Outubro
chegou, e com ele, mais um especial de Halloween no nosso Admirável Mundo
Inventado.
Para
começar o nosso mês especial, eu cavei bem fundo desta vez, para resgatar uma
série muito querida, que já foi encerrada há um bom tempo.
Fundo
do Baú Pictures apresenta:
Exibida
no final dos anos 1990, a série – também conhecida no Brasil como Jovens Bruxas
– conta a história de três irmãs, Prudence – Prue, para os íntimos –, Piper e
Phoebe Halliwell, que descobrem, logo após a morte da avó que as criou, que
elas fazem parte de uma linhagem de bruxas muito poderosas. Mais que isso: o
nascimento delas foi profetizado séculos atrás, como as três feiticeiras mais
poderosas de todos os tempos, cuja magia unida seria praticamente invencível.
As Encantadas (Charmed One). Assim que Phoebe, a irmã caçula, descobriu o Livro
das Sombras guardado no sótão, e recitou o feitiço para libertar seus poderes,
as irmãs Halliwell passaram a enfrentar uma porção de ameaças sobrenaturais e a
lutar contra as forças do mal. Mais tarde, elas ainda descobrem a existência de
uma quarta irmã, que tornará o Poder das Três novamente completo após [ALERTA
DE SPOILER] a morte de Prue.
Eu não vou resenhar a série inteira – pelo menos, não agora –, mas separei um dos meus episódios favoritos para o especial de Halloween desse ano. Como esse episódio é da segunda temporada, para que ninguém fique perdido, vamos recapitular um pouquinho o início da série:
Charmed
conta a história de três irmãs: Prudence Halliwell, a Prue, é a irmã mais
velha. Forte e determinada, ela assumiu o papel de cuidar das irmãs mais novas
após a morte da mãe. Piper, a do meio, age como mediadora entre as duas irmãs.
E Phoebe, a caçula, é a rebelde sem causa, sempre disposta a contrariar as
irmãs pelo simples prazer que isso lhe traz. Eram todas muito novas quando a
mãe, Patty Halliwell morreu, sendo criadas pela avó, Penélope. Uma vez adultas,
cada uma segue seu caminho: Prue e Piper alugam seu próprio apartamento e
deixam a casa da avó, mais ou menos na mesma época em que Phoebe deixa a cidade
de São Francisco e se muda para Nova York. No princípio não fica claro, mas a
caçula segue uma pista para descobrir porque o pai as abandonou quando eram
muito pequenas, e nunca retornou após a morte da mãe.
As
três irmãs se reúnem novamente algum tempo depois, quando sua avó fica doente.
Piper e Prue retornam à mansão para cuidar dela, mas ela morre logo depois.
Phoebe vem para o funeral e acaba ficando na cidade, ao descobrir sem querer o
grande segredo da família: quando ela e Piper brincam com um tabuleiro Ouija –
uma placa que supostamente serve para se comunicar com espíritos –, a palavra sótão se manifesta no jogo. A porta do
sótão da mansão estava emperrada havia anos, e as irmãs nunca foram capazes de
abri-la. Tudo leva a crer que a avó tenha posto um feitiço, para que
permanecesse trancada até que as meninas estivessem prontas para aceitar o
legado da família.
Na
primeira noite na mansão, quando a palavra aparece no tabuleiro, Phoebe decide
tentar a sorte com a porta, que cede com facilidade aos seus esforços. Lá, ela
tem sua atenção voltada para uma arca próxima à janela, onde encontra um grande
livro, grosso e empoeirado, encadernado em couro verde, com uma triquetra
gravada na capa. O Livro das Sombras. Phoebe o abre, e recita os versos da
primeira página, sem saber que era um feitiço para libertar seus poderes.
Tomei
a liberdade de ajustar a tradução para fazer o feitiço rimar.
As
Halliwell são bruxas boas, mas a avó suprimira seus poderes quando eram
pequenas, para que tivessem uma vida normal. Penny pretendia restituir o poder
delas quando chegassem à idade adulta, e pudessem lidar com isso adequadamente,
mas sua morte a impediu de fazer a grande revelação, que acabou legada ao
“acaso”, ou a uma manifestação prévia do poder de premonição de Phoebe – que
pode ter movido psiquicamente o ponteiro do tabuleiro Ouija para revelar o
segredo –, ou uma manifestação espiritual da própria Penny, indicando onde
poderiam encontrar as respostas para suas perguntas.
Só
na metade da temporada as irmãs descobrem o real motivo que levou a avó a
suprimir seus poderes: protegê-las de um feiticeiro malvado chamado Nicholas,
que forçara sua mãe, Patty Halliwell a fazer um pacto, prometendo entregar os
poderes das filhas para ele, mas isso as mataria no processo. Nessa ocasião,
elas voltaram no tempo para tentar impedir que a mãe fizesse o pacto, mas
falharam miseravelmente. Precisaram usar um poder muito mais vulgar, bancando
as trombadinhas, para roubar o anel do bruxo que Patty abençoara, para que ela
pudesse desfazer o feitiço, e ainda dependeram de um feitiço de última hora
criado por sua avó para dar um fim no Zé Ruela.
Bem,
após descobrir o Livro no sótão, Phoebe compartilha sua descoberta com as
irmãs, sem que nenhuma delas acredite na bruxaria. Phoebe avança rapidamente na
leitura do livro e descobre que toda a sua família tinha dons, e que uma
profecia de sua antepassada, Melinda Warren, que morreu queimada na fogueira em
Salem, acusada de bruxaria, falava a respeito de três irmãs que nasceriam no
futuro, e que seriam as bruxas mais poderosas do mundo. Elas seriam conhecidas
como As Encantadas. Phoebe deduz imediatamente que elas são essas irmãs, mas
nem Prue nem Piper levam fé nessa história. Mesmo depois que começam a manifestar
seus poderes: Prue desenvolve quase imediatamente um poder de telecinese; Piper
o de “congelar o tempo”, especificamente quando está assustada; e Phoebe recebe
o dom da premonição. Naturalmente, todas elas demoram um tempo até se ajustar e
aprender a controlar esses novos dons.
O
caso é que a descoberta da magia veio num momento de transição para essas
irmãs. Além da morte da avó, Prue, que é especialista em autenticar obras de
arte, acabara de perder seu emprego no Museu local, e foi indicada para uma entrevista
numa casa de leilões chamada Bucklands. A princípio ela não acha que seja
qualificada para o trabalho, mas logo acaba provando não haver outra pessoa
mais qualificada na cidade. Sobretudo depois que ela salva o lugar da falência
várias vezes seguidas, e sempre em tempo recorde.
Piper
também acabara de conseguir um emprego num restaurante chamado Quake, mas as
coisas não saem como ela gostaria. A moça é chef de cozinha, extremamente
habilidosa e competente, mas o dono do restaurante prefere mantê-la como
gerente – uma vez que ela se desdobra em mil para dar conta de todo o trabalho
sozinha e sem se queixar –, do que no comando das panelas. No final da primeira
temporada, depois de ter engolido sapo atrás de sapo no Quake, ela decide tomar
uma atitude drástica, demitindo-se do restaurante, e investindo num negócio
próprio: uma boate chamada P3 – em referência ao Poder das Três, a magia
ultrapoderosa das irmãs Halliwell. Ainda não é o restaurante próprio com o qual
ela sonha, mas é um começo. Pelo menos, agora ela está no comando.
Phoebe é a que mais demora para se encontrar. Como o seu dom dispara inevitavelmente sempre que ela toca um objeto ligado a qualquer pessoa que esteja em apuros, e ela não consegue resistir ao chamado para salvá-las, a caçula acaba tendo grande dificuldade para manter um emprego. E olha que ela tenta! Só na primeira temporada, ela se arriscou como garçonete no Quake, vidente no lobby de um hotel, recepcionista numa imobiliária e assistente de Prue na casa de leilões. Mas nada deu certo. Só na segunda temporada, depois de ter passado um episódio como assistente do Cupido (não perguntem), ela descobriu que tinha um talento excepcional para aconselhar as pessoas, e decidiu retomar a faculdade de psicologia.
Bem,
resumir toda a trama da primeira temporada em poucas palavras seria desgastante
e desnecessário para a review de hoje – sobretudo porque a série seguiu durante
algum tempo o formato do monstro da semana, apresentando uma nova entidade para
as irmãs destruírem por episódio, e muitas dessas histórias são francamente
descartáveis. O essencial a se saber é que, paralelamente à fantasia das
bruxas, Charmed trata do relacionamento de três irmãs com personalidades muito
distintas, tendo que se ajustar na vida em todos os sentidos. Sua missão de
proteger os inocentes com seus dons dificulta que elas mantenham seus empregos
normalmente – porque, claro, às vezes é necessário largar tudo no meio do dia para
salvar a vida de alguém que está prestes a ser morto ou enfeitiçado –, e queira
ou não queira, guardar esse tipo de segredo não facilita em nada os
relacionamentos amorosos. Prue teve que encarar que o homem que ela amava não
era capaz de lidar com os perigos que ela enfrentava – e olha que ele era
policial –, preferindo ter uma vida normal ao lado de outra mulher – o que não
aconteceu, pois ele [ALERTA DE SPOILER] morreu no final da primeira temporada;
ironicamente, tentando salvar Prue de um demônio que estava se passando por
investigador da corregedoria. Piper se apaixonou pelo Anjo Guardião das
Halliwell, Leo Wyatt, mas esse romance é proibido pelos Anciãos. Depois de
alguns começos de namoro mal sucedidos – inclusive com um feiticeiro maligno
que tentou matá-la logo no primeiro episódio –, na segunda temporada, Piper se
envolveu com seu novo vizinho Dan Gordon – um pedaço de mau caminho que Jesus
do Céu! –, mas, embora estivesse feliz com ele, não conseguia tirar Leo da
cabeça. E Phoebe trocou de namorado mais do que de calcinha na primeira
temporada, deixando claro que, embora seja a mais fogosa das Halliwell, seu
coração está totalmente fechado para um relacionamento sério.
Essa
segunda temporada também marcou o início de uma grande evolução nos poderes
delas:
Phoebe
já consegue ver tanto o futuro quanto o passado, e até induzir as premonições
às vezes. Como seu poder é passivo, ela decidiu ter umas aulinhas de artes
marciais, e se transformar numa Pantera, para poder se defender dos monstros
malignos sem depender das irmãs. E mais recentemente, ela descobriu ter um
talento excepcional para criar novos feitiços, que já tiraram essas irmãs de
confusão algumas vezes nessa temporada.
E
Prue desenvolveu recentemente a projeção astral, ou seja, ela consegue
transportar-se para fora de seu corpo quando necessário embora ainda não tenha
total controle sobre esse poder.
A
única que não apresentou mudanças significativas na magia foi Piper, mas pelo
menos, ela a está controlando direitinho.
No
episódio de hoje, que é o 14° da segunda temporada, as irmãs Halliwell
descobrirão um episódio sombrio no passado de sua família, que pode afetar
irremediavelmente o destino de Phoebe.
Piper
e Prue estão dando uma festa em casa, aproveitando um raro momento de calmaria
em suas vidas. Prue acabara de se demitir da Casa de Leilões Bucklands, e de
romper seu breve namoro com Jack Sheridan, um leiloeiro da internet, que havia
sido contratado recentemente pela Bucklands, por seguir a filosofia do novo
chefe da casa: o que os clientes não sabem, os clientes não reclamam. Ou seja,
eles não tinham o menor escrúpulo em comercializar obras falsificadas, fazendo
os compradores pensarem que eram verdadeiras. Essa prática ia contra os princípios
de Prue, e por isso ela decidiu partir para outra, tanto na vida profissional,
quanto pessoal.
A
vida de Piper também passou por uma mudança recente. Como Leo é o Anjo Guardião
das Halliwell, e seu amor é proibido, ela decidira dar uma chance ao seu
vizinho totoso, Dan Gordon, e
descobrira que ele era o homem perfeito. O único inconveniente é que ela
continuava apaixonada pelo Leo. E nesse momento em particular, o relacionamento
até poderia encontrar uma brecha para florescer, pois Leo quebrara as regras
para curar Piper de uma doença tropical rara que a estava matando alguns
episódios atrás, e foi punido pelos Anciãos, que confiscaram temporariamente
suas asas e seus poderes.
Só
para constar: nenhum Anjo em Charmed jamais exibira as tais asas (que eu me
lembre), o que provavelmente significa que o termo não deve ser compreendido
literalmente.
Sendo
ele mortal – ao menos temporariamente –, é de se imaginar que isso possa causar
alguma preocupação na testa de Dan, que até já ligou o desconfiômetro, e
decidiu bater um papo muito camarada com Leo durante a festa, tentando
descobrir algo fora do lugar para afastá-lo de Piper.
Mas
não se enganem: Dan é um cara incrível, e não está nem com segundas intenções e
nem jogando sujo. Ele apenas quer garantir a segurança da Piper e de seu
namoro, pois já sacou que Leo tem algo a esconder. Ele só não sabe que esse
“algo” é a idade quase centenária e o atestado de óbito. Também não sabe que a
Piper já está ciente de tudo isso, e não dá a mínima.
O
caso é que Leo não se preocupou sequer em criar uma história plausível, e saiu
contando sua vida inteira para o rival: o nome de seu jogador de beisebol
favorito – que viveu o auge nos anos 1950, e já estava morto quando esse
episódio foi rodado –, que ele serviu o exército durante a guerra – só não
especificou qual –, e se esquivou de todas as outras perguntas mais pessoais.
Enquanto
a irmã do meio tentava administrar seu namorado e seu amado na sala, Phoebe
tentava memorizar todas as fobias para a prova do dia seguinte na faculdade,
mas, naturalmente, o barulho da festa estava atrapalhando. E como já era tarde
pra chuchu, e hora de criança estar na cama, ela desceu para pedir gentilmente
que suas irmãs acabassem com aquela arruaça para ela poder estudar na santa
paz.
Como
é por um bom motivo – Phoebe está finalmente tomando um rumo na vida, depois de
um temporada inteira de indecisão –, Piper e Prue começam a dispersar o
pessoal.
Eis
que a música recomeça, só que agora é o Jazz dos anos 1920 que está tocando.
Surpreendentemente,
não há ninguém na sala, e o rádio não está ligado. E vocês sabem o que
significa uma música sendo tocada pelo Homem Invisível numa série sobrenatural,
não é? É assombração, na certa!
De
repente, algo a agarra na curva do corredor, prensando-a na parede, abrindo sua
roupa e a deixando esbaforida. Piper e Prue ouvem o barulho quando ela derruba
um abajur e correm para socorrê-la, interrompendo o “ataque”. Como Leo e Dan
também vieram em seu socorro, Phoebe faz de conta que esteve sonâmbula, e se
assustou com uma barata, mas é claro que suas irmãs sabem que isso não é
verdade. Só depois que Dan vai embora – ressabiado porque Leo ficará para levar os copos de volta à P3 –, Phoebe
conta a verdade sobre ter sido atacada por uma força invisível.
Peraí,
Phoebe, que isso é informação demais. Volta a fita e explica isso direito.
Resumindo:
Phoebe foi seduzida e bolinada pelo Homem Invisível. Isso não é algo que a
gente vê todo dia.
As
irmãs aproveitam a presença de um anjo da guarda cumprindo suspensão na sala de
estar para verificar se ele faz alguma ideia do que pode ser isso, mas ele
nunca viu nada parecido. E como eles não têm nenhuma ideia do que seja, ou se
vai atacar de novo, as irmãs decidem ficar de olho e acompanhar Phoebe por todo
lado para protegê-la, caso a coisa tarada reapareça.
Essa
função de guarda-costas é delegada à Prue, que atualmente ocupa o posto da
Halliwell desocupada.
E
a preocupação das irmãs logo se mostrou justificada, pois no meio da prova,
Phoebe sentiu um aperto na garganta, que arrancou todo o seu ar, jogou-a no
chão e tentou estrangulá-la, assustando metade da classe de psicologia da
Universidade.
Prue
corre para socorrer Phoebe assim que ouve os gritos dentro do prédio,
interrompendo o ataque imediatamente. Agora a coisa ficou séria.
Prue
leva Phoebe para casa, e tentam consultar o Livro das Sombras em busca de uma
explicação para esse mistério, mas não encontram nada sobre uma entidade
invisível que ataca dessa maneira. Leo, então, faz uma sugestão inusitada, que
deveria ter ligado o desconfiômetro das irmãs: ele sugere que a resposta pode
estar na vida passada de Phoebe, e sugere que ela realize um feitiço do Livro
das Sombras, que lhe permitirá viajar no tempo e espiar sua encarnação
anterior.
Só
tem um detalhezinho, meninas: o feitiço só carimba um passaporte por vez,
então, Phoebe terá que viajar sozinha. Outro problema é que não há feitiço para
voltar, o que significa que essa pode ser uma viagem só de ida; ou, se Leo
estiver certo, Phoebe poderá voltar quando quiser.
Phoebe
recita o feitiço, e adormece na hora. Levando em conta que ela sorri enquanto
dorme, deve ter ido parar em algum lugar bem legal.
A
vida passada de Phoebe aconteceu nos anos 1920. Phoebe observa a si mesma – de
dentro de seu corpo no passado – entrando na Mansão Halliwell, que parece
incrivelmente movimentada naquele tempo, e repleta de empregados. Ao se olhar
num espelho na entrada, Phoebe vê que sua antiga vida era bem glamorosa.
E
essa não é sua única surpresa. Ao entrar na sala, ela encontra uma socialite,
com quem tem uma conversa interessante.
Ok,
essa mulher sabe que ela é uma bruxa. Será que Phoebe desembarcou numa
Convenção de Bruxas? Vamos aguardar para descobrir.
Sobre
esta cena:
Obs1: Em
sua vida passada, Piper viveu um prequel de sua vida atual como dona de boate,
comandando um estabelecimento conhecido como “speakeasy” na mansão da família. Nos anos 1920, o governo
americano implementou a Lei Seca, que proibia expressamente o consumo de álcool
em todo o território nacional, o que gerou muito transtorno, porque o pessoal
lá da terra do Tio Sam é chegado numa birita (né, não, Penny?!). Para
resolver esse problema, surgiram os speakeasy, bares clandestinos que ofereciam
bebida, música e diversão em locais “acima de qualquer suspeita”, tipo a Mansão
Halliwell. Mas aqui, pelo visto, elas levaram o termo “clandestinidade” até as
últimas consequências, oferecendo bebida, música, diversão e bruxaria aos frequentadores de sua casa.
Obs2: Naquela
vida, Piper era casada com Dan. Atenção, Leo: seu futuro depende de dar um pé
no passado dela, meu querido; porque esses dois têm história...
Obs3:
Naquela encarnação, Phoebe falando e um cachorro cagando eram a mesma coisa
para Piper. Já deu pra sacar que o relacionamento delas não ia muito bem das
pernas naquela altura.
Obs4:
As irmãs Halliwell foram primas na outra encarnação. E mesmo assim,
aparentemente, dividiam o mesmo teto. Daí em diante a coisa só piora...
Falando
em primas, Prue também está lá, toda glamorosa, tirando retratos dos fregueses,
pois em sua encarnação passada, Prue era um fotógrafa profissional
badaladíssima.
Tudo
indica que Prue, a fotógrafa era a simpatia em pessoa. Já Prue, a prima querida, não ia muito com a cara de
Phoebe. Seu humor muda claramente assim que nota a presença da prima caçula no
recinto.
Já
deu para sentir a hostilidade latente nessa família, né? Prue até tenta ter uma
conversa séria com a prima caçula, mas a moça tem coisas mais importantes para
fazer no momento.
Neste
momento, temos uma pequena amostra do motivo dessa Phoebe ser tão querida, quando ela vê a pequena
Christina Larson, filha do garçom, brincando de fazer previsões com sua bola de
cristal.
Ei!
Vá brigar com alguém do seu tamanho, sua bruxa! Ah, agora entendi porque suas
primas te amam...
Phoebe
tirou o doce da boca da criança só para abandonar a mesa de adivinhação em
seguida, porque achou algo mais interessante com quê se entreter. Um algo moreno, alto, lindo e com uma
pegada que eu vou te contar...
Como
eu faço para visitar essa encarnação da Phoebe, gente?
Ok,
momento periguetagem da review. Parei!
Eis
aí quem era o Gaspazinho tarado que tentou se aproveitar da Halliwell mais
promíscua na curva da cozinha no início do episódio. Após recuperar o fôlego,
Anton, o dono da pegada marcante que a fez sentir saudade em outra vida,
oferece a ela uma poção que vai triplicar o fogo dessa moça.
Calma
aí, moçada, que a referência é bem literal! Até porque, se triplicar o fogo no
rabo da Phoebe essa série vira 50 Tons de Cinza.
A
poção triplicará o poder pirocinético dela. Acontece que o bonito aí é o vilão
do episódio, e ele quer, com a ajuda dessa Phoebe aí, roubar os poderes de suas
primas, matando-as no processo. Mas apesar de o dom da Phoebe nessa encarnação
ser mais potente que a premonição da atual, aparentemente ela ainda não é páreo
para as primas.
É
nesse momento que a Phoebe atual acorda, assustada.
A
boa notícia é que elas sabem agora que não tem nenhuma entidade maligna
invisível perseguindo Phoebe nesse episódio – a não ser que o rolo com o tal
Anton tenha acabado mal, mas não parece ser o caso. A má, é que a Phoebe do
passado era fogo. Literalmente!
A
propósito, Leo...
E
aposto que você não acharia tão legal se aquela sua versão já não soubesse
exatamente como controlá-lo quando você a conheceu. Vou te contar uma
historinha sobre outra Encantada
boazinha que também andou botando fogo nas coisas em outra série.
Phoebe,
então, passa o relatório completo de sua viagem: sobre terem sido primas na
outra encarnação, sobre não se darem muito bem, sobre o open bar clandestino na casa, sobre Piper ter sido casada com o Dan
(foi mal, Leo!), sobre como a Phoebe má assustou aquela garotinha e espatifou
sua boneca no chão, e sobre o moreno totoso
que a agarrou na porta, e lhe deu a poção para triplicar seus poderes,
planejando sabotar as primas.
Mas
como é possível que tivessem exatamente a mesma aparência? Alguém não deveria
notar tantos rostos se repetindo no álbum de fotos da família, em gerações
diferentes?
De
acordo com Leo, a aparência delas não devia ser tão idêntica quanto Phoebe
estava descrevendo; ela apenas reconheceu suas almas. Delas e do Dan. Tudo
indica que as pessoas tendem a ficar no mesmo círculo de familiares, amigos e
até inimigos ao longo de suas várias vidas. É por isso que as almas reconhecem
umas às outras, para poder continuar se encontrando encarnação após encarnação.
É daí que vem a ideia de almas gêmeas. Isso significa que aquele seu chefe mala
te perseguirá em todas as suas encarnações. Esse também é o significado de
karma.
Mas
essa não é a questão importante, e sim por que Phoebe sentiu sua vida passada
se entretendo com o Anton, e depois sendo estrangulada por alguém, e o quê tudo
isso significa. Mas antes de descobrir o que aconteceu, vamos dar nome aos
bois.
As
moças procuram a árvore genealógica de sua família no sótão, para descobrir
quem eram essas primas tão peculiares.
Pelas
datas, elas devem ser P. Russell, P. Bowen e P. Baxter, e a julgar pela data de
morte de P. Russell, em 17 de fevereiro de 1924, Phoebe deduz que essa era ela.
Estão em 17 de fevereiro de 2000, o que significa que nesse dia, 76 anos atrás,
ela se despedia daquela encarnação. Será esse o motivo da “premonição/recordação”?
O
episódio não teve tempo de explicar bem quem eram essas mulheres, mas
consultando menções posteriores e a própria árvore genealógica mostrada no
episódio, consegui reunir algumas informações sobre essas primas do início do
século passado. Eis o dossiê:
P. Baxter,
a vida passada de Piper, cujo primeiro nome é desconhecido, foi a mãe de
Penélope Halliwell, avó de Prue, Piper e Phoebe. O que sabemos dela é que se
casou com Gordon Johnson, a vida passada de Dan Gordon – alguém acredita em coincidência? –, e teve mais um filho
além de Penny, Gordon Johnson II, mas não sei muito sobre ele. Baxter morreu
por volta de 1970.
Uma
curiosidade é que, embora Phoebe a tenha identificado como Piper em sua viagem
no tempo, sua avó, Penny, numa de suas visitas fantasmagóricas algumas
temporadas depois, comentou que a neta mais parecida com sua mãe, P. Baxter,
era Paige – a caçula, cuja existência elas desconheciam nessa altura da série.
Trívia...
P. Bowen,
a vida passada de Prue, nunca se casou, nem teve filhos, e, segundo a árvore
genealógica mostrada no episódio, ela morreu em maio de 1971, mas isso
provavelmente é um erro, pois, mais adiante na série, será revelado que o ano
de nascimento da Halliwell mais velha, Prue, foi 1970. Ou seja, Bowen ainda
deveria estar viva. Porém, levando em conta que Piper aparentemente não é muito
mais do que um ano mais nova que Prue, e o ano de nascimento dela anotado na
árvore foi 1973, é possível que Prue tenha nascido, na verdade, em 1972.
Seja
lá como for, sobre o primeiro nome de Bowen, os fãs da série especulam que pode
ter sido Phoebe, pois quando as irmãs voltaram no tempo para impedir que a mãe
fizesse o pacto com Nicholas, Patty contou à Phoebe – que ainda não tinha
nascido, e ela ainda nem sabia que estava grávida, embora estivesse recebendo
as visões dela –, que pode ter escolhido seu nome em homenagem à sua tia
favorita. P. Bowen era tia-avó de Patty, e sabemos que pelo lado materno ela só
tinha um tio, e a esposa dele se chamava Francine. A menos que a tal tia Phoebe
fosse do lado paterno de sua família, é possível que ela fosse P. Bowen.
A título de curiosidade, a mesma
árvore genealógica contém ainda outras incoerências: ela aponta que Penélope
Halliwell, avó das Encantadas morreu em 1968, mas sabemos que ela morreu pouco
antes do início da série, pois foi a morte dela que tornou a unir as irmãs, em
1998. Ali também consta que o nome do avô das Encantadas era Jack Halliwell,
mas em outros momentos foi dito que seu primeiro nome era Allen. E o nascimento
de P. Russell foi datado em 02 de julho de 1894, e sua morte em 17 de fevereiro
de 1924; porém Phoebe disse nesse episódio que as duas tinham a mesma idade. Lá
no rodapé da árvore genealógica consta que Phoebe nasceu em 02 de novembro de
1975. O episódio se passa em fevereiro de 2000, o que significa que Phoebe tem
vinte e quatro anos e não vinte e nove, como Russell na época de sua morte. Ela
também seria mais velha que Bowen e Baxter, nascidas em 1895 e 1897
respectivamente, de acordo com as anotações da árvore.
Sobre
P. Russell, só o que sabemos é que
ela costumava ser uma bruxa boa, e que pode até ter se dado bem com suas primas
por algum tempo, pois tudo indica que as três moravam na Mansão Halliwell na
época de sua morte, em fevereiro de 1924, e mesmo se isso não for correto, ela
frequentava a mansão e oferecia seus serviços de vidência e suas poções aos
fregueses do bar clandestino de Baxter. Em algum momento em seu último ano de
vida, ela se apaixonou por Anton, um feiticeiro imortal, que a corrompeu, e a
levou para o lado do negro da Força.
Seu
primeiro nome é desconhecido. Alguns fãs da série acreditam que pode ter sido
Pearl, pois em algum momento posterior, uma das Halliwell mencionou uma tia com
esse nome; todavia, considerando que nem sua avó era nascida quando ela morreu,
é pouco provável que se tratasse de Russell. O fato é que ela foi a que levou
mais tempo para reencarnar naquela geração – Bowen e Baxter levaram de um a
três anos cada para renascer na pele de Prue e Piper, a partir de suas mortes,
enquanto que Russell levou décadas para renascer na pele de Phoebe; a menos que
ela tenha tido outra vida curta nesse intervalo.
Retomando,
Phoebe acredita que seu dom da premonição deu um jeito de ressuscitar a memória
do último dia de sua vida na encarnação anterior, e isso pode significar que a
história esteja para se repetir. Ou seja, este pode ser o último dia de sua
vida atual.
Bem,
a verdade é que elas não fazem a menor ideia de onde essa senhora, que deve
estar bem idosa agora, se ainda estiver viva, mora; mas nada que um telefonema
para o seu amigão Darryl Morris – ex-parceiro de Andy na polícia, que herdou o
conhecimento de que as Halliwell são bruxas, e que eventualmente pede a ajuda
delas para resolver crimes com aparência sobrenatural – não possa resolver.
Elas
descobrem que Larson está viva, sim, vivendo num lar para idosos, e vão lá
falar com ela. E descobrem que Phoebe não é a única com a capacidade de
reconhecer a alma das pessoas, pois é bater o olho nela, para a senhorinha
reconhecer a bruxa má que quebrou sua boneca favorita.
Phoebe
fala com jeitinho, para convencer a senhorinha de que não é a mesma bruxa má
que ela conheceu, e tenta fazer com que ela conte o que se lembra do dia em que
a megera morreu. E a verdade é que a memória de Christina Larson está que nem a
do Duque de Caxias, muito boa para sua idade. Ela se lembra que o final da
festa foi assustador naquele dia, pois a bruxa má foi assassinada, mas desvia
do assunto quando elas perguntam quem a matou. Ela apenas se lembra que a
megera usava um colar bonito, que a protegia, e que foi arrancado dela... E em
seguida volta a lamentar por sua boneca quebrada, fazendo as irmãs deduzirem
que será inútil continuar a pressioná-la. Só há uma maneira de descobrir:
Phoebe terá que retornar à sua vida passada para investigar pessoalmente.
Mesmo
conhecendo os riscos, pois se for morta enquanto estiver no passado, não poderá
retornar ao presente, Phoebe refaz o feitiço assim que retornam à mansão, e
volta exatamente para o momento onde parou em sua viagem anterior: quando
Russell testou seu poder triplicado, explodindo o barril de bebida no quintal
dos fundos. Agora ela está pronta para enfrentar as primas, mas para isso,
precisarão separá-las. Anton promete manter Baxter distraída tempo suficiente
para Russell pegar Bowen desprevenida, apenas assumindo a aparência do
ex-amante da vida passada de Piper. E quem era esse homem? Que rufem os
tambores!
Eis
aí mais uma coisa que o Leo não lhes contou nesse episódio, e provavelmente a
razão porque ele sabia que a resposta para o ataque à Phoebe estaria em sua
vida passada: porque ele as conheceu naquele tempo, e provavelmente estava
ciente desse rolo todo.
Mas,
neste caso, ainda bem que ele não deu com a língua nos dentes, ou teria nos
privado de um dos melhores flashbacks da série.
E
aqui eu vou abrir um parêntese para comentar uma incoerência narrativa: Leo
contara à Piper, no final da temporada passada, que em sua vida mortal – antes
de morrer e se tornar um anjo da guarda –, ele foi médico durante a Segunda
Guerra Mundial, e que morreu enquanto fazia um curativo na cabeça de um soldado
ferido. Ele não chegou a mencionar a idade que tinha, e até deu a entender que
ainda era um estudante de medicina na época, mas a data e outras circunstâncias
atrapalham nossa compreensão de seu passado nesse episódio, pois Russell
morrera em 1924 – a data fora anotada na árvore genealógica da família –, e
Anton apareceu para Baxter com a mesma idade que o Leo aparenta ter atualmente;
mas a Segunda Guerra Mundial começou em 1939, ou seja, quinze anos depois.
Mesmo que Leo tivesse morrido no mesmo ano que Russell, e reencarnado em
seguida, ele teria quatorze ou quinze anos quando a Segunda Guerra começou, e
vinte a vinte e um anos quando ela terminou em 1945, idade mais ou menos
coerente com a ideia de que era estudante de medicina. Porém, nós conhecemos
outro Anjo Guardião recentemente na série, Sam Wilder, anjo de Patty, mãe das
Encantadas. Ele cortou as asas por ela, tornando-se mortal, e morreu vinte anos
depois, no mesmo lago e atacado pela mesma criatura que a matou. É presumível,
portanto, que ele tenha envelhecido vinte anos desde a morte de Patty.
Futuramente, ele reaparece na série, de novo como anjo da guarda das bruxas, e
com a mesma idade que tinha quando morreu no lago na segunda temporada. Ou
seja, os anjos conservam a idade que tinham quando morreram pela última vez. Isso significa que Leo
deveria estar pelo menos quinze anos mais velho agora, se tivesse morrido na
guerra na mesma vida em que foi amante de P. Baxter, ou quinze anos mais novo
no flashback desse episódio, transformando a Halliwell do meio numa papa-anjo.
O que, para falar a verdade, ela é, mas em sentido literal.
Mas
se tem uma coisa que Once Upon a Time me ensinou, foi a não buscar
coerência na cronologia das séries de fantasia americanas.
Enfim,
a dupla do mal põe seu plano em ação. Porém as primas estavam ligadas na
maldade dos dois, e já tinham uma cilada preparada para a prima malvada, e
também foram mais rápidas ao executá-la, embora isso tenha provocado um pandemônio
que acabou com a festa.
Enquanto
o falso Leo atrai Baxter para um canto privativo para induzi-la a reviver sua
paixão com o futuro anjo de suas bisnetas – que ela repele, por ser fiel a
Gordon –, Russell tenta atacar Bowen sozinha. Ela chama atenção da fotógrafa, e
atira nela uma bola de fogo, que é imediatamente extinta pelo sopro congelante
de Bowen.
E
assim descobrimos que Phoebe não foi a única a trocar de poder nessa encarnação:
em sua vida passada, o poder de Prue era criocinese – o mesmo da Elsa de Frozen.
Mas Russell está se sentindo confiante agora com o upgrade em seu poder, e nem
se move quando Bowen lança outro sopro gelado nela, apenas assiste enquanto ele
é absorvido pelo amuleto que Anton lhe dera como proteção.
Bem,
esse amuleto, e os braceletes da Mulher Maravilha.
Enquanto
isso, Baxter percebe, quando Leo tenta
agarrá-la à força, que aquele não é seu ex-namorado, fazendo Anton se revelar.
Ela tenta fugir, mas ele a joga no chão, nocauteando Gordon, arremessando-o
pela sala com seu poder telecinético quando ele tenta defender a esposa. Então
Baxter tenta se defender com seu poder, que é uma versão com software
desatualizado do poder atual de Piper. Em vez de parar o tempo, Baxter o
desacelera. Na verdade, o poder de Piper não consiste em parar o tempo, exatamente, mas em paralisar as
moléculas; então, tecnicamente o
poder de Baxter era a desaceleração
molecular.
Enquanto
as pessoas fogem correndo da casa, ela coloca o ataque de Anton em câmera
lenta. Só que seu poder não o desacelera por muito tempo, pois, além de
triplicar o poder de Russell, ele deve ter triplicado também sua resistência,
pois o poder de Baxter rapidamente perde o efeito sobre ele. Resta a Baxter
testar se o ponto fraco de um feiticeiro maligno é o mesmo de todos os homens,
dando-lhe uma bela de uma joelhada nas joias da família. Enquanto Anton se
contorce no chão, engasgado com as próprias bolas, ela aproveita para jogar o
relógio de pêndulo em cima dele, e corre para ajudar Bowen com a prima malvada.
Toda
essa confusão acontece em público, e as pessoas só fugiram correndo depois que
Bowen e Russell começaram a trocar gelo e fogo na sala, o que comprova a
impressão de que as primas praticavam bruxaria abertamente no speakeasy em sua casa na época.
Baxter
surge na sala no exato momento em que Bowen dispara o flash de sua câmera para
cegar momentaneamente a prima malvada, e derrubá-la com uma voadora. Baxter
agarra rapidamente uma corda de cortina, e com ela começa a estrangular
Russell, ainda no chão, após Bowen arrancar seu amuleto e atirá-lo pela sala.
Bowen saca um feitiço escondido em sua liga – que Baxter lhe dera discretamente
no meio da festa, enquanto observavam a prima destilar sua maldade e assustar
criancinhas pelo salão –, e começa a recitá-lo, enquanto Baxter continua a
apertar a corda no pescoço de Russell.
Esse
feitiço era uma maldição, que tiraria o poder da bruxa malvada, e a condenaria
à morte naquela vida, e em qualquer outra que ela tivesse.
Eis
o motivo porque Phoebe recebeu o aviso naquele dia: se não fizer nada, ela
estará morta antes que esse dia acabe.
Phoebe
acorda novamente assustada, agora com a descoberta de que suas próprias irmãs –
suas primas, naquele caso – a assassinaram friamente. Naturalmente, Phoebe não
está zangada com as irmãs, pois sabe que aquilo aconteceu em outra vida, e,
para falar a verdade, ela tentou matá-las primeiro. Mas não deixa de ser uma
descoberta inquietante. Também não tem tempo a perder absorvendo a história,
pois precisa deter a maldição. Suas primas temiam que Russell e Anton fossem
almas gêmeas, pois sendo ele imortal, poderia influenciá-la em suas vidas
futuras. O bom é que até hoje não tiveram notícias dele, o que talvez
signifique que ele tenha virado a página, e encontrado outra bruxa para
atormentar, mas de qualquer modo, precisam do amuleto que ele deu à Russell,
para evitar que Phoebe morra com ela no fim do dia.
A
propósito, Piper, segura essa bomba sobre seu passado com o Leo:
Deixem
para lavar essa roupa suja mais tarde, porque agora seu tempo está apertado,
galera!
Enquanto
Piper e Prue vão procurar no Livro das Sombras se há alguma informação sobre
onde Anton conseguiu o amuleto, Phoebe convence Leo a voltar com ela ao asilo
para ver se Christina Larson sabe onde ele foi parar, mas a senhorinha agora
está totalmente aérea, sem chance de colaborar. Só o que ela conta é que viu o
colar deslizar pela sala, mas faz a muda sobre que fim ele levou depois.
Isso
deixa à Phoebe apenas uma alternativa: escrever um feitiço que lhe permita ter
controle de suas ações ao voltar novamente ao passado, para poder esconder o
amuleto num local onde possa ser encontrado facilmente no presente; mesmo
sabendo que esse tipo de feitiço tem dois lados: enquanto ela toma o corpo de
Russell no passado, a malvada estará em seu corpo atual. Se algo der errado,
Phoebe pode ser assassinada no lugar dela em 1924, enquanto eles terão uma
bruxa malvada muito poderosa à solta no presente. Mas se não fizerem nada,
Phoebe estará morta em pouco tempo. Ou seja: se correr o bicho pega, mas se
ficar, o bicho come. E desta vez, não estou falando da saliência do Anton.
Phoebe
escreve rapidamente o feitiço, deita na cama de Christina e troca de lugar com
sua versão malvada no passado.
Ela
volta para o exato momento em que está sendo estrangulada por Baxter, mas
consegue reunir energia suficiente para chutar Bowen antes que complete o
feitiço, e bater de costas em Baxter para se livrar da corda, escapando para
procurar o amuleto no bar e na sala. Mas não o encontra. Então ela foge das
primas, e tenta convencê-las de que não é a megera que elas queriam matar.
Foi
isso, não, fofa. Aconteceu o seguinte: enquanto Leo observava o sono da
cunhadinha, Christina se levantou da cadeira de rodas, e pegou o amuleto numa
caixinha de joias. Estava com ela o tempo todo. Se tivessem simplesmente fuçado
os móveis dela, teriam poupado Phoebe de uma viagem tão longa.
Naturalmente,
aquela não é a verdadeira Christina Larson, é Anton, que os esperava com uma
armadilha preparada, para ter sua adorada malvada de volta.
Essa
é a verdadeira Christina Larson, e sendo o único elo vivo entre as Halliwell e
Russell, deviam ter desconfiado que Anton poderia usá-la para se aproximar de
Phoebe. E depois de ter sido amarrada e amordaçada no banheiro, é provável que
agora ela não queira nem conversa com essa família, mesmo!
Anton
colocou o amuleto de volta no pescoço de Russell, e, graças a isso, agora
Phoebe não pode retornar à sua vida presente. E também foi por isso que Phoebe
não pôde encontrar o colar na sala da mansão em 1924.
Quando
descobrem essa travessura do feiticeiro, Prue e Piper dão uma bela de uma
comida de rabo no seu ex-anjo da guarda, e colocam Christina em segurança em
sua cama.
Ok,
galera, foco! Porque a sua irmã está presa no passado, a minutos de ser
estrangulada até a morte – por vocês, diga-se de passagem –, e não pode retornar
enquanto a Bruxa Má do Oeste estiver usando a trava de segurança.
E
a senhorinha aí pode esquecer a gelatina, porque eles não vão nem avisar a
enfermeira no caminho.
Também
nem dá tempo, né! Eles deduzem corretamente que Anton e Russell tentariam
continuar de onde foram interrompidos 76 anos atrás: tentando matá-las para absorver
seu poder. Isso significa que eles devem ter ido para a Mansão Halliwell.
E
acertaram em cheio! Os dois aguardavam ansiosamente o retorno delas à mansão,
prontos para queimá-las vivas. E como seguro morreu de velho, os dois malvados
deram as mãos, para que o amuleto protegesse ambos dos poderes das irmãs.
Piper
paralisa o primeiro jato de fogo, permitindo que os três – ela, Leo e Prue – se
escondam atrás do sofá. Vão precisar de um plano para pegar esses dois. O jeito
será separá-los, como fizeram com elas há 76 anos.
Imaginando
estar a salvo, Anton e Russell soltam as mãos e se afastam alguns passos,
tencionando cercar as irmãs, e isso dá oportunidade para Piper, Prue e Leo
surgirem, cada um de um lado. Russell lança um jato de fogo em Prue, mas ela o
desvia, atingindo Anton, que queima até desaparecer no ar.
Aproveitando
o momento de choque de Russell, ao ver seu amante virar churrasquinho com seu
próprio poder, Piper quebra uma garrafa em sua cabeça, e Prue arranca o amuleto
dela.
Enquanto
isso, Phoebe conseguiu despistar as primas no andar de cima da mansão, mas deu
de cara com Anton na sala.
Dar
um pé – literalmente – em algo tão... apreciável...
é prova mais que suficiente de quanto essa Phoebe é diferente de sua encarnação
passada. Só que o barulho atraiu as primas, que a agarraram novamente com a
corda no pescoço. Enquanto Bowen recitava a maldição, Phoebe recitou novamente
o feitiço para destrocar, no momento exato em que as irmãs arrancavam o amuleto
de Russell na porrada no presente.
Assim,
Phoebe se livrou da maldição, de seu passado malvado, e do amante ainda mais
malvado numa tacada só.
Mas
o Dan continua desconfiado do passado obscuro de Leo.
Sabe de nada inocente!
Acontece
que ele pediu ao cunhado, que trabalha no Departamento de Estado, que checasse os
registros do exército, e ele descobriu que o único Leo Wyatt morreu há mais de
sessenta anos, durante a Segunda Guerra Mundial.
E
provavelmente, terem se conhecido e se apaixonado também em outras vidas pode
significar que Piper e Leo estão destinados a ficar juntos. Se bem que o Dan
também foi marido dela em outras encarnações, então, vai ver eles ficam se
revezando, que nem o Lacraia e o Máicol com a Jéssica em Vai Que Cola:
Dan casa com ela nas vidas impares, e Leo nas vidas pares...
Enfim,
Phoebe decide escrever um aviso sobre Anton no Livro das Sombras, só para o
caso de sua destruição não ter sido definitiva – vai que bruxos malignos também
reencarnem...
Pois
é, mas o Anton não precisaria da Phoebe má do passado, se ela não tivesse
evoluído para sua versão Pantera treinada em exterminar as forças do mal.
Essa
é sua magia, Phoebe!
Este
foi o nosso episódio especial de Halloween de hoje.
Nossa
próxima review nos levará a outra família de bruxas simpáticas, que estão
enfrentando uma maldição secular, um namorado fantasma e um inquérito policial.
Não necessariamente nessa ordem.
Até lá! *-*
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