nasci em uma sexta-feira treze à meia-noite. Muitas pessoas disseram que eu seria muito infeliz durante toda a vida por causa disso e que seria capaz de ver fantasmas e falar com espíritos. Infelizmente, nunca encontrei nenhuma alma penada. Gostaria de tirar minhas dúvidas sobre o mundo dos espíritos, mas não tive esse privilégio. Quanto à infelicidade, vocês podem tirar suas próprias conclusões depois de lerem este relato.” (David Copperfield, de Charles Dickens, talvez um dos inícios mais conhecidos).


“Num lugar da Mancha, de cujo nome não quero me lembrar, vivia, não há muito, um fidalgo, dos de lança em cabido, adarga antiga, rocim fraco, e galgo corredor.” (Dom Quixote, de Miguel de Cervantes)




“O físico Leonardo Vetra sentiu cheiro de carne queimada e sabia que era a sua. Levantou os olhos, aterrorizado, para a figura sombria que o dominava.” (Anjos e Demônios, de Dan Brown)



“Casa do Templo 20h33

O segredo é saber como morrer.” (O Símbolo Perdido, de Dan Brown)




“Esta é a história de um triângulo amoroso — suponho que este seria o nome — formado por Arnie Cunningham, Leigh Cabot e, naturalmente, Christine. Quero que compreendam, no entanto, que Christine chegou primeiro. Ela foi o primeiro amor de Arnie e, embora eu não tenha a presunção de garantir (de qualquer modo, não após os altos níveis de sabedoria que alcancei, em meus 22 anos), creio que ela foi seu único e verdadeiro amor. Portanto, chamo de tragédia ao que aconteceu.” (Christine, de Stephen King)



“O médico acordou assustado. Estivera sonhando mais uma vez com a velha casa de Nova Orleans. Havia visto a mulher na cadeira de balanço. Havia visto o homem de olhos castanhos.” (A Hora das Bruxas, de Anne Rice)




“Nunca pensei muito em como morreria – embora nos últimos meses tivesse motivos suficientes para isso –, mas, mesmo que tivesse pensado, não teria imaginado que seria assim.” (Crepúsculo, Stephenie Meyer)


É curioso como alguns primeiros parágrafos de livros podem nos deixar curiosos pelo que vem a seguir. Mas hoje eu estou mesmo curiosa para saber quem vai correndo procurar um destes livros para conhecer melhor a história...
Me contem depois.


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