Estamos
de volta com mais uma aventura dos dois filhos de João e Maria Winchester, em
sua jornada para exterminar as assombrações deste mundo. No episódio onze da
segunda temporada, nossos belos heróis enfrentaram a coisa assassina que estava
espantando a clientela do sinistro Hotel Pierpont, em Cornwall, Connecticut.
Nas
primeiras temporadas da série, Supernatural se superava quando o episódio era
uma espécie de filme de terror. Este aqui me fez lembrar do filme A Casa
Amaldiçoada. Só faltou o Hugh Crain e o alçapão embaixo da lareira.
O
sinistro Hotel Pierpont está aberto desde 1930. Agora, sua proprietária, Susan
Thompson – também conhecida como mamãe Salvatore –, decidiu vendê-lo, pois já
não recebem mais hóspedes suficientes para manter aquele lugar sinistro. Aliás,
estranho é que tenham conseguido manter o hotel aberto até agora, com aquela
aparência de casa assombrada.
Susan
e sua família moram num pequeno apartamento dentro do hotel, demarcado com uma
placa indicando “Privado”. E como se a construção antiga já não fosse
assustadora o bastante, a sala de estar desse apartamento abriga vários
brinquedos e bonecas antigas em várias prateleiras, e também uma réplica
perfeita do hotel que se passa por casa de bonecas.
Essa
parafernália toda explica o título do episódio, que não terá muita relação com
o restante da história. Exceto em algumas cenas em que Tyler, filha de Susan,
muda os bonecos de lugar na tal maquete do hotel. Por exemplo, agora ela
colocou o boneco de um funcionário de macacão na cadeira de balanço de um dos
quartos. Em seguida, ela dá as costas ao brinquedo, e minutos depois, ele
inexplicavelmente aparece jogado no chão do saguão, ao pé da escada, com o
pescoço torcido. Exatamente como aconteceu com o funcionário da empresa de
mudanças que veio transportar as caixas com os brinquedos e objetos que não serão
mais usados nos últimos dias da família no hotel para o seu novo endereço.
E
essa nem foi a primeira morte que aconteceu nesse hotel nas últimas semanas.
Antes dele, teve a corretora que fez a venda, e se afogou na banheira. Duas
vítimas que estavam diretamente envolvidas no fechamento do hotel. Ou seja, o
que quer que esteja provocando as mortes, não quer que a família Thompson deixe
aquela casa.
E
como isso tem toda cara de atividade sobrenatural, naturalmente, este é um caso
para os irmãos Winchester.
Ainda
não, bonitão. Só daí a onze temporadas. Mas tenha fé, que sua hora vai
chegar.
A
princípio, o mistério não parece tão complicado de se resolver, pois logo na
entrada eles veem um símbolo voodoo gravado numa urna.
Mas
também pode fazer coisas sinistras, meu caro. Dr. Facillier que o diga! Se bem
que a fachada tem tinta branca demais para que haja trabalhos de voodoo no
hotel. Mas, enfim... Os moços aí vão querer um quarto.
Sam
aproveita que a mulher mencionou que tem antiguidades à venda no local para
perguntar sobre a origem da urna que está na entrada, mas Mami Salvatore só
sabe que a urna está lá desde antes de ela nascer.
A
propósito, é bom esclarecer as coisas, porque senão essa mulher pode tirar
conclusões erradas por terem pedido um quarto só.
Aliás,
ao longo dessas treze temporadas da série, não faltou gente para questionar o
relacionamento desses dois. Num dos escolhidos para o Halloween desse ano,
um grupo de estudantes adolescentes vai especular muito a respeito. Se o povo
soubesse o tipo de criatura que esses dois aí costumam pegar...
Mas
nesse caso específico, desconfio que a mulher tenha usado isso como tática para
descobrir se podia ter alguma chance com um dos bonitões.
Enfim,
Susan toca a sineta, e Sherwin, o ancião que trabalha como carregador de
bagagem nesse lugar sinistro realiza seu trabalho possivelmente pela última
vez, conduzindo os rapazes ao quarto 237.
Eu
sinceramente não vou questionar a numeração dos quartos nesse hotel – que
claramente não tem duzentos aposentos. Como no meu conto “Quarto 214”, que faz
parte do livro “A Morte Não é o Fim”, a numeração deve seguir algum
padrão peculiar criado pelos primeiros proprietários.
Quanto
ao carregador de bagagem meio sinistro, muita calma nessa hora, minha gente.
Supernatural não é clichê a ponto de criar um mistério e botar a culpa no
mordomo. Não é ele o macumbeiro do hotel. E ele também não aceita a ajuda dos
rapazes com a bagagem.
Enquanto
os conduz ao quarto, o mordomo, que cresceu naquele lugar, começa a tagarelar que
antigamente aquele hotel era considerado um palácio. Dois vice-presidentes já
se hospedaram lá. Mas já faz algum tempo que o trabalho por ali anda muito
escasso.
Depois
de dar uma gorjetinha ao velho – por livre e espontânea pressão; afinal, não
podem ser sovinas com um cidadão que está prestes a perder seu ganha-pão –,
nossos rapazes decidem dar uma xeretada pelo hotel, e tentar descobrir que
diabo anda atacando naquele lugar, e é quando descobrem outro vaso antigo com
um símbolo voodoo num aparador do corredor. Então eles decidem bater no
apartamento da proprietária, e dar uma olhada em suas antiguidades à venda.
Se
essa mulher já estava imaginando, agora, sim, ela terá certeza de que o bonitão
aí gosta de escorregar no quiabo. E como está ali para isso, ela permite que
eles entrem em sua moradia e mostra sua coleção de bonecas antigas, que estão
em sua família há muito tempo, e costumavam ser importantes para sua mãe, Rose.
Mas agora ela não está mais em condições de apreciá-las.
No
entanto os rapazes ficam mais interessados naquela réplica do hotel do que nas
bonecas, principalmente depois de ver o boneco com o pescoço torcido caído
perto da escada.
Pela
cara enfezada que exibiu na maior parte do episódio, essa menina podia até ser
a Vandinha da Família Addams.
Naturalmente,
os rapazes acham muito estranho encontrarem símbolos de voodoo e bonecos
esquisitos numa casa onde ocorreram mortes estranhas. Até porque, mesmo quem
não tem muita familiaridade no assunto sabe que bonecas são praticamente indispensáveis
para a prática dessa magia.
Contrariando
o prognóstico de Susan, ela ainda recebe mais um hóspede naquele dia, um
funcionário da Companhia que comprou o hotel, e que pretende demoli-lo. Ele foi
enviado para assinar os últimos contratos com a antiga proprietária. Porém,
naquela mesma noite, a camareira o encontrou enforcado no ventilador de teto
num dos quartos, exatamente como um dos bonecos na maquete do hotel.
Susan
até ofereceu devolver o dinheiro dos rapazes, caso quisessem ir embora depois
de verem o sujeito ser levado pela polícia e os legistas, mas os Winchester não
se assustam tão facilmente, não importa o nome falso que estejam usando no dia.
Não é um sujeito enforcado que vai afugentá-los do caso.
Então
Dean decide bater um papinho com o mordomo, porque sabe como os velhos podem
soltar a língua quando ficam nostálgicos. Ele comenta que já tinha lido sobre
as outras mortes, e que parece que o hotel é amaldiçoado, mas Sherwin diz que
todos os hotéis têm sua cota de sangue derramado.
Dean
paga uma dose de uísque ao sujeito, e consegue que ele conte um pouco sobre a
história da família que é dona do hotel. Sherwin mostra os retratos que estão
sobre a lareira na sala de estar, e nas paredes perto da escada. E Dean fica
particularmente interessado numa foto de Rose, mãe de Susan, quando era criança
no colo de sua babá, Marie, que ostenta um curioso colar com um símbolo voodoo.
O mesmo símbolo que viram nas urnas e vasos da casa.
Então
Dean volta para o quarto, e enquanto Sam se recupera do porre – que ele tomou
por não ter conseguido salvar o sujeito que se enforcou, porque naquela altura
Sam andava num bode horroroso, porque corria um boato de que ele era imune a um
vírus demoníaco que estava endoidando um monte de gente, e porque ele tinha sido
escolhido para ser a casca do Lúcifer, e ele achava que quanto mais pessoas
conseguisse salvar, menos possibilidade haveria de ele se transformar num
monstro sem alma, o que inevitavelmente aconteceu na sexta temporada. Claro
que, naquele momento, Dean tentou convencê-lo de que as profecias sobre o
futuro do irmão não tinham nada a ver com o caso, e que eles nem sempre
conseguiriam salvar todas as pessoas que cruzassem seu caminho, mas isso não
era culpa do Sam.
Mas
como não vou resenhar a série toda, prefiro nem entrar em detalhes.
Como
ia dizendo, enquanto Sam se recupera do porre, Dean o põe a par das últimas
descobertas sobre a matriarca da família Thompson, cuja babá pode tê-la
iniciado na prática do voodoo.
Agora,
sim, eles têm certeza de que precisam ter uma conversinha com a vovó Rose, e
aproveitam que não tem ninguém no apartamento privado a essa hora para subirem
ao quarto da velha, no sótão da casa.
E
nesse momento temos a estranha sensação de que estamos prestes a ver uma
releitura da mãe de Norman Bates, com o cadáver de uma velha empalhada, sentada
em frente à janela.
Como
Sam pôde perceber, Rose teve um derrame. E nesse estado, é óbvio que não pode
ser ela a responsável pelas mortes, pois ela não está em condições de praticar
voodoo.
E
bem nesse momento, eles são surpreendidos pela Mami Salvatore, que os expulsa
do hotel, por terem perturbado sua mãe doente.
Mas
como o episódio ainda não acabou, e o mistério ainda não foi resolvido, sabemos
que eles logo irão voltar.
Quanto
à Susan, agora que não tem mais hóspedes para atender, ela apressa Vandinha a
terminar de arrumar suas coisas, mas a menina não quer ir a parte alguma.
Oh-oh!
Como podem ver, existe realmente uma presença estranha na casa. E neste
momento, ela está furiosa com Susan.
Olha
o perigo! A criatura já matou três. Para matar mais um não custa.
Aliás,
nesse episódio, Supernatural alcançou o patamar de coragem que pouquíssimas
produções, como Cemitério Maldito, A Profecia e A Órfã atingiram: colocar uma
criança como monstro de uma história de terror. Na minha opinião, a julgar por
algumas crianças encapetadas que eu conheço, são os monstros mais realistas. Na
vida real, são até mais irritantes que muita assombração por aí...
Como
já era de se imaginar, minutos depois, quando Susan vai colocar o resto da
bagagem no carro, ela vê o balanço do jardim se movendo sozinho. Em seguida a
gangorra. Depois o gira-gira. E isso não tem nada a ver com a resenha, mas eu
sempre achei parques de diversões e playgrounds excelentes cenários para filmes
de terror. Embora tenha odiado Premonição.
Só
para constar.
De
repente é o carro de Susan que ganha vida, e nesse momento Tyler está a uma
marcha de ficar órfã.
Felizmente,
Sam Winchester aparece na hora exata para se atirar sobre a mulher e salvá-la
do atropelamento.
A
propósito, não falei que eles não voltariam a demorar...? Digo, não demorariam
a voltar.
Eles
levam a moça para dentro, e servem uma dose de uísque para acalmá-la, enquanto
ela conta tudo o que sabe sobre o que está acontecendo naquela casa, porque
agora eles têm certeza de que o que está causando as mortes é um espírito,
porque voodoo não faz carros ganharem vida.
E
é quando são informados de que Rose sofreu o derrame há um mês, pouco antes de
as mortes começarem. Ou seja, a velha não praticava voodoo para machucar
ninguém, mas para afastar o espírito e proteger a família.
Bingo!
Agora que já sabem quem é o espírito atormentado que está matando as pessoas no
hotel, precisam achar um jeito de destruí-lo. Vai, Mami Salvatore, tenta
lembrar quem pode ser essa menina, alguém que morou na casa, e que morreu na
infância...
Então
Susan se lembra de que sua mãe tinha uma irmã chamada Margaret, que morreu
afogada na piscina quando tinha dez anos.
E
é melhor correr, porque Maggie está tentando garantir que Vandinha fique com
ela na casa para sempre.
E
quando a menina tenta fugir, Maggie a joga na piscina, que estava coberta com
um plástico. Ou seja, se não morrer afogada, Vandinha provavelmente morrerá
sufocada naquele emaranhado de plástico molhado.
Sorte
dela que Maggie ouviu o chamado de outra menina, enquanto tentava afogar a
sobrinha-neta, e correu para atender, dando ao Sam a chance de quebrar o vidro
da porta com um vaso e pular na piscina para salvar a Vandinha.
Más
notícias, Mami Salvatore: foi sua santa mãezinha quem invocou a fantasma
malvada quando estava tentando afogar sua filha, e concordou em se sacrificar
pela segurança da família.
De
modo que Susan encontrou sua mãe morta diante da janela do sótão quando foi
buscá-la. Aparentemente, ela teve outro derrame.
Desta
vez, os Winchester não querem mais nem papo com o fantasma. Até porque, tentar
matar uma criança, é baixo demais até para os padrões das assombrações que eles
costumam enfrentar. Preferiram deduzir que o espírito se foi, e deixar tudo
como está. Mas como seguro morreu de velho, Susan, sua filha e o mordomo vão
embora imediatamente, deixando as bonecas velhas, os vasos, aquela maquete
bizarra do hotel e todas as antiguidades para trás. Afinal, o hotel será
demolido logo, logo, e isso deve dar um jeito na fantasmada.
Só
mais uma coisinha, Sam...
Nada
boba essa futura Mami Salvatore, tirando uma casquinha do bonitão antes de
encerrar sua participação especial na série.
Por
hora, o fantasma da Maggie continua na casa, agora que tem uma companhia para
brincar: o fantasma de Rose, que deu um mergulho na fonte da juventude, e se
reapresentou em forma mirim para se divertir com a irmãzinha. Pelo menos, até
que venha a Dona Armênia e coloque o hotel na
chón.
Bem,
por hoje é só, mas depois de amanhã estaremos de volta nessa mesma hora, nesse
mesmo blogspot, com uma galera muito querida, que tentará desvendar o mistério
do Cavaleiro Sem Cabeça.
Até
lá! *-*
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