Estava
eu outro dia navegando na internet (eu e minha mania de pesquisar contos e
fanfics online, só para me distrair) e dei de cara com uma capa que mais
parecia um anúncio: circulado em vermelho, ao lado do rosto de um homem
belíssimo, o título “Aluga-se um Noivo”, escrito por Clara de Assis (não a
santa Clara, que fique bem claro!).
Mudei
de página...
Espera
um minutinho, volta lá!
Conferi
a sinopse:
"Eu não queria passar
atestado de fracassada diante do meu ex namorado, galinha filho de uma... e da
minha ex amiga, aquela cachorra, cretina, miserável! Desculpem o desabafo...
Então resolvi alugar um acompanhante, muito simples, ele iria ao casamento do
meu irmão comigo, eu sairia por cima da carne-seca e depois cada um seguiria
seu caminho. Simples assim! Mas só que... Acho que me apaixonei por ele."
Ali
se traçou o curso do meu fim de semana.
Não
sou adepta desse tipo de leitura. Não sou mesmo. Não por ser uma publicação
independente, fanfiction de internet, mas pelo conteúdo, digamos, hot do
enredo. Mas este eu tenho que admitir, ADOREI!
Sabe
aquela história que te arranca altas gargalhadas enquanto lê? Que faz você rir
feito uma retardada, só para quem estiver por perto pensar que você é doida?
Então...
Sem
mencionar que a narrativa da protagonista é tão descontraída que parece uma
história sendo contada cara a cara por uma amiga íntima. Adoro quando um livro
me dá essa sensação.
Aliás,
descontraída é apelido. Eu diria despojada, sem pudores. Nenhum palavrão foi
poupado! Mas ao contrário do que meu comentário possa ter feito parecer, não é
uma história vulgar. Digamos que é um humor politicamente incorreto, mas
extremamente válido, de qualquer modo.
Vou
dar só uma canjinha:
Débora está numa baita enrascada. Seu irmão fez a sacanagem de convidar seu ex-namorado e a ex-amiga com quem ele lhe traiu para padrinhos de casamento. E Débora não podia aparecer sozinha, deprimida e descompensada na frente deles. Então decidiu contratar um acompanhante. Mas como azar de encalhada não alivia, ela acaba tendo que apelar para a última opção: contratar um garoto de programa.
É
aí que a mentirinha boba para não dar pinta de fracassada na frente do ex se
torna uma aventura louca, excitante e extremamente cara: Théo, o belíssimo
homem que ela contratou para ser seu noivo de aluguel está lhe saindo pela
bagatela de R$18 mil!
Estaria
tudo perfeito – quer dizer, mais ou menos –, se Théo não fosse um cara
extremamente atraente, extremamente sedutor, e Débora não ficasse extremamente
apaixonada por ele. E extremamente neurótica com a possibilidade – praticamente
certeza – de que ele só está interessado em seu dinheiro, e que não se
importará em brincar com seus sentimentos até o fim de seu contrato.
Já
deu para sentir o drama, né? Pois é...
“Aluga-se
um Noivo”, como já expliquei, é uma fanfiction. É impossível não ver a
semelhança com a comédia romântica “Muito Bem Acompanhada”, onde Debra Messing
(provavelmente a razão porque a protagonista de Aluga-se um Noivo se chama Débora) interpreta a mulher de trinta
anos que contrata o garoto de programa (o charmoso melhor amigo de Julia
Roberts) para acompanhá-la ao casamento de sua irmã, e deixar o ex-namorado
traidor se mordendo de ciúmes. Apenas um detalhe a respeito desta fanfiction: a
história é mil vezes melhor que a do filme.
No
quesito ortografia e gramática ainda está aquém de ser um livro finalizado, mas
vale muito a pena. Principalmente por dois detalhes:
-
Théo, o lindo garoto de programa contratado por Débora, além de ser todo
trabalhado na elegância, é um ótimo cozinheiro, não tem medo de lavar uma louça
e organizar um apartamento bagunçado enquanto ela dorme, e – segurem o coração,
meninas! – é fluente em italiano. Não sei em que momento esqueci que aquilo era
ficção e comecei a xingar a fominha da Débora por não ter divulgado o telefone
do gato!
-
E o segundo detalhe, responsável por 80% das minhas crises de riso, chama-se
Carolina, a melhor amiga sem filtro, sem noção e sem nenhum parafuso na cabeça,
que passa metade da história incentivando Débora a desfrutar a “mercadoria”
enquanto pode. E a outra metade mandando mensagens inconsequentes para Théo em
nome de Débora. Só para deixar as coisas ainda mais animadas!
O
final – e por “final” entenda somente a “última cena” – é um tanto água com
açúcar demais para o meu gosto, mas não dá nenhum arrependimento por ter
enfrentado toda a trajetória de seus insanos personagens.
Gargalhadas
garantidas, e sem dinheiro de volta!
Aqui
vai o link da fanfiction para quem ficou curioso:
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