A Vida Imita [Assustadoramente] a Arte

em segunda-feira, 29 de julho de 2013


Era o mês de abril. Fazia frio no hemisfério norte, e um luxuoso transatlântico rasgava o oceano a toda velocidade: o que em sua magnitude significava 25 nós. Era o maior navio de passageiros já construído, e levava mais de duas mil pessoas entre passageiros e tripulação.


Teria sido uma viagem perfeita, não fosse a colisão com o iceberg numa noite fria e nevoenta, que levou o imponente e supostamente invulnerável transatlântico a sofrer um terrível naufrágio.


Apesar das semelhanças com a catástrofe real, eu estou sintetizando um romance de ficção.


O romance Futilidade ou O Naufrágio de Titan foi escrito pelo americano Morgan Robertson, e publicado pela primeira vez em 1898.


Quatorze anos APÓS a publicação deste romance, na noite de 14 de abril de 1912, o luxuoso transatlântico Titanic colidiu com um iceberg em sua viagem inaugural, afundando mais de duas horas depois, já na madrugada do dia 15. As coincidências acerca da tragédia do romance com a tragédia real foram tantas que o romance foi publicado novamente no mesmo ano, mesmo nunca tendo atingido grande sucesso – realmente, o nome do autor, bem como do livro nos diz pouco nos dias de hoje.


Admito que comecei a ler essa história levada principalmente pela curiosidade, depois de ler alguns relatos das coincidências. Aparentemente, o livro não foi traduzido para o português, nem publicado no Brasil, mas pode ser encontrado em espanhol (muchas gracias por eso!). Não é uma história particularmente emocionante, mas acabei por devorá-lo em poucas horas – não é um romance muito longo.


Há uma série de coincidências entre o romance e a tragédia real:


1 – O nome do navio: Titan (no romance) e RMS Titanic (real);

2 – Ambos naufragaram numa noite nevoenta do mês de Abril (o romance não cita o dia exato);

3 – Ambos eram considerados insubmergíveis, mas naufragaram pelo mesmo motivo: após a colisão com um iceberg;

4 – O local do desastre é o mesmo: perto de Terra Nova (ilha que pertence ao Canadá);

5 – Ambos navegavam a toda velocidade: no romance fica especificado que a velocidade do Titan era de 25 nós; os relatos do Titanic divergem, mas é sabido que sua velocidade máxima era próxima de 23 nós, e de acordo com algumas fontes ele podia chegar a 25;

6 – Ambos carregavam o número mínimo de botes estabelecido por lei, suficientes para salvar apenas uma pequena porcentagem das pessoas a bordo: o Titan possuía 24 botes, suficientes para quinhentos passageiros; o Titanic levava 16 botes e quatro desmontáveis – a capacidade é discutível, principalmente pelo fato de que alguns deles foram postos na água com um número muito menor de pessoas do que podia suportar, todavia acredita-se que, bem utilizados, os botes poderiam ter salvo 1.178 pessoas, mais ou menos metade das pessoas a bordo. Apenas 706 pessoas sobreviveram à tragédia;

7 – Em ambos os navios, o número de sobreviventes foi mínimo em comparação ao número de mortos – no romance o número exato também não é mencionado, mas só cita dois botes que teriam sido resgatados por diferentes navios, uma vez que o naufrágio foi quase imediato, e a maior parte dos botes foi destruída na colisão.

LEIA MAIS

Vai Um Pastelão Aí?

em quinta-feira, 25 de julho de 2013


Ok. O título foi um trocadilho proposital. Não vou falar de comida (óbvio!), mas de um gênero de comédia que nasceu nos primórdios da era cinematográfica e que faz sucesso até hoje – embora não haja atualmente um único nome que possa ser comparado aos pioneiros do gênero. (Sorry! Vou pegar emprestadas as palavras de Cazuza: meus heróis estão mortos).


A comédia pastelão era caracterizada por movimentos exagerados e farsa física, geralmente marcada por chutes, tapas e tombos.


Apesar de o termo ser usado pejorativamente, a interpretação da comédia pastelão é uma das mais difíceis para o ator, pois exige um sincronismo e cálculo de execução delicados para que os golpes e tombos não pareçam falsos.


Vamos citar alguns mestres desse gênero:

CHARLIE CHAPLIN

SAUDEM MR. CHAPLIN

LEIA MAIS

Essa Família É Muito Unida ♪♪♪

em terça-feira, 16 de julho de 2013


Vou decepcionar um pouquinho quem se empolgou pensando que eu iria falar sobre A Grande Família.
Depois de uma temporada cheia de altos e baixos – mais ou menos parecida com o gráfico da Seleção Brasileira nos últimos tempos –, Once Upon a Time apresentou uma Season Finale digna de aplausos.
Admito, esta série me conquistou. Tem uma porção de elementos que eu gosto: magia, aventura, romance com algumas gotas de limão – porque a coisa muito açucarada nesse tipo de história longa não funciona –, a ideia de montar um conto de cada vez enquanto se desenrola a história principal... É uma série que permite muitas surpresas e desdobramentos sem ficar presa a um único protagonista.
Eu discordo relativamente de quem diz que a primeira temporada foi melhor que a segunda. Eu diria que a primeira temporada tinha aquele cheirinho de roupa nova, que dá gosto de vestir, mas a história evoluiu bastante na segunda temporada. O que eu concordo plenamente é que houve episódios no melhor estilo “que marmota é essa?”.
Quem não está familiarizado com a história, confira o início desta aventura a partir daqui.
Ademais disto, vamos recapitular apenas os últimos acontecimentos:
Recentemente em Once Upon a Time, descobrimos que o pai de Henry é o filho do – a princípio, grande vilão da história – Rumplestiltskin (Mr. Gold, na versão amaldiçoada), o famoso Baelfire, que no mundo real atende pelo nome Neal Cassidy, e mora num pequeno apartamento em Nova York.
LEIA MAIS

Tamara Que Esse Enredo Não Se Repita!

em sexta-feira, 12 de julho de 2013

Era minha intenção dividir essa segunda temporada de Once Upon a Time em três postagens – a exemplo da primeira –, contando toda a trama das Encantadas em Tão, Tão Distante na primeira postagem, o estrago causado pela presença de Cora em Storybrooke e as tramoias do Clube Anti-magia na segunda, e a Season Finale na terceira. Mas aconteceu que a segunda parte ficou longa demais para um único post, e como eu não consegui fazer cortes suficientes, optei por dividir a temporada em quatro. Até faz sentido, já que nos contaram praticamente três histórias diferentes antes da Season Finale.
Por mim, a temporada podia ter terminado com a morte da Cora, e os roteiristas podiam ter criado um único episódio para conectar esse enredo à Season Finale – pois esta, sim, foi espetacular. Porque os quatro episódios entre A Filha do Moleiro e Segunda Estrela à Direita só serviram para testar a paciência de quem acompanha a série.
Na falta de criatividade, trouxeram à cidade dois vilõezinhos mequetrefes, que nada tinham a ver com qualquer conto de fadas, e não se preocuparam sequer em criar uma motivação plausível para as ações de um deles. Acho que os roteiristas pensaram: “nossos vilões são carismáticos demais. Precisamos criar alguém que o público possa odiar de verdade”. Nesse quesito, fizeram um ótimo trabalho, porque eu não quero ver esses dois de novo nem pintados de ouro! A não ser que tenham sido tocados pelo Midas... Porque aí não poderão mais encher o saco de ninguém.
Enfim, vamos direto à review...
Começamos essa terceira parte do ponto onde paramos.
LEIA MAIS

Com a Máscara e a Espada

em quarta-feira, 10 de julho de 2013


 
“Eu uso a máscara preta para esconder a minha identidade. I cover myself with the black cape that protects me from the enemy. Eu me cubro com a capa preta para me proteger do inimigo. And I clutch my sword to do justice.E eu agarro minha espada para fazer justiça”.

Talvez estas palavras não sejam tão conhecidas, já que aparentemente só foram mencionadas desta forma em uma das adaptações da história, mas quem leu atentamente deve ter ligado o nome à pessoa: este é, nada mais, nada menos, que o juramento de Zorro.
A história do herói mascarado da Califórnia todo mundo conhece: o fidalgo Don Diego de La Vega, fazendeiro letrado e pacífico, que secretamente luta pela justiça escondido atrás de uma máscara, deixando nas paredes, nas roupas e até na pele de seus inimigos sua famosa marca riscada com a ponta da espada: a letra Z!
O nome Zorro, em espanhol, significa raposa, ou em sentido figurado, homem astuto!
O personagem da ficção como nós conhecemos foi criado em 1919, pelo escritor norte-americano Johnston McCulley, porém, em seu conto original não existe a famosa marca “Z”.
Zorro já foi tema de diversas produções, desde séries de TV a filmes, sempre protagonizadas por belos atores:

- Douglas Fairbanks, no filme A Marca do Zorro, de 1920;

- Guy Williams, na série de TV Zorro, produzida pela Walt Disney entre 1957 e 1959;

- Antônio Banderas nos dois filmes mais recentes e conhecidos A Máscara do Zorro, de 1998 e A Lenda do Zorro, de 2005.

Para só mencionar os mais conhecidos...
Mas de todas as versões, a que eu mais gostei foi a novela colombiana produzida pela Telemundo “Zorro – A Espada e a Rosa”. Admito que novelas geralmente me atraem bem pouco, principalmente novelas latinas (quem assistiu uma já assistiu todas, porque muda o nome da protagonista – quando muda! –, mas a história é basicamente a mesma!), mas esta eu não me atrevi a perder um capítulo sequer quando foi exibida pela Record.
Nem sei porque lembrei dessa novela agora; ando meio obcecada com aventuras de capa e espada ultimamente, mas vamos a ela!
A trama foi vagamente baseada no romance de Isabel Allende “Zorro, O Começo da Lenda”, todavia muita coisa foi alterada, então é admissível dizer que uma nova lenda foi criada.
Não dá para resumir a novela inteira, mas vamos apresentar alguns personagens e contar um pouco desta aventura:


LEIA MAIS

Megeras Não Têm Coração, Mas Adoram Arrancar os dos Outros...

em terça-feira, 2 de julho de 2013

Dizem que a maçã nunca cai muito longe da árvore – principalmente se uma das duas estiver envenenada. No caso de Regina Mills, o tabu até poderia ter sido quebrado, se ela não tivesse sido manipulada pelo Senhor das Trevas para seguir os passos sombrios de sua mãe.
E Cora não é exatamente o tipo de mãe que deseja encaminhar a filha na moral e nos bons costumes. Cora sempre influenciou Regina a buscar o poder, a qualquer preço; mesmo que para isso precisasse matar alguns indesejáveis pelo caminho.
E se com a cidade em paz já está difícil para Regina provar que está disposta a se redimir para poder reconquistar o carinho de seu filho adotivo, avalia agora, com a Megera N°1 do Reino aprontando todas, determinada a voltar todo mundo contra ela?
Cora Mills desembarcou em Storybrooke nessa segunda temporada para transformar a vida de sua filha num inferno, e assim influenciá-la a concluir sua vingança e retomar o poder. Custe o que custar.
LEIA MAIS


Apoie o Blog Comprando Pelo Nosso Link




Topo