O
desafio de junho parecia ser o mais fácil de todos: escolher uma obra inédita
para mim de um autor querido. Pois é, parecia...
Mas
vejam o problema: como escolher um dentre tantos autores que eu amo?
Decidi
ser criteriosa. Não queria repetir autores de desafios passados, mas queria
algo que dificilmente seria resenhado este mês por outros blogueiros que estão
seguindo o desafio.
Foi
então que me caiu às mãos este livro (curtinho, na verdade), de um dos meus
autores favoritos, e que eu francamente não conhecia.
Eu
sou fã assumida dos autores clássicos – especialmente aqueles que viveram no
século XIX; não sei se aquele século realmente foi de boa mão para os
escritores, mas as melhores histórias que eu conheço foram escritas nesse
período, e eu definitivamente não acredito em coincidências –, dentre os quais
posso citar Arthur Conan Doyle (o pai de Sherlock Holmes), Oscar Wilde, Edgar
Allan Poe, Robert Louis Stevenson, entre outros. E embora eu tenha citado
uma maioria de autores britânicos nessa lista, há um autor francês deste período (membro de outra
longa lista de autores franceses) que eu admiro em duas gerações: Alexandre
Dumas.
Digo
duas gerações porque Alexandre Dumas PAI foi o autor de Os Três Mosqueteiros, O Conde
de Monte Cristo, Os Irmãos Corsos,
As Aventuras de Robin Hood, e muitos
outros livros que eu adoro; e Alexandre Dumas FILHO foi o autor do maravilhoso A Dama das Camélias (para citar apenas a
referência mais famosa).
Então,
enquanto procurava uma leitura para o desafio deste mês, tive um encontro
sombrio com uma certa “Dama Pálida”.
Alexandre
Dumas PAI escreveu essa obra em 1849. Na verdade, não é bem um livro, mas um
conto sobrenatural, não tem nem 40 páginas, portanto é uma leitura rápida, mas
tão prazerosa quanto os grandes romances do autor.
A Dama Pálida conta a história de Edvige, uma jovem polonesa de sangue nobre, que perdeu toda a sua família na guerra contra a Rússia: primeiro os dois irmãos, e partiu quando a morte do pai batia às portas de seu castelo. Edvige foi enviada, então, para pedir abrigo em um monastério em meio aos Montes Cárpatos, mas no meio do caminho, sua comitiva foi assaltada por uma corja de bandidos.
Defendida
por um jovem príncipe dos Cárpatos, Edvige foi levada ao seu castelo, para
viver com sua estranha família: a mãe viúva, Smeranda, e os dois irmãos,
Gregoriska, o mais velho, seu defensor, e Kostaki, o mais novo, seu algoz.
Num
clima que parece preceder a história contemporânea de The Vampire Diaries, Edvige tem seu amor disputado pelos dois
irmãos, sem saber que sobre a família deles paira uma horrível maldição.
De
um lado, o irmão bom, cristão, que facilmente conquista o coração de Edvige; do
outro, o irmão maldito, em quem a maldição do vampiro se manifesta para
assombrar as noites de Edvige.
Uma
leitura rápida, porém prazerosa. Um clássico de poucas palavras, sem rodeios.
Um romance onde pureza, maldição e redenção se confrontam diante de um desfecho
impensável.
Com
a assinatura daquele que já nos fez penetrar – na leitura – dos muros do
castelo do Rei de França ao cárcere; da corte extravagante de Paris do século
XVII às florestas de Sherwood; e agora, o berço dos vampiros.
Rápida,
sim. Desagradável, jamais!
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