A
Escolha é o livro que encerra a trilogia inicial do romance distópico A Seleção, uma história tão inesperadamente bela quanto realista.
A ESCOLHA (A SELEÇÃO #3)Título Original: The OneAutora: Kiera CassEditora: SeguintePáginas: 352Gênero: Distopia
Sinopse:Quando foi sorteada para participar da Seleção, America não imaginava que chegaria tão perto da coroa - nem do coração do príncipe Maxon. Com o fim do concurso cada vez mais próximo, e as ameaças rebeldes ao palácio ainda mais devastadoras, ela se dá conta de tudo o que está em risco e do quanto precisará lutar para alcançar o futuro que deseja.America já fez sua escolha, mas ainda há muitas outras em jogo... Aspen, seu antigo namorado, terá de encarar um futuro longe dela. E Maxon precisa ter certeza dos sentimentos da garota antes de tomar a grande decisão, ou acabará escolhendo outra concorrente.EEEEE ❤
Por
mais que se possa criticar a ideia da autora de colocar um monte de garotas no
palácio para disputar o coração de um Príncipe – como uma espécie de harém
moderno –, é preciso tirar o chapéu para ela em muitos outros aspectos. E mesmo
nesse. Apesar de criar um harém para o Príncipe Maxon, numa década em que a
literatura mundial abandona de vez os preconceitos, Kiera Cass não caiu na
tentação de transformar A Seleção numa novela erótica. Pelo contrário, explorou
mais ou menos a mesma ideia de celibato que tanto irritou alguns leitores da
saga Crepúsculo, o que na minha opinião é um ponto muito positivo. Afinal, quem
disse que para escrever um bom romance é preciso vulgarizar? Da mesma forma
como existe um público ávido por histórias mais ousadas, é preciso lembrar
também do público que prefere romances mais pudicos. Há espaço para todo mundo
nas prateleiras das livrarias.
Outro
ponto que é importante ressaltar, é que A Seleção parece uma espécie de
alegoria da história política contemporânea. Embora a fictícia Illéa seja um
país monárquico, é possível identificar elementos políticos de diversos países
republicanos em sua história: os golpes, as mentiras, as intrigas. A família
real de Illéa confiscou os livros de História de seu povo, permitindo que eles
somente aprendessem uma mínima parte de seu passado histórico, para esconder os
golpes e as intrigas que os levaram ao poder, do mesmo modo como por vezes os
governos de diversos países, incluindo o Brasil, manipula as notícias que são
veiculadas na imprensa, para evitar que o povo tenha acesso a informações
completas, e muitas vezes evitar que o povo conheça a verdade. Não é preciso
explanar muito; a zorra em nossa política exemplifica isso perfeitamente. Veja
como às vezes certas notícias piscam na mídia, principalmente em jornais
impressos, para em seguida desaparecer de maneira inconclusiva, como se nunca
tivessem acontecido, muitas vezes sem que ao menos passem pelo Jornal Nacional.
Eram falsas? Nem sempre. Mas não dá para comparar o alcance de mídia de um
jornal impresso com o do maior telejornal do país. O caso é abafado, e o povo
rapidamente esquece o assunto. O nome disso é alienação.
O
mesmo está acontecendo em Illéa, com a proibição dos livros de História nas
escolas do país. Sinal de que alguém tem muita coisa a esconder.
As
diferenças nos ataques dos rebeldes: os do norte que se parecem com
manifestantes pacíficos, que fazem muito barulho, sem machucar ninguém,
comparado a violência implacável dos sulistas, que se assemelham aos
terroristas do Estado Islâmico... Percebem as alegorias presentes na história?
Kiera
Cass foi sucinta ao descrever os horrores de uma sociedade totalitária, típica
das distopias, mas certeira em criar uma situação política que em muito se
assemelha às notícias que infelizmente vemos todos os dias nos jornais. Illéa é
o Brasil, os Estados Unidos e a Europa. É o Japão, é a Rússia, é a Síria. Illéa
é o mundo. Infelizmente, o nosso mundo contemporâneo.
Para
Illéa, havia um caminho claro para que as coisas começassem a mudar para
melhor. Oxalá pudéssemos enxergar também um futuro melhor para a nossa nação...
Mas
vamos deixar a análise política da história para quem curte o assunto e voltar
nossa atenção à história de amor de conto de fadas, que afinal é o foco
principal do livro. Embora o final da trilogia fosse óbvio, confesso que não
estava preparada para todas as emoções que nos levaram a ele.
Porque,
enquanto o rei afiava suas garras para lutar contra a maior ameaça ao seu
reinado – a garota descartável que acabou por conquistar o coração do Príncipe,
e de quebra ainda se tornou a favorita do povo, e até mesmo a possível bandeira
de paz para acalmar os rebeldes –, as garotas da Elite foram lentamente
encontrando um denominador comum. Diante de uma derrota iminente, algumas das
restantes começaram a repensar seus planos de vida, e decidir a quem apoiar na
reta final da Seleção.
Os
objetivos dos rebeldes ficam mais claros, e as negociações de paz são cada vez
mais favoráveis, mas também colocam alguns de nossos personagens favoritos em
situações de extremo perigo.
Verdades
são reveladas em momentos inapropriados; segredos são expostos da pior maneira
possível, conduzindo o Príncipe Maxon e o final da Seleção em uma direção inesperada.
Uma
impensável aliança é intermediada pela candidata mais odiada do rei, e os
rebeldes se armam para um combate decisivo, que apontará o destino de Illéa.
A
Escolha não é apenas o encerramento de uma história de amor ou de um conto de
fadas; é o desenho em nuances realistas e sensíveis de um conflito político e
social que clama por uma resolução. A direção já foi apontada, o futuro melhor
da fictícia nação está nas mãos e no reinado de Maxon, mas para alcançar esse
futuro, é necessário que muitos laços sejam cortados e que muitas mudanças
aconteçam. Por mais doloroso que seja o caminho, ao menos agora o povo sabe que
Illéa avança para um futuro melhor, nas mãos de um governante justo, leal, e
que verdadeiramente compreende e está disposto a lutar por seu povo.
Illéa
não poderia estar em melhores mãos. O coração do Príncipe também não. E tenho
certeza de que a coroa não serviria tão bem a nenhuma das outras garotas da
Seleção.
Se você não gosta de spoiler,
NÃO LEIA o único P.S. desta resenha!
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P.S.:
Querida Celeste, por mais que eu tenha passado os dois primeiros volumes
dessa série te achando uma vaca, quando
você finalmente mostrou sua verdadeira personalidade, foi o suficiente para me
fazer torcer pela sua felicidade. Por sua causa jamais perdoarei os rebeldes
sulistas. Nunca pensei que, depois de ter suportado o suplício de Marlee, as
revelações sobre o rei e todas as discórdias e percalços de Maxon e America, a
cena mais dolorosa da série fosse ser sua. Lágrimas infinitas, querida diva e
minha eterna favorita da Elite – depois de America, é claro.
Ola flor tudo bem para começar estou retribuindo sua visita ao blog mundo da veeh https://mundodaveeh.wordpress.com/.
ResponderExcluirE estou seguindo vc em suas redes sociais vim aqui para prestigia-la e dizer pra vc que esta de parabens com seu blog ,quando entrei aqui logo de cara ja fiquei super encantada com seu mundinho pq realmente é muito lindo mesmo .Cheio de encantos e magias lindo .Eu sou louca por livros tb sou mais uma apaixonada por eles ,e venho te dizer que estarei voltando mais vezes ao seu blog...um bj e parabens e muito sucesso pra vc lindo .
Obrigada, flor! Fico muito feliz que tenha gostado do blog *-*
ExcluirPaixão por livros é um vício delicioso de se compartilhar, rs
Muito sucesso para você também!
Beijos