A quarta
temporada de Once Upon a Time
começou trazendo fôlego novo ao mundo dos contos de fadas. Peguem seus cobertores
e uma boa xícara de chocolate quente, porque esta será uma aventura congelante!
Temos uma
verdadeira invasão Disney nessa primeira metade da Season 4: além do grande hype do momento, Frozen, temos ainda a inclusão do grande clássico dos
desenhos Disney, Fantasia, e
referências menores à Dama e o Vagabundo,
Toy Story e A Bela e a Fera.
Eu confesso que,
antes mesmo de a Season 4 estrear, a
expectativa era alta por um início de temporada, no mínimo, encantador. E
apesar de alguns clichês e temas repetitivos, não fiquei decepcionada.
A série começa
mostrando que a cidade está passando por um momento de renovação. Branca de
Neve é eleita a nova prefeita de Storybrooke – na mais rápida apuração de urnas
da história da democracia; numa votação em que a cidade é representada apenas
por dois Anões e a Vovó Donalda; não se sabe nem quem era o concorrente dela ao
cargo, ou qual a proposta de governo da nova prefeita. E tem gente reclamando
da nossa política...
Mas já era
esperado que Branca de Neve, algum dia, fosse disputar a prefeitura da cidade,
já que, por diversas vezes em Tão, Tão
Distante, ela tentou reclamar o trono que era ocupado por Regina, alegando
seu direito de sangue, por ser a filha legítima do Rei. Mas como não estão mais
na Floresta Encantada, a cadeira da prefeitura é o mais perto de um trono que
ela irá chegar no mundo real.
Claro que os
moradores de Storybrooke geralmente têm mais o que fazer do que se preocupar
com quem está ocupando a cadeira de seu salão oval, já que, no fim das contas,
são sempre as mesmas pessoas que acabam resolvendo todos os problemas
municipais: a família Charming, Regina e Rumplestiltskin. Ou seja: não importa
quem vai se pronunciar, será sempre o mesmo discurso.
Aliás, é natural
que Regina não tenha concorrido à reeleição, já que ela está passando por um
momento complicado em sua vida pessoal. Com o retorno de Marian, esposa de
Robin Hood, ela vê seu final feliz mais uma vez ameaçado, e prefere concentrar
toda a sua raiva no livro de contos de fadas, recordando algo que Greg Mendell
– o odioso Pamonhão, que, felizmente, descansa sem sombra na Terra do Nunca; jamais sentiremos sua falta! – lhe disse
lá na segunda temporada, enquanto a torturava: vilões não têm finais
felizes. Acontece que Regina já deixou de ser uma vilã há muito tempo, mas
parece que o livro ainda não entendeu isso. Então, ela decide dar uma mãozinha
para fazê-lo perceber que ela já se redimiu. Seu plano? Encontrar o Autor,
fazê-lo mudar sua história, e lhe dar um final feliz. Para isso, ela recorre ao
seu antigo aliado, o “Espelho Mágico que
sabe de tudo”.
Apesar de que, a
participação do Espelho nessa parte da história acaba sendo minúscula. Ele só
ganha alguma importância muitos episódios mais tarde, e nas mãos de uma rainha
muito mais gelada que Regina.
Mas enquanto os
cidadãos locais praticavam seu dever cívico elegendo a nova Prefeita, uma certa
recém-chegada estava perambulando pelas ruas de Storybrooke, extremamente
assustada com aquele mundo estranho, cheio de coisas modernas que ela nunca
tinha ouvido falar.
E o pior de estar
perdida e sozinha num lugar estranho, depois de ter passado algum tempo presa
numa urna mágica, é não saber o que aconteceu com sua irmã.
Então, meio por
acidente, meio para se proteger, Elsa constrói um muro de gelo perto da
fronteira da cidade, e isso acaba causando um blackout na energia elétrica de
Storybrooke – o primeiro pepino para a nova Prefeita, Branca de Neve resolver.
E quando Emma, Hook e Charming vão verificar o que causou a queda de energia, e
se deparam com o muro, Emma, mais uma vez, encarna a Salvadora que precisa de socorro, porque Elsa, que visivelmente não tem controle sobre seus
poderes, acaba prendendo as duas numa caverna de gelo.
Hook fica
desesperado ao ver sua amada desaparecer por trás da geleira, e tenta derrubar
a muralha de gelo batendo nela com seu gancho. Muito fofo, mas talvez fosse
mais eficiente chamar a Regina e deixar ela brincar de atirar bolas de fogo no
paredão.
E enquanto luta
para não congelar até à morte, Emma vai conversando com Elsa, e percebe que ela
não é uma pessoa má; só está assustada, num lugar desconhecido, e preocupada
com a irmã desaparecida. E que, além disso, ela não controla seu poder, o que
desperta uma identificação imediata na Salvadora.
Foi difícil, mas
Elsa conseguiu se concentrar e abrir uma passagem no paredão de gelo para poder
sair dali com Emma, antes que a mocinha morresse de hipotermia. Em retribuição,
a Salvadora convenceu seus pais e os outros protagonistas a darem um voto de
confiança à Rainha de Arendelle. Mas fica difícil evitar que as pessoas vejam a
mulher como um monstro perigoso, quando logo após sua chegada, uma cidadã é
misteriosamente congelada...
Para alívio de
quem ficou preocupado com esse ou aquele personagem de sua preferência, a
vítima da vez é a recém-trazida do passado – e dos mortos! – esposa de Robin
Hood, Marian.
Brincadeiras à
parte, apesar de estar muito chateada com a intrusa, e saber que ela é a causa
de todas as suas desgraças, no momento em que Marian começa a congelar, Regina
não permite que ela morra: arranca o coração de seu corpo quase congelado,
prometendo mantê-lo quentinho e a salvo até encontrarem uma maneira de
descongelar o corpo dela. E, verdade seja dita, ela fez isso menos por Marian,
e mais por Roland, que acabara de ter sua mãe de volta, e não merece perdê-la
novamente. E, claro, a nossa Rainha conhece bem o caminho das pedras, e sabe
que não ganhará nada retornando aos seus maus hábitos de eliminar os obstáculos
de seu caminho na base do coração esmagado. Mas, convenhamos, vontade não
faltou, não é Regininha?
Além do mais, ela
já teve uma prova bastante substancial de que o retorno de Marian não alterou
em nada os sentimentos de Robin por ela, pois, quando Elsa lhes disse que um
beijo de amor verdadeiro poderia reverter o congelamento, Robin fez o
sacrifício, e de nada adiantou.
Só não entendi
porque não deixaram Roland tentar, uma vez que, já ficou provado também, que
esses beijos de amor verdadeiro não precisam necessariamente ser dados por
cônjuges em potencial: vide a quebra das duas Maldições de Storybrooke,
alcançadas graças a um beijo de amor verdadeiro de duas mães – primeiro Emma e
depois Regina – em seu filho, Henry.
Mas, seja lá como
for, apesar de não conhecerem nenhuma outra pessoa além de Elsa que poderia ter
dado um gelo em Marian – se me permitem o trocadilho –, Emma e os Charmings
decidem acreditar que há outra explicação para o que aconteceu com a intrusa.
É Will Scarlet –
o primeiro personagem a migrar do spin-off
Once Upon a Time in Wonderland para
a série original –, que, quando perseguido pelos xerifes por ser reconhecido
como um ladrão, acaba chamando atenção para o fato de que a cidade ficou sem
energia elétrica o dia todo, mas na sorveteria da dona Sarah
Fisher nenhum sabor virou suco!
E como isso é
realmente muito suspeito, Emma e Charming vão até lá investigar que bruxaria é
essa.
Aliás, cá entre
nós, vamos acompanhar o raciocínio dos cidadãos de Storybrooke: alguém está
congelando pessoas na cidade, e já ficou provado que não foi a Rainha Elsa;
quais as outras opções?
a) A dona da sorveteria, que está
acostumada a mexer com gelo todos os dias, e que consegue manter sua loja
funcionando e seu estoque congelado até com o freezer desligado por causa do apagão na cidade;
b) A tia que vende coxinha na praça.
Resposta: claro que a culpa é da tia da
coxinha...
Sério, que
ninguém suspeitou da mulher do sorvete? Não tem energia na cidade, está todo
mundo tomando sorvete, o freezer está desligado e ninguém pensou em investigar
como o estoque dela não virou água? Claro, porque sorvete se conserva na
temperatura ambiente; ou, vai ver, ela pode ter comprado uma calota polar
exclusiva da Polishop...
Bem, o sorvete
não derreteu, mas a sorveteira tomou chá de sumiço, e só estava disposta a dar
o ar de sua graça diante da nova turista assustada da cidade.
Mas antes disso
acontecer, Emma leva Elsa para um passeio pela cidade, para tentar coletar
informações sobre sua irmã desaparecida. E que melhor lugar para começar uma
busca, senão a loja de penhores do Sr. Gold? Afinal, como já vimos nos
primeiros três anos da série, Rumplestiltskin é uma espécie de entidade
onipresente e onisciente, que conhece e sabe tudo da vida de todo mundo – e que
frequentemente usa esse conhecimento em benefício próprio.
Só que desta vez
ele nega saber de quem se trata. Porém, quando Elsa reconhece um colar com pingente
de floco de neve que fora de sua irmã na loja, Charming percebe que conheceu
Anna na Floresta Encantada.
Isso foi há muito
tempo...
Pouco depois da
coroação de Elsa como Rainha de Arendelle, ela estava, um belo dia, xeretando
as coisas de seus pais, quando encontrou um diário, onde descobriu que seus
pais viajaram para procurar um meio de livrar-se dos poderes dela.
E ao compartilhar
a informação com a irmã, Anna, que é tão determinada quanto no filme, decidiu
partir para essa terra distante – mesmo estando às vésperas de se casar com
Kristoff –, para descobrir o que exatamente seus pais procuravam. E como não
queria que Elsa soubesse o que ela estava aprontando, com medo de ser mal
interpretada, ela pediu que o noivo enrolasse
a Rainha para que ela não notasse sua
ausência tão depressa.
Ao chegar à
Floresta Encantada, Anna, seguindo a orientação que recebera de seu noivo,
procurou um velho amigo dele, um singelo pastor de ovelhas chamado David
(conhecem? Aquele que ia se casar com a Barbie Midas, se não tivesse seu
caminho atravessado por uma Branca de Neve fora da lei no auge da malandragem e
se apaixonado por seu jeitinho aventureiro... Bons tempos! #Saudades). Mas como
aprendeu sua lição no filme, e percebeu que não é exatamente seguro confiar
cegamente numa pessoa assim que a conhece – sem querer apontar o dedo para
ninguém: HANS! –, Anna decidiu ser cautelosa, e não revelar de cara que o
pastor estava hospedando uma Princesa de Arendelle, apresentando-se para ele
com um nome falso, Joan.
David, que sempre
foi sangue bom, ofereceu abrigo e ajuda à mocinha, mas ela logo descobriu que
ele precisava mais de sua ajuda do que o contrário, porque David, naquela
altura, não era nem a sombra do Príncipe Charming corajoso e galante que
conquistou a fugitiva número um do reino. Ele estava sendo oprimido por uma
pastora de ovelhas feiticeira do mal gananciosa, e apesar de estar usando
aquela versão loira da peruca de Sansão do Chapolin Colorado, David não era nem
forte nem corajoso o bastante para enfrentá-la. Ou vai ver, ele estava era com
medo de que ela o transformasse em cabrito com aquele cajado de caramelo
florido do mal.
Bem, todo mundo
sabe que cronologia é um tema complicado em Once Upon a Time.
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Aliás, quem via a
inocente pastorinha em Toy Story, com certeza não conseguiria imaginar que ela
poderia ser uma exploradora dos desafortunados,
tirana, fornecedora de cordeirinhos para o Lobo Mau! Nem quero pensar no
que ela fez com o Woody...
Então, Anna
assumiu a missão de transformar David num cavaleiro valente, e começou por
ensiná-lo a usar uma espada. Ela só não explicou como foi que ela aprendeu isso. Anna, pelo visto,
também guarda uns segredinhos; ela não cresceu apenas brincando na neve...
Mas, depois de
dar muito Mucilon à coragem de David, e de ajudá-lo a derrotar a Bo Peep, Anna
se despediu do futuro Príncipe Encantado e seguiu sua viagem. E David também
não faz a menor ideia do que aconteceu com ela depois disso.
Só que ele não
foi o único em Tão, Tão Distante a
conhecer a Princesa de Arendelle. Porque, depois de deixar a cabana do pastor,
Anna foi ao encontro de Rumplestiltskin, o feiticeiro que seus pais pretendiam
procurar por lá, para tentar descobrir o que acontecera com eles, e o que eles
estavam procurando para início de conversa; mas Rumple, agindo como Rumple,
propôs um acordo: ele contaria à Anna tudo o que ela quisesse saber se, em
troca, ela lhe fizesse um favorzinho pequenininho.
A Princesa de
Arendelle teria que fazer uma visita a um velho Aprendiz de Feiticeiro e
colocar uma poção misteriosa em seu chá. Mas Anna, suspeitando que se tratasse
de um veneno, e percebendo que o tal velho tinha bom coração, não cumpriu o
prometido.
Então, quando
Rumplestiltskin aparece para roubar uma caixinha misteriosa na casa do velho, e
pergunta se ela fez o que ele mandou, ela mente, e o Senhor das Trevas anuncia que,
graças à poção, o velho irá viver. Anna fica confusa, e Rumple explica que o
velho tinha sido enfeitiçado, e que a poção que ele mandara colocar em seu chá
era um antídoto. Então, ela confessa que mentiu, pois pensou que o Senhor das
Trevas queria envenená-lo. Só que Rumple não está muito preocupado com isso, na
verdade, pois o Aprendiz fora transformado num camundongo, e tudo o que ele
precisava era da lágrima de uma pessoa que tivesse enfrentado seu lado obscuro
e vencido; e como Anna não deu a poção ao velho, acreditando que estava
salvando a vida dele, ela se encaixa na categoria. Mas Anna garante que nunca
pretendera fazer isso, portanto, não
enfrentara seu lado obscuro. Mas ao enfrentar Rumplestiltskin para que fizesse
o velho voltar ao normal, e, tendo a chance de matar o Senhor das Trevas com a
Adaga, escolher não fazer, por não querer se tornar uma assassina, Anna
contrariou seu lado obscuro, pois teve, de fato, vontade de matá-lo.
Agora a lágrima
dela serve! E é rapidamente colhida pela lâmina da Adaga do Senhor das Trevas.
Ainda usando a Adaga,
Anna obriga Rumplestiltskin a lhe dar as respostas que ela precisa, e mandá-la
de volta para Arendelle sã e salva. Ele só não contava que ela fosse levar
consigo a caixinha que ele tentara roubar do Aprendiz.
Mas é claro que
Rumple fica bem quieto sobre isso quando está diante de Elsa na loja de
penhores, e não conta nada sobre seu encontro com Anna na Floresta Encantada,
dificultando, assim, a busca da Rainha por sua irmã desaparecida.
Era de se esperar
que elas tivessem se reencontrado depois que Anna retornou à Arendelle, mas
Elsa não se lembra de nada do que aconteceu depois que a irmã partira para a
Floresta Encantada.
É claro que Emma
se compromete a continuar ajudando a nova amiga em sua busca, mas não naquela
noite. Porque para esta noite, ela tem outros planos...
Primeiro, vamos
colocar em pauta o seguinte: Emma e Hook estão de frescura, e não querem mudar
o status do facebook para “em um relacionamento sério”. Pois é, fala
sério...
Embora o motivo
seja válido: ela tem medo de se envolver, porque todos os homens que se
envolveram com ela nessa série acabaram com sete palmos de terra em cima – confira
o histórico da moça aqui. Mas Hook garante que, se há algo em que ele é
bom – além de conduzir um navio, cortejar mulheres alheias, e entornar litros
de rum – é sobreviver!
Assim sendo, eles
decidem dar uma chance um ao outro, e finalmente têm seu “primeiro encontro”. E
ele acontece exatamente como manda o figurino: Emma dá uma garimpada no
guarda-roupa da mãe, e pega emprestado um vish-tido que até poderia fazer lembrar o
clássico vestido branco de Marilyn Monroe, se não fosse bege, cafona, estilo
anos cinquenta, e não fosse obviamente da Mary Margaret! Perguntinha: o que
aconteceu com os vestidos bonitos que a Emma costumava usar em seus encontros
com os caloteiros e os macacos-voadores de Nova York? Não couberam na mala do Fusca?
E eu simplesmente me recuso a comentar sobre o rabo de cavalo – meio tarde para
bancar a colegial inocente, dona Emma, mãe do Henry!
E quando Hook vai
buscá-la em casa, o coitado quase é obrigado a enfrentar os interrogatórios de
papai super protetor que quer saber as intenções do pirata safado com sua
filha. Charming não chegou a fazer a pergunta, mas seu olhar de “veja bem onde
vai colocar essas mãos, se não quiser ficar sem elas” foi nítido, alto e claro!
E, sim, eu disse
MÃOS, no plural!
Porque para Hook
não bastou deixar sua roupa de pirata na gaveta, e adotar o visual do Damon
Salvatore: jeans e jaqueta de couro – entendeu,
Emma? Vestir-se como uma pessoa normal, mas sem sair do personagem! Um visual
mais de acordo com sua personalidade... Hook queria levar as duas mãos ao
seu encontro com Emma, e, para isso, foi pedi-la de volta ao homem que a cortou
duzentos anos atrás.
Tudo bem que,
algumas pessoas colecionam coisas estranhas, mas isso aí é o cúmulo...
Seja lá como for,
Hook fez uma chantagem com o Senhor das Trevas, prometendo contar à Belle que a
Adaga que Rumple lhe dera como presente de casamento era falsa, caso o avô de
seu enteado se recusasse a lhe dar uma
mãozinha.
Rumple, que
geralmente não está nem aí com os rolos da família Charming e seus agregados,
abriu o vidro de conserva e devolveu a mão esquerda do deus grego, apenas com a
observação de que aquela mão ainda pertencia ao homem de quem foi cortada – ou
seja, o pirata traiçoeiro que Hook fora no passado. Mas como tem certeza de que
isso é intriga da oposição, Hook decide pagar para ver.
A princípio, tudo
está indo às mil maravilhas: Hook vai buscar Emma em casa, e até leva uma rosa
para ela – principalmente para ver se ela vai notar que tem algo diferente
nele...
Ele leva Emma a
um restaurante, onde vemos um casal encenando a clássica cena de A Dama e o Vagabundo dividindo um prato
de espaguete. Hook aproveita suas duas mãos
para segurar as de Emma, e depois para socar a cara do Will Scarlet quando ele
derrama vinho no vestido da Salvadora...
E é aí que Hook
chega à conclusão de que Rumplestiltskin tinha razão: aquela mão está lhe
fazendo agir como o seu antigo Eu que fora deixado para trás – depois de ter
dado uns beijos na Emma no final da temporada passada, diga-se de passagem –, e
que se ficar com ela, isso vai lhe trazer grandes problemas.
Então, logo
depois deixar sua amada em casa, Hook vai lá fazer outro pacto com o diabo – leia-se
Rumplestiltskin –, para ter seu
gancho de volta. Mas agora, Rumple não está mais afim de fazer caridade, nem de
ceder à chantagem, e concorda em desfazer a bruxaria, mas desta vez com um
preço.
Acontece que Hook
tinha razão numa coisa: o Senhor das Trevas estava mesmo passando a perna em sua
senhora, deixando-a de posse de uma Adaga falsa. Isso porque, assim como Regina
e sua ideia maluca de dar finais felizes aos vilões, Rumplestiltskin também
estava trabalhando num plano diabólico por debaixo dos panos. Estão lembrados
daquela caixinha que ele tentou roubar do Aprendiz ainda na Floresta Encantada?
Pois bem, essa caixinha foi encontrada por ele em Storybrooke, na casa onde ele
e sua nova esposa, Belle passaram a lua de mel, mas estava fechada com magia, e
não podia ser aberta por alguém com o coração cheio de trevas, mas somente por
uma pessoa que tivesse enfrentado seu lado obscuro e vencido. Soa familiar?
Neste momento
descobrimos que a Adaga não serve apenas para escravizar o Senhor das Trevas,
mas também para absorver poderes e virtudes de outros personagens, para lhe
permitir quebrar feitiços como esse. Ao recolher a lágrima da Anna, a Adaga
passou a possuir a virtude dela, a pessoa que venceu seu lado obscuro, podendo
ser usada para abrir a caixa. E o que há dentro dela?
Lembram do
clássico da Disney, Fantasia? Pois
é...
Esse chapéu
absorve o poder de seres mágicos, e os armazena em seu interior, fazendo surgir
as estrelas que o compõem. Isso poderia absorver os poderes de Elsa, que era o
que seus pais queriam. O que eles provavelmente não sabiam, era que o dono do
poder, também seria sugado para dentro do chapéu.
E a gente
pensando que chapéu de mágico só servia para fazer sair coelhos, hein...
E como Hook está
querendo devolver uma mãozinha para
Rumple, este decide usá-lo para encher o chapéu de estrelas, já que precisa que
ele absorva muito poder para desconectar o Senhor das Trevas de sua Adaga.
Hook,
evidentemente, não quer fazer isso, mas quando ele percebe a cilada em que se
meteu já é tarde demais, e ele acaba ajudando Rumplestiltskin a colocar o
Aprendiz dentro do chapéu.
É claro que, em
se tratando de Rumplestiltskin e seus acordos, isso não seria tudo.
O problema é que
isso mandará pro vinagre uma história de amor tão bonita, que teve seu momento
dourado no primeiro episódio dessa temporada, quando Belle e Rumple, em lua de
mel, recriaram a clássica cena da valsa entre A Bela e a Fera.
Aliás, falando em
belos romances que estão indo por água abaixo, eu mencionei Regina alguns
parágrafos atrás, e seu plano, que, na verdade, não
teve grandes evoluções nessa primeira metade da temporada.
Mas, a fim de
promover um pouco mais de interação entre mãe e filho postiço – cuja relação,
convenhamos, havia esfriado bastante desde a primeira temporada –, Regina
compartilhou com Henry seu plano de encontrar o Autor do livro de contos de
fadas, e ele logo se prontificou para ajudá-la. Como tem um avô super legal, com
um passado sórdido, e uma loja cheia de bugigangas mágicas, Henry percebeu
nesse caminho uma boa maneira de conseguir informações, e, de quebra, ainda
passar algum tempo com Rumplestiltskin.
Assim, tem início
a Operação Mangusto, que é, basicamente, um mamífero que come cobra; e isto é
exatamente o que Regina quer fazer – dar um teco na cobra que apareceu em seu
caminho para expulsá-la de seu paraíso com o homem amado. Se me permitem a referência...
Henry, então,
aproveita seu tempo livre para trabalhar com o avô na loja de penhores, e, na
ausência dele, xeretar e ver o que consegue descobrir para ajudar sua mãe de
criação a encontrar o Autor e barganhar seu final feliz.
Mas é Robin Hood
quem acaba encontrando uma pista realmente importante: enquanto vasculhava a
biblioteca para ver se descobria a identidade do Autor, uma página do livro de
contos de fadas apareceu misteriosamente em sua mochila. Mas não uma página
qualquer: nela há uma gravura da noite em que Tinker Bell levara Regina até ataverna para conhecer seu verdadeiro amor. Só que, naquela gravura, Regina não
se acovardara; ela entrara na taverna, conhecera Robin, e os dois foram
retratados prestes a dar um beijo de amor verdadeiro, o que comprova que o
final feliz da nossa Rainha pode estar a apenas algumas boas escolhas de
distância.
De volta ao
núcleo central da mid-season, Emma
continua ajudando Elsa em sua busca pelo paradeiro de Anna, e descobrem que,
realmente, a Rainha de Arendelle não é a única pessoa
na cidade que tem o poder de transformar tudo em picolé, pois, na primeira
oportunidade em que Elsa se encontra sozinha na floresta, a dona da sorveteria
aparece para bater um papinho com ela, e revelar que seu nome é Ingrid, outrora
conhecida como Rainha da Neve, e que é sua tia, perdida há muito tempo, e que
está lá para ajudar a sobrinha a controlar seus poderes.
E por mais que a
história cheire a papo furado, o fato de ela ter o mesmo dom é o suficiente
para colocar uma pulguinha atrás da orelha da Elsa. Ela só não consegue
entender porque sua mãe teria escondido a existência de uma irmã.
O encontro, no
entanto, é interrompido pela chegada de Emma, que reconhece a voz da mulher,
mas não se lembra de onde, e ela desaparece antes de ser vista.
E a partir daqui
a história da Elsa começa a se cruzar com a da Salvadora em muitos aspectos.
Para começar, Emma tem uma vaga percepção de que conhece a suposta tia Ingrid
de algum lugar; e, só porque os roteiristas precisavam estabelecer algum tipo
de identificação entre a Salvadora e a Rainha de Arendelle que pudesse servir
de alicerce para que as duas desenvolvessem a cumplicidade necessária ao
andamento da trama, os poderes de Emma, de repente, parecem possuídos pelo
Máskara!
Tudo bem que Emma
já vinha trabalhando sua magia com a Regina desde a temporada passada, mas alguém explica esse crescimento súbito e descontrolado dos
poderes da Salvadora? Porque, durante a segunda temporada inteira – na primeira
a magia estava proibida de entrar em Storybrooke –, se ela não contasse,
ninguém notaria que ela tinha um poderzinho que fosse; terceira temporada,
mal e porcamente ela apresentou alguns truques. E agora, do nada, ela está
explodindo paredes! Tentativa tardia de transformar a sala de estar dos
Charmings em Hogwarts! E Emma é o Simas Finnigan, estou avisando!
Não é uma
crítica, não. Na verdade, já era de se esperar que, cedo ou tarde, o roteiro
fosse explorar esse lado da Salvadora, e fazê-la desenvolver seus poderes. O
que não faz muito sentido, é que eles tiveram duas temporadas para fazer isso,
e guardaram para o momento mais conveniente, ou seja, quando tivessem outra
personagem enfrentando o mesmo drama, para dar apoio à Salvadora, quando a
função dela na história – de ser a Salvadora – nos diz que deveria ser o
contrário: que ela já deveria ter lido essa cartilha, para poder ajudar a Elsa,
baseada em suas próprias experiências. Ficou apelativo, tardio e meio fora de
contexto, mas vamos seguindo...
De repente, Emma
fica tão assustada com seus poderes, que aceita a primeira saída que encontra
para se livrar deles.
Ok, verdade seja
dita, ela sempre os renegou. Mas uma mulher que cresceu no mundo real, lidando com
todo tipo de trapaças, caçando criminosos e
fazendo-os beijar o volante de seus carros – vide primeiro episódio da série
–, e principalmente, calejada com a dualidade de certos ex-vilões dessa cidade,
deveria, no mínimo, desconfiar das “boas intenções” de Rumplestiltskin, e pedir
os detalhes do que havia atrás da porta, em vez de simplesmente confiar no avô
de seu filho.
Essa é para quem
assistia o Programa do Serginho Malandro no SBT.
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Por sorte, Elsa
apareceu na hora certa para impedir que Emma abrisse a porta e se tornasse mais
uma estrela no chapéu do Feiticeiro. Elsa estava começando a descobrir a chave
de seu poder, e ao aceitá-los de uma vez por todas como parte de si, finalmente
começava a controlá-los.
Então, ela
transmitiu esse conhecimento para Emma, e lhe deu o voto de confiança que a
Salvadora precisava para finalmente começar a se aceitar como é.
Resolvida essa
parte da trama, Emma e Elsa começam a
investigar se a história que Ingrid contou é verdadeira, e ela realmente é tia
da Rainha de Arendelle. Não há muitas fontes para se verificar, mas algo que
encontram trancado no trailer de Ingrid na floresta as surpreende: Ingrid
conhece Emma há muito tempo. Aparentemente, em algum ponto da adolescência,
Emma fora adotada pela Rainha da Neve, e a vilã guardara várias lembranças da
filha adotiva. Só que Emma não se lembra de nada disso. E a descoberta de uma
árvore genealógica que a Rainha da Neve planejava formar, com Elsa e Emma no
lugar de suas irmãs, deixa as duas bastante perturbadas em relação aos planos
dessa vilã.
E por mais
estranho que seja a Rainha da Neve ter um passado com a Salvadora, não
demoramos a descobrir que ela também tem um passado com Elsa.
Quando retornou à
Arendelle, Anna não teve coragem de contar à Elsa que seus pais tinham partido
para procurar algo que pudesse tirar seus poderes, porque eles tinham medo
dela. Também não teve coragem de contar que trouxera algo que podia fazer
exatamente isso – o chapéu do Feiticeiro, que, conste, ela não pretendia usar
contra a irmã; só não queria deixá-lo com o Rumplestiltskin.
Como o Chapéu foi
parar na mansão onde Rumple passou a lua de mel com Belle depois disso, é um
mistério...
E de qualquer
modo, isso não tinha mais importância, porque, ao regressar, Anna foi
surpreendida por uma clara evolução da irmã no controle de sua magia. O mérito
desse milagre é de sua recém-descoberta tia Ingrid, irmã de sua mãe, que elas
nem sabiam que existia.
Durante a
ausência de Anna em Arendelle, o Príncipe Hans estava tramando para prender
Elsa numa urna mágica – a mesma da qual ela saiu em Storybrooke –, para poder
tomar o controle do reino. Mas ele não contava que a urna estivesse ocupada.
Quando o artefato é aberto, tal como a Jeannie saindo de sua garrafa, a
Rainha da Neve é libertada, em toda a sua glória, para se revelar a tia perdida
de Elsa, que fora aprisionada ali porque sua família também não compreendeu o
poder que ela tinha, e que fora herdado por sua sobrinha. E Elsa,
aparentemente, estava tão desesperada para encontrar alguém que fosse igual a
ela, e que a compreendesse, que nem se preocupou em verificar os antecedentes
da mulher, e foi logo aceitando sua ajuda para controlar sua magia, e poder
governar seu reino sem que os súditos temessem que sua Rainha fosse um monstro.
Mas Anna, que não
desconfiou sequer das intenções de um príncipe oportunista que lhe propôs
casamento cinco minutos depois de conhecê-la, desconfiou de cara que tinha gato
nessa tuba, e decidiu investigar melhor a história de sua suposta tia.
Ela se
confidenciou com seu noivo Kristoff, e pediu que ele ficasse de olho nas coisas,
enquanto ela fazia uma visita ao Grand Pabbie para lhe perguntar se ele sabia
de alguma coisa. Só que a história que ele tinha para lhe contar não era nada
bonita: Gerda, a mãe de Anna e Elsa tinha duas irmãs, Helga e Ingrid. As três
se amavam muito, eram muito unidas, e guardavam um perigoso segredo: Ingrid, a
irmã mais velha, tinha poderes que ela não conseguia compreender, muito menos
controlar; assim como Elsa, ela podia congelar tudo ao seu redor. As irmãs
protegeram o segredo de Ingrid, até o dia em que ela, acidentalmente, matara a
irmã mais nova, Helga, congelada. Então, Gerda, assustada, prendeu Ingrid na
urna, e fez um acordo com os trolls de pedra, para que todas as pessoas do
reino esquecessem de suas irmãs.
Mas ter ocultado
a tragédia de sua família não impediu que Gerda tivesse uma filha com os mesmos
poderes de sua irmã mais velha. Por muito tempo, eles mantiveram os poderes de
Elsa escondidos debaixo das luvas que Rumplestiltskin tinha dado para serem
usadas por Ingrid, mas à medida que ela crescia, seu poder aumentava, deixando
os pais preocupados que alguém descobrisse e
a visse como um monstro, assim como Gerda fizera com a irmã.
Foi por isso que
eles partiram em busca de algo que pudesse livrá-la de seu poder.
Então Anna
retornou, determinada a alertar a irmã a respeito das possíveis más intenções
da tia, já que ela escondeu toda a história sobre a terceira irmã, Helga, e
sobre como a matou – ainda que por acidente –, mas no caminho, ela e sua
companheira de viagem – Belle, a atual Sra. Stiltskin, que naquela época fora à
Arendelle para se encontrar com os trolls de pedra e pedir que lhe devolvessem
as memórias do dia da morte de sua mãe; e a pergunta é: para quê ela queria se lembrar disso? Em certos casos, esquecer
pode ser uma bênção! – foram apanhadas por uma tempestade quando estavam caminhando
num penhasco, e Anna acabou despencando dele, porque Belle preferiu salvar a
pedra que o Grand Pabbie lhe dera para reaver suas memórias, a salvar a
princesa. E novamente, aqui cabe mais uma pergunta: por que ela não usou a
pedra para recuperar sua memória imediatamente? Por que guardar para mais
tarde? Aqui vai um esclarecimento, Belle: memórias não são uma boa quentinha
para viagem!
Claro que Anna
não morreu na queda – até porque, o penhasco não era assim tão alto, ou
teríamos passado o episódio todo aguentando os intermináveis lamentos da Sra.
Stiltskin, arrependida por ter sido responsável pela morte dela. Anna somente
desmaiou, e sua tia Ingrid aproveitou para prendê-la numa cela na masmorra do
castelo de Arendelle.
Em seguida, a
Rainha da Neve lançou uma intriga entre as duas sobrinhas, acusando Anna de ter
trazido uma arma para tirar os poderes de Elsa, como seus pais pretendiam fazer
se não tivessem morrido na viagem, e Elsa finge que acredita, apenas para poder
armar com a irmã um plano para aprisionar a tia de volta na urna, já que também
andava desconfiada das intenções dessa fulana.
Acontece que o
tiro sai novamente pela culatra, porque, assim que Elsa vira as costas, Ingrid
acorrenta Anna na cela, pega a urna de volta, e lança na Princesa a Maldição da
Visão Partida.
Para quem não
está familiarizado com o conto de Hans Christian Andersen, A Rainha da Neve, que inspirou a história de Frozen, explico: é um
conto em sete partes, e a primeira delas nos trás a história de um espelho
partido, cujos cacos, quando entravam nos olhos das pessoas, distorciam a
realidade, e faziam-nas detestar tudo o que viam, e só enxergar o lado ruim ou
mais feio das coisas.
Ingrid, que
representa a rainha do conto original – que nem de longe era tão pura como a
Elsa –, usa o espelho partido para distorcer a visão da Anna, e fazê-la ver
apenas o lado ruim da irmã – ou aquilo que dizem ser o lado ruim de Elsa, ou
seja, os perigos que sua magia descontrolada representa.
A princípio, o
plano da malvada funciona, porque Anna acaba despejando alguma raiva reprimida
sobre a irmã, e dando a entender que também tem um pouco de medo dela – a única
parte de Anna que destoou do filme, pelo menos por um tempo. Elsa, não querendo
machucar a irmã, decide não reagir, mesmo quando Anna a prende na urna.
Só que a visão
partida da Anna não dura muito tempo, e ao se ver livre dos cacos amaldiçoados
do espelho, ela se volta contra sua tia, e tenta libertar a irmã, no que é
ajudada por Kristoff; mas a Rainha da Neve, sem a menor paciência para crises
familiares, e doida para criar sua própria família bem longe de Arendelle – num
lugar em que o Aprendiz lhe garantiu que ela encontraria seu final feliz; se bem que as profecias dele são bastante
subjetivas –, simplesmente congela todo mundo no reino, vira as costas e vai
embora.
Trinta anos se
passam. E então, de repente, o gelo que envolvia Arendelle derrete, e Anna e
Kristoff partem em sua busca pela urna onde Elsa está presa. Anna se lembra de
ter lido algo sobre uma Estrela dos Desejos, que seus pais procuraram como
alternativa para retirar os poderes de Elsa – mas, aparentemente, a estrela não
interpretou esse pedido como sendo “puro de coração”, e por isso não atendeu –,
e leva Kristoff para procurá-la. Eles sabem que a estrela está com Barba Negra,
e Anna oferece o ouro do reino na barganha, em troca da estrela. O que ela não
sabia, era que Barba Negra estava mancomunado com o Príncipe Hans, e que este
tinha outros planos.
Assim, Anna e
Kristoff acabam amarrados, presos num baú, e jogados no fundo do mar.
E enquanto o baú
vai enchendo de água, Kristoff luta para se desamarrar e se libertar com ela da armadilha, mas Anna acaba perdendo a esperança.
Ela lamenta não ter podido fazer nada por Elsa, e decide aproveitar o pouco
tempo que lhes resta para expressar seu amor por Kristoff, improvisando uma
breve cerimônia de casamento com ele, e fazendo votos de amor eterno. Um
momento muito comovente.
Enquanto isso, em
Storybrooke, nossos heróis corriam contra o tempo para impedir que a Rainha da
Neve conseguisse lançar a Maldição da Visão Partida, usando o Espelho Mágico
que roubara de Regina; ou, pelo menos, criar um antídoto que pudessem
distribuir a todos os cidadãos antes que o espelho fosse partido. A Fada Azul
garantiu que poderia fazer esse antídoto, mas para isso, precisaria de uma
pessoa que já tivesse sido vítima dessa Maldição – ou seja, o que ela vai fazer
é, basicamente, uma vacina: usando o próprio vírus para combater o vírus. O
problema é que a única pessoa que eles sabem que já foi vítima dessa Maldição é
Anna, e ela continua desaparecida.
Então, Elsa vai
até a loja de Rumple pedir ajuda, e Belle – o peso na consciência ainda falando
mais alto – lhe dá um feitiço localizador, que ela pode usar no colar que era
da Anna, para que a leve até a irmã.
E por que ninguém pensou nisso antes? Tsk,
tsk...
O colar leva Elsa
e Emma até a mina dos anões, e começa a brilhar mais forte diante de uma parede
sem saída; e Emma, que já estudou bastante a planta da cidade, tem certeza que
ela vai dar em lugar nenhum.
Então, elas
voltam, desanimadas, e Regina tenta convencê-las de que é melhor entregar o
colar para as fadas, e deixar que o destruam para fazer o antídoto, já que ele
pertencera à Anna. As fadas não garantem cem por cento que isso dará certo, mas
estão dispostas a tentar, só que isso levará mais tempo do que se tivessem a
própria Anna por perto. Elsa, porém, está relutante em permitir a destruição de
sua única lembrança da irmã.
Então ela
aproveita uma distração dos heróis, para sair de fininho e voltar à mina para
verificar o que há realmente atrás daquela parede de pedra. Ao perceber sua
fuga, Emma vai atrás dela, e chega a tempo de vê-la destruir a tal parede e
descobrir que ela vai dar na praia.
Parece que alguém
errou feio na geografia de Storybrooke, mas de nada adianta, pois assim que
Elsa se coloca diante do mar, o colar para de brilhar, indicando que chegaram
ao fim de sua busca.
Nesse momento,
Elsa se desespera e começa a chorar, compreendendo que perdeu a irmã para
sempre, e aperta o colar junto ao peito, desejando poder encontrá-la.
E então: mágica!
Elsa não sabia – e obviamente, Anna também não –, mas o colar que estava
carregando era, nada mais, nada menos que a Estrela dos Desejos. E como seu
desejo sincero de reencontrar a irmã era puro de coração, foi imediatamente
concedido: o baú emergiu das profundezas e aportou na praia de Storybrooke –
junto com uma garrafa com uma mensagem misteriosa de que falaremos daqui a
pouco.
Emma e Elsa se
apressam em abrir o baú e libertar os náufragos, para um abraço comovente entre
as irmãs separadas há tanto tempo.
Mas esse
reencontro emocionante, infelizmente, teve que ser abreviado, sem que as irmãs
tivessem a chance de colocar trinta anos de papo em dia, pois eles tinham uma Maldição
para impedir.
Então, o grupo
corre de volta para a cidade, para levar Anna até as fadas, porém, não
encontram nenhuma delas.
Rumplestiltskin,
que ainda estava empenhado em seu plano de se libertar do controle da Adaga
antes de sair da cidade com Belle e Henry quando a Maldição chegasse, roubou o
coração de Hook para obrigá-lo a fazer o serviço sujo, coletando o poder que
ele precisava com o chapéu, e já planejando sacrificar o coração do pirata no
ritual – já que o último ingrediente necessário para desconectá-lo da Adaga,
além da enxurrada de poder, era o coração de alguém que o conhecera antes de se
tornar o Senhor das Trevas. Só que isso aconteceu há mais de duzentos anos, e
com a morte de Baelfire, Hook passou a ser o único personagem na série que
atendia a esse requisito, pois levara sua esposa, Milah embora quando Rumple
ainda era um mero produtor e comerciante de lã.
E como o poder
que tinha no chapéu ainda não era suficiente para expiar seus mais de duzentos
anos de maldades, Rumplestiltskin mandou Hook até a lanchonete da Vovó, onde as
fadas estavam aquarteladas, para sugar todas elas para dentro do chapéu.
Aí, no popular,
danou-se! Porque, sem fadas, não tem antídoto; e sem antídoto quanto tempo
demorará até que a Evil Queen decida arrancar a língua de sua ex enteada para
ela deixar de ser fofoqueira? Ou para que o David faça espetinho de Hook para
ele aprender a manter a mão e o gancho bem longe de sua filha? Ou, quem sabe,
para um Robin Hood dominado por um lado obscuro que talvez ele nem saiba que
possui, fazer raspadinha de Marian para ela parar de atrapalhar seu romance com
Regina?
Enfim, numa
cidade onde até Belle-extremamente-melosa-Stiltskin foi capaz de deixar uma
garota despencar de um penhasco para salvar as memórias doentias de sua mãe
sendo despedaçada por um Ogro, acho que todo mundo é capaz de qualquer coisa!
Emma, então, leva
Elsa, Anna e Kristoff para a delegacia, onde seus pais estão refugiados, para
avisá-los de que seu plano falhou, e que logo será instaurada a terceira guerra
mundial bem ali, nas ruas de Storybrooke.
Há um momento de
despedidas e precauções para evitar um caos maior quando a Maldição chegar:
Branca de Neve e Charming se trancam em celas separadas, pois se lembram de que
aquela Princesa, noutros tempos, traficava pó de fada das trevas e mantinha
negócios obscuros com a gangue dos trolls em Tão, Tão Distante, e Charming tinha
um irmão gêmeo malvado que pode decidir reencarnar nele a qualquer momento.
Regina prende
Henry em seu gabinete na prefeitura com um feitiço, para que ninguém o
machuque, manda Robin Hood ficar o mais longe possível de sua versão malvada, e
se tranca em seu mausoléu para não machucar ninguém quando a Rainha Má emergir
das sombras.
Hook também se
despede de Emma e promete manter seu gancho bem longe de gargantas alheias; e
como estavam ligadas à Rainha da Neve pelas fitinhas amarelas de suas irmãs
originais, e não podiam ser afetadas pela Maldição, Emma e Elsa ficam
responsáveis por cuidar do bebê Neal e encontrar uma maneira de reverter o
feitiço o mais rápido possível.
Anna também não
será afetada, porque já passou por isso antes, mas Kristoff, não. Então, por
segurança, ela o deixa algemado à mesa da xerife na delegacia.
E como estava
canalizando o poder de Elsa e Emma através das fitinhas amarelas, a Rainha da
Neve conseguiu poder suficiente para completar a Maldição da Visão Partida em
larga escala, utilizando o Espelho Mágico de Regina, que se parte em milhões de
cacos e se espalham por toda a cidade.
Então, começa o
caos: Branca de Neve e Encantado começam uma pequena briguinha doméstica,
separados pela cela; Regina decide vestir a Evil Queen – literalmente! –; e
todo mundo na cidade começa a se estranhar e trocar farpas.
E enquanto
assiste aos efeitos horríveis da Maldição, Anna se lembra de que, no conto
original, ela só foi quebrada com a morte do rei que a lançou. Então, as
mocinhas concluem que a solução é matar Ingrid. Emma deixa Anna de babá do bebê
Neal, e vai com Elsa até o covil da bruxa para dar o teco na fera. O problema é
que as fitinhas que ela colocou em suas irmãs adotivas impedem que machuquem a
Rainha da Neve, assim como uma à outra, pois as mantém unidas por seu “amor
inigualável”. Logo, Emma chega à conclusão de que o “ódio inigualável” pode
libertá-las das fitas.
Então, lá vai a
Emma mexer com quem está quieto: Regina tinha tomado todas as precauções, se
trancando em seu mausoléu, sabendo que a raiva que sentira no passado a faria
esquartejar metade da cidade antes do jantar, e flambar a outra metade para a
sobremesa. Mas a Emma, que apenas
jogou veneno no romance dela com Robin Hood, não viu problema nenhum em remover
o feitiço que mantinha todos os habitantes de Storybrooke protegidos de sua
fúria, e ir lá cutucar onça com vara curta.
Aliás, foi
exatamente essa sua última travessura que a Salvadora utilizou para incitar o
ódio em sua antiga inimiga, para que ela lançasse uma bola de fogo quente o
suficiente para destruir as fitinhas geladas da Rainha da Neve. E depois, sem
nem um “muito obrigada”, a Salvadora retornou ao plano de matar a vilã gelada, sem
se importar em deixar a Rainha Má espumando de raiva à solta na cidade, com
seus pais – maiores alvos do ódio de Regina, além dela mesma – desprotegidos na
delegacia.
E é justamente
para lá que a Rainha se dirige, para travar uma luta de espadas contra sua
ex-enteada, porque, como ela disse, usar sua magia para destruí-la seria fácil
demais, e ela queria que Branca de Neve sofresse. E sua primeira providência ao
chegar à delegacia é soltar uma nuvem de
fumaça roxa sobre Anna e Kristoff, para tirá-los de seu caminho e mandá-los
catar estrelas do mar na praia de Storybrooke.
O que, aliás, foi
um grande golpe de sorte, porque, depois de passarem uns dois minutos brigando
porque alguém esqueceu de dar cenoura pro Sven antes de sair de Arendelle – eu
sei que o motivo não foi esse, mas vamos fazer de conta –, e de Anna ter
golpeado Kristoff para ele parar de insultá-la, ela encontra a garrafa que
chegou junto com o baú deles, e que continha uma mensagem de sua mãe que pode
fazer toda a diferença para o desfecho dessa história.
E depois de
tentar comemorar com o Kristoff desmaiado, Anna corre ao covil de Ingrid, pouco
depois de ela devolver as memórias perdidas de Elsa e Emma – sim, de Emma
também, porque num passado distante, quando Emma era adolescente, Ingrid
realmente foi sua mãe adotiva. Elas se gostavam, se davam bem, e Emma sentia
que tinha uma família ao lado dela; até o dia em que Ingrid teve a brilhante
ideia de arremessá-la na frente de um carro para testar se a magia de Emma se
manifestaria. Daí a garota concluiu que sua mãe adotiva era louca, que tinha
tentado matá-la, e fugiu.
Elas se
reencontraram em Storybrooke, logo que Emma chegou à cidade trazida por Henry,
e reconheceu sua mãe adotiva, mas a sorveteira, depois de dizer que tinha
esperado por ela todos esses anos, porque sabia que ela viria para Storybrooke,
apagou as memórias de Emma sobre seu passado juntas – isso, quando Storybrooke
ainda era uma terra sem magia, veja bem... E agora, com essas memórias
restauradas, Emma fica com um pé atrás em matá-la, já que um dia a amou como
mãe.
E é nesse momento
que a chegada de Anna se torna providencial para que a Maldição tenha o seu
fim, sem que nem Emma nem Elsa precisem sujar as mãos com sua, digamos, parente em comum.
Anna interrompe o
momento nostalgia e grandes revelações desse Casos de Família – Fairy Tale, para ler a mensagem que sua mãe,
Gerda deixara para as filhas naquela garrafa, e que tem muito a ver com a
Rainha da Neve. Na carta, Gerda revela às filhas a existência de suas irmãs,
seu arrependimento por ter prendido Ingrid na urna e apagado as memórias de sua
existência, e seu desejo de poder libertá-la e fazê-la saber que não a
considera um monstro.
Então, Ingrid,
comovida por ter o amor das irmãs de volta, percebe o terrível erro que cometeu
ao lançar o caos sobre Storybrooke, e decide pôr um fim em tudo. Agora que ela
sabe que foi amada, ela se sente em paz consigo mesma, o vazio deixado pelas
irmãs em sua vida finalmente foi preenchido, e ela decide se sacrificar para
desfazer a Maldição que lançara sobre a cidade, reencontrando-se, enfim, com
suas irmãs na outra vida.
Bem, a profecia
dizia que ela encontraria seu final feliz no mundo real; ninguém falou nada
sobre qual era esse final feliz. Particularmente, acho que a Rainha da Neve
descansou em paz.
Mas a cidade
ainda não! Embora Regina, Branca de Neve e David tenham desfrutado um belo
momento risadas quando a Maldição acabou, e Regina se deu conta do lindo carro
alegórico que estava vestindo. Não é uma alfinetada, não,
#EvilQueenSempreDeslumbranteMontadaNoLuxo, mas convenhamos, é engraçado
descobrir que esse é o seu figurino “dia
de matar a enteada”.
Não que esse fato
seja relevante, mas precisava comentar.
Como ia dizendo,
a cidade ainda não estava completamente livre de ameaças, porque
Rumplestiltskin aproveitou o caos, e o fato de que todo mundo estava ocupado
demais socando a cara de alguém para notar a ausência do Henry até eles estarem
para lá do Walt Disney World tirando selfie com o Pateta, para concluir seu
plano de se libertar da Adaga para finalmente poder ir embora com sua esposa e
o neto.
Ele só não
contava que certa ponta solta que ele deixou no passado fosse dar com a língua
nos dentes sobre seu infeliz encontro...
Porque agora que
todo o problema com a Rainha da Neve está resolvido, o pessoal de Frozen está
pronto para voltar para Arendelle, onde Elsa espera recuperar o reino, botar o
Príncipe Hans no freezer, e Anna espera finalmente poder se casar com Kristoff
com toda pompa e circunstância.
O problema é:
como voltarão para casa?
Acho que
Rumplestiltskin até previu que a presença da moça poderia ferrá-lo a qualquer
momento, mas como tinha que manter certa discrição, afinal, ele estava
trabalhando num plano diabólico que não queria divulgar até que estivesse
concluído, chamaria muita atenção se ela aparecesse jogada atrás de alguma
lixeira na vizinhança. Então, Rumple decidiu que o melhor modo de se livrar
dela, era mandá-la de volta à Arendelle o mais rápido possível, antes que ela
tivesse oportunidade de reconhecê-lo.
Ele envia Hook à
lanchonete da Vovó para dizer aos nossos heróis que Mr. Gold encontrara um portal na casa onde passou sua lua de mel
com Belle – a mesma onde ele encontrara o chapéu do Aprendiz –, que poderia
mandá-los de volta e em segurança para casa.
E como Gold
gozava de alguma confiança no momento, dadas as suas últimas ações conhecidas –
o resgate de Henry na Terra do Nunca e a destruição de Peter Pan –,
ninguém desconfiou que poderia ser alguma armadilha.
Então, a família
Charming se despede dos nossos queridos turistas da neve, e, devo dizer que foi
particularmente emocionante assistir à despedida de Emma e Elsa: duas mulheres
unidas pelo mesmo destino, que aprenderam juntas a aceitar a si mesmas e a se
amarem como irmãs. Foi realmente bonito.
Mas depois de
deixar Elsa e Kristoff irem na frente, Anna decide saciar sua curiosidade em
saber que alma caridosa o Sr. Gold representava em Tão, Tão Distante, e fica
surpresa ao descobrir que ele era Rumplestiltskin, dando a entender que o
conhecera, e que não guardava boas recordações desse encontro. O que deixa Emma
desconfiada por ele não ter contado que conhecera Anna.
Enfim... Anna
atravessa o portal, e nós nos despedimos desses queridos personagens com uma
cena linda das duas irmãs no castelo de Arendelle; Elsa com o vestido que usara
na coroação, e Anna com o vestido de noiva, claramente a caminho do altar. Não
se sabe exatamente o que aconteceu depois do retorno delas, mas sabe-se com
certeza que Elsa reassumiu o controle do reino, e que o Príncipe Hans precisará
colocar muito gelo naquele olho roxo; da mãozinha da Anna, pode deixar que a
irmã dela cuida.
Mas o momento
fofura mesmo foi a representação da cena das duas irmãs farejando o ar
alegremente, sentindo o cheirinho de chocolate!
Quer maneira
melhor de se despedir de Frozen? Sentirei saudades dessa turminha animada!
Aliás, preciso
fazer um comentário aqui a respeito dos atores escolhidos para esses papéis:
Georgina Haig nasceu para interpretar Elsa! Ela não apenas ficou muito parecida
com a animação, como soube equilibrar perfeitamente as nuances de medo,
descontrole e bondade da Rainha de Arendelle. Alguém consegue imaginar um ator
que fique mais parecido com o Kristoff do que o Scott Michael Foster? Eu não
consigo! E, sim, eu guardei o melhor para o final, porque Anna não é uma
personagem fácil de interpretar, com toda a sua animação, e trejeitos únicos,
que, mal interpretados, poderiam ficar irritantes. Mas a estreante Elizabeth
Lail simplesmente tirou a Anna das telas e a transformou em humana! É uma pena
que a participação deles na série tenha durado tão pouco.
Eu só senti falta
do Olaf. Agora eu quero um abraço quentinho...
De volta à
Storybrooke, agora que a Rainha da Neve foi destruída, Regina acredita que o
feitiço que ela lançara em Marian também fora quebrado, e devolve o coração da
rival – certa, é claro, de que ele não interessa mais em nada para Robin Hood.
E, a princípio,
tudo parece caminhar para um desfecho feliz para a nossa Rainha, já que Marian
reconhece que se passou tempo demais desde que ela fora afastada de sua
família, e aceita que Robin tenha refeito sua vida, e que esteja apaixonado por
Regina, e promete não interferir.
No entanto, logo
depois de dar essa mostra de boa vontade para com o final feliz de Outlaw Queen – adoro esses nomes de shipper –, Marian torna a desmaiar e
ficar congelada, provando que o feitiço era mais poderoso do que pensavam.
Então, Regina
conclui que a única solução para evitar a morte da mãe do Roland, é ela ir
embora de Storybrooke, pois se é um feitiço o que a está matando, numa terra
sem magia, ele não terá efeito algum.
E este foi um dos
momentos mais tristes da temporada, porque Regina sabe que Marian conhece pouco
sobre o nosso mundo, e terá problemas em viver numa cidade estranha sozinha.
Também não podem mais separar Roland de sua mãe; nem pedir que Robin Hood não
veja o filho nunca mais. Então, Regina dá a prova definitiva de sua redenção,
sacrificando seu amor e sua felicidade com Robin, e pedindo que ele vá viver
com Marian fora de Storybrooke.
E é nesse momento
que descobrimos que o feitiço de proteção que Belle tinha lançado na cidade lá
no começo da terceira temporada permanece intacto, mesmo depois de a cidade ter
sido destruída e depois reconstruída pela segunda Maldição: quem
atravessar a fronteira, não conseguirá mais encontrar o caminho de volta!
Foi de cortar o
coração ver a nossa Rainha abrir mão do grande amor de sua vida. Mas aquela
página do livro, com a gravura do casal feliz que fora encontrada na
biblioteca, permanece sendo uma esperança de que ainda haverá um futuro para o
romance da ex-Rainha Má com o homem que rouba dos ricos para dar aos pobres.
O mesmo, no
entanto, não se pode dizer do casamento de Belle e Rumplestiltskin.
Porque, enquanto
algumas dessas ações se desenrolavam, o Senhor das Trevas levou Hook ao alto da
torre do relógio – porque, onde mais ele poderia fazer o feitiço na santa paz,
senão na torre do relógio ou no poço onde se casou com Belle? –, e fez o chapéu
do Aprendiz projetar um céu de estrelas sobre eles, com toda a magia coletada
ao longo de, sei lá, mil anos. E quando ele está prestes a cometer a maior de
todas as atrocidades, e sacrificar o personagem mais amado do público feminino
da série, eis que uma nova heroína entra em cena para salvar nosso amado pirata
na hora H.
E, na verdade,
foi até um pouco surpreendente quando Belle apareceu, de posse da Adaga verdadeira,
depois de Emma e Branca de Neve terem criado uma pequena distração, para que a
Sra. Stiltskin a roubasse de volta. Digo que foi surpreendente, porque, para
falar a verdade, nunca imaginei que um dia veria Belle enfrentando Rumple
daquele jeito, usando a Adaga para controlá-lo e puni-lo, em vez de
simplesmente fazer mais um daqueles seus discursos açucarados que todos nós já
estamos calejados de escutar dela e da Branca de Neve – o que só comprova que
as duas aprenderam o B-A-BÁ na mesma cartilha.
Falando nisso,
alguém viu o Charming por aí? Esta é a primeira vez – fora aquela quase meia temporada que Emma e sua mãe passaram em Tão, Tão Distante – que o Príncipe não se envolveu numa ação com a
esposa e a filha. Será que ele ficou cuidando do bebê? Pois é, minha gente, ter
filho pequeno não é mole, não...
Enfim... Belle já
andava com uma pulga atrás da orelha, desde o dia que entrara no covil da Rainha
da Neve e ficara diante do Espelho amaldiçoado, que semeou inúmeras dúvidas a
respeito do comportamento do marido dela e de sua decisão de lhe confiar a Adaga.
E como desta vez
ela o pegou com a boca na botija, provando que o Espelho dissera a verdade,
Belle ordena que Rumplestiltskin devolva o coração de Hook, desparalise Emma e
Branca de Neve – foi assim que ele se distraiu –, e leve os dois – Belle e
Rumple, quero dizer – para a fronteira da cidade, onde poderão conversar a sós.
Ali, ela deixa
claro para o marido que ele tinha tudo: uma esposa e uma família que o amavam e
que confiavam nele, mas jogou tudo fora por sua insaciável sede de poder, e que
ela está cansada de sempre lhe dar uma segunda chance. Agora acabou! Depois de
ter sido enganada com aquela suposta prova de confiança, fazendo-a acreditar
que ele tinha se emendado, e que confiava nela para cuidar da Adaga que podia
controlá-lo e matá-lo, quando, na verdade, a Adaga que ela tinha era falsa, e
ele estava por aí praticando suas maldades por debaixo dos panos, ela decidiu
não perdoá-lo. Tudo o que ela queria, era que ele provasse que tinha mudado,
mas ficou claro que ele não aprendera nada com tudo o que viveram; por isso,
Belle ordena que Rumplestiltskin cruze a fronteira da cidade e vá embora de
Storybrooke para sempre.
Foi triste, na
verdade, ver Rumple perdendo tudo e indo embora. Mas é claro que isso não é um
adeus. Afinal, o que seria de Once Upon a Time sem a presença de Rumple e
Regina?
Obviamente, o
Senhor das Trevas retornará em breve. E não virá sozinho! Porque as Rainhas da
Escuridão já se preparam para invadir Storybrooke, e acabar com o breve sossego
dos cidadãos locais. Então, se preparem, porque a reunião das bruxas está
prestes a começar!
Suas resenhas são as melhores!!! Eu amo o seu blog. Tá assistindo a 5ª Temporada de OUAT?
ResponderExcluirMuitíssimo obrigada Gisele! Eu escrevo com todo o amor, e me sinto muito honrada em saber que vocês gostam! *-*
ResponderExcluirEu ainda não comecei a assistir a quinta temporada, porque andei meio enrolada, mas acho que logo, logo vou pegar vários episódios de uma vez, para não ficar muito ansiosa.