Quem Não Tem Sanduíche de Presunto, Enche a Pança de Panquecas...

em segunda-feira, 30 de abril de 2018

Dos episódios perdidos de Chaves ressuscitados pelo SBT em 2011, nenhum me fez rir tanto quanto Panquecas Pra Dentro, Barriga Pra Fora. O que fiquei me perguntando é por que o deixaram escondido por tanto tempo?
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[As Noivas de Robert Griplen] Capítulo 14 - A Última Noite

em sexta-feira, 27 de abril de 2018

Susan se apressou para casa, com o coração apertado no peito. Embora não devesse sequer estar pensando nisso, ela se perguntava se a paixão que sentira por Bellingham fora real, ou se era somente o fascínio que Robert Griplen usava para seduzir suas noivas.
Havia uma carruagem parada em frente ao jardim de sua casa quando retornou. A madeira era escura, de um tipo comum, mas Susan reconheceu imediatamente os cavalos do Dr. Prynne.
Apressou-se para dentro. A sala estava deserta, mas da entrada ela conseguiu ouvir os gritos desesperados de Anne no quarto, e correu em seu socorro. O Reverendo Bichop e a Sra. Garber estavam lá em cima, tentando convencê-la de que faziam isso para o seu bem, mas Anne se debatia violentamente, tentando se livrar dos braços de dois enfermeiros. A governanta chorava muito, amparada pelo braço do Reverendo, enquanto o Dr. Prynne preparava o medicamento para sedar a garota.
– Susan... – Bichop começou a dizer, estendendo a mão para impedir que ela protestasse.
– Eu sei... – interrompeu Susan. – Eu confio no senhor.
Ela passou rapidamente por seus tutores, assistida por um olhar espantado da Sra. Garber, e correu até a cama, onde a irmã se debatia e gritava para tentar escapar.
– Por favor, Susan! – implorou Anne, aflita. – Não deixe que eles me levem! Eu não quero acabar como a Sra. Sofer... Eu não estou louca! Por favor, me ajude!...
Mas Susan emoldurou o rosto da irmã entre as mãos, e sussurrou, olhando-a com veemência:
– Você vai ficar bem. Agora, acalme-se!
– Não deixe que eles me levem, Susan... – suplicou Anne.
Mas Susan baixou mais a voz, e abraçou-a para sussurrar em seu ouvido:
– Eu o vi! Ele é um demônio e está completamente louco!
– Por favor, Susan... – insistiu Anne.
– Mas eu não vou permitir que ele leve você!
Então, Susan se afastou do abraço, e tornou a emoldurar o rosto da irmã.
– O Dr. Prynne vai cuidar de você – ela disse, suavemente, olhando-a com a mesma ternura que sua mãe costumava usar quando eram pequenas, para convencê-las a tomar um remédio muito amargo, prometendo que isso as faria melhorar, e que quando melhorassem, ela faria uma gostosa torta de pêssego para compensar o gosto ruim do medicamento.
Mas os olhos de Anne se encheram de pavor, e ela começou a gritar ainda mais alto, e a debater-se com mais força, ao perceber que a única pessoa que ela esperava que argumentasse contra sua internação, estava de acordo com esta medida.
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Não Se Pode Apagar o Que Já foi Escrito

em quarta-feira, 25 de abril de 2018

O capítulo que encerra uma das minhas sagas favoritas está repleto de aventura, mistério e reviravoltas.
É lamentável que o cinema tenha se limitado a adaptar apenas o primeiro volume da trilogia Mundo de Tinta, de Cornelia Funke, pois suas sequências tinham ainda muita história para contar e nos encantar.
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[As Noivas de Robert Griplen] Capítulo 13 - Uma Alma Atormentada

em sexta-feira, 20 de abril de 2018

Susan despertou assustada. A janela do quarto estava aberta, e uma brisa morna soprava em seu rosto, carregada de um agora asqueroso odor de jasmim. Aquilo não fora meramente um sonho, e esta certeza fizera seu coração em cacos.
Bateu o olho no relógio: passava um pouco das sete da noite. Uma incontrolável inquietação fez Susan pedir à Sra. Garber que continuasse vigiando Anne em seu quarto, e correr à casa alfandegária, mas Roger não estava lá.
Um pressentimento fez o olhar de Susan se virar em direção ao penhasco. Havia um vulto parado lá em cima. Era evidente que não se tratava de Anne, mas por alguma razão, Susan sentiu que o vulto a encarava, e se pudesse enxergar tão longe na escuridão, se atreveria a dizer que a pessoa a encarava com cintilantes olhos azuis.
Então, Susan correu até o penhasco. Roger fitava distraidamente o mar, mas sua postura indicava que ele estava esperando alguém.
– É você! – acusou Susan. Sua voz saiu rouca e entrecortada, mas apesar disso, ela conseguiu transmitir todo o ódio que pretendia. – Era você o tempo todo.
Roger se voltou para Susan, mas não tinha intenção de responder.
Você atrai as moças para este penhasco todos os anos... – insistiu Susan, e fez uma careta enojada antes de cuspir as últimas palavras de sua acusação. – Robert Griplen!
– Sim... – admitiu ele, por fim. – Eu sou Robert Griplen!
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Desafio #29: A Menina Que Roubava – A Cena Nos – Livros

em quarta-feira, 18 de abril de 2018

http://admiravelmundoinventado.blogspot.com/p/desafio-literario.html

É difícil falar em Bonequinha de Luxo sem produzir uma imagem mental de Audrey Hepburn num tubinho preto, cheia de classe, segurando uma cigarreira, encarnada em Holly Golightly, com sua personalidade tagarela e inquieta, sua independência, e seu jeito espirituoso e extrovertido de encarar a vida.
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Com o Coração NO Oceano

em sábado, 14 de abril de 2018

Houve uma época em que era comum pessoas criticarem quem gostou do filme Titanic como se a pessoa tivesse cometido um crime hediondo, ou estivesse desfilando pela rua com uma calcinha fio dental na cabeça. E verdade seja dita, muitas dessas pessoas que criticavam quem assumidamente gostou do filme, também gostou, mas não admitia porque estava na moda zoar o fandom.
Agora, já se passaram vinte anos desde que o filme foi lançado – misericórdia, dá até medo mencionar esse fato! –, e vale dizer que, independentemente de a qual facção você pertencia – os que amaram, assumiram e foram zoados com muito orgulho; ou os que amaram, guardaram para si, enxugaram as lágrimas pelo DiCaprio, e aporrinharam os amigos que gostavam de ver fotos do elenco do filme na revista Capricho –, provavelmente vai concordar que Titanic é um dos filmes mais bonitos já produzidos.
James Cameron rodou simplesmente a versão definitiva do filme. Afinal, Titanic de 1997 não foi o primeiro filme a mostrar o naufrágio do famoso transatlântico, mas alguém aí se lembra dos outros?
Hein?
Lembra?
Pois é...
E olha que houve uma versão lançada menos de um ano antes, somente para televisão, estrelada por Catherine Zeta-Jones – a linda Helena De La Vega que roubou o coração de Antonio Banderas nos dois filmes mais recentes do Zorro – e Peter Gallagher – o bonitão que passou toda a semana do Natal em coma, sem saber que estava noivo da Sandra Bullock, enquanto ela arrastava uma asa para o seu irmão Jack, em Enquanto Você Dormia –, com roteiro não muito diferente do filme de James Cameron, focado em outros passageiros do Titanic, a maioria personagens reais, e que também realçava a distinção das classes sociais a bordo. Curiosamente, esse telefilme só chegou ao Brasil alguns anos depois do filme de Cameron ter virado hype, e alguma emissora muito espirituosa – ou muito sem noção, o mais provável – o exibia com o título Titanic 2! Como se fosse possível produzir uma continuação da história de um navio que está no fundo do oceano...
E na verdade houve um Titanic 2 no cinema, lançado em 2010, que contava a história de outro navio, que no centenário do naufrágio recebeu o mesmo nome do fatídico transatlântico, e teve a missão de refazer sua rota em sentido contrário – de Nova York à Inglaterra –, mas um tsunami lançou icebergs em sua rota – insinuando que talvez o nome do navio estivesse amaldiçoado.
Pouca gente se lembra desses dois fiascos hoje em dia, filmes que tentaram reproduzir a ideia maravilhosa de James Cameron – o de Catherine Zeta-Jones correu para se lançar primeiro, mas o filme de Cameron já estava em processo de produção desde 1995 –, só que sem a mesma habilidade, e, sem dúvida, com orçamentos MUITO menores.
Mas voltando algumas décadas no tempo, Hollywood produziu vários filmes baseados na tragédia. Um deles, Saved from the Titanic, lançado apenas 29 dias após o naufrágio, foi escrito e estrelado pela atriz Dorothy Gibson, sobrevivente da tragédia. Claro que estamos falando da época em que os filmes eram mudos, e este, em particular, foi um curta-metragem de 10 minutos, então, não estranhem ele ter sido gravado, editado e lançado em tão pouco tempo. Eram outros tempos, outra tecnologia, um outro mundo.
Aliás, este foi um dos primeiros filmes a utilizar cor em pelo menos duas cenas gravadas em Kinemacolor. Pena o filme ter se perdido, já que suas últimas cópias foram destruídas num incêndio. Quem sabe um dia descubram que aconteceu com ele o mesmo que com Nosferatu, que sobreviveu graças à cópias piratas.
A versão que teve maior visibilidade foi A Night To Remember (Somente Deus Por Testemunha), de 1958, baseado no livro homônimo de Walter Lord, um documentarista americano. O filme até teve boa bilheteria na época em que foi lançado, e foi bastante aclamado por historiadores e sobreviventes do Titanic por sua precisão histórica, mas posteriormente acabou esquecido.
O que nos traz de volta ao tão injustamente difamado filme de James Cameron, e ao motivo de ele ter feito tanto sucesso. Este foi o primeiro filme a focar na tragédia humana, em vez do desastre histórico. Mas para explicar melhor a descoberta do sucesso de Cameron, é preciso explicar como ele foi concebido.
Quando iniciou seu projeto, James Cameron, na verdade, não planejava rodar um filme sobre o Titanic. O que ele queria era um financiamento para poder explorar pessoalmente os destroços do navio no fundo do oceano. É sério!
Os destroços do Titanic foram encontrados em 1985, mais de 70 anos após o naufrágio, porque, de duas uma: ou o navio seguiu em diagonal enquanto afundava, afastando-se vários quilômetros do local do naufrágio enquanto descia mais de três quilômetros oceano abaixo, ou – o mais provável –, o Quarto Oficial do Titanic, Joseph Boxhall, responsável por atualizar a posição do navio, se equivocou ligeiramente nos cálculos das coordenadas de sua localização quando pediu aos operadores de rádio que transmitissem a mensagem de socorro. Esta hipótese é aceitável, pois, de acordo com depoimentos dos Oficiais do Carpathia, o navio que recolheu os sobreviventes no mar na manhã da tragédia, eles demoraram um pouco mais que o previsto para encontrar os botes, pois estavam a 21 km das coordenadas que receberam pelo rádio. Vale ressaltar que na tarde de 14 de abril, o Capitão Smith, depois de receber vários alertas de gelo dos navios que iam à frente do Titanic, mandou que a rota do navio se alterasse um pouco para o sul – provavelmente ao mesmo tempo em que ordenou que aumentassem a velocidade –, então é possível que Boxhall tenha realmente se enganado um pouquinho nos cálculos quando deu as coordenadas ao operador de rádio. Também é possível que o rapaz não tenha entendido algum dos números rabiscados pelo Oficial, e decidido que não faria muita diferença transmitir, por exemplo, 21 ou 27, mas isso é especulação minha...
Mas como ia dizendo, desde que foram encontrados, os destroços do Titanic atraíram muita curiosidade. Diversas expedições foram enviadas ao fundo do oceano – e bota fundo nisso: o navio foi encontrado a 3.843 metros de profundidade, 650 kms ao sudeste de Terra Nova, Canadá, cercado por um campo de detritos de aproximadamente 8 km, com objetos e peças do navio que se espalharam enquanto ele afundava, ou quando ele atingiu o fundo do mar – para explorá-los, examinar sua conservação ou deterioração, e trazer pedaços e objetos à superfície para serem estudados e, mais tarde, expostos em museus dedicados às vítimas da tragédia. Grandes placas de ferro do casco do navio foram resgatadas do naufrágio, e através delas foi possível constatar que o Titanic foi construído com a estrutura básica de um navio de guerra, o que certamente colaborou para as lendas sobre sua invulnerabilidade.
Um fato curioso é que, embora tenha sido amplamente divulgado posteriormente, nenhum jornal ou veículo de mídia da época havia descrito o Titanic como “insubmergível” ou “inafundável” até ele naufragar. Ele era descrito como “luxuoso”, “gigante”, “o maior navio do mundo”... Mas “inafundável” só lhe foi atribuído após o desastre. Provavelmente por algum jornalista irônico da época...
James Cameron era fascinado por naufrágios, e passou anos obcecado em explorar os destroços do Titanic. Mas é claro que estúdios como a Paramount e a 20th Century Fox não financiariam essa expedição a troco de nada. Então Cameron os convenceu de que ele queria explorar o local do naufrágio para fazer um filme. Ele só não havia decidido ainda como seria esse tal filme; talvez um documentário...
A bordo de um submarino extremamente resistente, numa área altamente perigosa, onde a pressão de 6.000 libras por polegada quadrada da água, e uma mínima falha na superestrutura do submarino poderia condenar todas as pessoas a bordo, inclusive o diretor, Cameron realizou seu sonho de descer mais de três quilômetros no fundo do Atlântico Norte, e ver de perto os destroços do famoso navio.
As tomadas que vemos no filme, que mostram imagens do navio no fundo do mar foram feitas durante esta expedição. O submarino conseguiu acessar partes impensáveis do sítio arqueológico – e, pelo que se sabe, foi responsável pelo desabamento de parte da estrutura por causa de um pequeno acidente de percurso numa manobra –, filmar partes preservadas do navio, inclusive salões e o interior da cabine do Capitão, objetos pessoais, sapatos abandonados numa posição que indica que ali, mais de setenta anos antes, foi o local de descanso eterno de uma das vítimas, há muito decomposta...
Ao retornar desta expedição, Cameron afirmou ter finalmente compreendido o Titanic, e tudo o que o navio e seu naufrágio representaram na época. E ele percebeu que não poderia simplesmente escrever mais um filme técnico, explicando os eventos que levaram ao naufrágio do maior navio de passageiros do início do século XX. Ele precisava conectar as pessoas à tragédia humana, ao trauma das vítimas, e ao que os sobreviventes carregariam ao longo de suas vidas após aquela noite. E para isso, antes de mais nada, ele precisaria criar a identificação do público com algumas das vítimas, para que se pudesse compreender a dimensão da tragédia.
Assim ele criou nosso casal tão polêmico, tão divisor de opiniões, e, indiscutivelmente, tão admirado por apoiadores e alopradores do filme.
Para início de conversa, ele precisava de um casal jovem, porque, partindo do princípio de que Cameron, indiretamente, se colocou dentro do filme, na pele do explorador de naufrágios e caçador de tesouros Brock Lovett, que ouviria a história do Titanic da boca de uma sobrevivente, precisava de alguém que tivesse possibilidade de ter chegado vivo a 1997, oitenta e quatro anos após a tragédia, e com lembranças nítidas daquele episódio, logo, não poderia ser uma criança. Ele forçou a idade de sua protagonista até o limite aceitável: 17 anos, na época do naufrágio; mais ou menos 101, na época do filme. Para quem gosta de colecionar coincidências intrigantes: Edith Eileen Haisman, uma das mais longevas sobreviventes do Titanic, morreu em janeiro de 1997 – mais ou menos dez meses antes da estreia do filme –, aos 100 anos de idade – completados em outubro –, ela tinha quinze anos quando o Titanic afundou; Lillian Asplund, a antepenúltima sobrevivente a deixar este mundo, morreu em maio de 2006 – ela tinha seis anos na época do naufrágio, e completaria cem anos em outubro –; a última sobrevivente a morrer foi Millvina Dean, em maio de 2009, aos 97 anos – ela tinha dois meses de idade na época do naufrágio. Esta, pelo menos, não tinha lembranças traumáticas daquela noite, exceto o que posteriormente lhe contaram. E aposto que estas últimas se identificaram com o filme.
Em toda a sua carreira como cineasta, Cameron sempre gostou de contar histórias de amor, e decidiu que esta era precisamente a melhor maneira de contar a história do Titanic, e conectar o público a uma tragédia tão distante. Afinal, quem não gosta de um bom romance? Assim nasceram Jack e Rose, o Romeu e Julieta do Titanic.
E não dá para negar que ele foi certeiro! Jack é engraçado, bem-humorado, otimista, e, se Leonardo DiCaprio não é tão gato quanto algumas pessoas apregoam, também não desagrada aos olhos de ninguém; e Rose é divertida, extrovertida, sem frescuras, sem preconceitos, consegue superar suas fragilidades e sabe ser determinada quando quer.
Pelos primeiros noventa minutos do filme, Cameron nos apresenta os personagens, conta como eles embarcaram nessa viagem, como se conheceram, como se apaixonaram, e faz com que o público também se apaixone por sua história. Só quando já estamos seduzidos pelo casal, ele revela a noite do naufrágio, e faz com que seus personagens permaneçam no navio até o fim, e depois fiquem à deriva, não quentinhos nos botes, de onde teríamos apenas uma visão parcial do desespero das pessoas que ficaram flutuando na água, a minutos de morrerem congeladas se a ajuda não se apressasse. Não. Cameron permitiu que seus protagonistas estivessem entre essas pessoas, para que o público sentisse até o fim a angústia das vítimas. Porque, naturalmente, ao assistir esse filme pela primeira vez, todo mundo torcia pela sobrevivência do casal. Sabíamos que Rose sobreviveria, afinal, era ela quem estava contando a história, mas torcíamos também por Jack. E posso apostar que a maioria de vocês ficou puto ao ver que o Cal sobreviveu.
James Cameron verdadeiramente conectou o público com aquela tragédia, e fez isso brilhantemente. E o mais importante, ele não deu nenhum ponto sem nó. Ao longo dessa primeira hora e meia de filme, ele utilizou os personagens que criara e alguns personagens inspirados em pessoas reais para lançar informações que ajudam a entender o que realmente aconteceu naquela noite trágica de abril de 1912, e o que levou o Titanic a naufragar. Mas falaremos disso durante a resenha.
TITANIC
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[As Noivas de Robert Griplen] Capítulo 12 - Sem Máscara

em sexta-feira, 13 de abril de 2018

Do mesmo modo que a conduziu até a igreja, Roger Bellingham acompanhou Susan até sua casa, caminhando ao lado dela, sem se atrever a lhe oferecer o braço. Não disseram uma única palavra o caminho todo, mas Susan sentia, mais do que percebia, o olhar dele deslizando para ela a cada poucos segundos, e estava certa de ter feito o mesmo algumas vezes. E naquele momento a partida anunciada de Roger fazia aumentar a dor em sua alma. Pois se ele não podia ficar por ela, e talvez não fosse mais regressar à cidade, então porque lhe dar um pequeno momento de esperança, para, em seguida, abandoná-la? Era melhor que ele nunca tivesse demonstrado nenhum afeto, do que deixá-la pensar que o pouco que havia não era suficiente para fazê-lo ficar.
Ao parar em frente ao jardim de sua casa, Roger Bellingham se virou e segurou a mão de Susan. Ela esperou que ele erguesse sua mão e a beijasse, mas ele se deteve no meio do caminho, encarando-a com o olhar angustiado.
– Agradeço muito sua ajuda, Sr. Bellingham – disse Susan, finalmente rompendo o silêncio.
Ele assentiu, acanhado.
– Gostaria de poder levar Anne amanhã para lhe agradecer também pessoalmente... – Susan começou a dizer, e para seu desespero, ouviu o tremor em sua voz, apesar de todo o esforço que estava fazendo para se controlar, e evitar que ele percebesse sua angústia.
– Infelizmente, isso não vai ser possível – respondeu Roger suavemente, parecendo sofrer infinitamente ao dizer estas palavras.
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Aqui Se Faz, Aqui Se Paga

em terça-feira, 10 de abril de 2018

A mensagem essencial das obras da Disney é que o bem sempre triunfa no final; os malvados são severamente punidos, ficam completamente ferrados e mal pagos – isso quando saem vivos! Mas o importante é que todos – os bonzinhos – vivem felizes para sempre.
Tudo bem que o estúdio raramente mostrou a cena da morte de um vilão, assim, preto no branco, mas só a ideia, já soa suficientemente maquiavélica.
Verdade seja dita, houve algumas mortes de personagens bonzinhos que partiram nossos corações nos desenhos da Disney. Para citar só alguns exemplos: a mãe do Bambi, que foi atingida pelo disparo de um caçador enquanto corria com seu filhote, e ele só se deu conta ao encontrar-se a salvo e sozinho na floresta; Mufasa, assassinado a sangue frio por seu irmão invejoso Scar, e ficamos com o coração em farrapos diante de Simba, então filhotinho, tentando fazer o pai se levantar, e depois se deitando desconsolado ao lado do corpo dele em O Rei Leão; Kocoum, o índio que foi morto pelos colonizadores ingleses em Pocahontas; e num passado mais recente Ellie, a esposa do Seu Fredericksen em Up! Altas Aventuras.
Sim, Disney é tão eficiente em nos levar às lágrimas quanto é em nos deslumbrar. E não raramente, a morte de um vilão poderia despertar pesadelos em algumas crianças. Algumas vezes os mocinhos até tiveram que sujar as mãos para tirar os vilões de seus caminhos. Inocência não é exatamente uma virtude aqui.
Pensando nisso, reuni uma lista com alguns dos finais mais sombrios e violentos das animações da Disney, e verão que essas cenas definitivamente não foram feitas para crianças.
Das menos horríveis, às mais assustadoras:
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[As Noivas de Robert Griplen] Capítulo 11 - As Noivas

em sexta-feira, 6 de abril de 2018

Sem pensar muito bem no que estava fazendo, Susan correu de volta à casa alfandegária, e bateu à porta, gritando o nome de Roger Bellingham. Outro sujeito a atendeu e ela disse, muito apressadamente, com quem queria falar.
O sujeito pareceu confuso.
– Roger Bellingham! – insistiu ela, pensando que o homem não lhe havia entendido. Sua expressão estava aflita, e sua voz saía atropelada, mas ela tinha certeza de que ele podia entendê-la agora. – Ele trabalha aqui.
Antes, porém, que ele pudesse responder, ela teve o vislumbre de um homem de cabelos negros passando por uma porta dentro da alfândega, então ela se desviou do homem que a atendia e entrou sem pedir licença, indo na direção onde viu Bellingham entrar.
Susan o encontrou sentado a uma mesa de marfim numa sala pequena. Quando a viu chegar ofegante e com a expressão assombrada, ele franziu a testa, preocupado.
– O que houve com a senhorita? – indagou Bellingham.
– Você sabe o que há lá embaixo... – A voz de Susan era quase um sibilar, e ela não quis passar a entonação de uma pergunta. – Na mansão...
Roger Bellingham assentiu brevemente, sem esboçar qualquer emoção.
– Diga-me o que sabe! – exigiu ela, percebendo de repente, com certo constrangimento, a intimidade com que se dirigira a ele, mas ignorou em seguida. – Por favor, eu preciso saber...
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Desafio #28: Nem Só de Paixões Vivem os Chick-lits... Às Vezes É Só Por Dinheiro!

em domingo, 1 de abril de 2018

Acho que estou numa fase de ineditismos aqui no blog. Em dezembro do ano passado postei a review do especial de natal de Frozen poucos dias depois de ele ter estreado no Disney Channel. Esse ano, estou conseguindo seguir – mais ou menos – o cronograma de postagens – coisa que geralmente só consigo em Junho e Julho. E hoje vou postar a resenha de um livro cuja review do filme postei semana passada. É um progresso, hein!
Um Dinheiro Nada Fácil é o primeiro volume de uma série com novecentos livros – mentira, são só(?) 24; e crescendo! – escrito pela americana Janet Evanovich.
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