Toda
história tem muitos lados, muitas facetas; essa é uma premissa tão antiga
quanto verdadeira. Foi pensando nisso que a editora Galera Record resolveu
publicar novos contos de fadas, com outras versões de histórias que conhecemos
desde os primórdios de nossas vidas.
Se
por um lado O Livro das Princesas não
trouxe grandes novidades, O Livro dos
Vilões é um prato cheio para quem gosta de conhecer novas óticas dos contos
de fadas, e lança novas luzes sobre personagens tão conhecidos e indesejáveis nos
contos.
Autores: Cecily von Ziegesar, Carina Rissi, Diana Peterfreund, Fábio YabuEditora: Galera RecordPáginas: 320Gênero: Contos de Fadas | Jovem Adulto
Sinopse:Pessoas boazinhas são tão chatas. Não há nada melhor do que um bom vilão. Sei do que estou falando. Também tenho meus momentos de maldade, vocês me conhecem bem...Por isso mesmo estou certa de que vão se divertir muito com este livro: Irmãs que amam sapatos e odeiam a meia-irmã - muito natural, é claro; uma madrasta hilária viciada num app para iPad e em experiências com venenos, huahuahua; uma bruxa que me lembrou muito dos tempos do colégio; e um lobo com crise de consciência... vai entender!Então vamos parar de enrolação! Se estiverem na praia, peçam uma bebida bem geladinha e ajeitem seus óculos escuros, porque é impossível parar de ler as novas histórias desses vilões cheios de classe e... maldade!Você sabe que me ama.Xoxo, Blair Waldorf.EEEEE
O
livro que nos traz releituras dos clássicos contos de fadas, pela ótica dos
vilões, tentou redimi-los perante o público, contando, digamos, o outro lado da história, em que os
vilões, na verdade, foram vítimas de alguns dos tradicionais mocinhos. Mas a
ideia funciona só até certo ponto.
Como
o livro nos traz quatro contos escritos por autores diferentes, vamos falar de
cada um individualmente.
EEEEE
#Stepsisters – Sobre Sapatos e
Selfies, da autora de Gossip Girl, Cecily von Ziegesar,
é protagonizado pelas meias-irmãs da Cinderela – Cindy, nesse caso –, Nastia e
Dizzy – Anastásia e Drizella no original. Achei curioso que ela tenha escolhido
falar das irmãs, já que a grande vilã
da história da gata borralheira é sua madrasta malvada, mas ok. Todos
conhecemos a mania de Cecily com as adolescentes
do Uper East Side.
Nastia
e Dizzy são duas patricinhas mimadas e irritantes, que obrigam sua meia-irmã
pobretona a fazer todo o trabalho sujo: seu dever de casa, suas provas e
trabalhos de escola, passar a noite na fila das liquidações de lojas famosas,
para que elas não percam os acessórios em que estão interessadas... E
exatamente como no conto original, a mocinha nos é apresentada como uma vítima
conformada do mau caráter e do bullying
das duas patricinhas. E assim como a princesa do conto, Cindy também conquista
a simpatia de uma fada madrinha: o vendedor da Christian Louboutin, cujo estoque
ela ajudou a arrumar antes do início da liquidação, e de quem acabou ganhando
não um, mas dois pares de sapatos grátis – exatamente os desejados por suas
irmãs, e sem temer que elas os furtem, pois seus pés gigantescos nunca caberiam
nos sapatos minúsculos de Cindy.
Com
a ajuda do vendedor, Cindy vai ao baile da Elite Adolescente de Nova York, onde
dança com um príncipe... Blá-blá-blá... Aquela história enfadonha que todos
conhecemos. Só que aqui há uma pequena diferença: se por um lado, as
meias-irmãs patricinhas são um pé no saco, Cindy, depois de experimentar o
glamour por uma noite, não fica muito atrás. Até sua “fada madrinha” percebeu
isso, e deu no pé assim que possível, deixando a moça sozinha para lidar com a
confusão das meias-irmãs e as manchas de vômito em sua cobertura. Um horror!
Quem
leu minha resenha sobre o primeiro volume da série de livros Gossip Girl – cuja série de TV não
assisti e não sei se um dia assistirei –, conhece minha opinião sobre os
adolescentes criados por Cecily von Ziegesar: um desfile de personagens
intragáveis. Aqui não é diferente. Podem colocar a culpa na minha tão conhecida
implicância com a Cinderela, mas a verdade é que Cecily nos proporcionou apenas
mais uma versão idêntica a todas as versões desse conto que a Disney adora nos
enfiar goela abaixo mais ou menos a cada cinco anos – A Nova Cinderela, com Hilary Duff e Chad Michael Murray; O Outro Conto da Nova Cinderela, com
Selena Gomez e a verdadeira voz de Zac Efron no High School Musical Drew
Shelley; A Nova Cinderela: Era Uma Vez
Uma Canção, com Lucy Hale e Freddie Stroma; A Nova Cinderela: Se o Sapato Servir, com a nova princesa da
emissora Sophia Carson, que precisa melhorar o repertório musical para fazer
jus à linda voz e aos seus maravilhosos graves, e Thomas Law; e daqui três
anos, provavelmente teremos outro. Só espero que não seja baseado nesse conto,
porque, crendeuspai...
Cecily
pode até ter acertado a mão com Serena – aleluia, irmãos! A única personagem
tolerável naquele emaranhado de adolescentes malas em Gossip Girl. Bem, ela e seus amigos pobres, Dan e Vanessa... Mas
nessa sua versão da Gata Borralheira, nem Cindy, nem o
Príncipe-na-verdade-não-tão-encantado-assim, nem as irmãs patéticas que ela
deveria ter tentado redimir, nem a fada madrinha fantasiada de pirata da moda
(não perguntem!), apesar de que, se eu tiver que apontar um personagem, pelo
menos razoavelmente tolerável, é ele!
É
uma história fútil, sem texto nem contexto, que vai basicamente do nada a lugar
nenhum. A boa notícia é que o conto é curtinho, então, não desanime. Siga em
frente, porque o restante do livro é bem melhor do que esse besteirol da rainha
da bobagem da Quinta Avenida.
MENINA VENENOAutora: Carina RissiEditora: Galera RecordPáginas: 192Gênero: Conto de Fadas | Chick-lit
Sinopse:Contada sob a perspectiva ferina e cheia de humor ácido de Malvina, a madrasta, essa história vai te surpreender. Da mesma autora da série best-seller Perdida. Você conhece a história de uma certa princesa que sofreu inúmeras tentativas de assassinato por sua madrasta, uma delas com uma maçã envenenada. O bem contra o mal, a indefesa donzela ameaçada pela perversa Rainha... É bonito, não é mesmo? Francamente, me embrulha o estômago só de falar dessa história da carochinha. Eu não sou uma bruxa, não sou má e eu nunca planejei matar ninguém. Por anos, fui a maior modelo do planeta, o nome mais poderoso do mundo da moda... Até o dia em que a insossa da minha enteada, Bianca, roubou a minha maior campanha. Dá pra acreditar? Bianca é tão sonsa... e tem esse arzinho azedo e avoado que me dá vontade de voar no pescoço dela... Eu sei, parece mesmo que eu fiz tudo o que a imprensa me acusa de ter feito. Mas não foi bem assim. Senta aqui e me ouça até o fim. Depois me diga se acha mesmo que mereço o título de Rainha Má... Talvez só Rainha seja muito melhor.EEEEE
Menina Veneno,
da minha atual autora favorita – carecia esse esclarecimento, gente? Falando
sério...? – Carina Rissi, recria a história da Rainha Má. Neste caso, a mais
bela de todas – literalmente! Tem até um aplicativo disposto a confirmar isso –
é uma top model internacional, badaladíssima, apontada por jornais e revistas
como a Rainha das Passarelas. Mas sua vida nem sempre foi um conto de fadas.
Malvina Neves cresceu num orfanato, venceu por conta própria, com uma pequena
ajuda de Henrique, o homem com quem se casou – mas só depois de já estar rica e
famosa –, e que, ao morrer num acidente, deixou de herança a inconveniente
tutela de sua filha adolescente, Bianca Neves. A moça tenta seguir os passos da
madrasta nas passarelas, e está prestes a tomar seu lugar na campanha de um
perfume que fez a fama e a fortuna de Malvina, quando, depois que uma pequena
tramoia da madrasta dá muito errado, a moça é dada como morta.
Você
deve estar pensando: natural, a Rainha Má deu um fim na Branca de Neve; todo
mundo sabia que isso iria acontecer. Só que, nesse caso, não era bem isso que
Malvina queria. Não que a morte da enteada fosse exatamente inconveniente...
Acontece
que a história ainda não tinha acabado, afinal, a mocinha ainda não tinha
mordido uma maçã envenenada vermelha como sangue. E não será bem veneno o que
quase colocará fim à vida da menina ao provar a suculenta torta de maçã. E, na
verdade, de novo, a coisa não foi exatamente culpa da Malvina.
E
então Bianca contará uma versão um pouco diferente dos fatos que nos foram
apresentados por sua madrasta desde o início do conto: colocando-se, como já
era de se imaginar, como vítima da história, depois que Malvina já tinha nos
explicado, a seu modo, que a moça não era exatamente uma santa, e que
inadvertidamente tinha se intrometido no flerte da madrasta com um boy magia
qualquer... Bem, mas essa não é a questão importante. O caso é que Bianca
gostava de seguir a madrasta como uma sombra, e agora está virando a mesa
contra ela. Sabe aquele confronto básico entre duas colegas de classe, em que cada
uma conta uma versão diferente da mesma história para a professora, cada uma se
colocando na posição de vítima e tentando convencer a plateia de que a outra é
a vilã? É mais ou menos o que acontece. Ouvimos duas versões da mesma história
– a de Bianca muito mais coesa que a de sua madrasta, que narrou a história
inteira, e que não negou em momento nenhum que estava cheia de culpa no
cartório, embora quase ter matado a enteada duas vezes não tenha sido
intencional –, e no final fica difícil tomar partido de qualquer uma das duas.
Dá um pouquinho de dor no coração ver como a Malvina é colocada na posição de
vilã, um pouquinho de raiva de ver Bianca sendo a “mocinha” da história, e uma
vontade maior ainda de estapear as duas para pararem de frescura.
Curiosamente,
apesar de ter sido escrito pela minha confessa autora favorita, esse não foi o
meu conto favorito do livro. E mesmo tendo lido as duas versões – a do Livro
dos Vilões, e a da publicação individual estendida – Menina Veneno não chega
aos pés dos maravilhosos romances da autora. Malvina está muito longe de ser
engraçada e carismática como as protagonistas de Carina Rissi costumam ser –
achei ela um pouco descompensada, confusa, e até um tanto imatura, sem falar
que alguns de seus planos devem ter vindo da escola de bruxas de Descendentes,
da Disney –, apesar de eu ter simpatizado bastante com ela, e até torcido para
ela se dar bem no final – principalmente porque a Rainha Má é, sempre foi e
sempre será, minha vilã favorita dos contos de fadas; uma confissão que me
deixa um pouco preocupada, e que certamente deveria me encaminhar para terapia.
Malvina não é propriamente má, mas faz escolhas bastante duvidosas, e está
frequentemente colhendo os frutos de seus planos mal elaborados.
Enfim,
esse não foi o maior acerto da autora, mas não é ruim, não. Estruturalmente, é
o conto que mais se aproxima do original, e ainda tem aquele toque especial de
ironia e personagens cativantes – leia-se: motorista
gente boa da Malvina – que Carina Rissi sabe fazer tão bem.
EEEEE
Falando
em contos que nunca estiveram nas minhas boas graças – tal qual Cinderela –, Quanto Mais Afiado o Espinho, da Diana
Peterfreund, recria o passado adolescente de Malévola – Malena, nessa versão –,
a vilã de A Bela Adormecida, que não tem o rosto distorcido pela maquiagem
acinzentada de Angelina Jolie, nunca foi uma fada boa, e nem chegaria algum dia
a ser glamorosa.
Nessa
versão, Malena vivia escondida em sua casa com a mãe, porque as pessoas da cidade costumavam hostilizá-las por serem
bruxas. Só que isso, na verdade, não tinha muito a ver com magia, e mais com o
cultivo e conhecimento de plantas e ervas para fins diversos.
Acontece
que Malena está crescendo, e tem vontade de sair da toca, conhecer pessoas,
tentar fazer amigos, e curtir um pouco a vida. Então ela convence a mãe a deixá-la
frequentar a escola, em vez de simplesmente aprender em casa, como fez até
então.
E
é nessa liberdade condicional que Malena conhece Flo, Fawn e Marie – lembra das
fadinhas boas? –, três adolescentes que costumam frequentar a piscina
comunitária do bairro, e que se tornam suas melhores amigas... Até descobrirem
quem ela é, e iniciarem pessoalmente todos os boatos que passaram a assombrar a
bruxinha nos corredores da escola. Depois de um incidente bizarro envolvendo a
nova amiga do trio, Rory, a garota nova na cidade que mora numa das mansões
recém-construídas num bairro nobre, e que, não por acaso, está namorando o
mesmo cara que tinha iniciado um romance com a bruxa – e que aqui não é
Phillip, mas Pierce –, Malena decide dar um basta no bullying que anda sofrendo, e se vingar das garotas.
Ela
utiliza seu conhecimento das diversas propriedades de cada planta para preparar
um sonífero, e colocar nas bebidas das quatro garotas durante a festa de
aniversário de Rory – afinal, botar garotas para dormir será a especialidade
dessa bruxa um dia –, mas seu plano acaba dando ridiculamente errado. Ou quase.
Apesar
de abordar temas bem atuais, como bullying
e drogas, eu sinceramente não sei de qual conto gostei menos, esse ou o das
irmãs da Cinderela, mas os motivos são bem distintos. Se no de Cecily von
Ziegesar o que me incomodou foi a futilidade dos personagens, as armações
absurdas, e a ausência de contexto, nesse, foi o clichê, e a ingenuidade de uma
das vilãs mais icônicas de todos os tempos. A Disney já tinha feito isso, mas
pelo menos se deu o trabalho de lhe dar o rosto da divina ex Sra. Pitt para
amenizar a tragédia. Diana Peterfreund simplesmente enterrou o espinho bem
fundo na dignidade da bruxa, e nos colocou para dormir...
EEEEE
A
grande surpresa nesse Livro dos Vilões foi guardada para o final. Eu tinha as
maiores expectativas concentradas na minha diva literária nacional favorita,
mas aconteceu que o melhor conto do livro foi escrito por outro compatriota de
quem eu nunca havia lido coisa alguma.
Fábio
Yabu – prazer, querido; só te conhecia de nome, mas agora quero conhecer suas
obras – contribuiu para o livro com o vilão mais improvável: o Lobo Mau.
Improvável porque é difícil pensar numa maneira de redimir – ou até mesmo
condenar – alguém que é motivado unicamente pela fome – desconsiderando, é
claro, aquela pequena dose de malandragem que o levou a vestir as roupas da
Vovó que lhe serviu de jantar, para enganar a menina que estava passeando no
bosque e que ele queria de sobremesa. O Lobo Mau apenas estava numa posição
mais alta na cadeia alimentar do que Chapeuzinho Vermelho e os Três Porquinhos.
Simples assim. Era difícil pensar numa releitura do conto que não caísse no
clichê de transformá-lo em lobisomem.
Então
Fábio Yabu fez o impensável. E sacou da manga um conto tão brilhante por sua
singeleza, que conseguiu a proeza de ofuscar a Carina Rissi!
A
história é bem simples: enquanto nós lemos e relemos, contamos e recontamos os
contos de fadas, lá no Reino Encantado, todos os nossos personagens tão queridos
estão presos ao roteiro. As histórias se repetem, e se repetem, infinitamente,
cada vez que alguém lê ou conta cada uma delas no nosso mundo. E no pequeno
intervalo em que ninguém as está narrando, o Lobo Mau reconstitui suas feridas,
retira as pedras que o Caçador costurou em sua barriga, recoloca seus órgãos
internos e ossos de volta em seus lugares, e se recupera para mais uma facada
na barriga e mais uma morte dolorosa mais tarde, quando outra pessoa estiver
contando a história mais uma vez. Ninguém se atreve a questionar esse destino
repetitivo, por medo Dele. O temido,
onipresente, onisciente, onipotente. Ele
que controla tudo naquele Reino: o Narrador.
Ele
é uma espécie de divindade daquele mundo, cujo poder e autoridade ninguém tem
coragem de desafiar. Só aconteceu uma vez. Um conto de fadas há muito esquecido
fez o que nenhum deles tem coragem de fazer, e foi severamente punido: banido
para sempre para o Esquecimento. O Inominável, como ficou conhecido esse
personagem transgressor, e seu destino horrendo foi o que manteve todos os
personagens calados e comportados por tantos séculos. Mas agora o Oitavo Anão
decidiu aproveitar a revolta e o desgosto do Lobo Mau, por ter que viver seu
destino tétrico incansavelmente, para convencê-lo a aproveitar uma brecha, o
ponto cego do Narrador, que acontece de tempos em tempos, e utilizar o último
portal para escapar do Reino Encantado.
Com
a fuga do Lobo, o Narrador fica enlouquecido, a ponto de querer destruir o
Reino todo para trazê-lo de volta à história.
O
conto é narrado em dois espaços diferentes. Enquanto o Reino Encantado está à
beira do caos, prestes a experimentar a ira de sua divindade, no mundo real,
uma menininha de cinco anos acorda certa noite com um lobo embaixo de sua cama.
Acontece que o Lobo Mau não é tão mau assim, e constrói um lindo laço de
amizade com a menina, que termina de maneira trágica. O Lobo se torna o herói
da história no nosso mundo, a história ganha proporções imensas, vira livro, a
Disney faz um filme, e o lindo conto de amizade entre A Menina e o Lobo se torna o mais querido conto de fadas moderno.
Seria perfeito, se o Lobo Mau não tivesse sido mandado de volta para o Reino
dos Contos de Fadas, para travar uma batalha final contra o Narrador, que
diante da nova popularidade conquistada pelo Lobo, já não parece mais tão
poderoso assim.
O
conto nos traz uma inteligente lição sobre enfrentar nossos medos, e sobre ter
coragem de buscar mudanças. Às vezes, o monstro que nos assombra (apavora) não
é tão perigoso assim; é o medo que nos convence de que ele é, como ficou
provado com a revelação da identidade do Narrador – em que o autor fugiu de
todos os clichês que já tinham me passado pela cabeça. O personagem não é
particularmente significativo, mas foi surpreendente. E serviu como uma luva
para demonstrar o ridículo da situação, e a coisa absurda que estava provocando
tanto medo nos personagens.
A
Menina e o Lobo é de longe o melhor conto do livro, e foram os autores
brasileiros que basicamente fizeram O Livro dos Vilões valer a pena.
Afinal,
o fato de toda história ter dois lados, não significa que algum deles seja
bom...
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