Todo
mundo está careca de saber que sou fã indiscutível da Carina Rissi, né? E agora
descobri por que: simplesmente porque essa mulher é capaz de me fazer devorar incontrolavelmente
um livro com centenas de páginas, mesmo quando tenho vontade de dar uns tapas
na protagonista.
NO MUNDO DA LUNAAutora: Carina RissiEditora: Verus EditoraPáginas: 476Gênero: Romance, Chick-lit
Sinopse:A vida de Luna está uma bagunça! O namorado a traiu com a vizinha, seu carro passa mais tempo na oficina do que com ela e seu chefe vive trocando seu nome.Recém-formada em jornalismo, ela trabalha como recepcionista na renomada Fatos&Furos. Mas, em tempos de internet e notícias instantâneas, a revista enfrenta problemas e o quadro de jornalistas diminuiu drasticamente. É assim que a coluna do horóscopo semanal cai no colo dela. Embora não tenha a menor ideia de como fazer um mapa astral e não acredite em nenhum tipo de magia, Luna aceita o desafio sem pestanejar. Afinal, quão complicado pode ser criar um texto em que ninguém presta atenção?Mas a garota nem desconfia dos perigos que a aguardam e, entre muitas confusões, surge uma indesejada, porém irresistível paixão que vai abalar o seu mundo. O romance perfeito não fosse com o homem errado. Sem saída, Luna terá que lutar com todas as forças contra a magia mais poderosa de todas, que até então ela desconhecia: o amor.Com seu estilo ágil e fluido, Carina Rissi criou em No mundo da Luna uma leitura viciante, permeada de humor, magia e paixão, que vai conquistar você do início ao fim.EEEEE
Não
me entendam mal, não é que eu não tenha simpatizado nada com a Luna... Quer
dizer, ela é engraçada, cheia de marra – como quase todas as protagonistas
criadas pela Carina –, determinada, coisa e tal... Mas diferentemente de suas
antecessoras – Sofia de Perdida e Alícia de Procura-se Um Marido –, Luna em
alguns momentos chega a se parecer demais com uma criança birrenta – alguns
personagens da trama chegam a fazer piada com esse seu lado imaturo. Sem falar
que ela gosta de ver chifre em cabeça de cavalo, e interpretar as coisas
através de uma ótica distorcida, para dizer o mínimo, muitas vezes incompleta,
e sair pisando duro e berrando com quem quer que apareça na sua frente. Sério,
teve momentos que eu quis entrar no livro e descer o sarrafo nessa menina: “sua tonta! Presta atenção no que realmente
tá acontecendo em vez de ter esses rompantes precipitados!” Mas a garota é
assim mesmo... Vive com a cabeça no mundo
da... Luna!
É,
pensando bem, o título do livro já avisa tudo, né?!
Sim,
a Luna é meio piradinha das ideias, não faz muita questão de analisar os fatos
antes de tomar satisfações ou decisões que podem bagunçar ainda mais as coisas.
E colocar um baralho de tarô na mão de alguém assim é de uma irresponsabilidade master! Alguém precisa processar
aquela cigana charlatã da loja esotérica!
Ok,
não entendeu nada?! Vou explicar.
Luna
é uma jornalista recém-formada que acaba de conseguir seu primeiro emprego numa
revista feminina, Fatos & Furos,
mas embora esteja trabalhando na revista de seus sonhos, esse não é, nem de
longe, o emprego de seus sonhos. A princípio ela é a recepcionista do lugar, e
está se sentindo profundamente frustrada e insatisfeita por ainda não ter tido
qualquer oportunidade de apresentar um artigo ao chefe. Também não ajuda nada o
fato de seu chefe, que ela literalmente idolatrava por sua carreira brilhante e
precoce quando estava na faculdade, ter se revelado um babaca que sequer
conseguia acertar seu nome. E ainda tem um agravante: Dante Montini, o
chefe-mala da Luna, está cada dia mais estressado tentando tirar a revista do
buraco, uma vez que seus leitores estão se bandeando para sua concorrente, Na Mira, fazendo suas vendas
despencarem.
E
tem mais um detalhe: parte dos jornalistas e funcionários da Fatos & Furos estão se bandeando
para a concorrente também, deixando diversos buracos na equipe. E mesmo com
colunas vagando, Luna não consegue uma oportunidade para mostrar seu potencial...
...
Até alguém sugerir que ela fique com a coluna do horóscopo! Porque todos sabem
que esse é o sonho de todo jornalista recém-formado, né?! Escrever baboseiras
sem credibilidade, que os leitores não dão a mínima atenção...
Não
reclamem comigo! A descrição é da Luna!
Mas
como não está em posição de recusar oportunidades, Luna aceita as migalhas. O
problema é que ela não faz a menor ideia de como se lê um Mapa Astral – embora
seja filha e neta de ciganas.
Então
ela vai em busca de orientação, e é quando entra na loja esotérica de uma
cigana chamada Vanda, que vende a ela um baralho de tarô, garantindo que é mais
fácil de ler do que o Mapa Astral. Além do mais, aquele é um baralho muito
especial e poderoso, pois pertenceu à Cigana Madalena, uma lenda entre o seu
povo, famosa por nunca ter errado uma previsão.
Como
quem não tem cão caça com gato, Luna aceita o baralho, e corre atrás de sua avó
para descobrir como ler as cartas. Sua avó, porém, conhece os perigos de
brincar com a magia cigana, e se recusa a ajudar Luna, a menos que ela queira
de verdade aprender suas tradições e retomar suas raízes ciganas. O problema é
que a garota não tem tempo para raízes e tradições, pois precisa entregar o
texto no dia seguinte. Assim, ela decide recorrer ao melhor amigos dos
curiosos: o Cigano Google!
Depois
de uma rápida pesquisa para descobrir como interpretar as cartas, ela usa o
tarô para ler a sorte de cada signo, e termina seu texto dentro do prazo.
Afinal, ninguém dá a mínima para aquela bobagem de horóscopo, mesmo... Além do
mais, ela só está tapando um buraco na revista; contanto que ela mostre
dedicação e comprometimento, pode ser que não fique tanto tempo lendo a sorte,
e logo consiga uma coluna mais relevante.
Ao
menos, era isso que ela esperava...
O
problema é que a Cigana Clara – seu pseudônimo para soar mais mística na coluna
do horóscopo – faz o maior sucesso entre os leitores, e muitas pessoas,
inclusive sua melhor amiga Sabrina, acreditam que suas previsões estão
corretas, e que ela realmente tem o dom.
Sua
avó cigana a alertou sobre os perigos de brincar com o destino, e Luna decidiu
assumir o risco, por não acreditar que pudesse possuir qualquer magia. E agora
seu próprio destino começa a ficar meio bagunçado.
Depois
de levar um bolo de um cara muito bacana com quem ela estava louca para sair –
e que, por incrível que pareça, foi detido por um motivo, digamos, de força
maior –, Luna toma um porre federal e acaba na cama do chefe!
Dante,
que tinha acabado de ser chutado pela namorada top model internacional
perfeita, compartilha o porre de Luna, e nenhum dos dois sabe explicar que
diabo aconteceu para eles, que não se suportam – ela a ele, principalmente –,
acabarem dormindo juntos. O problema é que a história se repete mais seis ou
sete vezes ao longo das semanas seguintes, sem que haja qualquer bebida
envolvida.
Carina
Rissi é mestra em criar homens que são basicamente o sonho de consumo de
qualquer mulher. E, a exemplo de Max, de Procura-se Um Marido, Dante é aquele
cara que vai parecer um babaca no início, e se revelar um príncipe ao longo da
história.
Os
dois protagonistas vão curando juntos suas dores de cotovelo – a de Luna não
está exatamente relacionada ao cara que lhe deu o bolo no encontro, mas ao
ex-namorado cafajeste que apareceu para acabar de estragar sua noite naquela
ocasião –, e descobrindo belas nuances com que simpatizam um no outro.
E
depois de Luna bagunçar completamente sua vida profissional e amorosa, ela
ainda bagunçará mais um pouco, a ponto de quase perder tudo. Mas, como sua avó
– esta sim, uma cigana com um verdadeiro dom para ler o futuro das pessoas –
previra, o destino dará uma mãozinha para corrigir seus erros bobos e colocar
tudo de volta nos eixos.
Porque
é como disse o provérbio de abertura do livro: “não se pode ir reto quando a estrada é curva”. Não se pode
resolver todos os problemas sem antes passar por eles.
É
um clichesaço a garota se envolver
com o chefe jovem e bem apessoado – apesar de nerd, no caso do Dante –, que ela
detestava até recentemente – e continua detestando ainda no início do
envolvimento “incompreensível” –, ficar
com medo de misturar vida pessoal e profissional, e, principalmente, de as
pessoas pensarem que ela está se aproveitando disso para subir na carreira. Conheço
pelo menos quatro romances de banca com esse enredo, mas nenhum deles me fez
rir tanto quanto o chick-lit de
Carina Rissi.
Como
eu disse lá no começo, tive problemas com a Luna: ela é instável, teimosa feito
uma mula, impulsiva que só ela, faz umas coisas que dá nos nervos tem hora...
Mas a garota é muito engraçada, de modo que é muito fácil perdoar suas
imperfeições. Afinal, ninguém é perfeito, né, gente?!
Great post dear
ResponderExcluirHave a nice day! :)
Thank you so much, dear *-*
ExcluirI'm very happy with your visit.
Have a nice day! ;)