
No silêncio da meia-noite, uma mente genial
viu, dentro de um quarto escuro, a cabeça de um homem se esgueirando
infinitesimalmente lenta pela porta, de posse de uma lanterna com a tampa toda
velada, a espreitar se estaria aberto o olho quase cego de um velho, cujo
coração batia com som baixo, monótono e rápido como o de um relógio quando
abafado em algodão. E naquela mesma penumbra da noite, assassinou o velho,
esquartejou e o enterrou sob as tábuas do piso.