Vou decepcionar
um pouquinho quem se empolgou pensando que eu iria falar sobre A Grande
Família.
Depois de uma
temporada cheia de altos e baixos – mais ou menos parecida com o gráfico da
Seleção Brasileira nos últimos tempos –, Once Upon a Time apresentou uma Season
Finale digna de aplausos.
Admito, esta
série me conquistou. Tem uma porção de elementos que eu gosto: magia, aventura,
romance com algumas gotas de limão – porque a coisa muito açucarada nesse tipo
de história longa não funciona –, a ideia de montar um conto de cada vez
enquanto se desenrola a história principal... É uma série que permite muitas
surpresas e desdobramentos sem ficar presa a um único protagonista.
Eu discordo
relativamente de quem diz que a primeira temporada foi melhor que a segunda. Eu
diria que a primeira temporada tinha aquele cheirinho de roupa nova, que dá
gosto de vestir, mas a história evoluiu bastante na segunda temporada. O que eu
concordo plenamente é que houve episódios no melhor estilo “que marmota é
essa?”.
Quem não está
familiarizado com a história, confira o início desta aventura a partir daqui.
Ademais disto,
vamos recapitular apenas os últimos acontecimentos:
Recentemente em
Once Upon a Time, descobrimos que o pai de Henry é o filho do – a princípio,
grande vilão da história – Rumplestiltskin (Mr. Gold, na versão amaldiçoada), o famoso
Baelfire, que no mundo real atende pelo nome Neal Cassidy, e mora num pequeno
apartamento em Nova York.
Só para constar:
Emma, a princípio teria sido a única pessoa do Reino Tão, Tão Distante a ficar
imune aos efeitos da Maldição da Rainha Má; no entanto, descobrimos não muito tempo depois que Gepeto contrabandeou seu filho Pinóquio para dentro do armário
mágico, para que ele também ficasse protegido, e lhe deu a missão de cuidar da
princesinha até que se cumprissem os 28 anos da Maldição – coisa que o
safadinho do Pinóquio não cumpriu.
Sabemos que Baelfire
– digam-me de onde tiraram esse nome? – já tinha feito a viagem entre os mundos
antes mesmo de a Maldição ser criada – sendo este, aliás, o motivo porque
Rumple precisou criar uma Maldição que permitisse viajar para o mesmo mundo
onde seu filho estava perdido, mesmo sabendo que quando ela fosse quebrada, Bae
já seria adulto e não precisaria mais dele. Mas ao longo dos episódios,
descobrimos que parte do Reino Tão, Tão Distante, e regiões adjacentes – como Wonderland
e Neverland –, também não foram atingidas pela Maldição, preservando vários personagens
longe de Storybrooke, como a Princesa Aurora, Príncipe Phillip, Mulan – que até
hoje eu não sei o que está fazendo nessa história –, Cora, a maquiavélica mãe
da Rainha Má, e é claro, o queridinho das garotas, Hook – Capitão Me-EnGancho,
para os íntimos. Ou seja: a poderosíssima Maldição que Rumplestiltskin vendeu à
Rainha Má funcionava com sinal da Vivo!
No momento em que se descobrem os laços que unem a família Charmingstiltskin – admito, vi esse
nome em algum lugar e adorei! –, Hook resolve aproveitar a breve ausência dos
poderes do Senhor das Trevas Rumple, para fazer sua vingança, finalmente
enterrando seu gancho envenenado no peito do vilão – e ainda fez uma referência
deliciosa ao tique-taque do Crocodilo de Peter Pan.
Para piorar,
Branca de Neve e o Príncipe Charming, lá em Storybrooke, decidem se meter onde
não foram chamados, procurando a Adaga “muito bem escondida” de Rumplestiltskin
– sei que é mais fácil chamá-lo de Gold, mas gosto de escrever o nome dele, me
aturem se puder –, que contém a fonte de seu poder e a chave de sua morte, para
protegê-la das vilãs Cora e Regina.
É isso mesmo que
vocês entenderam: um casal sem magia pensando que pode deter as duas bruxas más
superpoderosas e impedir que peguem a Adaga! Depois de dizer isso, seria
redundante dizer que era mais do que previsível a Adaga estar escondida
justamente no ponteiro do relógio que ficou parado por 28 anos!
Só para não perder o costume nem a
piada, hehe.
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Outra coisa:
como, numa cidade minúscula como Storybrooke, com uma população de 60 pessoas
mais ou menos – podem contar, que é mais ou menos isso; sem contar os
figurantes, é claro – quinze episódios depois de todo mundo ter recuperado a
memória – e cinco depois de ter retornado de Tão, Tão Distante com a filha –,
Branca de Neve ainda não tinha notado que sua antiga aia, Johanna também estava
morando lá?
Enfim, o coração
da Princesa se enche de ódio depois de Cora ter assassinado sua aia
recém-encontrada, e ela decide usar a vela que recusou para salvar a vida da
mãe no passado, para assassinar Cora e salvar a vida do Senhor das Trevas, só
porque ele agora é da família. Afinal de contas, ele é o avô do Henry, e Cora
era só a tataravódrasta do menino
(esse parentesco existe?), ou em todo caso, avó adotiva.
Agora Regina está
com uma fúria dos diabos, louca para matar todo mundo por terem assassinado sua
mãe – que fique claro que Cora nunca gostou de verdade de Regina; teria vendido
a filha por um saco de pozinho mágico da Tinker Bell se isso a tivesse feito
mais poderosa que Rumplestiltskin.
Mas Regina decide
não matar Branca de Neve, para que viva infeliz com sua culpa, e prefere
vingar-se de um por um, começando por devolver as memórias de Belle da época da
Maldição, fazendo-a pensar que é uma vadia com o fígado do João Canabrava –
depois de Belle ter levado um tiro do Capitão Gancho quando se despedia de seu
amante Rumplestiltskin na fronteira da cidade, e perdido a memória por cruzar a
linha –, para desespero do apaixonado Senhor das Trevas.
E como isso não
bastasse para saciar sua fúria, Regina usa Gancho como isca para distrair o Dragão
que pôs Aurora para dormir por cem anos para recuperar o gatilho que varrerá
Storybrooke do mapa.
Finalmente, a
Rainha Má está pronta para fazer todos os mocinhos comerem capim pela raiz
enquanto ela foge com Henry de volta para o reino Tão, Tão Distante, quando é
pega de surpresa pelos novos vilões da história, Greg e Tamara – que
aparentemente só entraram nessa reta final para despertar o ódio de quem
assiste à série, e provar que os roteiristas perderam o fio da meada e não
tinham nenhum vilão decente na manga –, e passa um episódio inteiro sendo
torturada com eletrochoques. E eu nunca pensei que fosse dizer um dia que senti
pena da Rainha Má!
E como Emma
salgou a santa ceia junto com o Félix da novela das nove para nunca desencalhar
nessa bodega, Neal, com quem ela estava prestes a se acertar e reconstruir uma
família com Henry, é atingido por um tiro da noiva malvada Tamara-Que-Morra, e
cai num portal sabe-se lá para onde, supostamente morto. E com este, já são dois
que a Emma enterra nessa série. Três, se considerar que ela andou flertando com
o August, e ele morreu, embora a Fada
Azul o tenha trazido de volta como Pinóquio. A viúva negra vai acabar se
contorcendo de inveja, Emma! Melhor o Gancho não se engraçar, porque vai que...
E depois deste
imenso parâmetro dos acontecimentos mais recentes para situá-los na história,
finalmente chegamos à Season Finale, que nos mostrou um dos melhores flashbacks
dessa temporada.
A
princípio, a história foca em Baelfire, finalmente revelando o que houve com
ele após atravessar o portal para o mundo sem magia. Neal tinha nos dado uma
pista, ao contar que já conhecia o Capitão Gancho, e que a terra do Tio Sam não
foi o primeiro lugar que ele visitou depois de sair de Tão, Tão Distante, ou
ele teria mais de duzentos anos agora.
E
nós só conhecemos um lugar onde um personagem pode garantir longevidade e
juventude sem utilizar magia própria: Neverland! A Terra do Nunca.
Mas
Baelfire não caiu diretamente lá. Afinal, a Fada Azul lhe vendeu um bilhete
para uma terra sem magia. E essa
terra, era Londres. Onde nosso querido Baelfire acabou acolhido pela família
Darling.
Já
faz um tempinho que eu li Peter Pan, mas se não me engano, o livro não menciona
o ano em que a história se passa; mas ele foi publicado no início do século XX,
o que significa que Bae não ficou perdido nem por cento e cinquenta anos.
Seja
lá como for, foi Wendy quem primeiro o acolheu em sua casa, ao surpreendê-lo
roubando pães em sua mesa, depois de ter vagado sozinho e faminto pela cidade
por alguns dias.
E
como se compadeceu de sua história, ela o escondeu num buraco dentro da parede,
que logo foi descoberto por seus pais. Mas ao contrário do que ela pensava,
eles não ficaram bravos, e decidiram acolher o garoto perdido.
E
aconteceu que a presença de Baelfire na casa dos Darling foi providencial,
porque Wendy, aquela menina tagarela, andava de papo com uma Sombra, que vinha
todas as noites à janela do quarto das crianças. Wendy descreveu a tal Sombra
como maravilhosa, porque podia mudar de forma, voar e viajar entre os mundos
com magia. Mas como a experiência de Bae com a magia não é das melhores, ele
alertou a menina sobre as possíveis más intenções da criatura.
Aparentemente,
embora Baelfire estivesse determinado a fugir da magia como o diabo da cruz,
ela estava igualmente determinada a persegui-lo aonde quer que ele fosse. Prova
disso é que, mesmo adulto, ele acabou se apaixonando justamente pela Salvadora.
Mas
Wendy não estava nem aí para os seus conselhos, e na primeira oportunidade,
decidiu dar uma voltinha com sua “amiga” mágica.
Todavia,
Bae tinha razão, e a Terra do Nunca não era o País das Maravilhas que Wendy
imaginou – se permitem o trocadilho. Lá não há adultos e as crianças não
crescem, mas uma vez que são levadas para lá, a Sombra não permite que voltem
para casa. Ela só conseguiu retornar porque é uma menina, e não foi aceita no
Clube do Bolinha. A Sombra queria levar um garoto, e esta noite ela virá buscar
um de seus irmãos.
Alguém
devia ter pensado nisso...
Em
vez disso, Baelfire jura para a menina que não permitirá que ninguém machuque
sua família. Então, quando a Sombra vem buscar um dos irmãos Darling naquela
noite, Bae se oferece para ir à Terra do Nunca em seu lugar, mesmo sabendo que
talvez essa seja uma viagem sem volta.
Mas
Bae não estava interessado em conhecer o Peter Pan, nem em se juntar aos
Meninos Perdidos, muito menos descobrir quem era o chefão daquela Sombra
endiabrada. Ele tomou a precaução de colocar uma caixa de fósforos no bolso
antes da Sombra aparecer na janela dos Darling, e assim que possível, usou o
fogo para feri-la, para que o largasse no mar. E como era noite, e a Sombra
aparentemente é cega como um morcego, acabou perdendo o garoto de vista.
E
é aqui que a história começa a ficar boa, porque ele foi recolhido no mar
justamente pelo navio do Capitão Me-EnGancho – como é mais conhecido entre as
garotas, hehe.
A princípio, o
pirata havia decidido que o garoto era uma ótima moeda de troca com algum vilão
misterioso que comandava os Meninos Perdidos – na verdade Adolescentes Perdidos
–, com quem ele não pretendia se indispor, já que passaria uma longa temporada na
Terra do Nunca. Mas mudou de planos ao descobrir que Baelfire era o filho de
Milah, a mulher que ele roubou de Rumplestiltskin e uma das razões de seu ódio
por ele – não vamos nos esquecer que o vilão o forçou a “lhe dar uma mãozinha”.
Foi mesmo
comovente ver o espírito paternal aflorar no pirata com relação ao filho de seu
inimigo, e uma das poucas surpresas neste final de temporada.
E obviamente, foi
Baelfire quem contou ao Capitão sobre a Adaga, a única arma que pode matar o
Senhor das Trevas – claro que Bae não sabia que Gancho planejava assassinar o
seu pai, quando compartilhou essa informação.
Só é uma pena que
o garoto não tenha dado atenção à história que ele contou sobre ter amado
realmente a mãe dele, e que, com a revolta de Bae, o pirata tenha retornado ao
plano inicial de entregá-lo aos Meninos Perdidos para ficar bem na fita na
Terra do Nunca. Mas se não houvesse uma trapaça de vez em quando não seria o
Capitão Gancho...
Enquanto isso, em
Storybrooke, Rumplestiltskin está prestes a derrubar Henry do balanço para
evitar que se cumpra a profecia de uma bruxa que diz que o garoto será sua
ruína, quando é surpreendido pela notícia de que seu filho está morto.
A reação dele foi
a mais inesperada: culpando-se pela morte de Neal, já que foi ele quem trouxe a
magia à cidade, e isso possibilitou que os portais fossem abertos.
Decidindo não
interferir no Apocalipse que está vindo contra a cidade, Rumplestiltskin se
tranca em sua loja com a vadia N°1 Lacey – sua antiga e amada Belle. Até que,
aos 45 do segundo tempo, a quadrilha dos Irmãos Metralha... digo, dos Anões,
invade sua loja para recuperar a caneca do Atchim e dar ao vilão uma dose da
poção que a Fada Azul criou – no último minuto, Santa Conveniência! – para
restituir a memória de Belle.
Aqui
entre nós, tomara que a Fada Azul tenha anotado a receita dessa poção, porque
com a frequência que as Maldições são lançadas nessa série, sempre pode ser
útil de novo!
Rumplestiltskin
estava decidido a deixar isso de lado, mas no fim das contas, ele percebeu que
não poderia morrer sem se despedir da amada; então, restaurando a xícara lascada
com magia, devolveu-lhe a memória para ter suas últimas cenas
dramático-românticas da temporada.
Tamara-Que-Se-Lasque
e Greg – vou chamá-lo de Pamonhão – levam Gancho até a mina e avisam que ele
morrerá junto com os outros quando eles acionarem o gatilho – mas a boa
notícia, é que ele terá sua vingança, porque nem Rumplestiltskin é capaz de
sobreviver àquilo –, e o pirata visivelmente planeja uma fuga estratégica
enquanto assiste ao início da destruição.
Ele próprio vai
avisar aos mocinhos sobre o que a dupla odiosa está aprontando, e é recebido
pelo Príncipe com um murro no nariz. Não que este fato tenha grande
importância, mas a agilidade na reação do Charming foi realmente incrível.
A família então
se prepara para desacelerar o Apocalipse, enquanto o astuto pirata leva o
Príncipe para o mundo do crime para roubar os feijões mágicos e poderem escapar
antes que Storybrooke seja destruída. E neste momento vemos uma despedida
comovente da Rainha Má com seu rebento adotivo, Henry, o único que não corre
risco de vida, já que nasceu no mundo real, mas pode ficar sozinho se a
destruição se concretizar.
Reparem num
spoiler do Gancho para o Charming: “as
coisas que fazemos pelos nossos filhos...”. Detalhe: Hook, até onde se
sabe, não é pai de ninguém. A não ser...
Emma leva Regina
até a mina para que a malvada use sua magia para neutralizar o poder do
gatilho, mas antes de começar, ela avisa Emma que terão que deixá-la para trás
e fugir com Henry para Tão, Tão Distante, pois ela terá que se sacrificar para
lhes dar tempo de ir embora.
Este foi o
momento mais dramático do episódio. Me fez experimentar a estranha sensação de
desejar que houvesse outra saída... POR FAVOR, DEIXEM A RAINHA MÁ VIVER!!! Nunca
imaginei que um dia teria esse sentimento...
Enquanto isso,
Hook e Charming partem para a briga contra os vilõezinhos nojentos pela posse
dos feijões mágicos, e eu fiquei me perguntando por que o Príncipe não
aproveitou para dar um tiro na Tamara-Que-Se-Exploda? – Notaram como o nome
dela é bom para fazer trocadilhos?
Enfim, Hook deu
um soco no Greg Pamonhão que lavou a alma de muita gente, e conseguiu surrupiar
um dos feijões, que foi logo confiscado pelo Príncipe, que não seria maluco de
confiar sua única chance de salvação ao pirata.
Finalmente, a
família Charming se reúne com os sumidos figurantes de Storybrooke na lanchonete
da Vovó Donalda, e Branca de Neve convence todos a arriscarem suas vidas para
salvar a mulher que os colocou nesta confusão. Resumindo: vão tentar jogar o
gatilho num portal antes que destrua a cidade!
Porque
aparentemente eles esqueceram que a última encrenca que jogaram num portal – o
Dementador que estava caçando Regina – já chegou em Tão, Tão Distante matando o
Príncipe Phillip! Quem sabe, desta vez eles têm sorte, e o gatilho acerte em
cheio na Aurora...
Hook, o único que
parece ter um pouco de bom senso nesta história, afana o feijão, decidindo que
é capaz de conviver com a culpa por deixar todo mundo para trás para morrer com
a Rainha Má, mas Emma faz um pequeno discurso para trazê-lo de volta ao lado
dos heróis, e ele entrega o porta-moedas onde havia guardado o feijão.
E só para
complicar mais um pouquinho este intrincado núcleo familiar, Emma revela ao
pirata que o pai de Henry é Baelfire, de quem Hook se sente um pouco pai, e
agora avô postiço do Henry, por tabela.
Reparem numa
coisinha: onde é que estão a Ruby e o Dr. Whale? Um minuto para o fim do mundo
e os dois não apareceram no episódio. Sabemos que eles não devem ter sido
escalados para a figuração, mas os dois terem sumido ao mesmo tempo faz a gente
imaginar que eles estejam “aproveitando o fim do mundo”...
Nossos heróis
chegam à mina dos Anões e contam à Regina o que pretendem fazer. A princípio
ela tenta dissuadi-los da loucura, mas eles se mantêm irredutíveis... Até Emma
perceber que Hook lhe passou a perna, entregando-lhe a carteira vazia.
Então a família
Charming-Mills – já que a Rainha Má está presente – se permite um momento de
desespero e despedida regada a muitas lágrimas, até que Emma descobre a
América: ela também tem magia, e pode tentar ajudar Regina a desligar o
gatilho.
As duas mães do
Henry unem suas forças e sua mágica por um bem comum, e conseguem finalmente
deter o Apocalipse sobre Storybrooke.
Fim da história e
todos viveram felizes para sempre?
CLARO QUE NÃO!
Agora que a
cidade foi salva pelas Meninas Superpoderosas – não parecem Lindinha e Docinho?
– eles percebem que Henry desapareceu. O garoto foi levado por Greg-o-Pamonhão
e Tamara-Que-Caia-da-Escada-e-Se-Arrebente-Toda, e eles revelam ao garoto que
destruir Storybrooke nunca foi o objetivo...
... e que
encontraram algo mais importante: Henry!
Eu só queria
entender como foi que eles entraram de novo na mina, pegaram o moleque e
ninguém viu? Exemplo de avós essa Branca de Neve e seu Príncipe Encantado! Veem
a filha e a arqui-inimiga prontas para destruir o gatilho ou morrer e levar
todo mundo junto, e esquecem de ficar de olho na criança...
A dupla nojenta
leva o garoto para o cais, joga o feijão mágico na água e pula com ele no
portal às vistas da família que os perseguia. E novamente eu pergunto: por que
diabos o Príncipe não atirou na Tamara-Que-Caia-Num-Poço-Sem-Fundo e no Greg
Pamonhão? E por que Regina, a mulher mais poderosa de Storybrooke não lançou um
feitiço para paralisá-los? Ou a própria Emma, por que não conjurou um feitiço
qualquer para fazê-los soltarem o Henry?
Tudo bem que, em
se tratando de magia, ela ainda não sabe direito o que está fazendo, mas qual a
pior coisa que poderia acontecer? Transformar os vilões em paçoquinha? Alguém
iria chorar por isso?
Neste momento
chega o Senhor das Trevas Rumplestiltskin com sua amada-idolatrada-salve-salve
recuperada da amnésia, para fazer cara de impotência diante do fato de não
terem como abrir nenhum portal para ir atrás do Henry, já que Hook fugiu com o
último feijão mágico.
Ah, mas não
contavam com sua astúcia! Acontece que o pirata se sentiu culpado por deixar a
família do seu recém-descoberto neto postiço para trás para morrer, e decidiu
voltar para ajudá-los, e, informado das últimas reviravoltas, o mais novo
membro da família Charming-Stiltskin-Mills-Jones – Eita, agora o nome ficou
difícil! – oferece seu navio e serviço para resgatar o garoto.
Rumplestiltskin
se despede de Belle antes de subir a bordo e lhe dá um pequeno papel com
instruções para um feitiço de camuflagem para que outros como Tamara e Greg não
encontrem a cidade. Claro que Belle não possui magia, mas subliminarmente o que
Gold quis dizer foi: “entregue isso à
Fada Azul, e deixe que ela se vire!”.
Afinal, como
todos sabem, Rumplestiltskin não gosta de levar a patroa em suas viagens.
Gozado, não me
lembrava desse senso de humanidade do Gold, preocupado em não deixar os
figurantes em apuros com a partida de quem realmente sabe o que está fazendo
nessa história. Mas isso eliminou Belle ao menos do começo da terceira
temporada, o que é um alívio já que sua personagem é relativamente enjoativa.
Ou vai ver ela foi cortada porque estava bebendo mais que o Leroy...
Enquanto isso, em
algum lugar do Reino Tão, Tão Distante, um corpo é encontrado na praia pelo
trio sem sentido Aurora, Phillip e Mulan...
Espera um minutinho... O Phillip não
tinha sido morto pelo Espectro no primeiro episódio dessa temporada? O que é
que ele está fazendo ali? Ressuscitou, ou Baelfire voltou no tempo antes de
cair em Tão, Tão Distante? Erro técnico dos redatores ou, mais provavelmente,
teremos uma pancada de flashbacks para explicar este retorno do túmulo.
Felizmente, como
se pode ver, Baelfire está vivo, embora pareça realmente derrubado. Ainda não
foi dessa vez que Emma desencalhou, mas podemos alimentar esperanças para o
futuro.
De volta à grande
família principal, Hook e o Senhor das Trevas decidem fazer uma trégua, e
Rumplestiltskin rastreia o paradeiro de Henry com algumas gotas de seu sangue
no globo mágico.
Então nosso
seleto grupo de protagonistas se prepara para zarpar no Jolly Roger rumo à
Neverland.
Enquanto navegam
para o imenso portal na água – não vamos discutir o fato de que quando Greg e
Tamara jogaram o feijão abriu um portalzinho que mal cabia a dupla odiosa com
Henry, e quando Hook jogou abriu um mega portal capaz de engolir com folga o
navio inteiro. São meros detalhes... –, Rumplestiltskin alerta-os de que Greg
Pamonhão e Tamara-Que-Vire-Comida-de-Ogro são míseras marionetes nas mãos de
alguém que promete ser um vilão mais terrível que ele e Regina juntos: Peter
Pan!
Faz sentido: se
sua Sombra era má, e os Meninos Perdidos são praticamente uma gangue de
raptores de crianças, nada mais lógico do que Peter ser malvado. Nunca mais o
verei com os mesmos olhos...
Já sabemos que
Henry é alguém importante, já que foi procurado por duzentos anos pelo que
promete ser o pior de todos os vilões da série. Provavelmente ele possui algum
poder especial que ninguém reparou antes, mas é fácil adivinhar que
Rumplestiltskin, com seu mais ou menos útil dom de prever o futuro, saiba do
que se trata, afinal, foi ele quem trouxe Henry para Storybrooke para ser
adotado por Regina quando Emma o abandonou. Até ver este episódio, eu pensava
que ele o tinha escolhido porque precisava garantir que Emma um dia encontraria
a cidade, mas agora que sabemos que o garoto pode ser a ruína de Rumplestiltskin,
podemos começar a especular. Afinal, causar a ruína de um ser imortal,
provavelmente requer um poder muito superior. Ou uma incrível aptidão para o
desastre.
O jeito é esperar
pela terceira temporada. Enquanto isso, paira no ar um final que enuncia um novo
começo.
Como eu disse,
apesar das evidentes falhas técnicas, foi um dos melhores episódios desta
temporada.
Assim me despeço
com um retrato de família:
♪ “Enfeitiça pai, mãe, filha, está tudo em
família, então bora navegar”... ♪
É mais ou menos isso... Hehe
Adorei o post e adoro o seu blog. Faz uma review das outras temporadas de OUAT, por favor. Parabens pelo blog.
ResponderExcluirOlá Gisele. Muito obrigada! Fico muito feliz em saber que você gosta do meu blog ♥
ExcluirAs postagens sobre as temporadas 3 e 4 de OUAT já estão sendo preparadas. Em breve eu vou postar. Beijos!
Mal posso esperar!!
ExcluirDemorei mas postei, rsrs. Esta é a primeira metade da terceira temporada, a etapa Neverland.
Excluirhttp://admiravelmundoinventado.blogspot.com.br/2015/08/o-rapto-do-garoto-adorado.html
Logo mais virá o restante. ;)
Beijos