A Bela e a Fera
é meu filme favorito da Disney, e conta uma das mais belas histórias de amor de
todos os tempos, com uma valiosa lição: não julgar pelas aparências. E podemos
ainda destacar outra: todo mundo pode mudar. O Príncipe deste conto era
orgulhoso, vaidoso, egoísta e grosseiro, mas depois de passar alguns anos
isolado em seu castelo, envergonhado de sua monstruosa aparência, ele aprendeu
a amar e respeitar as outras pessoas.
Vamos
relembrar essa bela história:
Era
uma vez, num país distante, um jovem Príncipe que vivia num reluzente castelo.
Embora tivesse tudo o que quisesse, o Príncipe era mimado, egoísta, grosseiro. Mas
numa noite de inverno, uma velha mendiga veio ao castelo, e ofereceu a ele uma
simples rosa, em troca de abrigo para frio. Repugnado pela feiura dela, o Príncipe
zombou da oferta, e mandou a velhinha embora. Porém, ela o aconselhou a não se
deixar enganar pelas aparências, pois a beleza está no interior das pessoas. E
quando ele voltou a expulsá-la, ela se transformou numa bela feiticeira. O Príncipe
tentou se desculpar, mas era tarde demais, pois ela percebeu que não havia amor
no coração dele. E como castigo, ela o transformou numa Fera horrenda, e rogou
uma praga no castelo e em todos que lá viviam. Envergonhado de sua monstruosa
aparência, a Fera se escondeu no castelo, com um espelho mágico, que era sua
única janela para o mundo exterior. A rosa que ela ofereceu era encantada, e
iria florescer até o vigésimo primeiro ano. Se ele aprendesse a amar alguém, e
fosse retribuído na época em que a última pétala caísse, então o feitiço
estaria desfeito, se não, ele estaria condenado a permanecer Fera para sempre. Com
o passar dos anos, ele caiu em desespero, e perdeu toda a esperança. Pois quem
seria capaz de amar um monstro?
***
A
história vai do castelo para a pequena aldeia do interior onde vive Bela, uma
moça simples, porém educada, que sonha com um mundo bem maior. Todos na aldeia
a consideram esquisita, pois embora seja muito bonita, ela não socializa com
ninguém, não frequenta as festas, não se mistura com a gentalha. Bela tem
sempre o nariz enfiado num livro, e prefere sonhar com os lugares distantes e
as aventuras que eles descrevem, do que andar por aí, interagindo com as
pessoas primitivas daquele lugar.
Aliás,
esse é um detalhe que eu acho que a Disney não devia ter ignorado. Conforme o
costume do estúdio, como o filme foi um sucesso, foram realizadas outras
produções com os personagens, como “O
Natal Encantado da Bela e a Fera”, que, embora bonitinho, perdeu grande
parte do brilho da história original, e “O
Mundo Mágico de Bela”, com uma série de histórias curtas, todas se passando
dentro do castelo. Tudo bem que contar o depois do felizes para sempre do casal
deixaria de ser “A Bela e a Fera” e
seria “A Bela e o Príncipe Que Já Foi
Fera”; mesmo assim, acho que teria valido a pena fazer uma continuação – já
que a Disney adora produzi-las – com Bela e o Príncipe se aventurando pelo
mundo, realizando esse sonho da mocinha de conhecer lugares distantes e bem
maiores do que a aldeia onde cresceu, e porque não dizer, maiores que os muros
do castelo do Príncipe também.
Como
ia dizendo, todos na aldeia consideram Bela esquisita. Bem, todos menos Gaston,
o suposto galã da região, que a considera a moça mais bonita da cidade, e quer
porque quer se casar com ela, mesmo sabendo que Bela é filha de um matusquela,
que está indo levar uma de suas criações a uma feira em outra cidade, onde
espera ganhar algum prêmio e se tornar um famoso inventor.
Infelizmente,
o velho nem chega a apresentar sua engenhoca na feira, pois, por falta de um
mapa, de um GPS, de um guia turístico ou de um parafuso na cachola, Maurice e
seu cavalo pegam o caminho errado na floresta, e acabam se metendo em grandes
apuros. O cavalo foge como o diabo da cruz ao serem cercados por lobos,
deixando o pai da mocinha entregue à própria sorte.
Felizmente,
os caninos não parecem ter achado sua carne muito apetitosa, de modo que
Maurice conseguiu escapar sem nenhum arranhão, e encontrar abrigo num castelo,
que a princípio parece desabitado. Mas ele não demora muito a perceber que os
moradores do castelo são objetos falantes e parte da mobília, que estão
dispostos a tornar sua estadia o mais confortável possível.
Pelo
menos, até seu patrão descobrir a presença do intruso, e a casa cair! Porque a
Fera vai logo deduzindo que o homem foi até lá para ver o monstro, e decide
prendê-lo na torre para que não possa contar a ninguém o que viu.
Enquanto
isso, Gaston aproveita a ausência do velho para tentar cortejar a moça, mas ela
não é receptiva. Lógico, porque Bela conhece os modos do cara: sabe que ele é
folgado, machista, convencido, grosseiro, e não quer passar o resto da vida
sendo a Amélia daquele xarope. Mas Bela é uma mocinha simpática, e nunca diria em
sua cara que preferia ser obrigada a ver programa de política na televisão
todos os dias a casar com um Zé Ruela que nem ele. Ela o dispensa com jeitinho:
dá um jeitinho de abrir a porta, fazê-lo tropeçar no degrau, e cair de cara na
lama do chiqueiro.
Nem
adianta tocar a Marcha Nupcial em comemoração ao noivado, Lefou, porque essa
mocinha sonha com um príncipe bem diferente desse caçador arrogante.
E
nesse momento ela nem está com tempo pra isso, porque o cavalo de seu pai acaba
de retornar sozinho, e Bela, preocupada que alguma tragédia tenha lhe
acontecido, decide sair imediatamente à sua procura.
Desta
vez, pelo menos, o cavalo sabe exatamente para onde está indo, e a leva direto
ao castelo da Fera, que ela já chega invadindo, e vai se enfiando pelas
escadas, até encontrar a cela onde seu pai está preso no alto da torre. É
quando a moça propõe trocar sua liberdade pela do pai, e Maurice é despachado
de volta para casa no recheio de uma carruagem viva, sem que Bela tenha tempo
de se despedir.
Aconselhado
pela mobília, a Fera percebe que aquela pode ser a garota que irá quebrar a
maldição, e decide dar a ela um quarto luxuoso, em vez de deixá-la na torre.
Enquanto a conduz pelos corredores, ele tenta ser amável, dizendo que o castelo
é sua casa agora, portanto ela pode ir aonde quiser, menos à Ala Oeste, o único
local proibido. E informa, mais rispidamente, que ela jantará com ele naquela
noite.
Naquela
noite, na taverna, depois que Maurice aparece desesperado, contando que Bela
ficou presa no castelo da Fera, e todos pedem que ele descreva o tamanho do
monstro, para depois rir e debochar dele, achando que ele é mais maluco do que
pensavam, Gaston começa a arquitetar um plano para convencer Bela a casar-se
com ele.
Enquanto
Gaston trama lá na aldeia, outra trama se desenvolve pelo coração de Bela no
castelo. Madame Samovar, o adorável bule de chá faz uma visitinha à moça para se
apresentar e lhe dar as boas-vindas. Bela está mais calma agora que percebeu
não estar tão sozinha quanto pensava, mas ainda não está disposta a jantar com
a Fera – mesmo depois de Madame Samovar ter garantido que ele não é tão ruim
quanto parece, e de a Dona Guarda-Roupa ter escolhido um belo vestido para ela.
Claro
que a Fera está ciente de que Bela pode ser a garota que quebrará o feitiço,
mas não sabe como chegar ao coração de uma moça tão bonita, ostentando uma
aparência tão horrenda.
Mais
fácil fritar ovo numa geleira! Desde que foi transformado em Fera, o Príncipe
pareceu esquecer completamente os bons modos – ainda que não tivesse muitos
antes disso. Mas a rosa já começou a murchar, então, não podem se dar ao luxo
de perder tempo. Só que a moça também não está a fim de colaborar, e quando
Horloge informa que ela não descerá para jantar, a Fera se enfurece e vai
correndo ameaçar derrubar a porta do quarto dela, o que, claro, não ajuda
muito.
Esse
Príncipe é de uma delicadeza... Alguém precisa informá-lo que o estômago também
é um ótimo caminho para se chegar ao coração de uma mulher. Se ela não quer
descer, leve o jantar para o quarto dela, moço. Gentileza, romantismo, luz de
velas, uma musiquinha de fundo... Não dá para quebrar um feitiço que precisa de
amor verdadeiro soltando os cachorros em cima da garota...
Como
diria Seu Madruga: “quando a fome aperta,
a vergonha afrouxa”, e assim que sua barriga começa a roncar, Bela se
esquece completamente de sua rebeldia com o anfitrião, e decide procurar a
cozinha por conta própria. E ao contrário de seu amo, todos os
criados/utensílios do castelo ficam contentes em servi-la e deixá-la o mais à
vontade possível.
Depois
de uma breve discussão com o chefe da criadagem – no caso, o relógio – a Dona Bule
manda preparar um verdadeiro banquete para Bela, com direito a coreografia da
louça, e trilha sonora ao vivo preparada por Lumière, numa das cenas mais
deslumbrantes dessa animação.
Vencido
pela resistência dos outros companheiros de sina, após o jantar, Horloge decide
ser um bom anfitrião e levar a moça num tour pelo castelo, pois ela nunca
esteve num castelo encantado antes.
Como
um bom guia turístico, Horloge a conduz pelo castelo, falando sobre a
arquitetura e a decoração, e ela fica interessada quando ele indica a escada
que leva à Ala Oeste – aquela que lhe foi proibida pela Fera. Percebendo o
problema, o relógio tenta desconversar, garantindo que não há nada interessante
daquele lado do castelo, que é sujo e escuro, muito enfadonho, e que seu amo
não esconde nada lá em cima; mas se fosse assim, não devia ser proibida. Então
ele tenta desviar a atenção dela prometendo mostrar as tapeçarias, o jardim, a
biblioteca imensa que o castelo possui, mas nem a promessa de mais livros do
que conseguirá ler em sua vida soa mais atrativa à Bela do que a curiosidade de
saber porque aquela área do castelo lhe foi proibida.
Bela
consegue despistar o relógio e o castiçal, e se esgueirar para a Ala Oeste, onde
descobre gárgulas, espelhos quebrados, o retrato meio rasgado de um Príncipe, e
uma rosa encantada, envolta numa cúpula de vidro. E adivinhe o que desperta a atenção
da moça?
Mas
bem nesse momento, a Fera aparece para proteger a rosa, e tocar a garota da Ala
Oeste aos berros e rugidos.
Aí,
danou-se! Porque, se antes ela não estava suficientemente assustada com ele
para não desobedecê-lo, agora ele a assustou o bastante para que ela não
suportasse mais ficar no castelo.
Aparentemente,
Phillipe, o cavalo, ficou esperando lá fora enquanto toda essa história se
desenrolava, preparado para quando ela conseguisse fugir. Mas não vão muito
longe, pois são cercados pelos lobos na floresta, o cavalo se assusta, a rédea
fica presa numa árvore, Bela agarra um pedaço de pau para tentar se defender
dos lobos, e é a Fera quem acaba salvando o dia.
Bela
até pensa em montar de novo no cavalo e picar a mula enquanto a Fera agoniza
com as mordidas dos lobos, mas como o monstro a salvou, ela o recolhe no cavalo
– sabe-se lá como ela conseguiu erguê-lo até a cela, mas desconfio que essa
moça pode ter tido a ajudinha do espinafre do Marinheiro Popeye –, e o leva de
volta ao castelo para tratar de seus ferimentos. Aí eles trocam farpas, porque
ele não teria se machucado se ela não tivesse fugido, mas ela também não teria
fugido se ele não a tivesse assustado.
Enfim,
eles acabam se desculpando um com o outro e fazendo as pazes.
Lá
na aldeia, Gaston e Lefou se reúnem com Monsieur D'Arque, o velho diretor do
sanatório, e o vilão expõe seu plano maquiavélico, que muito agrada ao sujeito,
que não se surpreende com o fato de Maurice ter delirado pela cidade. Por sorte,
Maurice saiu de casa para ir resgatar sua filha – antes só do que mal
acompanhado –, então não o encontram para trancá-lo naquele momento, mas Gaston
deixa Lefou de vigia em frente à casa, para avisar quando alguém aparecer.
Enquanto
isso, no lustre do castelo... Digo, no jardim do castelo, a Bela e a Fera
começam a se entender. Ele confessa aos criados que nunca sentiu isso por
ninguém, e que gostaria de fazer algo para agradá-la. Horloge aconselha a fazer
o que todos os homens fazem: flores, chocolate, e promessas que não pretende
cumprir; mas Lumière sabe que o amo precisa realmente impressionar Bela, e se
lembra do quanto ela pareceu interessada ao saber que havia uma biblioteca no
castelo. Então a Fera decide dá-la de presente à Bela.
Concordo
plenamente com você, Bela! Quando eu crescer, quero ter uma biblioteca como essa!
E
este é o início de uma bela amizade. Bela perde o receio de fazer suas
refeições com a Fera, e ele concorda em ficar mais mansinho. Como eu comentei
lá atrás, tantos anos transformado em Fera aparentemente alteraram os modos
daquele Príncipe, que agora come como um animal, deixando Bela constrangida.
Zip, a simpática xicarazinha tenta ajudá-lo, empurrando uma colher para comer o
mingau, mas com aquelas patas e garras enormes, fica difícil segurar um
utensílio tão pequeno, e ele acaba se atrapalhando mais ainda. Mas valeu a
tentativa, pois, compadecida por ele pelo menos tentar ser civilizado para
agradá-la, Bela abre mão de sua colher, ergue a tigela, e decide beber
diretamente dela, para que ele faça o mesmo, e comam mais tranquilamente – de
uma forma menos nojenta, pelo menos.
Os
criados comemoram que eles estejam finalmente se entendendo e se dando bem. Até
os passarinhos que voam pelo jardim estão comendo na mão da Fera – literalmente
–, coisa que antes não faziam, por medo.
Ele
também fica encantado ao perceber que Bela não tem mais medo dele. E Bela já
parece fascinada com seu anfitrião, que afinal não é tão ruim quanto ela
pensava.
Pois
é pessoal... Estamos vendo alguma coisa acontecer. Quando você crescer, sua mãe
te conta o quê, Zip.
Naquela
noite, a Fera toma um banho caprichado, deixa que seus criados o penteiem, fica
quase apresentável, dá a Bela um vestido dourado, e assim trajados, o casal promove um baile particular,
com música romântica à luz das velas regidas por Lumière, que obscurecem o
salão na hora certa, e com Madame Samovar cantando a icônica canção “A Bela e a Fera”.
E
depois eles se sentam na sacada, onde ele planeja confessar seu amor, e ela admite
estar feliz ali, muito mais do que teria imaginado ao chegar, mas ainda sente
saudade do pai. Queria vê-lo, saber se está bem e poder tranquilizá-lo sobre
seu destino. Então a Fera lhe mostra o espelho encantado, que é sua janela para
o mundo.
Ela
vê o pai através do espelho, e percebe que ele está doente e sozinho na
floresta, e teme que ele morra. Compadecido, a Fera a deixa livre para ir em
seu socorro. Já não é mais sua prisioneira.
Quem
mais lamenta sua partida são os criados, pois estiveram bem perto de quebrar o
feitiço que os transformou em objetos de decoração.
Bela
resgata o pai e volta para casa para cuidar dele, e Lefou, que estava quase transformado
em boneco de neve no quintal, corre para avisar Gaston que eles voltaram.
Maurice
fica surpreso ao saber que a Fera libertou sua filha, depois de terem se
tornado amigos. Ela descobriu que, ao contrário do que pensavam a princípio,
ele é muito bom e gentil, e ela já não o vê como um monstro.
Mas
as emoções do reencontro são interrompidas quando Gaston cerca a casa, para
levar Maurice para o manicômio, alegando que ele esteve na taverna delirando sobre
uma Fera num castelo, e Bela, tentando provar que o pai não está maluco, pega o
espelho e mostra a Fera para a multidão. O problema é que a criatura não parou
de rugir desde que ela partiu, de modo que as pessoas pensam que ele é
perigoso, mesmo Bela garantindo o contrário. Isso desperta o instinto de
caçador em Gaston, que decide instigar o povo a marchar até o castelo e empalhar
a cabeça da Fera. Sobretudo porque percebe que Bela está caidinha pelo monstro.
Bela
tenta deter a turba, mas eles a trancam com o pai no porão da casa do inventor.
Por sorte, Zip se enfiara na bolsa dela como clandestino, pensando que ela não
gostava mais deles e por isso estava indo embora, e consegue ligar a máquina
que o pai de Bela tinha levado para a exposição, uma bugiganga movida a motor,
que agita um machado e fatia a porta do porão, libertando Bela e seu pai.
Pois
é, Zip, não deviam mesmo. É perigoso. Mantenham longe do alcance de crianças e
xícaras de chá encantadas – a menos que seja caso de vida ou morte, como agora.
Bela
cavalga Phillipe a toda velocidade em direção ao castelo, enquanto os populares
usam um tronco de árvore para arrombar a porta. Por sorte, os criados estavam
atentos, e conseguiram se organizar numa linha de defesa no vestíbulo, armados
com todos os utensílios da cozinha, para combater a multidão furiosa. A Fera,
porém, está lá na Ala Oeste, deprimida, e não se importa ao saber que estão
sendo atacados, e que o povo veio matá-lo e tomar seu castelo. Nada mais
importa, agora que Bela partiu.
Gaston
invade a Ala Oeste e, a princípio, a Fera não reage, mas quando toma a primeira
flechada, decide deter Gaston e dar-lhe um corretivo. Os dois lutam ferozmente
no telhado, e Bela chega nesse momento para animar sua Fera a se defender.
Querido,
dá uma olhada no tamanho do castelo dessa Fera e vê se te enxerga! Sua faquinha
de caçador não chega aos pés daquela biblioteca, meu filho!
E
como cutucou onça com vara curta, Gaston acaba capturado pelo pescoço pela Fera,
que o segura sobre o abismo, ameaçando jogá-lo. E nessa hora nego deixa de ser
macho, e começa a implorar pela vida; porque cantar de galo com uma faca na mão
é fácil, mas prestes a voar pelos ares covardão esquece como fala grosso. Então
a Fera, lembrando-se de sua humanidade, decide poupar a vida do vilão e mandá-lo
embora.
Enfim,
a Fera escala o telhado em direção à sacada onde Bela o aguarda com a mão
estendida, à espera de um final feliz; mas Gaston, que acha que o cheiro de
cueca queimada no ar ainda está fraco demais, o alcança enquanto ele acaricia o
rosto dela, e lhe acerta uma facada na barriga. A Fera se debate e – la vendetta è un piatto che si mangia freddo!
– faz Gaston se desequilibrar e despencar para a morte no abismo – um dos
desfechos favoritos da Disney para os seus vilões.
Bela
ajuda a Fera a ir para a segurança da sacada, deita-o no chão, e chora, sentindo-se
culpada por ter revelado sua existência e não ter conseguido chegar ao castelo a
tempo de evitar uma desgraça. A Fera, porém, está agradecida por pelo menos ter
podido ver o rosto dela uma última vez. E morre em seus braços. Bela chora
debruçada sobre o corpo dele, e finalmente confessa seu amor.
Os
criados também já estão chorando e lamentando que o feitiço tenha estado tão
perto de ser quebrado, e agora tudo esteja perdido.
E
nesse momento, mágica! Começa uma chuva de luzes brilhantes ou de estrelas
cadentes na sacada do castelo. O corpo da fera se eleva, e ele recupera a forma
humana, pousando suavemente e com vida no chão. Ele também está surpreso com
isso, mas Bela o reconhece por seus olhos.
Com
corpo de urso. E juba de leão.
Agora
que todos os criados recuperaram a forma humana, é organizado um novo baile,
agora à luz do dia. O castelo deixou de ser sombrio e voltou a parecer um lugar
encantado e majestoso. Até o pai da Bela foi convidado para esse novo baile, e
gosto de pensar que ele esteja a caminho de desposar a Madame Samovar. Porque
essa Dona Bule tem tudo para se tornar a nova mamãe da Bela.
E
como já era de se esperar, Bela e o Príncipe dançam diante de toda a corte, e
vivem felizes para sempre.
hahahaha,
ResponderExcluirEu até hoje nunca havia lido nada igual. xD
Primeira vez que vejo uma resenha desse clássico. (também sou muito fã).
O mais legal é que existem N's adaptações desse clássico, dos mais variados tipos. :)
Você já leu o livro "A Fera"? Ele conta como o príncipe tornou-se o monstro, é muito bom, super recomendo.
Ah! Já viu o filme que a Disney fez do desenho? (Emma está lindíssima no papel da fera).
https://j-informal.blogspot.com.br/
Que bom que gostou, Karolini! Eu amo demais esse desenho.
Excluir"A Fera" eu ainda não li; já vi o filme. Ele até está na minha lista, já faz tempo que eu comprei, mas ainda não consegui ler. Eu li "A Fera Em Mim", que também conta como o Príncipe se transformou num monstro, só que é uma versão do desenho mesmo, do ponto de vista dele.
Eu amei o filme com a Emma Watson, apesar de ele ter sido bem igualzinho ao desenho. Terça-feira agora eu vou postar uma resenha sobre ele. *-*