Existem Mais Monstros Esquisitos No Triângulo das Bermudas do Que o Cinema Se Dispôs a Mostrar...

em terça-feira, 28 de novembro de 2017


Seguindo em frente com a saga dos novos heróis do Olimpo, preciso admitir que O Mar de Monstros foi mais animado no filme, mas já comentei aqui que os livros e os filmes do Percy Jackson nos trazem histórias completamente diferentes. Até porque, se já foi difícil colocar um centauro em cena, imagina uma dúzia? E conseguir convencer Pierce Brosnan (a.k.a. James – elegância – Bond) a encarar mais um filme como personagem secundário, coberto de pelos indesejáveis e ostentando uma bunda de cavalo, haja dracma!
E, só para constar, não foi nem nessa parte nem nessa forma que Cronos se ergueu do caixão. Mas, enfim...


PERCY JACKSON E O MAR DE MONSTROS
Título Original: The Sea of Monsters
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 304
Gênero: Fantasia

Sinopse: 
O Mar de Monstros é o segundo volume da série Percy Jackson e os Olimpianos, best-seller do The New York Times. Nessa nova aventura, Percy e seus amigos estão em busca do Velocino de Ouro, único artefato mágico capaz de proteger da destruição seu lugar predileto e, até então, o mais seguro do mundo: o Acampamento Meio-Sangue. Com o envenenamento da árvore de Thalia por um inimigo misterioso, as fronteiras mágicas que protegem o Acampamento estão ameaçadas, e é preciso buscar o antídoto.Assim, nossos heróis partem em uma arriscada e incrível viagem pelo Mar de Monstros, localizado nas coordenadas 30-31-75-12: uma referência ao Triângulo das Bermudas. Lá, enfrentam seres fantásticos e muitos perigos e situações inusitadas, que põem à prova seu heroísmo e sua herança – quando Percy irá questionar se ser filho de Poseidon é uma honra ou uma terrível maldição. Combinando fatos contemporâneos com mitologia, fantasia com erudição, O Mar de Monstros diverte, encanta e ensina pais e filhos.
EEEEE


Como na primeira resenha, vamos salientar algumas diferenças entre o livro e o filme (sem grandes spoilers):
Batalha contra lestrigões, e Percy, indiretamente, botando fogo em mais uma escola. Só lendo o livro para conhecer esses detalhes.
A Névoa não é um perfume da Jequiti. É um véu sobrenatural que impede que os humanos vejam coisas estranhas, como monstros e batalhas épicas entre heróis meio-sangues e deuses revoltados. O nível de Névoa para os meio-sangues no mundo real varia, e pode impedir que eles percebam algumas coisas de cara, também. Principalmente antes de saberem que possuem algumas gotas de sangue Olimpiano.
A missão de ir em busca do Velocino de Ouro realmente  foi dada à Clarisse pelo novo diretor de atividades do Acampamento Meio-Sangue (que era Tântalo; o Sr. D. era o diretor DO Acampamento), mas Percy, Annabeth e Tyson não saíram simplesmente por conta própria. Tiveram uma ajudinha de um deus muito simpático para fazer as malas e embarcar num cruzeiro de luxo. Grover estava ausente nessa época, em sua missão de procurar o deus desaparecido Pan.
A batalha contra Caríbidis foi mais interessante no filme, e o encontro dos três heróis com o navio Confederado de Clarisse também.
Ao contrário do filme, Skýlla (ou Cila, se preferir), a outra guardiã do Mar de Monstros aparece no livro.
Percy e Annabeth ainda enfrentam outros dois obstáculos antes de alcançar a ilha de Polifemo, que é bem diferente da ilha/parque de diversões mostrada no filme. Para começar, não tem parquinho. Mas tem uns carneiros carnívoros doidinhos por um filé de carne de meio-sangue...
Ah, sim, e como mencionei lá no começo da resenha, Cronos não se levanta do caixão nesse livro. Esse final deve ter sido criado simplesmente para encerrar a saga prematuramente no cinema.
Em O Ladrão de Raios eu me abstive de votar, mas aqui eu tenho que admitir que gostei mais do filme do que do livro, mas opinião é algo pessoal, então, não se deixe influenciar por isso se estiver pensando em ler o livro. Leia! Ele é bom. Só achei que o filme contou uma versão mais coesa da história, limitando-se ao que era realmente importante, e adaptando passagens mornas em cenas com mais ação, o que funciona melhor nos filmes. No geral, ambas as histórias são muito boas, mas a versão do filme é mais atrativa para quem gosta de aventuras mais ágeis.
* Na saga de Harry Potter os Elfos Domésticos eram responsáveis pela limpeza e pela cozinha na casa dos bruxos e no castelo de Hogwarts. No Acampamento Meio-Sangue botaram as Harpias para trabalhar. Alguém aí conhece leis trabalhistas? Se pode ficar difícil para os seres humanos, com quantos anos de serviço esses monstros poderão se aposentar? Mil e duzentos?
* Ok, Tyson era um ciclope legal e estava na área de alcance da explosão. Normal que Percy lamente por ele, seu meio-irmão e tudo mais. Mas gente, ninguém se preocupou em perguntar o que aconteceu com a Clarisse? Esse ódio no coração não é coisa de Zeus, não, meninos! Não vai levar vocês para o Elísio...
* Barba Negra era um filho de Ares. Ai, meus deuses...
* Percy Jackson louco para adotar os tratamentos de beleza no spa de Circe... Vou nem comentar para que time ele torce...
* Polifemo não tem tipo, tem pressa! Se não dá para casar com Grover, então vai a Clarisse, mesmo. O importante é desencalhar o ciclope!
* Ninguém pode acabar aplaudido que nem mosquito se não tomar cuidado! Estou avisando!
* Seu irmão é o caduceu de Hermes! Enfia logo a espada nos cornos no zoiudo! Humpf!
* Alguém precisa amordaçar a Clarisse! Onde já se viu, provocar um gigante capaz de levantar pedras de três toneladas, quando se está a bordo de um navio pirata de mais de trezentos anos? Se Percy e Tyson não fossem filhos de Poseidon, estariam todos muito lascados... É como dizem: ou cérebro ou músculos. Zeus – e pelo visto, Ares, também – dificilmente concede os dois.
* Tyson, seu fofo! Sua ingenuidade é encantadora. Sua sinceridade, então, nem se fala. Peguei a síndrome da Angelina Jolie: nunca pensei que um dia eu fosse ter vontade de adotar um jovem ciclope...
* Francamente, Poseidon... Se era para escrever uma única palavra composta, não compensava nem gastar selo! Não dava para fazer aparecer a mensagem na água da privada e esfregar na fuça do Percy, não? Se eu fosse o Hermes cobrava uma taxa extra por esse abuso...
* Ah, sim... E por falar no mensageiro dos deuses... Como pode um cara aparecer duas vezes e se tornar minha divindade grega favorita? E como pode um cara tão bacana, tão paternal, ter um filho escroto como o Luke? Explica isso, tio Rick!
* Aliás, tio Hermes, como eu faço para conseguir uma caneta com cobrinhas igual a sua? Se eu emprestar essa, certeza que ela volta. Na hora!
* De volta ao Casos de Família: Quíron, o centauro gente boa que treina os heróis, é filho de Cronos, o Titã do mal que castrou o próprio pai, e que gostava de jantar os próprios filhos; e que também é pai de Zeus, que destronou Cronos e o lançou nas profundezas do Tártaro. Zeus também é irmão do Hades, e o condenou a viver no Mundo Inferior, cuidando das almas dos mortos, sem tempo nem para pentear as chamas do cabelo, nem para arrumar uma esposa direito, o que o levou a raptar a filha de sua irmã, e condená-la a viver com ele no Mundo Inferior que ela odeia. E nenhum dos dois se entende com Poseidon porque... o reino dele é molhado demais? Zeus ainda traiu Hera – sua esposa e irmã – com meio mundo de deusas e mortais, e teve uma pancada de filhos ilegítimos. E Percy, depois de quebrar o galho do senhor do Mundo Inferior, deve ter se tornado o sobrinho favorito da besta, o que provavelmente aumentou o ódio de Zeus por ele. Reunião de família deve ser animada, hein...

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