O
Halloween continua Animado! Só que hoje não vamos falar de nenhum desenho. Como
prometi lá no início do mês, nesse outubro especial eu contaria episódios de
desenhos animados e também alguns episódios especiais de Chespirito. Então,
chegou a hora de passarmos à segunda parte.
Esse episódio foi gravado em 1974, e, durante muito tempo ele esteve entre os episódios perdidos que o SBT engavetou sem dar qualquer satisfação ao público, preferindo exibir o remake de 1976. Em 2013, quando decidiu abrir o armário por uns vinte dias e exibir episódios inéditos e perdidos do Chapolin – na última vez que o programa foi ao ar na emissora – ressuscitaram o episódio. Mas como sede de fã de Chespirito é insaciável, vamos relembrá-lo hoje.
Tudo começa numa noite de tempestade, quando um casal chega de mala e cuia a uma antiga mansão, que o rapaz herdara de seu avô recém-falecido. O problema é que, como sua mulher observou, o lugar está desabando.
Eu
sei que Chespirito é um tema recorrente aqui no blog, mas não vejo porque não
resenhar um dos meus episódios favoritos de Chapolin Colorado. Sobretudo porque
ele tem tudo a ver com o Halloween.
Esse episódio foi gravado em 1974, e, durante muito tempo ele esteve entre os episódios perdidos que o SBT engavetou sem dar qualquer satisfação ao público, preferindo exibir o remake de 1976. Em 2013, quando decidiu abrir o armário por uns vinte dias e exibir episódios inéditos e perdidos do Chapolin – na última vez que o programa foi ao ar na emissora – ressuscitaram o episódio. Mas como sede de fã de Chespirito é insaciável, vamos relembrá-lo hoje.
Tudo começa numa noite de tempestade, quando um casal chega de mala e cuia a uma antiga mansão, que o rapaz herdara de seu avô recém-falecido. O problema é que, como sua mulher observou, o lugar está desabando.
Isso,
porque eles só viram a casa por fora! Ao entrarem, eles se deparam com um
autêntico cenário de filmes de terror: uma casa sombria, cheia de passagens por
todos os lados, iluminada por castiçais, com mobília antiga, empoeirada e cheia
de teias de aranha.
E,
como não poderia deixar de ser, para aumentar o clima de terror, ao passar pela
porta, enquanto sua esposa fazia o reconhecimento da casa, o marido desapareceu,
deixando a mulher aflita e assustada, sozinha na sala.
E
as aparições não tardam a assombrá-la. Primeiro, vem a Bruxa do 71, saindo
detrás de uma poltrona, para lhe perguntar se ela já tomou café, e alertá-la de
que, naquela região, eles o adoçam com veneno.
Mas
antes de ir embora, a Bruxa do 71 lhe faz uma proposta tentadora:
Mas
é claro que ele é o tipo de marido que ela pode oferecer para outras mulheres
sem medo, porque, embora o Carlos não seja grande coisa, dificilmente aquela
mulher iria querer trocar.
Se
a primeira impressão é a que fica, a impressão que ele lhe causou foi de
arrepiar os cabelos, pois além da aparência fantasmagórica, o sujeito deu a
entender que, assim como sua senhora, também não estava batendo muito bem das
ideias.
Note
que Florinda calculou trezentos anos contados a partir de 1984, embora o
episódio tenha sido gravado dez anos antes. Isso aconteceu porque o episódio
foi dublado e exibido pela primeira vez no SBT naquele ano.
Trívia...
Mas,
como pobre não tem descanso nem depois de morto, o homem continua trabalhando
na casa, e rapidamente se prontifica a preparar o aposento dos herdeiros. E é
quando ela se lembra de que perdeu alguma coisa muito importante ao entrar na
casa, e não foi a tarraxa do brinco.
Sem
outra alternativa, e prestes a ter um ataque cardíaco de medo daquela casa, a
pobre esposa do desaparecido pede auxílio a quem?
Então,
ela conta que foi só colocar os pés naquela casa assombrada e seu marido
desapareceu, como se tivesse sido tragado pela terra. Muito embora ela ainda
não o tenha procurado nos outros cômodos...
Como
dizem por aí: “faça o que eu digo, mas
não faça o que eu faço”. Depois de dar apoio moral para que a mulher
perdesse o medo, foi o Chapolin quem teve pavor de ficar sozinho na sala,
enquanto ela procurava o marido nos outros cômodos.
Bem,
nem tão sozinho, na verdade. Ele só não tinha percebido ainda que tinha uma
companhia, sentada no canto do sofá.
E
como susto pequeno é bobagem, é a Bruxa do 71 quem vem em seu socorro.
Seja
lá como for, ela não estava ali para isso. Ela estava verificando que a casa
precisava ser dedetizada, para acabar com os dinossauros.
Depois
que ela vai embora, para não ficar parado esperando aparecer outra assombração,
Chapolin vai indo devagar em direção à porta, mas como não olha por onde anda,
acaba batendo a cabeça num candelabro. E enquanto se recupera da pancada,
percebe que a tampa do baú ao seu lado está se abrindo, e como já viu fantasmas
demais para um único episódio, ele decide se precaver e acertar a cabeça da
assombração com sua marreta biônica.
O
caso é que não era outra assombração; era o marido desaparecido da dona
Florinda!
Como
não tinha sido informado sobre a aparência do sujeito desaparecido, a esposa
deixou passar sem dar bronca no Chapolin pela marretada. Até porque, o que
aconteceu foi que a curiosidade matou o gato e deixou o burro trancado num baú.
Como
o sujeito é camarada, e está a fim de garantir a permanência no emprego, ele
decidiu fazer sala e oferecer um cafezinho aos novos donos da casa. E Florinda
aparentemente não se lembrou do aviso da Bruxa do 71 sobre o veneno no café.
Isso porque ela tinha uma fofoca mais interessante para compartilhar.
Felizmente,
antes de provar se o café estava bom de veneno, Carlos vê a cadeira de balanço
se mexendo sozinha, o que leva Chapolin a se lembrar de seu velho amigo
esqueleto, que tinha ido ao banheiro, mas já voltou a ocupar seu lugar no canto
do sofá, fazendo o coitado do Carlos desmaiar mais uma vez, derrubando a xícara
com café, veneno e tudo.
Mas
como era o turno de uma alma penada na portaria, nosso herói decide ficar mais
um pouquinho e tirar uma sonequinha forçada. Depois que os homens despertam,
Florinda compartilha sua suspeita de que as duas assombrações da casa estão
tentando impedir que eles cumpram a cláusula que o avô de Carlos impôs no
testamento para que recebam a herança: dormir uma noite naquela casa. Já que o
local parece cenário de filme de terror, eles decidiram dar um susto nos
herdeiros para ver se conseguiam espantá-los e ficar com a casa.
E,
aparentemente, estavam no caminho certo, porque, como a esposa explicou – duas
vezes, aliás –, Carlos é dessas pessoas que se impressionam com qualquer coisa.
Mas
o caso é que seu avô morreu naquela casa, e, por acaso, eles acabam de ser informados
de que terão que passar a noite na cama onde ele faleceu.
Como
já percebeu que aí tem mutreta, Florinda se prontifica a revistar o aposento
antes de seu marido subir, e o deixa sozinho com Chapolin na sala, bebendo o
café envenenado... Com sonífero!
Mais
tarde, quando desperta, Carlos é informado de que esteve dormindo na cama onde
faleceu o seu avô, e foge correndo, trombando com Chapolin no caminho.
A
mulher o deixa tomando conta do quarto, enquanto ela vai buscar o marido para
que Chapolin explique e o convença de que fantasmas não existem. O problema é
que, quando ela consegue convencê-lo a voltar para o quarto, ele encontra o
lençol se mexendo e abanando o rabo, e foge correndo outra vez, achando que é o
fantasma do cãozinho da Bruxa do 71.
Olha,
Florinda, vergonha ele até tem, mas medo ele tem muito mais!
Mas
como não dá o braço a torcer, ele inventa que estava procurando alguma coisa
secreta na cama, e, como o marido pensou que era um fantasma, ela vai ter que ir
buscá-lo outra vez para explicar que era só o Chapolin tendo um siricutico.
E
enquanto eles discutiam perto da porta, o fantasma aproveitou para esticar um
pouco as canelas na cama, de modo que o Chapolin, ao descobri-lo debaixo do
lençol, acaba se assustando mais uma vez e fugindo pela janela.
Carlos
retorna sozinho, logo depois, rindo de si mesmo por ter se assustado com o
Chapolin, e descobre que desta vez há realmente um fantasma na cama de seu avô,
e torna a desmaiar. Sua esposa, que perdeu essa parte do episódio, conclui que
ele finalmente sossegou o facho e resolveu dormir um pouco, mas Chapolin,
percebendo que há movimentação no quarto, torna a entrar pela janela para dar
com a marreta na cabeça do fantasma, sem perceber – de novo! – que quem está na
cama é o marido da mulher.
Aliás,
há algum erro nessa cena, pois, algumas cenas atrás, quando o mordomo conduziu
Florinda até o quarto para fazer a inspeção, eles subiram as escadas para o
primeiro andar; mas agora, quando Chapolin pula de volta pela janela do quarto,
dá a impressão de que ele fica no térreo da casa.
Apenas
uma pequena curiosidade para o grande almanaque de falhas da TV.
De
volta ao episódio, agora que Carlos está dormindo, Chapolin conclui que não tem
mais nada para fazer ali, e decide ir embora, mas Florinda briga com ele,
dizendo que ele não pode sair, assim, no meio da noite.
E
enquanto ela vai atrás do herói fujão, o fantasma volta a ocupar seu lugar na
cama, no exato momento em que Carlos recobra a consciência, assustando-o outra
vez, levando-o a fugir também pela janela.
E
Florinda acaba trazendo Chapolin de volta à força, e deixando-o no quarto para
passar a noite com seu marido.
Então,
Chapolin faz um discurso, recriminando o sujeito por ter tanto medo de
fantasmas, mas quando se dá conta de que não é Carlos quem está deitado na
cama, e diante da aparição da Bruxa do 71, ele acaba fugindo outra vez pela
janela. Para euforia do casal de almas penadas, que comemora precipitadamente a
conquista da herança, pois, como os legítimos herdeiros não cumpriram a
condição de dormir lá uma noite, a casa passa a ser propriedade deles.
Mas
alegria de pobre dura pouco...
E
agora é a vez do Chapolin dar o troco, aparecendo no quarto coberto com um
lençol para assustar os falsos fantasmas, fazendo o Seu Madruga largar a arma,
que é interceptada por Carlos, que os expulsa da casa.
No
entanto, Florinda acabou tendo uma crise de consciência e se compadecendo dos
pobres velhinhos.
Até
porque, pelo sim, pelo não... Vai que o lugar seja realmente assombrado...
Bem,
esse foi o nosso episódio de hoje. Na próxima postagem, vamos assustar todo
mundo lá na vila do Chaves.
Então,
sigam-me os bons! *-*
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