A quinta
temporada de Once Upon a Time começou trazendo de volta um pouco de seu antigo
brilho. Camelot trouxe beleza e novos ares a uma trama que não tinha
conseguido desenvolver a história de três icônicas vilãs na meia temporada anterior, mas que abrilhantara seu roteiro com o episódio final,
revelando onde a história das inofensivas Rainhas da Escuridão queria nos
levar. Enfim vimos a família Charming lidar com a versão Senhora das Trevas de
Emma – algo que havia sido profetizado antes de seu nascimento, e que levara o
casal a prejudicar Malévola, transferindo a parcela de Trevas de Emma para a filha
da vilã. Apesar de a Salvadora não ter realmente se rendido às Trevas, como
tentou fazer todo mundo acreditar, foi bom ver cair a máscara de perfeição
daquela família, e exigir que eles enfrentassem as consequências de seus
discursos cheios de açúcar e hipocrisia.
Também foi
interessante ver a dimensão do amor que Emma sempre tentou esconder que sentia
pelo Capitão Gancho. Depois de fazer tanto doce, e relutar tanto para manter
seus muros em pé, ela precisou se render, transgredir a última barreira que a separava
das Trevas para salvar a vida dele, mesmo sabendo que ele poderia se deixar
levar pela Escuridão, e mais tarde lutar para trazê-lo de volta do Submundo.
Também foi
interessante reencontrar certos personagens que já haviam partido, como Cora e
Cruella, e ver alguns assuntos inacabados sendo resolvidos, ainda que nem todos
tenham sido convincentes, como a redenção da filha do moleiro. Mas foi bom para
Regina ter um reencontro com o pai, descobrir que ele a perdoou, e que se sente
orgulhoso e satisfeito por ver o quanto ela evoluiu.
Pessoalmente,
gostei mais de Camelot do que do Mundo Inferior. As versões da lenda
arturiana divergem tanto umas das outras que é difícil apontar essa ou aquela
licença que a série tenha tomado com sua história. Transformar o Rei Arthur em
vilão não colaborou nem prejudicou a história, mas trouxe novas cores à lenda.
Senti falta de
conclusão em relação ao destino da Rainha Guinevere, o feitiço que a fizera
“amar” o Rei Arthur, e se houve ou não um reencontro com Lancelot. Apesar
disso, o destino de Arthur foi até mais heroico do que ele merecia. Só espero
que a Cruella não decida transformá-lo em seu novo brinquedinho, pois
detestaria saber que ele voltou a ser o patife que ocupava o trono de Camelot.
Já o Mundo
Inferior, desperdiçou uma grande oportunidade de ressuscitar velhos conflitos,
amarrar pontas soltas, e trazer um perigo maior para os principais personagens
da série.
Hades era um
trunfo a ser usado. Ele poderia ter sido o vilão mais perigoso em muito tempo,
ou um aliado inovador, mas acabou não sendo nem uma coisa nem outra. O roteiro
simplesmente desperdiçou um personagem multifacetado, e transformou sua
história em mais do mesmo: um homem ambicioso, prometendo mundos e fundos,
lidando com uma suposta maldição, e supostamente em busca de um amor
verdadeiro. Havia diversos caminhos para transformar esse arco em algo
grandioso, mas como sempre, os roteiristas escolheram o mais fácil, o clichê,
transformando essa meia temporada apenas num momento nostálgico, mas sem grandes
resoluções, e com várias saídas incoerentes. Sem falar que criou mais assuntos
inacabados do que as pontas soltas que amarrou.
Enfim, depois de
uma temporada que, apesar de certas inconsistências, ainda dá para considerar
muito boa, a Season Finale – como de costume, com episódio duplo – enunciou a
trama da próxima temporada, que tinha tudo para repetir o sucesso, ao
menos com o arco inicial, mas que na hora do vamos ver, amarelou geral.
Bem, não vamos
nos adiantar. A 6A não acompanhou, mas a Season Finale não foi ruim, embora
tenha ficado muito abaixo das anteriores. E é dela que vamos falar hoje.
Enquanto Regina
sofre o luto por seu amado Robin Hood, Emma decide ser cautelosa ao contar que
Gancho voltou dos mortos. Mas no exato momento em que está preparando a amiga
para receber a notícia, a cidade estremece com uma grande explosão de magia
provocada por Rumplestiltskin, ao tentar ligar a magia de Storybrooke ao pedaço
de Cristal do Olimpo que resgatou das cinzas de Hades – que ninguém se
preocupou em varrer do chão da prefeitura até agora.
Felizmente, o
uísque dos roteiristas não é tão paraguaio assim, minha Rainha. Pelo menos, eu
espero que não.
Nossos heróis – e
isso agora inclui Zelena – vão à Torre do Relógio verificar o que o Senhor das
Trevas está aprontando, e o encontram puto porque o Cristal desapareceu de
repente.
Acontece que o
Henry, que já está farto desse entra e sai de pepinos mágicos, decidiu usar a
pena do Autor recém-resgatada do Submundo para escrever sua certidão de
propriedade do Cristal do Olimpo, e fugir com ele da cidade.
O motivo dessa crise
de rebeldia? Henry decidiu destruir a magia para impedir que continue
bagunçando sua família, sem saber que a destruição do Cristal pode pôr fim
também à cidade, já que ela foi criada com magia. Mas o espertinho não saiu da
cidade sozinho. Ele levou Violet, a mocinha que conheceu em Camelot.
Então, as duas
mães do Henry se unem para procurá-lo, com o auxílio do GPS que Emma instalou
no celular dele depois que ele fugiu da primeira vez, e o dispositivo mostra
que ele está em Boston.
Acontece que
Henry conhece suas mães muito melhor do que elas imaginam, e prevendo que elas
o rastreariam, abandonou o celular no ônibus e fugiu com Violet por outro
caminho.
Na falta de GPS,
Regina usa o sangue de Emma para um feitiço localizador, e descobre que Henry
foi para Nova York.
Com a ameaça de
destruição pairando sobre a cidade, Zelena usa a varinha do Aprendiz para abrir
um portal – sem tornado dessa vez! Branca de Neve e Charming estão de olho na
senhorita, hein, dona verdinha –, para permitir que os cidadãos que não queiram
enfrentar a insegurança sobre o destino da cidade possam voltar para Tão, Tão
Distante antes de tudo ruir. Assim nos despedimos de vários personagens
simpáticos, como Merida, que tem uma família de ursinhos e um reino para
governar em DunBrock, os súditos de Camelot, e o bando de Robin Hood, incluindo
Roland, que deixa uma pena de uma das flechas do pai com a
tia/mãe-de-sua-irmãzinha, para entregar à Regina.
Como esse povo
adora fazer promessas que não vão cumprir, não é mesmo?
Depois que todos
os interessados – ou melhor, os que não nos interessam mais – vão embora,
Zelena tenta fechar o portal, mas ele faz malcriação, e engole nossos heróis –
os Charmings, Zelena e o Capitão Gancho –, levando-os para uma terra
desconhecida.
Porque já se
tornou costume as Season Finales de Once Upon a Time incluírem uma viagem entre
os mundos.
E o engraçado, é
que o portal foi tão seletivo, que não fez a menor questão de levar nem a Vovó,
nem os bebês, que estavam só alguns passos atrás.
Não reclamem se
um dia desses a Vovó juntar os Anões e as Fadas Freiras e organizar uma greve!
O tal lugar
desconhecido é a Terra das Histórias Não Contadas. E o portal foi tão pouco
delicado com os nossos heróis, que acabou quebrando a varinha do Aprendiz
durante a aterrissagem.
Como imaginam que
aquele portal descontrolado só os transportaria a uma terra mágica, eles
perguntam a um jardineiro assustado que está por ali onde podem conseguir um
pouco de magia para consertar a varinha quebrada para poderem dar no pé – pois
aparentemente a magia de Zelena e algumas voltas de fita adesiva não eram
suficientes para esse remendo –, mas, diferentemente dos nossos amigos, esse
carinha aprendeu com a mãe que não deve falar com estranhos.
Ou com a azeitona
na barriga da Branca de Neve que a roupa mal consegue disfarçar. Aliás, esse
foi o motivo de a Sra. Charming ter retornado mais cedo de sua viagem ao
inferno: esconder a nova gravidez de Ginnifer Goodwin. Porque o roteiro da
série estava dando tão pouco que fazer ao casal Charming, que os atores, que
são casados também na vida real, começaram a fazer um filho por temporada; mas
como na série eles não dão conta nem do bebê que já têm, os roteiristas acharam
por bem só alargar as roupas da Branca de Neve e deixar isso pra lá.
E como problema
pequeno é bobagem, logo aparece um guarda para colocar nossos amigos numa cela
anti-magia, pois aparentemente, é assim que lidam com o desconhecido naquele
lugar: até descobrirem se os visitantes podem ou não ser uma ameaça, ficarão
trancados.
O interessante, é
que o receio do mandachuva do lugar é que eles possam ser aliados do Senhor das
Trevas.
Problema
resolvido, então, né gente?! É só explicar pro cara que vocês também não vão
muito com a cara do Crocodilo, e caso encerrado. Certo?
Errado!
Porque o Guardião
daquele lugar é mais precavido do que os cidadãos de Storybrooke, e precisa de
um pouco mais do que a palavra de quatro forasteiros para se convencer de que
realmente não são seus inimigos.
Felizmente, o
jardineiro é menos paranoico que o chefão, e decide ajudá-los a consertar a
varinha, contanto que eles o levem consigo para Storybrooke.
Parece que a
experiência de cinco temporadas enfrentando gente esquisita finalmente ligou o
desconfiômetro dessa galera; principalmente depois que o sujeitinho pede para
levar a varinha ao laboratório para consertá-la lá, pois, segundo ele, não pode
trazer a magia até eles sem que o Guardião perceba.
Assim sendo, eles
entregam a varinha ao maluquinho e torcem para que ele não a troque por Feijões
Mágicos no caminho.
Pensando bem, um
Feijão Mágico viria bem a calhar agora, já que eles servem precisamente para
abrir portais entre os mundos.
O carinha até cumpre
sua promessa, consertando a varinha com magia roubada do laboratório do
Guardião. O problema é que ele foi flagrado pelo Guarda Negro que prendeu os
intrusos, e este decide levar a questão ao chefe. E então temos uma revelação
bombástica:
Ao enfiar a poção
goela abaixo no Doutorzinho, descobrimos que ele e o Guardião são a mesma
pessoa!
Acontece que eles
são ninguém mais, ninguém menos do que Jekyll & Hyde, o Médico e o Monstro.
Primeiro, o vilão
fica puto por ter sido agredido.
Mas o plano do
coitado vem a calhar. Hyde vai permitir que Jekyll devolva a varinha restaurada
aos prisioneiros, para que todos ali possam pegar carona no portal para
Storybrooke. Porque aparentemente a cidade dos contos de fadas é um destino
turístico mais procurado que o Havaí!
Enquanto isso,
Emma e Regina procuram Henry em Nova York. E o lugar mais óbvio para começar, é
pelo apartamento de Neal, que até pouco tempo era ocupado por Robin Hood. O
garoto não está lá, mas esteve, e usou o computador que o pai deixara para trás
– não se sabe como o apartamento não foi invadido, e os objetos de valor
roubados – para pesquisar sobre uma biblioteca.
Só acho que o
Henry, sendo filho adotivo da Rainha Má, e biológico de uma caçadora de
recompensas, devia saber esconder melhor os seus rastros. Nunca ouviu falar em lan house, não, querido?
Mas não é bem um
livro que Henry está procurando. O que ele quer é descobrir um modo de destruir
a magia do Cristal. E como imagina que essa informação não estará na seção
infantil, ele se dirige diretamente à seção reservada, no subsolo da
biblioteca, onde encontra diversos exemplares de seu livro mágico de contos de
fadas, com histórias que ele não conhece – conveniente, não acham?
E é Violet quem
descobre o Graal. Literalmente: há uma taça idêntica ao Santo Graal numa
estante naquela seção da biblioteca, e ela se lembra de que foi o Graal quem
concedeu a magia ao Merlim; e também foi o Graal que ele transformou na
Excalibur. Se a mítica taça deu início à toda a magia, talvez aquele Graal
negro na prateleira, seu par, possa destruí-la.
Vejam o filho da
Salvadora, a cada temporada, um crime diferente: depois de dirigir sem
habilitação na Season Finale passada, agora ele virou trombadinha,
passando os quarenta dedos na relíquia da Biblioteca Municipal de Nova York.
Alguém precisa educar melhor esse moleque...
E a propósito,
ninguém explicou de onde surgiu essa nova taça agora. A primeira era,
supostamente, o cálice de Cristo, mas e essa aí, é o quê? O cálice de Judas?
Mas eles não vão
a lugar nenhum, pois são emboscados por Rumplestiltskin, que seguiu as mães do
menino para descobrir onde ele poderia ter se enfiado, e aproveitou que elas
não estavam por perto para colocar o casal adolescente para dormir, e afanar o
Cristal da mochila do neto.
Calma, Regina,
você não vai ser avó até a próxima Season Finale, prometo.
Ops, alerta de
Spoiler!
E nem adianta
tentar rastrear o Senhor das Trevas com o sangue do Henry, porque agora vocês
estão fora da área de cobertura da magia.
Rumple levou o
Cristal e a Caixa de Pandora, onde o corpo da Belle Adormecida está guardado a
um hotel de luxo, pois acredita que o poder do Cristal, combinado com todo o
poder que absorveu da cidade de Storybooke podem ajudá-lo a despertar sua
esposa – já que o pai dela se recusa a colaborar, e seu beijo de amor
verdadeiro está com a validade vencida.
Mas bem nesse
momento – muito convenientemente, aliás –, o Guardião sacode a varinha do
Aprendiz lá na Terra das Histórias Não Contadas para convocar um portal. Isso
provoca um terremoto em Nova York, e Rumple, imaginando que quem quer que tenha
aberto o portal está atrás do Cristal do Olimpo, agarra-o, determinado a matar
qualquer um que tente tocar nele. Ele só se dá conta tarde demais de que havia
outro bem precioso a ser protegido naquele quarto: a Caixa de Pandora, que
acaba sendo abduzida pelo portal com a Sra. Stiltskin dentro!
Enquanto aguarda
a visita de Rumplestiltskin, o Monstro volta a vestir a pele do Médico, liberta
os prisioneiros e os leva em um tour pela Terra das Histórias Não Contadas.
O portal aberto
no céu também foi visto por Henry e Violet, enquanto procuravam Rumplestiltskin
pelas ruas de Nova York. E como a Vovó avisou do desaparecimento dos heróis por
SMS, Regina achou rapidinho a reserva de Mr. Gold no hotel acima do qual o
portal se abriu, e correu para tirar satisfações.
Essa é a Regina
que eu conheço! E ela chega exatamente na hora do rango. O engraçado é que o
Senhor das Trevas ficou tão desesperado com o rapto de Belle, que nem se deu o
trabalho de comer o fígado do funcionário do serviço de quarto que trocou seu
espaguete à bolonhesa por bife com legumes. Afinal, a refeição era irrelevante,
contanto que a bandeja fosse de prata.
Claro que Rumple
percebe de cara que a ajuda que a Rainha Má lhe oferece é um embuste, mas como
está no desespero, acaba aceitando. Até porque, ele precisa de algo ligado a
pelo menos um dos heróis para um feitiço localizador – tipo o guardanapo usado
por Regina, irmã da Zelena. Afinal, se o portal que levou Belle foi aberto com
a varinha do Aprendiz, e os heróis foram arrastados por outro portal aberto com
ela, é bem provável que eles e Belle estejam no mesmo lugar agora.
O problema é que
bem na hora em que ele vai conjurar o feitiço, Henry aparece para arrancar a
magia do Cristal com o Graal Negro.
É de enlouquecer,
realmente, hein, Henry! Como é que vão resgatar os heróis perdidos agora?
Ao perceber a
burrada que fez, Henry tenta jogar a culpa de volta no Senhor das Trevas, pois
Storybrooke sobreviveu por vinte e oito anos sem magia, antes de Emma quebrar a
primeira Maldição, e pode sobreviver a mais alguns. Acontece que Rumple
realmente mentiu sobre essa emergência toda, para forçar as mães do garoto a
procurá-lo.
Mas saber que
parte de sua família está perdida em algum outro mundo, e agora sem meios para
voltar, pois talvez a magia da varinha do Aprendiz também estivesse conectada
ao Cristal destruído, acaba pesando na consciência de Henry, e ele vai até a
fonte dos desejos onde ele e Emma costumavam jogar moedas, quando viveram em
Nova York – na época em que Peter Pan tentou lançar a segunda maldição,
e Regina levou todos de volta a Tão, Tão Distante para evitar que fossem
atingidos, e transformou as memórias de Emma e Henry, apagando a questão do
abandono do menino, para que eles pudessem recomeçar a vida em Nova York, lá na terceira temporada.
Não sei se ele
esperava resolver tudo com um desejo, mas enquanto ele joga moedas na fonte,
Regina e Rumple procuram o Dragão – aquele mesmo que curou o câncer de
mentirinha da Tamara-Que-Os-Roteiristas-Não-Repitam-Aquele-Casal-Nojento.
Uma aparição, aliás, de muito mau gosto, num episódio em que o Henry decidiu
brincar de Greg Pamonhão, com aquela ideia de jerico de destruir a magia. Tive
ataques de pânico só de pensar que a história se repetiria.
Figurativamente,
quero dizer.
Desta vez, o
Dragão apareceu para revelar que, embora chamem o mundo real fora de
Storybrooke de Terra Sem Magia, ela está por toda parte. Só precisam acreditar.
Agora vejam a
influência dessa história num moleque chegado em cheirar pozinho mágico: é
saber que tem magia em Nova York, e Henry começa a jogar moedas na fonte dos
desejos, feito um desesperado, desejando o retorno de sua família.
Emma, Regina e
Rumplestiltskin reúnem todas as moedas que encontram nos bolsos e começam a
fazer pedidos à fonte também, mas embora Henry possua o coração do verdadeiro
crédulo, sua fé e de sua família não são suficientes para abrir um portal entre
os mundos.
Então Henry
começa a chamar a atenção de todo mundo, pedindo que as pessoas acreditem na
magia, como quando eram crianças, e distribui as moedas restantes para que elas
façam desejos à fonte.
E contra todas as
possibilidades, seu showzinho funciona. As pessoas começam a jogar moedas na
fonte, o Cristal começa a brilhar mais forte, e logo uma chuva de moedas começa
a cair sobre os heróis lá na Terra das Histórias Não Contadas. Sinal de que o
portal está se abrindo.
Finalmente, os
Charmings, Gancho e Zelena pegam carona no redemoinho que se forma lá na Terra
das Histórias Não Contadas, emergindo da fonte dos desejos lá em Nova York.
Claro que as
pessoas pensam que isso foi uma performance de um grupo de mágicos de rua, mas
o importante é que por um segundo todo mundo acreditou na magia, e os heróis
puderam reunir sua família mais uma vez.
Bem, mais ou
menos, pois o Rumple aproveitou a confusão da água esguichando da fonte, e se
jogou no portal antes que se fechasse, para ir tirar satisfações com Hyde
pessoalmente.
Acontece que o
Dr. Jekyll desenvolveu um soro para separar o bem e o mal de uma pessoa, pelas
costas de Hyde. Mas como vivia na mente dele, é claro que o Monstro estava
ciente do que ele andava aprontando, e só não interferiu pois também era de seu
interesse assinar a separação de corpos, e poder circular por aí, livre da
influência do Doutorzinho.
Essa
transformação aconteceu ainda diante dos olhos dos heróis, antes de Henry
conseguir convocar o portal para trazê-los de volta. O Dr. Jekyll partiu com
nossos heróis para o mundo real, e Hyde fez um acordo com o Senhor das Trevas
para voltar com ele para Storybrooke, e continuar infernizando a vida do
coitado do médico, em troca de ajuda para despertar Belle.
Mas o Doutor não
era o único com problemas para lidar com seu lado malvado naquele episódio.
Regina teve outra crise existencial depois da morte de Robin, que ela
interpretou como parte do carma que carrega por ter sido por tanto tempo a
Rainha Má; principalmente depois de ver o Capitão Gancho retornar dos mortos,
pois não acredita que ele fosse mais merecedor de uma segunda chance do que
Robin Hood.
Durante toda essa
jornada por Nova York para tentar salvar o dia, nossa Rainha tentou provar que
consegue manter seu lado ruim sob controle, mas a verdade é que ela adoraria
ver a Rainha Má emergir das sombras, e poder jogar umas bolas de fogo em alguém
para extravasar suas frustrações; mas também sabe que se fizer isso, jamais
expurgará todo o carma da malvada de sua vida, e ainda perderá a família que
conquistou ao longo dos anos.
Então Branca de
Neve apresenta uma solução: uma dose do soro que separou Jekyll e Hyde lá na
Terra das Histórias Não Contadas. Com ele, Regina pode finalmente expulsar de
si a Rainha Má, e exterminá-la para sempre.
É comovente ver o
quanto os laços entre essas três mulheres, Regina, Emma e Branca de Neve se
aprofundaram ao longo dessas cinco temporadas; como uma inimiga mortal se
tornou parte fundamental daquela família estranha. Eu concordo com a opinião
geral de que o que fortalece Once Upon a Time não é o roteiro, nem os contos de
fadas, mas seus personagens e a trajetória que os trouxe até aqui.
Branca de Neve
injeta o soro em Regina, e Emma fica a postos para colocar a corrente
anti-magia conjurada do nada na Rainha Má, para que Regina possa esmagar o
coração negro da megera, e exterminar suas Trevas para sempre.
E foi assim que a
Rainha Má virou cinzas, deixando somente as correntes caídas no chão, ao ser
carregada pelo vento.
Tudo resolvido,
nossos heróis podem finalmente voltar para Storybrooke. Nossa – agora
definitivamente – ex Rainha Má se sente livre sem seu lado sombrio. E está
pronta para libertar a magia do cálice amaldiçoado; pois com a Rainha Má
destruída, e Rumple desaparecido, o uso indevido da magia se tornou uma
preocupação desnecessária.
Ao menos, até
eles descobrirem que o Senhor das Trevas está de volta à Storybrooke, e trouxe
vários amiguinhos da Terra das Histórias Não Contadas.
Essa ameaça de
Hyde nem é o grande problema a ser enfrentado na próxima temporada. Regina
ainda não sabe, mas algo pior está a caminho, pois as cinzas da Rainha Má
continuaram soltas em Nova York, e foram remontar a megera lá na loja do
Dragão.
E para atestar
que não está nesse mundo só de passagem, nem com humor para brincadeiras, a
Rainha Má arranca o coração do Dragão, e o encara com aquele orgulho soberbo
que só ela sabe expressar.
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