Não
há como resistir ao charme de um bom romance de época... O Duque e Eu, primeiro
volume da série Os Bridgertons, de Julia Quinn é um desses livros que, depois
de ler a primeira página, torna-se impossível não terminar.
O DUQUE E EU (OS BRIDGERTONS #1)Título Original: The Duke and IAutora: Julia QuinnEditora: ArqueiroPáginas: 288Gênero: Romance
Sinopse:
Simon Basset, o irresistível duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de seis anos viajando pelo mundo. Rico, bonito e solteiro, ele é um prato cheio para as mães da alta sociedade, que só pensam em arrumar um bom partido para suas filhas. Simon, porém, tem o firme propósito de nunca se casar. Assim, para se livrar das garras dessas mulheres, precisa de um plano infalível. É quando entra em cena Daphne Bridgerton, a irmã mais nova de seu melhor amigo.Apesar de espirituosa e dona de uma personalidade marcante, todos os homens que se interessam por ela são velhos demais, pouco inteligentes ou destituídos de qualquer tipo de charme. E os que têm potencial para ser bons maridos só a veem como uma boa amiga. A ideia de Simon é fingir que a corteja. Dessa forma, de uma tacada só, ele conseguirá afastar as jovens obcecadas por um marido e atrairá vários pretendentes para Daphne. Afinal, se um duque está interessado nela, a jovem deve ter mais atrativos do que aparenta.Mas, à medida que a farsa dos dois se desenrola, o sorriso malicioso e os olhos cheios de desejo de Simon tornam cada vez mais difícil para Daphne lembrar que tudo não passa de fingimento. Agora ela precisa fazer o impossível para não se apaixonar por esse conquistador inveterado que tem aversão a tudo o que ela mais quer na vida.EEEEE
Daphne
é a quarta dos oito filhos de Violet Bridgerton, que, seguindo uma tradição de
família, nomeou os filhos em ordem alfabética: Anthony, Benedict, Colin,
Daphne, Eloise, Francesca, Gregory e Hyacinth. E é curioso que a autora tenha
escolhido começar sua série de livros pela quarta herdeira dos Bridgertons – a
mais velha dentre as mulheres. O natural, seria começar pelo filho mais velho
de Violet, Anthony, e prosseguir em sequência. Mas, na vida também não há
regras a esse respeito; nem sempre os irmãos mais velhos encontram sua metade
da laranja antes dos caçulas, não é mesmo?
Bem,
Daphne, como toda mocinha do século 19, sonha em se casar e ter filhos, mas
considera muito enfadonho ter que comparecer aos inúmeros bailes que sua mãe a
obriga a frequentar, para que possa conquistar alguns pretendentes. Sobretudo
porque ela já percebeu que os homens solteiros que ela conhece somente a veem
como amiga; e já faz tempo que não aparece nenhum novo nome em seu círculo
social.
Daphne
tem um único pretendente até onde se sabe, Nigel Berbrooke, mas ela não está
interessada nele, apesar de sua insistência. Aliás, foi precisamente numa noite
em que ela tentava se livrar desse cidadão inconveniente – com toda a cortesia
que a boa educação exigia na época –, que ela conheceu o homem que mudaria sua
vida.
Simon
Basset é o novo Duque de Hastings, mas sua fama entre a sociedade de Londres
não é das melhores: merecidamente ou não, Simon é conhecido como libertino. Ele
conhece Daphne num dos corredores da mansão de Lady Danbury, quando ela tentava
dar um passa-fora em Nigel, que declarava seu amor mais ou menos pela milésima
vez, caindo de bêbado. Simon ajudou-a a se livrar do sujeito, e os dois
imediatamente se tornaram bons amigos.
A
princípio, nenhum dos dois tinha intenção de se relacionar um com o outro.
Simon era amigo de longa data de Anthony Bridgerton, irmão mais velho de
Daphne, por isso ela estava bem ciente de sua má reputação. E o novo Duque de
Hastings também não tinha qualquer intenção de se casar, pois ainda guardava
muita raiva de seu pai, que o desprezou a vida inteira porque ele teve um
probleminha de fala na infância – problema há muito superado –, e decidiu que
jamais conceberia aquilo que seu pai mais desejava: um herdeiro. Ele estava
determinado a ser o último Duque de Hastings – já que todos os primos de seu
pai só tiveram filhas, e portanto não poderiam herdar o título.
Mas,
como um Duque solteiro nunca passa despercebido numa festa, e Simon gostava de
se divertir, ele e Daphne desenvolveram um plano que poderia favorecer os
interesses de ambos. Se as pessoas pensassem que Simon a estava cortejando,
Daphne logo deixaria de ser vista como “amiga”, e passaria a ser admirada com
mais atenção pelos outros solteiros de Londres – porque é um fato
universalmente conhecido que o ser humano tem uma tendência doentia a sempre
desejar aquilo que não pode ter. Então, a partir do momento em que ela não
estivesse mais disponível, as atenções se voltariam para ela, e ela teria a
oportunidade de escolher um marido entre os pretendentes que aparecessem,
desfazer o suposto compromisso com Simon, e alcançar seu objetivo. E Simon
poderia continuar frequentando os bailes da sociedade tranquilamente, sem se
tornar alvo das mães casamenteiras, uma vez que todos acreditassem que ele já
tinha feito sua escolha.
A
princípio, o plano parecia estar funcionando: assim que começou a desfilar de
braços dados com o Duque, inúmeros homens começaram a reparar que a amiga com
quem eles costumavam conversar amenidades era uma mulher atraente, e passaram a
visitá-la com mais frequência, enchendo sua casa de flores frescas. E Simon também
estava satisfeito por não ter mais que inventar desculpas para se esquivar das
inúmeras moças solteiras que as mães tentavam lhe apresentar.
O
único problema com esse plano, é que nenhum dos pretendentes de Daphne prendia
tanto sua atenção, nem a divertia tanto quanto o Duque; e Simon começou a ver
seu plano de levar o ducado de Hastings consigo para o túmulo ameaçado por uma
inesperada paixão pela irmã de seu melhor amigo.
Não
procure originalidade, ou um romance com desdobramentos completamente inesperados.
O Duque e Eu é uma história clichê, e
apesar de o termo sempre soar pejorativo, temos que dar a ele o devido
respeito, porque neste mundo, não há nada mais encantador do que o clichê. Sem falar que a história é muito
bem escrita e bem amarrada.
De
minha parte, só achei duas coisas um pouco estranhas: primeiro, de onde diabos
veio a tal fama de libertino de Simon? Porque, com exceção de Daphne, ele nunca
pareceu interessado em nenhuma outra mulher. E porque Daphne tinha tanta
dificuldade em conseguir um pretendente, se não tinha nenhuma outra beldade
solteira na cidade – pelo menos, nenhuma que tenha sido mencionada no livro.
Suas únicas concorrentes mencionadas foram as irmãs Featherington, Philipa,
Penélope e Prudence, que não foram descritas com muita generosidade – uma
delas, inclusive, foi apontada como sendo burra –, e cuja mãe fazia lembrar a
Sra. Bennett de Orgulho & Preconceito; por aí se tem uma ideia do tipo de
sogra inconveniente que qualquer homem que se interessasse pelas moçoilas levaria
na bagagem...
Enfim...
Tirando esses dois detalhezinhos, a história é encantadora.
Ah!
E ainda deixa uma curiosidade no ar: afinal, quem é a misteriosa autora das
Crônicas da Sociedade de Lady Whistledown, um periódico sensacionalista, que
tem como única função manter as pessoas informadas sobre as últimas fofocas da
sociedade de Londres? Um mistério para estimular o leitor a acompanhar os
volumes seguintes desta coleção.
Porque,
afinal, a curiosidade não é um pecado; mas pode ser o tempero de uma boa história...
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