Depois de um hiato
gigantesco de Once Upon a Time aqui no blog, voltamos com a conclusão da quarta
temporada.
Caso queiram
relembrar o que já tinha acontecido na série até esta altura, basta seguir
estes links:
De volta à review
de hoje, já falamos sobre a etapa Frozen, e chegou a hora de Storybrooke ser
invadida pelas “Rainhas da Escuridão”.
Entendam as aspas
em Rainhas da Escuridão como um sinal de ironia. Vou resumir as três vilãs para
vocês: Malévola poderia facilmente ser chamada de “Molévola”; Cruella é uma cadela
que late, mas não morde; e Úrsula não passa de um peixe fora d’água. No fim das
contas as três vilãs entraram e saíram dessa história sem fazer mal a uma
mosca! Provando que os roteiristas estão mais perdidos que a bússola do Jack
Sparrow nas mãos do Chapeleiro Maluco.
E aqui devo
confessar que parte do motivo de ter demorado tanto para preparar essa review é
que, de todas as temporadas e meias temporadas de Once Upon a Time até aqui,
esta foi a parte de que eu menos gostei – ao menos, até ver a sexta temporada.
Não cheguei a detestar, mas fiquei com a sensação de que as histórias podiam
ter sido melhor desenvolvidas.
De uma só vez, os
roteiristas decidiram queimar três vilãs importantes. Não que alguma delas
pudesse movimentar uma mid-season
sozinha – Malévola, talvez. Mas, conhecendo os roteiristas de OUAT como nós
conhecemos, já devíamos esperar que não fossem conseguir desenvolver as
histórias das três vilãs ao mesmo tempo. Também já era esperado que a maior
trama fosse dada à Malévola – e o melhor figurino, também, convenhamos.
Pessoalmente,
fiquei decepcionada com a passagem quase inexplorada da Cruella. Esperava muito
mais de uma vilã tão promissora. E principalmente, esperava que ela fosse atuar
ao lado de um Dálmata por algo mais que duas cenas!
Quanto à Úrsula,
nunca morri de amores por essa vilã – por esse conto de fadas, para falar a
verdade –, mas esperava que, pelo menos, sua participação fosse durar mais do
que quatro episódios! Embora o episódio dedicado a ela tenha sido, por muitas
razões, um dos melhores dessa parte da temporada – mesmo que algumas partes da
trama não façam muito sentido –, senti que ela deixou a história cedo demais.
Aliás, se eu
entendi bem, a premissa dessa temporada foi que uma a uma, as vilãs fossem
sendo precocemente descartadas, até que os mocinhos destruíssem todo o castelo
de cartas que Rumplestiltskin apenas tentara construir – antes mesmo do fim da
temporada.
Mas se essa mid-season teve algo de positivo foi o
fato de inverter um pouco os papéis, mostrando a escuridão que existe em certos
heróis – e toda a hipocrisia de um discurso moral que eles próprios quebraram
há muito tempo –, e a bondade e o amor que podem existir em alguns vilões.
Afinal, se há algo que eu ressaltei desde o princípio foi a ideia dos roteiristas
de trabalhar a dualidade dos personagens: nenhum herói é totalmente bom, e
nenhum vilão é cem por cento mau. É isso que constrói bons personagens, é o que
nos cativa e os humaniza. Regina está aí para provar; ela já esteve nos dois
lados da moeda, e é a prova viva de como a linha que separa o bem e o mal é
tênue.
Enfim, como o
barato é relembrar a história com todos os detalhes sórdidos, vamos a ela: