Esse
livro estava na minha lista de leitura desde 2013, e, acreditem se quiser quem
me apresentou essa obra foi a Sophia Abrahão. Sim, a atriz. E não, não nos
conhecemos. Vou explicar: estava eu, um belo dia assistindo Amor à Vida (a
propósito, saudade do Félix), onde volta e meia o autor Walcyr Carrasco incluía
uma boa dica de livro entre as cenas. Fazia pouco tempo que Sophia havia sido
integrada ao elenco, no papel de Natasha, a irmã desconhecida de Nicole (Marina
Ruy Barbosa), que havia acabado de morrer. Eis que numa cena, apareceu a Sophia
Abrahão lendo Os Sete, de André Vianco. E não foi exatamente a capa que me chamou
atenção para esse livro, mas o minúsculo resumo feito por ela: “Estou lendo Os Sete, do André Vianco. É
sobre uma caravela portuguesa naufragada...”, e nesse momento ela foi
interrompida pela Leila (personagem de Fernanda Machado), estraga prazeres, me
deixando curiosa para saber o resto do enredo. Juro! Foi só isso que ela disse.
Seis palavrinhas a respeito do enredo. Seis palavras mágicas que aguçaram minha
curiosidade, e me incentivaram a pesquisar que livro era esse.
Sophia Abrahão lendo Os Sete em cena de Amor à
Vida.
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Entendam:
na época, eu estava escrevendo o primeiro volume de uma aventura com piratas –
que ainda não foi publicada porque quero adiantar um pouco o restante da série
primeiro –, de modo que tudo o que tivesse a ver com navios à vela e com
naufrágios despertava meu interesse na hora.
Bem,
o livro não era sobre piratas, óbvio; nem esperava por isso. Até porque, uma
nação que pouco funcionou na pirataria foi a nação portuguesa. Mas quando li o
restante do enredo que a Sophia não teve oportunidade de nos contar na novela
(merece apanhar de cinta, dona Leila!), minha curiosidade aguçou ainda mais.
OS SETEAutor: André ViancoEditora: Novo SéculoPáginas: 456Gênero: Terror
Sinopse:
Uma caravela portuguesa de cinco séculos é resgatada de um naufrágio no litoral brasileiro. Dentro dela, uma misteriosa caixa de prata esconde um segredo: sete cadáveres aprisionados, acusados de bruxaria. Apesar das advertências grafadas no objeto de prata, a equipe do Departamento de História da Universidade Soares de Porto Alegre decide violar a caixa, para estudar os corpos. Afinal, que perigo poderiam oferecer aqueles sete cadáveres? Nenhum. Mas depois que o primeiro deles acorda... Este novo romance de André Vianco, mesmo autor de Sementes no Gelo, transporta o leitor para um mundo antigo, onde os verdadeiros assassinos carregam presas afiadas e têm medo do Sol.EEEEE
Demorou
um pouco, por causa da minha sempre crescente lista de leitura, mas eu
finalmente pude apreciar esta obra tão maravilhosa da literatura nacional.
O
autor nos apresenta sete vampiros de aspectos distintos – os últimos que
restaram de uma legião:
Inverno –
o vampiro que congela tudo à sua volta;
Acordador –
o vampiro que desperta os mortos;
Tempestade –
o vampiro que comanda o tempo (meteorologicamente).
Espelho –
o vampiro que muda de forma. Ele pode ser qualquer pessoa que quiser. Tem
certeza de que a pessoa ao seu lado é quem diz ser? Cuidado! Hehe;
Lobo –
o vampiro que se transforma em lobisomem;
Gentil –
o vampiro que faz parar o tempo. O único bonzinho da turma – o que justifica o
apelido;
E
Sétimo – o maldito. O vampiro que os
vampiros temem.
Esses
são Os Sete. Esses são os monstros que assombram essa maravilhosa obra de André
Vianco.
A
história se passa em Amarração, pequena cidade do litoral do Rio Grande Sul,
onde um grupo de mergulhadores encontraram uma caravela portuguesa naufragada,
cheia de imagens de santos e moedas de bronze, e como única carga potencial uma
misteriosa caixa selada. Interessados em botar as mãos numa bolada, os rapazes
venderam a localização da caravela à pesquisadores de uma Universidade de Porto
Alegre, em troca de uma porcentagem do tesouro – fosse o que fosse.
O
que eles não sabiam era que o conteúdo da misteriosa caixa de prata selada
sepultada no porão da caravela, em vez de riqueza, lhes traria a morte.
Séculos
atrás, os portugueses armaram um plano para colocar fim a uma guerra maldita:
trancaram os sete vampiros que assombravam o vale do Rio D’Ouro naquela caixa
de prata – uma das poucas coisas que pode enfraquecer um vampiro –, colocaram-na
no porão da caravela, levaram-na até o recém-descoberto litoral da Ilha de Vera
Cruz – atual Brasil –, e afundaram-na com um tiro de canhão.
A
carga maldita que a caravela carregava deveria ter ficado sepultada nas
profundezas do oceano para sempre, mas assim que a caixa foi aberta pela equipe
de História da Universidade, um acidente ridículo trouxe os demônios de volta à
vida. E junto com eles, uma onda de terror e fenômenos sobrenaturais, que deixa
um rastro de morte e destruição por onde passa.
Agora
cabe aos seus infelizes descobridores e ao Exército Brasileiro mandá-los de
volta ao inferno. E, para isso, não pouparão esforços, vidas, nem recursos, por
mais extremos que sejam.
Eis
aqui um livro que está pronto para virar filme. Não estou dizendo que vai, mas
poderia – aliás, deveria! André Vianco descreveu cenas cinematográficas em
diversos momentos do livro, cenas que o leitor consegue visualizar com a
clareza de uma tela de cinema. É – quase literalmente – de arrepiar!
Os
Sete é o primeiro volume de uma série seguida por “Sétimo” e “Turnos da Noite” –
este último, dividido em três volumes: “Os Filhos de Sétimo”, “Revelações” e “O
Livro de Jó”. É um livro para ser apreciado por quem tem sangue frio – ou que gosta
de histórias de vampiros. E, sem dúvida, é um livro que merecia ter tido seu
enredo descrito em mais de seis palavras na novela (ainda quero te dar uma
surra, dona Leila!), mas está valendo. Para bom leitor, seis palavras de um
enredo bastam para aguçar a curiosidade. Ótima iniciativa do autor da novela;
precisamos mesmo incentivar a leitura nesse país.
E,
aqui entre nós, Sophia: valeu pela dica! Você recomendou, e eu assino embaixo!
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