Por Talita
Vasconcelos
Foi
numa festa, sem gelo nem cuba-libre; e na vitrola também não tocava Whisky a Go-go. Na verdade, nem mesmo
era uma vitrola, mas uma moderna pick-up, onde o DJ mixava clássicos do rock
dos anos 1990. Ele estava sentado
junto ao balcão, saboreando devagar o segundo scotch da noite, enquanto a
observava na pista de dança. Ela não
parecia notar os olhares que atraía. Estava à vontade, desenvolta, balançando o
corpo numa cadência que parecia interagir diretamente com a corrente sanguínea
daquele rapaz, que não desgrudava os olhos dela um instante sequer,
deliciando-se com cada movimento do tecido vermelho deslizando sobre a pele
dela conforme se movia, e sem perder nenhuma nuance daquela dança sinuosa que as
luzes giratórias e coloridas da boate provocavam sobre ela.
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