Alguém Viu Um Gatinho Por Aí?

em sábado, 23 de outubro de 2021

Não podemos deixar passar o mês de outubro sem uma review especial de Halloween.

Como não deu para fazer aquela maratona que nós estamos acostumados, trago para vocês um episódio de um desenho que está virando tradição aqui no blog: Beetlejuice!

Confira comigo uma festa de Halloween para lá de enfeitiçada!

 Nossa aventura começa com o gato de Lydia, cujo nome eu sinceramente esperava que fosse algo mais criativo do que Percy – afinal, Lydia gosta de coisas bizarras, mas deu ao seu mascotinho o nome do irmão rabugento do Rony Weasley; embora seu desenho tenha sido criado antes do Harry Potter. Sei lá, acho que ela podia ter escolhido um nome mais halloweenesco pro bichinho. Tipo Bóris Karloff... Ou Lazarento... Até a Sabrina, Aprendiz de Feiticeira chamou o gato de Salem. A Lydia podia ter tido um pouquinho mais de imaginação.

Vou chamar o bichano de Bóris Karloff, só porque eu posso.

Bóris Karloff estava fugindo da mãe de sua dona para não ser obrigado a comer as sobras do patê de atum que ela preparou para o Halloween. E acho que quando o gato foge do atum que a sua mãe oferece, é hora de prestar atenção na validade do produto. Ou de jogar fora o caderno de receitas da sua mãe...

Aliás, esse gato vive à beira de um ataque de nervos. Quando não é a mãe da Lydia querendo enchê-lo com gororobas, é o Beetlejuice, fazendo-o perder uma vida por episódio no susto!

Contem direitinho, porque ao longo desse episódio, ele ficará no saldo negativo.

Enfim...

Enquanto o coitado do felino foge para não servir de cobaia para as experiências culinárias de Délia Deetz, Lydia está empolgada porque é Halloween, e essa é – olha que surpresa – sua noite favorita no ano inteiro.

Mais que o natal.

Mais que o aniversário dela.

Porque Lydia é uma garota gótica, apaixonada pelo sobrenatural, que não dá a mínima para as festividades mais consumistas do ano.

E embora o Halloween seja uma data criada especialmente para fazer a molecada se empanturrar de doces para lotar os consultórios dos dentistas pelos próximos meses, ela também não está muito interessada nas guloseimas. Só o que ela quer é dar logo um perdido na mamusca, para poder comemorar essa data especial em Neitherworld.

Neitherworld, a cidade dos pés juntos, lá onde o melhor amigo de Lydia, Beetlejuice – não repitam esse nome três vezes, a menos que queiram que ele apareça aí na sua casa – vive. Ou melhor, não vive, porque ele é um fantasma. Enfim, Neitherworld é a cidade onde os defuntos e os monstros desse desenho moram.

E porque raios uma pré-adolescente como a Lydia vai querer se enfiar nesse fim de mundo assombrado em pleno Halloween?

Porque sim, oras!

Aliás, Beetlejuice também está empolgado com a data, voando por aí, fantasiado de Cabeça de Abóbora, transbordando luz por todos os orifícios. Literalmente.

E nesse momento descobrimos que as crianças americanas da cidade dos mortos também saem para pedir doces. Só nós é que ficamos de fora dessas tradições legais. E esse é um dos principais motivos porque eu nunca vou perdoar aquela cegonha lazarenta que me fez nascer no Brasil.

Se bem que as guloseimas que Beetlejuice preparou não são nada apetitosas: tem alcaçuz de minhocas, cobras carameladas com açúcar, e bombons de besouros.

Bom apetite, Beetlejuice, por mim eles são todos seus!

Ele também preparou brindes especiais para as cinquenta primeiras crianças sortudas que baterem à sua porta:

* Um quebra-queixo – nem pensem naquele doce feito com pedaços de coco e caramelo puxa-puxa que vocês conhecem; o quebra-queixo de Neitherworld é uma pokebola que dá um murro no queixo de quem tentar abri-la. Tipo aquelas caixas que você abre e pula um palhaço de mola. Ou o cofre-forte do Chapolin Colorado.

* Língua de gato – aparentemente, isso também é literal; falando nisso, Lydia, segura teu mascote por aí, antes que alguém arranque a língua dele;

* Balas meladas de geleia fedorenta;

* Bolas de algodão que, apenas por acaso, parecem bolas de mofo.

* E especialmente esse ano, tem gosma de mascar – nem eu escrevi errado, nem você leu errado: é gosma, mesmo; são chicletes sabor lama!

Ding Dong! Chegou o primeiro pestinha, pessoal!

Lydia vai atender a porta com uma cesta de doces, e dá de cara com um monstro... fantasiado de monstro.

Esse é o primeiro susto que Bóris Karloff levará neste Halloween. Sim, porque o gato teve a brilhante ideia de seguir Lydia até a terra dos pés juntos. Qualquer coisa para fugir da gororoba da Sra. Deetz. Até mesmo ficar cercado de monstrengos.

Em seguida chegam os inquilinos da casa assombrada de Beetlejuice: o esqueleto Jacques, fantasiado de Jason, e a... Diz a lenda que ela é uma aranha, mas eu sempre achei que ela se parecia mais com uma barata! Ou com os besouros que o Beetlejuice gosta de comer... Enfim, a inseta – ou aracnídea – Ginger, com uma discreta máscara veneziana.

E esse foi o susto número dois. E número dois é exatamente o que ele deixará de presente de Halloween na sala de Beetlejuice se continuar nesse ritmo.

Quem tiver nervos fracos, se prepare, porque as próximas fantasias são assustadoras:

Isso é muito feio, molecada! Esse fantasma pode ser cardíaco! Por gentileza, tirem as máscaras.

Sei não, acho que o Olho de Minhoca, o Frankenstein e o Cabeça de Cebola são menos assustadores que a criançada da vizinhança.

E o Bóris Karloff...

O bichinho até perdeu a cor, de tanto medo dessas criaturas adoráveis.

O pior é que na fuga, o gato pega a curva errada na chaminé da lareira, e cai direto na vassoura de uma bruxa, que, por acaso, estava à procura de um gato preto para acompanhá-la a uma festança que suas colegas de profissão estão oferecendo esta noite. Afinal de contas, é o dia delas, né!

Ao se dar conta do rapto do bichinho, Lydia convence Beetlejuice a ajudar a resgatá-lo. O problema é que só bruxas podem entrar na tal festa, de modo que terão que se disfarçar. O que não será necessariamente difícil, considerando que estão no Halloween, época em que se consegue encontrar fantasias até na venda da esquina.

Pois é... Ir a uma festa no covil das bruxas não é uma ideia atraente para o nosso fantasma favorito; ser atormentado por elas, por outro lado, o deixa tão animado quanto uma criança solta numa loja de brinquedos.

Assim, lá vão eles: Beetlejuice fantasiado de Madame Min, e Lydia... Juro que eu tentei relacioná-la a uma personagem conhecida, mas o caso é que a menina fez uma salada de bruxas e monstros que eu vou te contar:

Uma salada horripilante, mas admito, se eu fosse convidada para uma festa de Halloween, pensaria seriamente em copiar esse carro alegórico.

Assim trajados, nossos heróis montam num aspirador de pó (!) e voam para o castelo das bruxas, como se fosse a coisa mais natural do mundo.

Afinal, é Halloween!

Só quero lembrá-los de que vocês não estão indo a essa festa para se divertir! Vocês estão prestes a entrar num antro de perdição, frequentado pelas piores entidades do mundo sobrenatural para resgatar Bóris Karloff antes que ele vire churrasco!

Bem, as bruxas não são exatamente um exemplo de animação, mas...

E já que as megeras aparentemente não são de nada, Beetlejuice decide fazer um pequeno show de stand-up comedy para animar esse velório, enquanto Lydia se esgueira pelo castelo em busca de Bóris Karloff.

E agora que eu me lembrei que em outros especiais de Halloween, ela namorou o filho dele...

Do Bóris Karloff, quero dizer...

Acho que eu escolhi o nome certo para esse gato, no fim das contas. Combina com as sequências do desenho.

Certo, as piadas não são o forte do Beetle. Melhor colocar uma musiquinha aí para dar uma animada no pessoal.

E não é que ele conseguiu fazer as megeras balançarem o esqueleto?

Mas, como desgraça pouca é sempre bobagem, ainda mais no dia das bruxas, Beetlejuice logo desperta atenção de um admirador.

Porque o Beetlejuice é que nem o Paulo Gustavo – que Deus o tenha em bom lugar –, sempre faz mais sucesso quando está fantasiado de mulher!

E, sim, a piada no quadrinho é um trocadilho com a Madame Min, que eu suspeito ter servido como inspiração para a fantasia do Beetlejuice.

E os convidados não param de chegar. Há até um congestionamento lá fora.

Enquanto isso, os assanhamentos do Mago abusadinho para cima do Beetlejuice estão beirando o assédio. Lydia, agiliza aí! Encontra logo seu gato, senão Beetlejuice vai acabar arrumando um!

Quer dizer, o do Beetle está muito longe de ser gato, mas, vocês entenderam o contexto.

E como não está a fim dessa viadagem em pleno Halloween, Beetlejuice joga seu paquera na tigela de gororoba.

Enquanto o amigo faz o que pode para salvar o próprio rabo – interpretem como quiser –, Lydia está achando de um tudo nessa festa: verme gigante debaixo da mesa, carrapato na tigela de ponche, bicho-papão no armário de vassouras, dinossauro no estacionamento... tudo, menos o Bóris Karloff!

Bem, ela não o está encontrando, mas o gato estropiado de uma das bruxas já o achou, e está cheio de saliência para o lado dele.

Pelos meus cálculos, esse já é o susto número cinco do pobrezinho. Só restam quatro vidas pro Bóris gastar.

Atenção, moçada, tirem seus times de campo, porque reza a lenda que o Mick Jagger acaba de chegar para animar essa festa!

Foi mal aí, gente! Era Fake News!

Já que é assim, um brinde aos bons covers!

Que nada! Era uma pokebola, mesmo, que o Beetlejuice jogou enquanto o senhor procurava o Jagger.

A propósito, acho que eu vi um gatinho!

Elvirícia = Elvira + Mortícia.

Elvirícia Draculina da Silva Sauro! Um bom nome para a fantasia da Lydia.

E como agora a brincadeira está ficando boa, Beetlejuice decide voltar para a festa e fazer mais um número musical.

Ele só confundiu os feriados. Por aí a gente já imagina o teor alcoólico daquele ponche temperado com pokebola...

Inclusive, as megeras estão todas soltando a franga!

Essa farra toda está deixando Bóris Karloff ainda mais apavorado, embora Lydia garanta que ele não tem nada a temer naquele lugar, pois as bruxas podem ser o que for, mas elas gostam de gatos.

Bem, ele não precisa temer as bruxas, mas aquele gato estropiado continua cheio de más intenções para cima do Bóris.

Por falar nisso, a quantas andam a contagem? Se não me engano, o pobre gatinho já está para esgotar suas últimas vidas.

E ele não é o único brincando com o perigo, pois Beetlejuice acaba de voltar para os braços do Mago beijoqueiro.

Provavelmente a do banheiro, seu moço.

E junto com a peruca rosa do Beetlejuice, a casa também caiu! Porque essas bruxas aceitam tudo, menos tapeação. Então elas usam sua mágica para esfriar o facho do fantasma trapalhão. Mas isso não dura muito, pois quando elas decidem verificar a autenticidade de Lydia Elvirícia...

Inclusive foi por causa do gato que ela se enfiou de penetra na festa de vocês, madames.

E como ameaçam congelar Lydia também, só porque não conseguiram checar seu convite, a menina argumenta que sem Beetlejuice aquela festa teria sido um saco. Mas as megeras não estão nem aí! Elas apontam suas varinhas, se preparam, e...

Todo mundo esqueceu que o talento de Beetlejuice é se metamorfosear em qualquer que seja a tranqueira em que consiga pensar.

E também transformar qualquer um no que bem entender.

Pena que essa bruxaria seja fácil de reverter. O que força Beetlejuice a ser mais criativo. Ele transforma os donos da festa em elefantes, antes de se metamorfosear em queijo.

Todo mundo sabe como os elefantes se pelam de medo dos ratos.

Mas os gatos, não. Então, é lógico que o estropiado bota logo o Mickey Mouse para correr. Daí os elefantes voltam a perseguir Beetlejuice, que está prestes a se transformar em requeijão, e não vai ser por vontade própria.

Agora só tem um jeito:

O pior é que os bruxos gostaram da brincadeira!

Já que estão dando carta branca, Beetlejuice mostra a essas criaturas empoeiradas como se divertir numa verdadeira festa de Halloween. Sabe como é, as brincadeiras de sempre: pescar maçãs na tina d’água...

Espetar o rabo no dragão...

E, é claro, corrida de três pernas.

Na TV, faltam dez segundos para a meia-noite de Halloween, e os repórteres estão na praça da cidade dos mortos para acompanhar a queda da abóbora de Halloween.

Que é tipo a descida da bola de Ano Novo na Times Square. Nem tudo nesse desenho pode ser original...

Transformando o repórter do canal em bicho da maçã. Ou, no caso, bicho da abóbora.

Ok, gente, a festa está muito boa, mas já é muito tarde – de fato, já passa da meia-noite –, e Lydia não avisou aos pais que ia dormir fora. Não que eles fossem dar a mínima. O pai da menina vive dopado, e a mãe no mundo da lua. Se ela sumisse por uma semana, eles provavelmente não dariam por sua falta. Ou pensariam que ela foi à Disneylândia com o Polegar Vermelho.

Como eu ia dizendo, já é muito tarde, e o Bóris Karloff acha que está na hora de puxarem o carro. Ou melhor a vassoura. Melhor ainda, o aspirador de pó, que é muito mais rápido. Inclusive, ele mesmo foi buscar o veículo.

Beetlejuice até queria ficar mais um tempinho na farra, mas Bóris Karloff acha que já é hora de fantasma arruaceiro estar na cama.

E se olharem pela janela agora, verão a silhueta da Elvirícia diante da lua cheia, gargalhando e voando num aspirador de pó, com um gato preto e um fantasma encrenqueiro no compartimento de bagagem.

E juro que hoje eu não bebi!


Eu Sei o Que Vocês Leram Em Halloweens Passados!

Quem curtiu a review, e quiser conferir, há mais dois episódios de Beetlejuice aqui no blog:

Babá do Barulho | O Príncipe de Neitherworld

Quem quiser conferir outros desenhos e séries, é só acessar o marcador Halloween Animado aqui em baixo. Tem bastante coisa para você se divertir, tipo Scooby-Doo, Chaves, Chapolin, Supernatural e por aí vai...

Halloween Animado

 

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