Um Por Todos... E Leonardo Da Vinci

em segunda-feira, 18 de março de 2013


Um hábito que vem crescendo nos últimos anos é o de refilmar grandes clássicos em tom de comédia. Já falei sobre Branca de Neve, a saga de nossa querida Sobrancelha, e agora vamos nos divertir um pouco com a mais recente versão do imortal clássico de Alexandre Dumas, OS TRÊS MOSQUETEIROS.
Nossa aventura começa em Veneza, onde Darth Vader surge das águas para se apossar de uma misteriosa chave.

Em seguida, um suposto clérigo reza pelas almas dos homens que está prestes a matar, para se apossar da irmã gêmea da chave de Darth Vader, e decide que tem dez minutos livres para perder com a prostituta que estava com os homens que matou.
Finalmente, nosso terceiro herói, que parece ter certa preferência por se deixar capturar para depois matar todo mundo enquanto consegue o que quer, pega a terceira chave.
Então nossos bravos heróis rem o inigualavelmente seguro cofre projetado por Leonardo Da Vinci para guardar cópias dos projetos de suas maiores invenções. Uma astuta presença feminina entre eles vence as armadilhas do cofre e rouba o projeto que foram buscar.
Logo após a fuga, porém, descobrem que ela é uma espiã que trabalha para William Turner, neste momento, vestindo a pele de Lord Buckingham, o poderoso Duque, arqui-inimigo do Rei da França, que envenena os mosqueteiros para que não o persigam, mas, bom samaritano como no fundo é, utiliza uma substância que não é capaz de matá-los, mas apenas atrasá-los.
Um ano depois, um jovem gascão filho de Poseidon, conhecido como Percy Jackson, decide partir para Paris e se tornar um mosqueteiro, de posse de quinze moedas de ouro e de uma égua emocionalmente sensível.
Ao chegar à cidade, Percy fica irado, enrascado e apaixonado, não necessariamente nesta ordem.
Provando ter um talento inexplicável para se manter ocupado o dia todo, o rapaz, em suas primeiras horas em Paris, é ameaçado de morte por Rochefort, chefe da guarda do Cardeal Richelieu, que insulta sua égua, e ele exige um pedido de desculpas. Em seguida tem sua vida salva por Milady, graças ao rosto bonito que tem. Depois ele agenda um duelo com Athos, a quem chamou de bêbado, a julgar pelo cheiro, para o meio-dia; com Porthos para a uma da tarde, por sugerir que ele teve sua roupa nova paga por uma mulher; e com Aramis para as duas, por ele ter multado sua égua – ou as fezes dela!
Enquanto isso no palácio, o Cardeal Richelieu joga xadrez sozinho, e acaba vencido por Milady, finalmente encontrando um oponente à altura. Ela veio anunciar que Will Turner está vindo para Paris e que ele já construiu a máquina de guerra.
Neste momento, conhecemos o Rei da França, um adolescente mimado e vaidoso, que está mais preocupado com as tendências da moda em Londres do que com os planos de guerra do Duque. Crianças...
Percy Jackson chega pontualmente ao local do duelo com Athos, e descobre que os padrinhos que ele trouxe são seus próximos desafiantes, Porthos e Aramis, e que o Rei não está contratando mosqueteiros no momento, estando eles próprios, digamos, aposentados. No entanto, em lugar de duelar com os três mosqueteiros, Percy se une a eles para despachar os guardas de Rochefort, e destruir metade da cidade no caminho, antes do almoço.
Como em toda história não pode faltar uma donzela cujo coração é reclamado pelo protagonista, eis que surge Constance, a quem, entre um golpe e outro de espada nos guardas de seu inimigo, ele aproveita para tentar cortejar, porém ela não lhe dá bola.
Terminada a luta, os três mosqueteiros têm agora um novo amigo e encrenqueiro em potencial.
A nova rivalidade estabelecida entre os mosqueteiros do Rei e os guardas pessoais do Cardeal se torna um assunto mais importante que a vinda do Duque à França. Ao contrário do que Sua Eminência imaginava, o Rei Vaidoso tratou este assunto com absoluto bom humor, principalmente depois de saber que os quatro mosqueteiros – a esta altura Percy Jackson já estava empregado entre eles sem precisar de entrevista – venceram sozinhos quarenta guardas do Cardeal. O ato vitorioso chega a merecer os cumprimentos da Rainha Anne, que foi informada da bravura dos mosqueteiros por sua dama de companhia, Constance, aparentemente não tão indiferente a Percy Jackson como ele pensava. A Rainha chega a sugerir que poderiam ter sido quatrocentos contra os quatro.
E como punição aos quatro mosqueteiros, o Rei lhes concede roupas novas e moedas de ouro, e os convida para o evento do dia seguinte.
Aborrecido com a atitude do Rei de recompensar os mosqueteiros, o Cardeal, que como todos sabem é mais falso que Dólar paraguaio, decide manchar a honra da Rainha para atingi-lo, acusando-a de ter um caso com Will Turner. Para isso, ele pede que Milady falsifique cartas de amor com a letra e o selo do Duque de Buckingham, e para que haja uma prova mais substancial da traição, manda a trambiqueira roubar uma joia da Rainha, para que o Rei acredite que ela a deu a Buckingham como prova de afeição, esperando assim encurtar o caminho de sua própria pessoa ao trono.
No dia seguinte cumpre-se a profecia de Leonardo Da Vinci:
Will Turner chega à França a bordo de um dirigível, sua tão estimada máquina de guerra projetada por Da Vinci, uma versão moderna de seu antigo navio pirata, que faria jus literalmente ao título de Holandês – ou neste caso, Inglês – Voador.
Atingindo o Rei Vaidoso onde mais lhe dói, Will Turner zomba do modelo ultrapassado que o jovem está vestindo, e em seguida deixa uma farpa de ciúme no orgulho do soberano ao mencionar que já conhecia a Rainha há muito tempo, uma noite que o Duque garante que se lembrará para sempre. Enciumado, o Rei pede conselhos amorosos a Percy Jackson.
Enquanto Will Turner discute sobre vinhos com Richelieu, Milady invade o quarto da Rainha para plantar as cartas na gaveta de seu toucador e roubar um colar de sua sala secreta. Depois ela convence o Cardeal a assinar uma carta em que revela que foi por ordem sua e pelo bem do Estado que o portador da carta fez o que tinha que ser feito. Em seguida parte com Will Turner para a Inglaterra.
Quando o Rei lê as supostas cartas do Duque, o Cardeal o aconselha a dar um baile dali a cinco dias, um bom pretexto para sugerir à Rainha que use o colar que, de acordo com as cartas, ela deu ao Duque. Ao ser informada, a Rainha pede que Constance mande o colar ao joalheiro para que seja polido, mas a dama de companhia percebe que a joia foi roubada.
Então, para salvar a pele de sua senhora, Constance incumbe Percy Jackson e os três mosqueteiros da missão de ir até a Inglaterra recuperar o colar da Rainha, o que envolve invadir uma estrutura altamente inexpugnável e fortemente protegida, e depois voltar à Paris, com cada soldado, assassino, mercenário, e caçador de recompensas dos dois lados do canal esperando para impedi-los de fazer isso. E tudo em cinco dias!
No Porto, Constance cria uma distração fantasiando-se de mosqueteira para que os guardas pensassem que ela era D’Artagnan (Percy Jackson) e a perseguissem, dando aos heróis chance de embarcar sem serem impedidos.
Hora da ação: Porthos e Aramis criam uma distração, enquanto Percy Jackson se infiltra entre os guardas para chegar com facilidade onde precisa, mas é preso por outro time de guardas que o esperava, e levado à presença de Will Turner, a quem anuncia que ele era a isca para distrair os guardas enquanto os mosqueteiros roubavam o precioso dirigível do Duque e destruíam seu gabinete a tiros e bombas.
Porém o elemento principal do plano era o, até então aparentemente inútil, empregado de Porthos, Planchet, que tomou o lugar do cocheiro de Milady para ajudar os amigos a colocarem a carruagem dela a bordo do dirigível, pois eles já sabiam que ela estaria com o colar.
Athos recupera a joia, e Milady lhe entrega a carta do Cardeal, alertando-o de que pode precisar dela, antes de se jogar para a morte nas alturas.
No entanto, o que parecia ser um retorno tranquilo se torna uma luta digna de Piratas do Caribe, quando outro dirigível capitaneado por Rochefort surge no céu, com a bela dama de Percy Jackson amarrada à proa. O rapaz, então, barganha a liberdade da moça em troca da sua, de posse do colar, prometendo entregá-lo quando ela estiver em segurança.
Depois da troca feita começa um tiroteio com os canhões, até que uma torre sobe a bordo do dirigível de Rochefort, fazendo-o encalhar em cima da construção. O vilão tem uma luta com Percy Jackson no telhado, onde acaba sendo atravessado pela espada do gascão.
Finalmente, os mocinhos regressam ao palácio, e dão um show de atuação, ao convencer o Rei Vaidoso de que o dirigível arruinado era um presente encomendado pelo Cardeal para Sua Majestade, porém, lamentavelmente foi atacado por um espião de Will Turner, Rochefort, que foi morto por isso – e eu pensando que tinha sido por ofender a égua!
E para provar que tudo o que fizeram foi por ordem de Sua Eminência – e silenciar a defesa do clérigo –, eles entregam a carta assinada por ele, que estava em posse de Milady.
Neste momento a Rainha chega, lindamente adornada com o colar que acabou de chegar do “joalheiro”, e convida o Rei, agora orgulhoso com a prova de fidelidade da esposa, para dançar.
O Cardeal, percebendo que fora vencido, cumprimenta os mosqueteiros e lhes oferece emprego na sua guarda pessoal, porém eles recusam. Os motivos: Aramis já tem emprego, Athos é um bêbado, Porthos é financeiramente independente, e Percy Jackson obrigado, mas não.
Como toda história merece um final feliz, Percy Jackson vai atrás do seu com Constance, que repete o velho texto de que ele é convencido, o que ele assume que é, mas somente às terças-feiras, e quando há mulheres bonitas envolvidas.
E enquanto o dirigível literalmente explode, os três mosqueteiros aguardam novas aventuras.
Em algum lugar longe dali, Milady desperta, e sua primeira visão é o rosto arrogante, porém deslumbrante de Will Turner, assegurando-lhe que não está morta, mas que a resgataram no canal quando perseguiam Athos. Ela parece um pouco confusa, porém o Duque decide ir para a França recuperar o que é seu, e se vingar de seus inimigos, acompanhado de uma frota que segue pela água e pelo céu.
Só queria saber se a posse que ele pretende recuperar é o colar, a Rainha ou o chapéu que entregou ao Rei!


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