Calma, Não Precisa Perder a Cabeça...

em sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Estamos de volta para mais um episódio do nosso Halloween Animado!

Para o episódio de hoje, escolhi um dos meus desenhos favoritos: Hey Arnold! As aventuras do nosso querido cabeça de bigorna.

A série todo mundo conhece, né? Sobre aquele garoto cuja cabeça parece uma bola de futebol americano, e o cabelo parece ter tomado um choque de 220 volts, que mora numa pensão com os avós malucos – um aposentado que gosta de contar lendas urbanas, e uma senhora fora da caixinha, que parece viver numa realidade paralela dentro da própria cabeça sem parafusos –, e com outros pensionistas tão malucos quanto: um sujeito folgado que é sustentado pela mulher, um refugiado vietnamita, um baixinho que trabalha com demolições, e um possível agente secreto que vive se escondendo pelos cantos da pensão. E que tem um monte de amigos muito divertidos lá na sua escola, a P.S. 118.

No episódio de hoje, nenhuma das meninas aparecerá, pois os meninos decidiram reunir só o Clube do Bolinha para uma festa do pijama na casa do Arnold. E, a princípio, estava indo tudo muito bem, até alguém contar uma história de terror apavorante demais, pouco antes de decidirem sair para dar uma voltinha no parque à noite...


E foi quando tiveram um horrível encontro com O Cocheiro Sem Cabeça!

Nossa história começa no quarto de Arnold, no sótão da pensão, onde os garotos se reuniram para uma festa do pijama. Como parte da diversão é sempre descobrir quem é o mais covarde da turma, os garotos se revezam para contar histórias de terror. Vemos Gerald, o guardião oficial das lendas locais, finalizando uma história que não parece lá muito empolgante, sobre um homem-macaco, e, em seguida, Stinky anuncia que sua história os fará “pirar de medo”. Um conto de terror sobre um super e apavorante macaco-gato.



Não sei o que essa galera vê de tão apavorante nessas cruzas bizarras de animais, mas, vamos ao conto do Stinky...
Tenho algumas observações a respeito dessa história de terror do Stinky:

Obs. N° 1: Dr. Malvadeza!? Um vilão com esse nome já é um spoiler, e hoje em dia, não assusta mais ninguém.

Obs. N° 2: Um macaco safado agarrou um gato velho e o arrastou para dentro de sua jaula. Melhor nem comentar sobre uma cena como essa num desenho infantil...

Ok, os dois começaram a brigar. Taí uma cena que deve ter sido engraçada: um gato velho descendo sopapos num macaco de tamanho não especificado.

Obs. N° 3: O Dr. Malvadeza cortou a cabeça do macaco, costurou no corpo do gato, e criou o macaco-gato... Atenção, Mary Shelley: plagiaram seu Frankenstein! Só que agora ele sobe em árvores, cai de pé, e come banana. Se virem por aí um macaco fazendo “miau”, já sabem de onde ele saiu...

Prosseguindo... Gerald – entediado – questiona essa ideia maluca de usar um macaco-gato como monstro em uma história de terror – verdade seja dita: esse macaco devia olhar para o próprio rabo, não é mesmo, senhor contador da lenda do homem-gorila!? Ao que Stinky explica que o macaco-gato é um horrível monstro comedor de bananas e bebedor de leite. Bem, considerando o preço atual da banana e do leite, se esse bicho começar a invadir as casas, realmente será um caso para se tomar providências...



Mas os garotos não fazem questão de esconder seu desagrado com a história do amigo.
Relaxa, Harold, porque o que é seu está guardado!



Detalhe: Harold não parou de devorar pipocas e salgadinhos enquanto os garotos falavam sem parar, e continua com fome... Vai ser saco sem fundo assim lá no clube dos comilões com a Magali, o Salsicha e o Scooby-Doo, hein!
Então Arnold decide tomar a palavra e salvar sua festa, em nome de sua dignidade de anfitrião. Apaga as luzes, e anuncia uma história de terror verdadeiramente assustadora.
Arnold acende uma lanterna sobre seu rosto para ficar com um aspecto mais sombrio, e anuncia o título da história que está prestes a contar.
E todos lhe dão olhares de tédio e de desdém. O calor do público é realmente uma coisa emocionante, não acham?



Mas Arnold não se deixa intimidar pela falta de empolgação dos colegas, e começa a narrar sua história.
Contrariando os iniciais olhares de desdém, Arnold conseguiu salvar a boa reputação de suas festas, contando uma história que realmente deixou seus amigos impressionados.



Até demais...
Quem diria que um garoto com cara de valentão feito o Harold fosse tão impressionável...



Bem, cada um tem seu jeito de lidar com o medo: Harold se escondeu num canto do quarto do Arnold, agarrado num dinossauro de pelúcia (!); quanto ao Stinky, o medo fez abrir seu apetite.
Encher a barriga de sorvete para matar a fome... Ok, desenho animado... Vamos em frente.



Harold começa a protestar contra a ideia do Stinky, com medo de sair da pensão à noite, logo depois de ouvir uma história de terror que quase o fez borrar as calças.
Claro que o Gerald não chamou realmente o Harold de bundão. Esse é um desenho para crianças! Mas vocês me conhecem... Gosto de deixar registrada minha interpretação dos diálogos.



Enfim, os garotos vão para a rua, para comprar os tais sorvetes. O problema é que para chegar à sorveteria, eles precisam passar por dentro do parque, que foi cenário do conto de terror de Arnold, e de repente Harold se lembra que não trouxe uma calça extra.
O que não faz a promessa de um potão de sorvete para um garoto gordinho e assustado...?



Então, eles entram no parque, e vão caminhando pelas alamedas sombrias e enevoadas. E como um colega assustado com medo de assombração é um prato cheio para um amigo gozador, Sid ergue a gola de sua jaqueta para esconder a cabeça e começa a tirar sarro de Harold.
De repente, porém, Stinky começa a ouvir alguma coisa...
Então eles veem um cãozinho Terrier saindo do nevoeiro, vestido com uma roupinha vermelha.
Eles seguem adiante, levando consigo o suposto cãozinho do demônio. Harold continua agarrado ao seu bichinho de pelúcia, lançando olhares assustados ao cãozinho no colo de Stinky. E só para acentuar um pouco mais o medo do garoto, de repente eles começam a ouvir o que parece ser o trote de um cavalo.
O nevoeiro se dissipa um pouco e eles veem que é só o Eugene praticando sapateado.
Viu? É nisso que dá ficar contando histórias de terror à noite, se vocês não têm nervos para aguentar o tranco!

Eugene explica que só estava ali ensaiando para sua aula de sapateado, e Harold se queixa das coincidências que aparecem para assustá-lo: primeiro o cachorro, depois o Eugene imitando o trote de um cavalo... Essa história de dormir fora de casa está estragando suas últimas cuecas!

Felizmente, já estão quase do outro lado do parque, e portanto, pertinho da sorveteria. O problema é que, para chegar lá, precisam atravessar o túnel escuro.

Sempre tem um túnel escuro numa noite de terror. Como diria Cazuza: faz parte do show...

Harold tenta protestar, pois o túnel é demais para seus pobres nervos tão debilitados, mas os amigos o ignoram e seguem em frente. E como não tem nada melhor para fazer, e já decorou direitinho todos os passos do balé... Digo, do sapateado... Eugene decide acompanhá-los.

O Sid também não alivia, e continua apontando as coincidências entre o que está acontecendo e a história do Arnold. Já encontraram o cachorro latindo, já ouviram o trote do cavalo – apesar de ter sido só os cascos de uma mula amiga – e agora estão atravessando o túnel escuro...



E como Eugene pegou o bonde andando, eles tiveram que explicar de que diabo de história estavam falando.
Só faltava essa, não é, Harold? Mas é claro que isso não vai acontecer. Afinal, o Arnold só contou uma lenda urbana...
Não diga, Harold!? Puxa, se você não tivesse dito, juro que eu não teria reparado...

Parece que eu falei cedo demais. Os garotos começam a gritar, e fogem correndo do túnel, saindo da estrada, exatamente como aconteceu com a carruagem na história do Arnold.



Mas, afinal, quem era aquela criatura apavorante, com um gancho dourado no lugar do braço, que se materializou no final do túnel só para botar medo em geral?
Parece que você não vai vender nenhum relógio para essa galera esta noite, amigão.



E como percebeu que ninguém os perseguia, Arnold chamou a atenção dos amigos para acalmá-los, e dizer o quanto estavam sendo bobões.
Ok... Agora eu quero ver alguém explicar essa coincidência!



Não... Melhor nem tentar...
De repente o cãozinho pula do colo do Stinky e começa a correr pela estrada, latindo sem parar, embrenhando-se no nevoeiro. Uma carruagem vem se aproximando do outro lado da estrada, e os garotos começam a gritar de medo diante dessa aparição.
O passageiro misterioso debaixo do capuz verde começa a gargalhar, escancarando dentes enormes. E o que os garotos fazem? Fogem, é claro!
Bobagem, Sr. Hyunh... Sabe esse cheirinho de cueca queimada no ar? Então... É a resposta para a sua pergunta!



E como já passaram perrengue demais para uma única noite, Ernie decide dar uma carona aos pirralhos até a sorveteria, e depois de volta à pensão.
Não provoca, Sr. Hyunh... Esse garoto já vai ter problemas para dormir pelas próximas duas encarnações...



Enfim, eles retornam à pensão para continuar a festa do pijama, e Sid continua tirando sarro de Harold por ser tão medroso.
*ARRAM* Harold... Querido... Depois de te ver passar um episódio inteiro tremendo de medo de uma lenda urbana, agarrado num dinossauro de pelúcia velho, você acha mesmo que ainda tem alguma moral para botar medo em alguém? Faz favor, né, querido...

Bem, um dia eles vão se lembrar dessa história e rir. Afinal de contas, não havia motivo para tanta histeria, não é mesmo?

Não é mesmo?!



Bem, como não tem nada a ver com as piadinhas dos garotos, e a noite é uma criança, Ernie retorna ao parque com a carruagem, para continuar tentando descolar um troco. De repente uma mulher misteriosa aparece...
Será que aquela mulher fará o Ernie perder a cabeça – do jeito ruim? Mistério...



Vamos conhecer apavorantes passageiros a bordo de um trem fantasma.



Até lá! *-*


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