Era
minha intenção dividir essa segunda temporada de Once Upon a Time em três postagens – a exemplo da
primeira –, contando toda a trama das Encantadas em Tão, Tão Distante na
primeira postagem, o estrago causado pela presença de Cora em Storybrooke e as
tramoias do Clube Anti-magia na segunda, e a Season Finale na terceira. Mas aconteceu
que a segunda parte ficou longa demais para um único post, e como eu não
consegui fazer cortes suficientes, optei por dividir a temporada em quatro. Até
faz sentido, já que nos contaram praticamente três histórias diferentes antes
da Season Finale.
Por
mim, a temporada podia ter terminado com a morte da Cora, e os roteiristas
podiam ter criado um único episódio para conectar esse enredo à Season Finale –
pois esta, sim, foi espetacular. Porque os quatro episódios entre A Filha do Moleiro e Segunda Estrela à Direita só serviram
para testar a paciência de quem acompanha a série.
Na
falta de criatividade, trouxeram à cidade dois vilõezinhos mequetrefes, que
nada tinham a ver com qualquer conto de fadas, e não se preocuparam sequer em
criar uma motivação plausível para as ações de um deles. Acho que os
roteiristas pensaram: “nossos vilões são
carismáticos demais. Precisamos criar alguém que o público possa odiar de
verdade”. Nesse quesito, fizeram um ótimo trabalho, porque eu não quero ver
esses dois de novo nem pintados de ouro! A não ser que tenham sido tocados pelo
Midas... Porque aí não poderão mais encher o saco de ninguém.
Enfim,
vamos direto à review...
Começamos
essa terceira parte do ponto onde paramos.
Branca
de Neve acaba de manipular Regina (!!!) para dar o teco na própria mãe, e agora
sua vida está valendo menos que cominho na feira. Porque é lógico que a Rainha
Má não vai demorar a arquitetar um plano de vingança.
Claro
que sempre existe aquele risco de Henry odiá-la eternamente se souber que ela
matou sua avó favorita, mas Regina promete encontrar um modo de ter sua
vingança e seu filho de volta. Ou ela não se chama Regina Mills!
E
justamente por saber que a Rainha Má logo iniciará a temporada de caça à
Princesas nevoentas, os Charmings jogam na cara de Rumple que ele agora tem uma
dívida de honra com Branca de Neve, pois ela indiretamente matou Cora para
salvar a vida dele.
E
não demoram a descobrir qual é o plano da Rainha para se vingar da Princesa sem
perder o amor de Henry. Ela pretende usar um dos feitiços do arsenal de sua
mãe: a Maldição do Coração Vazio. Supostamente, essa maldição faz uma pessoa
amar outra, ou pensar que ama, o que, para alguém tão desesperado por afeto
como Regina está, significa praticamente o mesmo. Ela pretende usar esse feitiço
em Henry, para levá-lo de volta para casa. E como o último ingrediente é o
coração de quem ela mais odeia, isso também garantirá sua vingança, destruindo
o coração de Branca de Neve.
Estou
chocada com a quantidade de feitiços que necessitam de corações esmagados para
serem realizados: a Maldição das Trevas exigia o coração de quem Regina mais
amava; agora esta precisa do coração de quem ela mais odeia... Se seguirem
nesse ritmo, Storybrooke não demorará a se transformar numa cidade fantasma...
E
como matar Regina está fora de cogitação – porque, seja como for, ela também é
mãe do Henry –, a solução mais prática que encontram é convencer Neal a levar
Henry para passar uma temporada em Nova York; e como estarão fora da área de
cobertura da magia, Regina não poderá enfeitiçá-lo.
Mas
o garoto acaba tendo uma ideia melhor – segundo ele –, destruir a magia.
E
saber onde essa conversa vai terminar me dá uma vontade de sentar o chinelo
nesse moleque...
E
como Neal é burro que nem uma porta, Henry consegue passar a perna nele, e com
a desculpa de ir ao banheiro, foge pela porta dos fundos da lanchonete da Vovó,
faz outra visitinha às minas – porque aparentemente ele já esqueceu o que houve
da última vez –, e afana um pacote de dinamites, para explodir o poço por onde
a magia chegou à cidade.
Felizmente,
Greg Mendell, o forasteiro que atropelou Gancho, e que ainda não abandonou a
cidade depois de ter alta do hospital, viu Henry correndo pela floresta e
telefonou para Regina para avisar que o filho dela está aprontando alguma.
Como
ele sabia exatamente para quem telefonar? Só o uísque dos roteiristas sabe...
Então
Regina vai atrás dele, faz a dinamite sumir com magia, deixando-o com o fósforo
aceso e inútil na mão – quer dizer, inútil, exceto para lhe provocar uma
queimadura –, e ele implora que ela não lance aquele feitiço nele, pois não o
fará amá-la de verdade; será falso.
Henry
apela para o bom senso dela, tentando convencê-la de que a magia leva pessoas
boas a fazerem coisas terríveis, como sua professora, que sempre foi boa e
gentil, e acabou de matar alguém porque a magia permitiu isso. O discurso do
garoto pode não ter sido lá essas coisas, mas convenceu Regina a destruir o
pergaminho com a receita do feitiço que pretendia lançar nele.
Mas
nem por isso ele vai voltar a morar com ela. Ele ainda prefere a mãe biológica,
o que deixa Regina profundamente magoada. Especialmente porque ela já viu esse
filme antes.
Isso
foi na época em que ela lançou a Maldição das Trevas, que os arrastou para
aquele mundo e criou a cidade de Storybrooke a partir do nada, no meio da
floresta intocada do Maine.
Regina
acordou satisfeita naquela manhã, ao perceber que tudo saiu conforme ela
planejou. Estavam em um mundo completamente diferente de Tão, Tão Distante, e
nenhum personagem fazia ideia de que tinham viajado entre os mundos durante a
noite. Todos tinham uma nova identidade e não se lembravam de nada a respeito
de seu passado na Floresta Encantada. E o mais importante: Branca de Neve não
reconhecia o Príncipe em coma, e nem desconfiava que estava conversando com sua
pior inimiga, a Rainha Má.
Mas
o fato de o relógio não andar, fez com que Storybrooke ficasse presa num loop
do tempo, fazendo os cidadãos reviverem o mesmo dia ininterruptamente. Não
fazia a menor diferença para aqueles que foram afetados pela Maldição, e não se
recordavam do que houve no dia anterior, nem tinham qualquer sensação de
déjà-vu por viverem o mesmo dia de novo, de novo, e de novo... Mas para Regina,
que conservava suas memórias intactas, a repetição logo começou a entediá-la.
Isso
comprova que Rumplestiltskin tem mais paciência que Jó, porque em vinte e oito
anos assistindo o mesmo dia se repetir, ele nunca reclamou. Esperou em
silêncio, na maior tranquilidade, até que o relógio voltasse a correr com a
chegada da Salvadora à cidade, e a Maldição fosse quebrada, para finalmente
começar a colocar seu plano em prática.
O
interessante nessa história é que Storybrooke surgiu no Maine em 1983, mas o
figurino dos personagens e os cortes de cabelo não tinham nada a ver com os
anos 1980. Não vimos nenhuma garota com cabelo cacheado e armado, meio mal
cortado, nenhum cara com jaqueta de couro e jeans rasgado, ninguém com cabelo
meio comprido atrás e aquele topete do Xitãozinho e Xororó... Se bem que essa
moda deve ter surgido só início dos anos 1990... Seja lá como for, a moda em
Storybrooke já estava ligada nos anos 2010, quando a Maldição seria quebrada.
Sinal de que Rumplestiltskin realmente pensou em tudo, e fez a pesquisa
direitinho. Ou os figurinistas da série não pesquisaram direito...
Um
belo dia, quando já estava meio de saco cheio da repetição, Regina foi tomar
café da manhã na lanchonete da Vovó Donalda, e se deparou com duas coisinhas
fora do lugar: um menino que ela nunca viu mais gordo, acompanhado do pai, tão
desconhecido quanto.
Não
acho que Regina conhecesse todo mundo em
Tão, Tão Distante, mas depois de alguns dias em Storybrooke vendo sempre os
mesmos rostos em todos os lugares por onde passava, a presença de dois
estranhos devia ser facilmente detectada.
Aqueles
dois desconhecidos eram Kurt Flynn e seu filho Owen, que estavam acampando na
floresta na noite em que a Maldição os trouxe para este mundo, em meio a uma
tempestade elétrica, e por isso sabem que a cidade surgiu do nada da noite para
o dia. E aparentemente hesitaram durante alguns dias em procurar um mecânico
para consertar o carro, que foi danificado pela tempestade, e acabaram ficando
mais tempo nos arredores da cidade do que o racionalmente admissível.
Ao
perceber a presença dos forasteiros, é de se imaginar que um alarme de perigo
começasse a soar na cabeça da Rainha Má. Afinal, ninguém naquela cidade se
lembraria do passado enquanto a Maldição não fosse quebrada, mas dois
forasteiros poderiam estranhar uma cidadezinha presa no tempo, onde ninguém envelhece
uma ruga ao longo de décadas, e os dias se repetem incansavelmente.
A
princípio ela quer mais é que os dois caiam fora de sua cidade o quanto antes;
mas logo depois a Rainha Má começa a se afeiçoar ao pequeno Owen, e a
considerar a possibilidade de mantê-los por perto, apesar dos riscos.
Ela
chegou a convidá-los para jantar – lasanha de novo! Porque aparentemente essa é
a única coisa que a Rainha Má sabe fazer sem que envolva maçãs.
E
tentou convencê-los a ficar na cidade, e recomeçar a vida, oferecendo um ótimo
emprego para o pai do menino, que até já parecia animado com a ideia de, de
repente, Regina ser sua nova mãe – ela não estava interessada no pai dele, mas
pelo garoto, ela poderia rebaixar o Xerife a frequentador clandestino do quarto
número oito da Pensão da Vovó em dias de
reunião do Conselho. Mas Kurt não estava interessado na oferta.
Afinal,
Charming não foi o único a recusar a “lasanha” da Prefeita de Storybrooke.
E
depois de ser pega no flagra, literalmente com o coração do Xerife na mão –
pois eles também servem como telefone, com a vantagem de jamais cair a linha ou
ficar sem sinal, pelo menos enquanto a pessoa estiver viva –, ordenando que ele
detenha Kurt antes que saia da cidade, e traga o filho dele para ela, Regina
acaba tendo que apagá-lo para esconder as evidências.
Claro
que Owen nunca soube que fim levou o seu pai. Tudo o que ele sabe é que Kurt
foi preso pelo Xerife perto da fronteira da cidade, depois de mandar o filho
fugir correndo e telefonar para o tio vir buscá-lo. O menino conseguiu chegar à
cidade vizinha, e convenceu os policiais a procurarem seu pai, mas não
encontraram nem a cidade, que dirá o desventurado Kurt Flynn.
Isso
deixou Owen tão desesperado, que anos mais tarde ele decidiu retornar à
Storybrooke, para registrar as peculiaridades de seus moradores, e destruir a
mulher que o separou de seu pai.
Porque
Owen Flynn, como já podem ter deduzido, é o verdadeiro nome do forasteiro Greg
Mendell.
E
ele está registrando tudo com seu celular: Regina fazendo o conteúdo da bolsa
de Belle flutuar no ar com magia no hospital para procurar alguma pista do
paradeiro da Adaga do Senhor das Trevas – porque aparentemente isso é mais
divertido do que revirar a bolsa com suas próprias mãos, como qualquer pessoa
normal faria –, e Regina arrancando o coração brilhante de Branca de Neve do
peito na porta de casa, quando a Princesa não suportou o remorso pelo
assassinato da Rainha de Copas, e decidiu pedir que Regina a libertasse do
sofrimento, finalmente cumprindo sua vingança, esmagando seu coração.
Algo
que Regina decidiu não fazer. Porque ela descobriu algo bem melhor para se
vingar da Princesa: deixar crescer aquele pontinho negro de Trevas no coração
dela, que faria cumprir também a vingança de Cora, de destruir o legado da
Rainha Eva, obscurecendo o coração de Branca de Neve.
Além
do mais, todos – incluindo Emma – concordam que já está na hora de a Branca de
Neve parar de frescura. Afinal, ela só deu o teco numa bruxa maquiavélica e
assassina; não é como se tivesse destruído algo realmente importante, tipo a
placa de “Bem-vindo à Storybrooke”. Tanto que sua travessura nem mereceu a
primeira página do jornal, reservada, basicamente, a qualquer coisa que
aconteça na cidade, a julgar pela falta de assunto.
Então
ela vai para a floresta descarregar a raiva atirando uma flecha atrás da outra
no alvo desenhado em uma árvore, e sem querer acaba encontrando o desaparecido
August W. Booth, agora completamente transformado em madeira, escondido num
trailer no meio do mato.
E
como não quer que o pai ou sua paquera o vejam naquele estado, ele pede que Branca
de Neve, a fofoqueira do Reino, não conte a ninguém que o viu.
A
propósito, Branca de Neve...
Acho
que isso significa que a Rainha Má está de excelente humor.
E
a Branca de Neve estava justamente indo fazer sua especialidade: fofoca. Ela
foi à lanchonete da Vovó Donalda contar à Emma e ao Gepeto que encontrou August
na floresta, e que ele está morrendo de vergonha por ter se transformado num
homem de madeira, por isso está vivendo num trailer embaixo da ponte do pedágio.
Mas desta vez a Fada Azul não pode ajudar, pois Pinóquio quebrou o pacto,
deixando de ser corajoso, verdadeiro e altruísta, e ela foi muito clara quando
o transformou num menino de verdade; por isso agora ele terá que aprender a
conviver com a madeira. Se houver algum modo de reverter isso, precisam deixar
que ele trilhe o caminho sozinho, ou não será verdadeiro.
Mas
é difícil trilhar um bom caminho quando o passado volta para te assombrar, e
ainda vem carregado de más influências.
O
passado do Pinóquio, no caso, é o presente de Neal, Tamara, a noivinha de quem
Emma está se roendo de ciúme, embora não admita.
August
conheceu Tamara na época em que Emma chegou à Storybrooke. Ele estava em
Phuket, uma ilha paradisíaca na Ásia quando Emma decidiu alugar um quarto na
Pensão da Vovó. Era exatamente 08h15 da manhã em Phuket, e August acordou com
aquele lembrete doloroso do quanto se distanciou de seu caminho: sua perna
estava se transformando outra vez em madeira.
Por
que só agora? Bem, digamos que, embora tenha crescido, criado barba e se
envolvido com prostitutas asiáticas – ok, para ser justa, ninguém mencionou que
a moça bonita que estava dormindo ao lado dele naquela manhã era uma
prostituta, mas também não disseram o contrário, e nós sabemos o quê os
americanos costumam procurar nas ilhas da Ásia, não é? –, a magia que envolvia
Pinóquio ficou parada no tempo junto com o restante dos personagens, permitindo
que ele desfrutasse os vinte mil dólares que afanou de Neal impunemente por um
bom tempo.
Claro
que a moça que estava com ele não viu nada errado com sua perna, assim como
Emma também não viu quando ele tentou mostrar sua perna de pau perto da árvore
por onde chegaram àquele mundo, porque nenhuma das duas acreditava em magia na
época. E como os hospitais de Hong Kong não têm cobertura para esse tipo de bruxaria,
um enfermeiro sugeriu que ele procurasse um curandeiro.
E
foi no consultório do Dr. Dragão que August conheceu Tamara. Ela tinha ido até
lá para se tratar de um câncer terminal muito raro. E August aproveitou um
momento de distração, quando ela se afastou para atender ao telefone num bar,
para afanar dez mil dólares na bolsa dela, para pagar ao Dragão pela poção que
reverteria sua transformação em madeira.
Mas
Tamara não demorou a perceber o roubo, e o esperou no beco, quando ele estava
saindo do consultório do Dragão, para tomar dele o frasco com a poção comprada
com seu dinheiro.
E
o deixou estrebuchando na rua. Agora que se reencontraram, ela oferece devolver
a poção, em troca de ele deixar Storybrooke e nunca mais voltar, porque ela não
quer ter por perto alguém que a reconheça, e saiba que ela sempre acreditou em
magia, quando ela está fingindo para Neal que está sendo iniciada naquele mundo
nesse momento.
É
óbvio que Tamara não veio de Tão, Tão Distante – primeiro, porque ela viveu
fora de Storybrooke até recentemente, portanto não foi trazida pela Maldição; e
segundo, porque se fosse, alguém já a teria reconhecido na cidade. Mas ela
garante que Neal não tem nada a ver com seus propósitos, nem faz ideia de que
ela já sabia sobre a magia e os contos de fadas antes de ele contar.
Porque
a verdade é que o encontro dos dois não foi por acaso – e foi até meio recente,
considerando que August já tinha voltado para os Estados Unidos, depois de ter
visitado o Dragão; o que significa que a bruaca conduziu Neal a pedi-la em
casamento em tempo recorde!
Tamara
contou para Emma naquela manhã que conheceu Neal num dia em que ela estava
correndo, atrasada para o trabalho, chacoalhando um copo grande de café na
calçada. Então ele esbarrou nela, o café derramou em sua blusa, e ele emprestou
sua echarpe para cobrir as manchas, dizendo que ela podia ficar com o
acessório, ou ligar para ele se quisesse devolver. E estão juntos desde então.
Uma
história que seria fofa, se não fosse pura pilantragem. Tamara estava
observando a conversa de August com Neal, escondida na sombra do Food-Truck
onde comprou o café, esperou Pinóquio se afastar com a moto, e esbarrou de
propósito em Neal para forçar uma aproximação.
Não
sei se ela já estava informada de que ele era o filho perdido do
Rumplestiltskin, ou se o escolheu simplesmente porque ele conhecia August e a
verdade sobre sua origem e seu “problema de pele”, mas acertou em cheio que
Neal lhe daria o pretexto perfeito para entrar em Storybrooke sem chamar atenção.
E
August se dá conta de que ela tem alguma perversidade em mente, ao dirigir o
carro dela para a fronteira da cidade, para ir buscar a poção no apartamento
dela em Nova York, e encontrar a foto com a avó – que ela tinha dado ao Dragão,
como item pessoal de pagamento pela magia –, escondida no carro.
Acontece
que August voltou ao consultório do Dragão para implorar que o curasse, mesmo
ele não tendo mais dinheiro, e encontrou o corpo dele jogado no chão. Na época
ele pensava demais nos próprios problemas para se preocupar com quem faria
aquilo a um milagreiro, mas a foto que Tamara pegou de volta responde essa
questão.
Ela
voltou ao consultório dias depois de ter confiscado a poção do August, pois ela
mandou analisar o conteúdo do frasco com uma tecnologia de ponta, e não
conseguiu encontrar um único elemento conhecido lá dentro. O que significa que
a magia do Dragão não é daquele mundo.
E
como não queria que ele denunciasse sua visita a alguém, ela o atacou com uma
arma de choque. O Dragão aparentemente começou a queimar de dentro para fora, a
julgar pela fumaça vermelha que começou a soltar pelo nariz e pelo rabo, mas
considerando que ele era uma alegoria aos Dragões Chineses, e possivelmente a
personificação do Mushu da Mulan, é provável que o espírito do Dragão tenha
simplesmente abandonado a casca humana, e ainda tenhamos notícias dele no
futuro. Até porque ele fez questão de dizer à Tamara, antes de ser atacado, que
ela não conheceu seu eu verdadeiro.
Concluindo
que foi Tamara quem assassinou o Dragão em Hong Kong, e que ela pode estar
tramando algo sério contra seus amigos, August volta à cidade para alertar Emma
do perigo, mas a megera o alcança antes que possa dar com a língua nos dentes.
Mas
August já passou tempo demais sendo egoísta, covarde e desonesto, e agora ele
finalmente entendeu o que o Dragão quis dizer sobre a madeira ser apenas um
sintoma do mal que o danificou, e que só ele podia se curar.
E
nesse momento entra em cena novamente a arma de choque que Tamara carrega na
bolsa, como se fosse um batom.
Ela
o deixa caído no chão da delegacia, aparentemente morto, porque, ao que tudo
indica, ninguém na produção da série sabe ou se recorda que madeira é um
isolante elétrico...
Mais
uma para a lista de gafes da produção. Desconfio que ela será mais longa que a
lista de episódios...
Felizmente,
August ainda não estava morto quando Emma e o resto do elenco chegou à
delegacia para saber sobre o quê o rapaz tentara alertá-los por telefone. Mas
ele só teve tempo de dizer que a ameaça é alguém do sexo feminino.
Pois
é, Emma, melhor começar logo essa investigação, porque a temporada já está
acabando, e não temos tempo para ver você interrogando todo mundo.
E
como morreu tentando fazer a coisa certa, August provou ter aprendido sua
lição, voltando a ser corajoso, verdadeiro e altruísta, como a Fada Azul
determinara que ele deveria ser. Ou seja, agora, ela pode transformá-lo de novo
num menino de verdade!
Fazer
o quê, né? Pinóquio não vai poder contratar prostitutas asiáticas por um longo
tempo. E quem sonhava em vê-lo envolvido num triângulo amoroso com a Salvadora
e o filho do Rumplestiltskin, lamento informar, mas não vai rolar...
E
o pior é que esse reset o fez
esquecer toda a sua vida como adulto. Ou seja, ele não faz a menor ideia de
quem ele estava tentando alcaguetar, ou quem o atacou.
Pelo
menos Pinóquio voltou para o seu pai. E Gepeto já pode parar de apanhar da
Branca de Neve por ter enfiado seu filho no guarda-roupa, sem revelar que ele
tomou uma vaga que poderia ter sido dela. Afinal, a vida desregrada que August
levou por aqui, e todo o sofrimento que isso acarretou quando o tempo voltou a
correr em Storybrooke, e o tempo que pai e filho ficaram separados após a
quebra da Maldição, quando Pinóquio decidiu se esconder para o pai não ver que
ele foi um mau menino, e por isso o Papai Noel nunca mais o visitará, já foi
punição suficiente para ambos. Afinal, Gepeto também tinha sua culpa no cartório,
por ter exigido que um menino de sete anos ficasse responsável pela criação de
um bebê.
Outra
criança que está correndo o risco de se tornar alvo de um vilão nesse momento é
o Henry. Com a profecia de que ele pode ser a ruína de Rumplestiltskin pairando
no ar, a relação de neto e avô pode ficar meio complicada.
Claro
que se fizer mal ao garoto, Rumple perderá completamente o respeito de seu
filho, e qualquer chance de reconquistar seu carinho, mas ele anda bastante
tentado a agir como Senhor das Trevas e eliminar o problema pela raiz. E uma
prova de que está lutando contra o lado sombrio é o fato de acordar assustado
ao sonhar que está matando o neto.
No
pesadelo, ele oferecia a Henry qualquer item que ele escolhesse em sua loja
como presente de aniversário, e o menino, filho da Salvadora, adotado pela
Rainha Má e neto do Senhor das Trevas, revelou um desejozinho reprimido por
aprender a usar magia, e pediu uma varinha que estava no mostruário. Então
Rumple se ofereceu para fazer uma demonstração de como elas funcionam,
transformando o neto num boneco de porcelana e destruindo-o a bengaladas, para
evitar que a profecia se concretizasse.
Ao
contrário do pesadelo, porém, ao observar o menino treinando luta de espadas de
madeira com Neal, Rumple parece ver no neto um pretexto para se reaproximar do
filho. Aparentemente, a Rainha Má ainda não havia sido informada do parentesco
dos Stiltskin com seu filho adotivo, a julgar por sua surpresa ao vê-los
juntos.
O
que traz à tona aquela velha questão do planejamento do Senhor das Trevas, ao
trazer justamente o filho da Salvadora para Storybrooke quando Regina decidiu
adotar uma criança, mas desta vez ele põe a culpa no destino, pois ficou tão
surpreso quanto ela ao saber de seu parentesco com o garoto.
E
pelo visto, o destino tem senso de humor, porque colocou o vilão mais poderoso
dessa história no meio da família supostamente perfeita dos Encantados.
E
como não pode fazer nada contra a sua profetizada ruína no momento, Rumple decide
cuidar da sua outra fraqueza: a desmemoriada Belle. Ele tinha se declarado a
ela por telefone quando estava agonizando nos fundos de sua loja, e agora que
se recuperou, precisa explicar seu telefonema alarmante. E como está mais
calma, ela reconhece que tem um passado do qual não se lembra, e que é possível
que Gold fizesse parte dele.
Mas
enquanto ele cuida da papelada para a alta dela, Regina faz uma visitinha à
moça para jogar um balde de água fria no possível reinício de romance, enfiando
na cabeça de Belle as supostas memórias que ela teria, caso tivesse perambulado
livremente pela cidade nos vinte e oito anos da Maldição.
Quando
Rumple retorna ao quarto de hospital para buscá-la, encontra-o vazio, com
somente uma caixa de fósforos com a propaganda de um bar chamado “Buraco do
Coelho” como pista de seu paradeiro, e isso o deixa bastante confuso.
Para
sua surpresa, ao procurá-la no bar, encontra-a virando uma tequila atrás da
outra, enfiada numa roupa que deixaria até a Ruby em sua versão periguete
constrangida, flertando com tudo quanto é pau-d’água e se acabando na mesa de
bilhar.
Ah,
sim, e seu novo nome de guerra é Lacey.
Regina
realmente não teme o perigo, não é mesmo? Ela mexe com um cara que pode fazê-la
engolir sua bengala e transformá-la num guarda-chuva aberto quando chegar à sua
pança. Exceto que ele precisa andar na linha, para não espantar seu filho. O que
não o impede de fazer pequenas maldades anônimas. Tipo temperar a próxima
porção de panquecas de maçã que ela comerá na lanchonete da Vovó com uma
Maldição do Sono. Quem seria capaz de acordar a Rainha Má?
Taí!
Essa teria sido uma ideia interessante para fazer a Branca de Neve buscar sua
redenção por ter matado a mãe dela...
Mas
como a temporada está terminando, não vamos dar ideia para maluco. Até porque
já tem gente demais querendo esfolar a Regina nessa reta final. Mas não vamos
nos adiantar.
E
como imagina que só um beijo de amor verdadeiro pode desfazer essa confusão,
mas tem o problema de Lacey não sentir nada por ele, Rumplestiltskin vai pedir
conselhos amorosos ao Charming.
Em
qualquer lugar do mundo – encantado ou não.
Diante
dessa oferta, Charming o aconselha a mostrar à sua amada o homem pelo qual ela
se apaixonou.
Se
o Príncipe soubesse o quanto essa relação era doentia...
O
homem pelo qual Belle se apaixonou, era uma Fera terrível, capaz de esfolar
vivo um homem que invadiu seu castelo para roubar uma varinha, com a qual
esperava salvar a vida de sua esposa grávida.
Em
defesa de Rumple, quando torturou o invasor de seu castelo, ele ainda não sabia
por que ele tinha necessidade de roubar aquela varinha. Mas Belle também não
tinha essa informação quando decidiu arriscar a própria pele para dar fuga ao
prisioneiro. Tudo bem que ela nunca teve muito medo do Senhor das Trevas,
porque no fundo acreditava que ele já tinha certos sentimentos românticos por
ela, e não a machucaria.
O
invasor, no caso, era o Robin Hood, e foi dele que Rumple roubou o arco
encantado que nunca erra seu alvo – aquele que deu à Branca de Neve para matar
a Rainha Má, quando ela tomou a poção que a fez esquecer do Príncipe Encantado,
e desenvolver uma TPM crônica.
E
Rumple foi atrás dele, determinado a matar o invasor com o arco que confiscou
dele, mas ao ver a mulher grávida e doente que Robin Hood curou com a varinha
que roubara na fuga, o Senhor das Trevas decidiu “errar” seu alvo. Porque
Rumple não é o tipo de homem que deixaria uma criança crescer sem pai.
E
obviamente ele não deixou Belle sem punição por causa da dificuldade de
encontrar boas empregadas, mas porque, como ela já suspeitava, ele já nutria
certo carinho por ela na época. Tanto que preferiu confiscar a língua do Xerife
de Nottingham em vez de permitir que ele tivesse uma noite com ela, em troca do
rastro de Robin Hood – porque, supostamente, Robin roubou a mulher do Xerife e
o fez de besta. E em vez de castigar Belle, quando voltaram ao castelo, ele a
presenteou com uma biblioteca fabulosa.
Mas
essa história é meio irrelevante agora. Porque se Rumple tiver que apresentar à
Lacey o mesmo homem por quem Belle se apaixonou, ele precisa, para início de
conversa, desmentir os boatos de que ele é um homem tão impiedoso quanto
poderoso.
A
primeira parte do plano ele até consegue fácil, que é fazê-la aceitar jantar
com ele no restaurante da Vovó Donalda. Mas como ele está tentando ser um
gentleman, ela enche a taça – e a cara – de vinho, pede licença para ir até o
banheiro lavar a barra da blusa que ela está chamando de vestido, em que ele
entornou chá gelado – longa história! – e aproveita para sair de fininho até o
beco e dar uns amassos no Xerife de Nottingham.
Reparamos,
moça. Mas, para sua informação, esse cara aí, rastejando pela sua atenção como
um cachorrinho, também não é o Rumplestiltskin de verdade. Porque o verdadeiro
Senhor das Trevas não deixaria o Xerife de Nottingham sair rebolando da cena do
crime depois de ter bolinado sua garota. O verdadeiro Senhor das Trevas
confiscaria a língua dele para que ele não pudesse gritar, e desceria o sarrafo
com sua bengala!
Pelo
visto, Lacey é o exato oposto de Belle, e gosta do oposto do que Belle gostaria
também. O que muito alegra Rumplestiltskin. E com esse incentivo, agora que a
bengala vai piar mesmo em cima do coitado do Xerife bêbado de Nottingham. Se
não o virmos nunca mais, já sabem: ele deve ter morrido debaixo de bengalada só
para agradar a vadia n° 1 do Reino.
Mas
deixa o Neal saber que o pai decidiu exibir seu lado Bad-Boy para agradar a
Lacey...
Enquanto
Rumple reconquista o coração da nova versão de sua garota, os Charmings
finalmente revelam à Emma o que andaram aprontando durante sua ausência,
levando-a para conhecer a plantação de feijões mágicos, que já está bem
adiantada e que a Fada Azul camuflou com magia. Pequenino espera que estejam
prontos para a colheita em breve. Então eles comunicam seus planos de voltar
para Tão, Tão Distante – e agora até a Branca de Neve está de acordo, para se
afastar das lembranças dolorosas do recente assassinato que cometeu. Porém,
como já era de se imaginar, Emma não está a fim de trocar Storybrooke pela
terra dos Ogros.
E
sem querer querendo, ela deixa escapar para Regina que talvez haja alguma
tramoia sendo preparada nos bastidores, e pode ser que Regina perca Henry para
sempre muito em breve.
Não
com essas palavras exatas, mas Emma deu uma bandeirada na cara da Regina, que,
lógico, ligou o desconfiômetro em potência máxima, e ficou de tocaia perto do
Restaurante da Vovó até altas horas da noite, esperando Charming vir
desembarcar os Anões após um longo dia de trabalho, para encantar as marcas de
pneu da caminhonete do Príncipe, e segui-las até o campo vazio.
Francamente,
Fada Azul, que feitiçozinho mequetrefe esse que você lançou para esconder a
plantação, hein! Deve ter sido conjurado com glitter em vez pozinho mágico,
porque só isso explica a Rainha Má tê-lo removido com tanta facilidade...
Outra
descoberta que ela fez recentemente foi sobre o forasteiro, Greg Mendell, que
ela finalmente reconheceu como o pequeno Owen que ela tentou adotar décadas
atrás, e foi à Pensão da Vovó sugerir, sutil como uma tijolada, que ele
deixasse a cidade antes que ela esquecesse que um dia simpatizou com ele, e
decidisse usá-lo como alvo para atirar bolas de fogo.
O
que ela não sabia era que Greg estava mancomunado com Tamara para destruir a
magia daquela cidade, e os dois andavam botando chifres no filho do
Rumplestiltskin.
E
não eram os chifres feitos de nozes que a Dona Florinda preparou para o
Professor Girafales, não. Eram chifres, mesmo!
E
eu vou falar só um pouquinho desses dois vilõezinhos ridículos que enfiaram
nessa reta final da temporada. Porque o Greg eu acho que entendo: ele conheceu
Storybrooke logo que ela foi criada, teve que fugir correndo para não virar o
bichinho de estimação da Rainha Má, e ainda não sabe que fim o pai levou; mas
que diabo a Tamara tinha contra a magia? Ela não teve um passado traumático que
envolvesse qualquer personagem naquela cidade, nem qualquer personagem de
contos de fadas que nunca tenha sido visto circulando em Storybrooke, nem
qualquer envolvimento com a magia, exceto seu ataque homicida contra o Dragão
chinês. Simplesmente, ela odiava a magia. Ponto.
Se
os roteiristas pretendiam com isso apenas criar uma vilã completamente desfeita
de carisma, por quem o público só conseguisse sentir desprezo, fizeram um ótimo
trabalho. Mas para vendê-la como a grande vilã da segunda temporada, depois de
terem descartado a Cora, tenho que
dizer que fizeram um trabalho muito
abaixo do esperado. Nem mesmo conseguiram criar uma motivação plausível para
esse ódio todo da Tamara pela magia.
Quando
contaram o passado dela em Hong Kong, e ela comentou com o Dragão que mandou
analisar a poção que ele vendeu ao August com a melhor tecnologia criada pelo
homem, eu cheguei a pensar que Tamara fosse uma agente secreta do governo,
investigando atividade paranormal ou eventos inexplicáveis por aí. Mas depois
de ter visto a conclusão da temporada, sem qualquer esclarecimento válido, fica
um grande ponto de interrogação sobre quem realmente era essa mulher odiosa ou
o quê ela realmente veio fazer nessa história.
Perdoem
o desabafo. Só queria colocar essa questão em pauta antes de penetrar no
assunto da Season Finale, para não tumultuar a próxima review com comentários
sobre uma personagem que não vale o desvio de foco.
Naquela
noite, Tamara trouxe o “pacote” para dentro da cidade. Uma suposta arma com a
qual a dupla odiosa pretende destruir tudo e todos em Storybrooke. Porque até
uma vilãzinha descartável como ela sabe que se há alguém com quem se pode
contar para fazer o trabalho sujo, é um pirata.
O
pirata fica bastante surpreso ao saber que Rumplestiltskin sobreviveu, e ainda
deu um jeito de reconquistar sua vadia desmemoriada. Então a dupla odiosa
oferece ajudá-lo a derrubar de vez seu arqui-inimigo, pois eles têm uma larga
experiência e muitos recursos para matar criaturas mágicas.
E
realmente é, Gancho. Pode desconfiar à vontade, porque essa tramoia é mais
cabeluda que o peito do pirata.
O
plano da dupla diabólica é muito simples: Gancho precisa convencer Regina de
que está do lado dela, para conseguir informações, e depois trair a Rainha,
entregando-a aos conspiradores. E com aquele seu jeito cafajeste, sempre
jogando dos dois lados do tabuleiro, não é difícil para o pirata convencer
Regina de que está planejando dar uma banana aos dois safados e ficar ao lado
dela. O curioso é que ele contou essa lorota para todo mundo com quem tentou se
aliar nessa temporada, e só a Emma percebeu que era papo furado. Porque apesar
de as circunstâncias frequentemente mostrarem o contrário, aquele seu suposto
dom para perceber quando alguém está mentindo funciona de vez em quando.
De
vez em quando! Raramente. Na minoria das vezes. Quase nunca. Mas funciona.
A
Rainha Má, por outro lado, anda meio desatenta, ou tão desesperada por atenção
que nem desconfia das intenções do bonitão, e vai logo contando seu plano
inteiro. Ela roubou uma mudinha de feijão mágico da plantação dos mocinhos para
cultivar em casa e destruiu o restante. Já que todo mundo pretendia cair fora e
deixá-la para trás, sozinha em sua cidade amaldiçoada, ela decidiu inverter o
plano deles: ela usará um feijão mágico para voltar à Tão, Tão Distante com
Henry, e deixará todo mundo para trás. Mas com um detalhe: antes de partir, ela
vai acionar o gatilho de autodestruição da Maldição. Storybrooke desaparecerá,
como se nunca tivesse existido, e quem estiver na cidade quando isso acontecer,
morrerá. Isso inclui Rumplestiltskin, porque, desmentindo mais uma vez o que
foi apregoado desde o início da série, esta é outra coisa além da Adaga que
pode matar o Senhor das Trevas.
Para
garantir que ninguém encontrasse o gatilho, Regina precisou escondê-lo onde
ninguém jamais o procuraria. E ainda se encarregou de que ele fosse guardado
por alguém que os mocinhos não iriam querer enfrentar: Malévola.
Esse
é o motivo porque ela precisou levar Gancho às profundezas de Storybrooke, para
que ele servisse como distração para Dona Dragona não atrapalhar Regina,
enquanto ela resgatava o gatilho dentro do esquife meio quebrado da Branca de
Neve.
Creio
que se recordam que Emma explodiu a Dragona Malévola na Season Finale passada,
quando atirou nela a espada de seu pai, do mesmo modo que o Príncipe Phillip a
derrotou no desenho da Bela Adormecida. Pela lógica, depois de ter virado
cinzas, Malévola deveria estar morta! Mas como Once Upon a Time precisava dela de volta nessa reta final
da segunda temporada, Malzinha se reergueu das cinzas, numa versão muito
esquisita de si mesma – meio Dragão, meio soldado de capacete e camisola (???),
que por algum motivo me fez lembrar do Saurum do Senhor dos Anéis, mas com um
efeito especial executado pelo Tonho da Lua... Ou terá sido algum Tonho do Ovo?
–, para uma participação especial, brincando de pega-pega com o pirata em sua
caverna mal varrida, tentando transformar o bonitão em seu novo brinquedo de
morder.
Demonstrando
ter mais neurônios do que carência, Regina deixa Gancho lá embaixo, lutando
contra a Dragona meia-bomba, que se reconstrói a cada golpe, parecendo
incorporar a poeira da caverna, que não vê vassoura desde que a Maldição foi
lançada, às cinzas de seu próprio corpo, e tenta fugir sozinha com o gatilho de
autodestruição. Mas ela não contava com a astúcia do pirata bonitão, que já
esperava que ela não confiasse plenamente em sua aliança, e usou uma porta dos
fundos arquitetada pela dupla de forasteiros indesejáveis para chegar ao andar
da biblioteca antes da Rainha, e revelar que o bracelete de Cora que ele
devolveu a ela durante a descida à caverna do Dragão fora adaptado por Greg e
Tamara, com uma tecnologia capaz de neutralizar a magia da Rainha Má.
Essa
dupla de meliantes prende Regina numa espécie de laboratório construído nas
docas, conectando diversos eletrodos ao corpo dela para interrogá-la e
torturá-la. Agora a coisa não tem mais a ver com a magia; é uma vingança
pessoal de Greg por Regina ter sumido com seu pai. E ela fica muito satisfeita
em revelar ao sujeito que matou o pai dele no minuto em que o pequeno Owen
cruzou a fronteira para fora da cidade. O que só faz Greg aumentar a voltagem
das descargas elétricas que está despejando sobre ela.
Para
sorte da nossa Rainha, Emma já andava bem desconfiada da Tamara, principalmente
depois de saber que ela andou listando os cidadãos de Storybrooke,
associando-os aos seus respectivos personagens na terra dos contos de Fadas.
Sua determinação em desmascarar aquela safada era tanta, que Emma se arriscou a
ser flagrada por Neal xeretando o quarto deles na Pensão da Vovó, correndo o
risco de ele ter certeza de que ela está com ciúme do seu noivado com a
periguete.
Mas
quando dão pela falta de Regina, e percebem que alguém retirou todos os feijões
mágicos da mudinha que ela roubou da plantação, todo mundo começa a desconfiar
que um dos forasteiros, ou mais provavelmente os dois, estejam envolvidos no
sumiço da Rainha Má, pois ela não abandonaria a cidade sem Henry, e ele
permanece são e salvo com a família. Além disso, ninguém que eles conheçam
teria motivo para querer sumir com a Rainha Má àquela altura do campeonato –
exceto, talvez, o Rumplestiltskin, mas nesse momento ele está muito ocupado com
sua nova/antiga namorada.
Justamente
porque têm certeza de que o Senhor das Trevas não tem nada com isso dessa vez,
os Charmings pedem sua ajuda para descobrir o paradeiro de Regina, e em vez de
uma poção para derramar num objeto roubado da casa dela, desta vez ele prepara
uma espécie de colírio mágico, utilizando uma lágrima de Regina que ele tinha
guardada em sua loja – porque sim – e uma lágrima fresquinha de Branca de Neve
– algo super fácil de se conseguir, considerando que desde que provocou a morte
da Cora, a mãe de Emma não parou de chorar as pitangas –, para conectar a
enteada com sua madrasta. Depois de pingar o colírio, Branca de Neve poderá ver
e sentir tudo o que Regina estiver vendo e sentindo.
Repararam
que o colírio fez Branca de Neve convulsionar como se estivesse possuída pelo
demônio? Mas é através disso que nossos heróis descobrem o que Regina está
passando, e podem ir em seu socorro, porque um lugar fedendo a sardinha, só
pode ficar nas docas.
Nossa
trupe vai então ao resgate da Rainha, e já chegam metendo bala nos vagabundos.
Infelizmente, Greg consegue fugir facilmente, e Tamara, antes de escapar, ainda
consegue roubar a arma de Emma, dar um tiro no noivinho nada apaixonado, e
jogar um dos feijões mágicos no chão para abrir um portal, esperando que Emma
fosse sugada por ele.
Com
a ajuda de Neal, ela consegue sair do alcance do vórtice, mas aí os dois ficam bestando à beira do precipício, e Neal
acaba caindo dentro dele.
Infelizmente,
Emma não consegue segurá-lo, e Neal despenca no portal sabe-se lá para onde. E
como estava ferido, Emma duvida que ele tenha sobrevivido à viagem.
E
o mais doloroso, é que Emma terá que contar ao Henry que o pai dele se foi. E
desta vez, de verdade.
Pior
ainda é que a dupla odiosa fugiu com o gatilho que Regina resgatou na caverna
do Dragão. E o “escritório” para o qual trabalham já informou o quê aquele
treco faz.
Será
que eles vão conseguir fazer mais essa cafajestagem?
Não
deixem de ver o final dessa trama na próxima postagem, que está recheada de
aventuras, e revelará uma página comovente do passado de um dos mais queridos
personagens dessa segunda temporada.
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