Um hábito que vem
crescendo nos últimos anos é o de refilmar grandes clássicos em tom de comédia.
Já falei sobre Branca de Neve, a saga de nossa querida Sobrancelha, e agora
vamos nos divertir um pouco com a mais recente versão do imortal clássico de
Alexandre Dumas, OS TRÊS MOSQUETEIROS.
Nossa aventura
começa em Veneza, onde Darth Vader surge das águas para se apossar de uma
misteriosa chave.
Em seguida, um
suposto clérigo reza pelas almas dos homens que está prestes a matar, para se
apossar da irmã gêmea da chave de Darth Vader, e decide que tem dez minutos livres
para perder com a prostituta que estava com os homens que matou.
Finalmente, nosso
terceiro herói, que parece ter certa preferência por se deixar capturar para
depois matar todo mundo enquanto consegue o que quer, pega a terceira chave.
Então nossos bravos
heróis rem o inigualavelmente seguro cofre projetado por Leonardo Da Vinci
para guardar cópias dos projetos de suas maiores invenções. Uma astuta presença
feminina entre eles vence as armadilhas do cofre e rouba o projeto que foram
buscar.
Logo após a fuga,
porém, descobrem que ela é uma espiã que trabalha para William Turner, neste
momento, vestindo a pele de Lord Buckingham, o poderoso Duque, arqui-inimigo do
Rei da França, que envenena os mosqueteiros para que não o persigam, mas, bom
samaritano como no fundo é, utiliza uma substância que não é capaz de matá-los,
mas apenas atrasá-los.
Um ano depois, um
jovem gascão filho de Poseidon, conhecido como Percy Jackson, decide partir
para Paris e se tornar um mosqueteiro, de posse de quinze moedas de ouro e de
uma égua emocionalmente sensível.
Ao chegar à
cidade, Percy fica irado, enrascado e apaixonado, não necessariamente nesta
ordem.
Provando ter um
talento inexplicável para se manter ocupado o dia todo, o rapaz, em suas
primeiras horas em Paris, é ameaçado de morte por Rochefort, chefe da guarda do
Cardeal Richelieu, que insulta sua égua, e ele exige um pedido de desculpas. Em
seguida tem sua vida salva por Milady, graças ao rosto bonito que tem. Depois
ele agenda um duelo com Athos, a quem chamou de bêbado, a julgar pelo cheiro,
para o meio-dia; com Porthos para a uma da tarde, por sugerir que ele teve sua
roupa nova paga por uma mulher; e com Aramis para as duas, por ele ter multado
sua égua – ou as fezes dela!
Enquanto isso no
palácio, o Cardeal Richelieu joga xadrez sozinho, e acaba vencido por Milady,
finalmente encontrando um oponente à altura. Ela veio anunciar que Will Turner
está vindo para Paris e que ele já construiu a máquina de guerra.
Neste momento,
conhecemos o Rei da França, um adolescente mimado e vaidoso, que está mais
preocupado com as tendências da moda em Londres do que com os planos de guerra
do Duque. Crianças...
Percy Jackson
chega pontualmente ao local do duelo com Athos, e descobre que os padrinhos que
ele trouxe são seus próximos desafiantes, Porthos e Aramis, e que o Rei não
está contratando mosqueteiros no momento, estando eles próprios, digamos,
aposentados. No entanto, em lugar de duelar com os três mosqueteiros, Percy se
une a eles para despachar os guardas de Rochefort, e destruir metade da cidade
no caminho, antes do almoço.
Como em toda
história não pode faltar uma donzela cujo coração é reclamado pelo
protagonista, eis que surge Constance, a quem, entre um golpe e outro de espada
nos guardas de seu inimigo, ele aproveita para tentar cortejar, porém ela não
lhe dá bola.
A nova rivalidade
estabelecida entre os mosqueteiros do Rei e os guardas pessoais do Cardeal se
torna um assunto mais importante que a vinda do Duque à França. Ao contrário do
que Sua Eminência imaginava, o Rei Vaidoso tratou este assunto com absoluto bom
humor, principalmente depois de saber que os quatro mosqueteiros – a esta
altura Percy Jackson já estava empregado entre eles sem precisar de entrevista
– venceram sozinhos quarenta guardas do Cardeal. O ato vitorioso chega a
merecer os cumprimentos da Rainha Anne, que foi informada da bravura dos
mosqueteiros por sua dama de companhia, Constance, aparentemente não tão
indiferente a Percy Jackson como ele pensava. A Rainha chega a sugerir que
poderiam ter sido quatrocentos contra os quatro.
E como punição
aos quatro mosqueteiros, o Rei lhes concede roupas novas e moedas de ouro, e os
convida para o evento do dia seguinte.
Aborrecido com a
atitude do Rei de recompensar os mosqueteiros, o Cardeal, que como todos sabem
é mais falso que Dólar paraguaio, decide manchar a honra da Rainha para
atingi-lo, acusando-a de ter um caso com Will Turner. Para isso, ele pede que
Milady falsifique cartas de amor com a letra e o selo do Duque de Buckingham, e
para que haja uma prova mais substancial da traição, manda a trambiqueira
roubar uma joia da Rainha, para que o Rei acredite que ela a deu a Buckingham
como prova de afeição, esperando assim encurtar o caminho de sua própria pessoa
ao trono.
No dia seguinte
cumpre-se a profecia de Leonardo Da Vinci:
Will Turner chega
à França a bordo de um dirigível, sua tão estimada máquina de guerra projetada
por Da Vinci, uma versão moderna de seu antigo navio pirata, que faria jus
literalmente ao título de Holandês – ou neste caso, Inglês – Voador.
Atingindo o Rei
Vaidoso onde mais lhe dói, Will Turner zomba do modelo ultrapassado que o jovem
está vestindo, e em seguida deixa uma farpa de ciúme no orgulho do soberano ao
mencionar que já conhecia a Rainha há muito tempo, uma noite que o Duque
garante que se lembrará para sempre. Enciumado, o Rei pede conselhos amorosos a
Percy Jackson.
Enquanto Will
Turner discute sobre vinhos com Richelieu, Milady invade o quarto da Rainha
para plantar as cartas na gaveta de seu toucador e roubar um colar de sua sala
secreta. Depois ela convence o Cardeal a assinar uma carta em que revela que
foi por ordem sua e pelo bem do Estado que o portador da carta fez o que tinha
que ser feito. Em seguida parte com Will Turner para a Inglaterra.
Quando o Rei lê
as supostas cartas do Duque, o Cardeal o aconselha a dar um baile dali a cinco
dias, um bom pretexto para sugerir à Rainha que use o colar que, de acordo com
as cartas, ela deu ao Duque. Ao ser informada, a Rainha pede que Constance
mande o colar ao joalheiro para que seja polido, mas a dama de companhia
percebe que a joia foi roubada.
Então, para
salvar a pele de sua senhora, Constance incumbe Percy Jackson e os três
mosqueteiros da missão de ir até a Inglaterra recuperar o colar da Rainha, o
que envolve invadir uma estrutura altamente inexpugnável e fortemente
protegida, e depois voltar à Paris, com cada soldado, assassino, mercenário, e caçador de recompensas dos dois lados do canal
esperando para impedi-los de fazer isso. E tudo em cinco dias!
No Porto,
Constance cria uma distração fantasiando-se de mosqueteira para que os guardas
pensassem que ela era D’Artagnan (Percy Jackson) e a perseguissem, dando aos
heróis chance de embarcar sem serem impedidos.
Hora da ação:
Porthos e Aramis criam uma distração, enquanto Percy Jackson se infiltra entre
os guardas para chegar com facilidade onde precisa, mas é preso por outro time
de guardas que o esperava, e levado à presença de Will Turner, a quem anuncia
que ele era a isca para distrair os guardas enquanto os mosqueteiros roubavam o
precioso dirigível do Duque e destruíam seu gabinete a tiros e bombas.
Porém o elemento
principal do plano era o, até então aparentemente inútil, empregado de Porthos,
Planchet, que tomou o lugar do cocheiro de Milady para ajudar os amigos a
colocarem a carruagem dela a bordo do dirigível, pois eles já sabiam que ela
estaria com o colar.
Athos recupera a
joia, e Milady lhe entrega a carta do Cardeal, alertando-o de que pode precisar
dela, antes de se jogar para a morte nas alturas.
No entanto, o que
parecia ser um retorno tranquilo se torna uma luta digna de Piratas do Caribe,
quando outro dirigível capitaneado por Rochefort surge no céu, com a bela dama
de Percy Jackson amarrada à proa. O rapaz, então, barganha a liberdade da moça
em troca da sua, de posse do colar, prometendo entregá-lo quando ela estiver em
segurança.
Depois da troca
feita começa um tiroteio com os canhões, até que uma torre sobe a bordo do
dirigível de Rochefort, fazendo-o encalhar em cima da construção. O vilão tem
uma luta com Percy Jackson no telhado, onde acaba sendo atravessado pela espada
do gascão.
Finalmente, os
mocinhos regressam ao palácio, e dão um show de atuação, ao convencer o Rei
Vaidoso de que o dirigível arruinado era um
presente encomendado pelo Cardeal para Sua Majestade, porém, lamentavelmente
foi atacado por um espião de Will Turner, Rochefort, que foi morto por isso – e
eu pensando que tinha sido por ofender a égua!
E para provar que
tudo o que fizeram foi por ordem de Sua Eminência – e silenciar a defesa do
clérigo –, eles entregam a carta assinada por ele, que estava em posse de
Milady.
Neste momento a
Rainha chega, lindamente adornada com o colar que acabou de chegar do
“joalheiro”, e convida o Rei, agora orgulhoso com a prova de fidelidade da
esposa, para dançar.
O Cardeal,
percebendo que fora vencido, cumprimenta os mosqueteiros e lhes oferece emprego
na sua guarda pessoal, porém eles recusam. Os motivos: Aramis já tem emprego,
Athos é um bêbado, Porthos é financeiramente independente, e Percy Jackson
obrigado, mas não.
Como toda
história merece um final feliz, Percy Jackson vai atrás do seu com Constance,
que repete o velho texto de que ele é convencido, o que ele assume que é, mas
somente às terças-feiras, e quando há mulheres bonitas envolvidas.
E enquanto o
dirigível literalmente explode, os três mosqueteiros aguardam novas aventuras.
Em algum lugar
longe dali, Milady desperta, e sua primeira visão é o rosto arrogante, porém
deslumbrante de Will Turner, assegurando-lhe que não está morta, mas que a
resgataram no canal quando perseguiam Athos. Ela parece um pouco confusa, porém
o Duque decide ir para a França recuperar o que é seu, e se vingar de seus
inimigos, acompanhado de uma frota que segue pela água e pelo céu.
Só queria saber
se a posse que ele pretende recuperar é o colar, a Rainha ou o chapéu que
entregou ao Rei!
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