Um Belo Exemplo Natalino

em segunda-feira, 24 de dezembro de 2018

Depois de um Halloween extremamente movimentado, chegamos a uma pobreza de Natal. Uma pessoa me perguntou tempos atrás porque eu escrevo tão poucas reviews natalinas, e aqui me sinto obrigada a plagiar o Seu Madruga, e dizer que a culpa é dos energéticos.
Que na nossa realidade se traduz como “companhia elétrica”. Acontece que eu moro numa cidade do interior, numa região de serra, onde chove à cântaros em dezembro e venta mais que ventilador gigante. E mesmo que o vento não seja suficiente para derrubar uma arvorezinha sequer, nem caia raios suficientes para ressuscitar um rato Frankenstein, a companhia que distribui eletricidade nos brinda com uma grande quantidade de horas sem energia elétrica neste mês festivo. Sério! Desde que mudei para cá – há quase uma década – acho que só teve um ano em que não tivemos que passar o Natal à luz de velas.
Como eu programei a postagem dessa review no início de dezembro, para ser publicada no dia de hoje, é provável que eu esteja sem luz neste exato momento.
Sim, é um caos. Consigo pensar em alguns bons presentes de Natal que eu gostaria de enviar ao presidente da companhia elétrica local. Tipo antraz, ou uma bomba atômica... Ou um CD do Frank Aguiar. Qualquer coisa que causasse um estrago bem grande.
Enfim, vamos deixar de lado os problemas elétricos da minha cidade e focar no nosso especial de Natal.
E desta vez, preparei algo extremamente nostálgico, um episódio natalino de um dos meus desenhos animados favoritos de todos os tempos: Hey, Arnold!
Vamos nos divertir com mais uma aventura do nosso querido Cabeça de Bigorna em:
Nossa história começa na manhã da véspera de Natal – não... Jura?! Um especial natalino que começa na véspera de Natal é algo tão inesperado quanto uma paçoca feita de amendoim...
Bem, vamos rever esse parágrafo:
Nossa história começa no dia 24 de Dezembro, em que neva muito na cidade – que, a propósito, é uma coisa que me faz invejar nossos amigos do outro hemisfério, que podem se dar ao luxo de fazer bonecos de neve, anjos de neve, guerra de bolas de neve, e tantas brincadeiras divertidas em dezembro, enquanto nós simplesmente lutamos para não derreter num calor de duzentos graus, mais besuntados em protetor solar que um pãozinho com manteiga, pedindo ao Papai Noel para que caia um granizozinho que seja para nos refrescar.
Esse clima tropical sinceramente cansa minha beleza.
Mas vamos em frente...
Phoebe – aquela japonesinha que é amiga da Helga, e uma das personagens mais simpáticas da história dos desenhos animados – comenta sobre a decoração de Natal da cidade, e pergunta à sua amiga mau humorada com uma sobrancelha só do que ela mais gosta nessa época do ano.
E a Helga não está se referindo exatamente às clássicas exigências quanto às notas escolares, ou sobre arrumar o quarto, limpar sua bagunça, alimentar o cachorro e manter o peixe do aquário vivo por pelo menos três dias. Acontece que Helga vem de uma família completamente disfuncional: seu pai, Big Bob Pataki só se interessa em aumentar os lucros de seus negócios, geralmente sem muitos escrúpulos em apelar para meios menos lícitos para isso; sua mãe, Miriam, o desenho nunca revelou claramente, mas dá para deduzir que era chegada na água que o passarinho não bebe, uma mulher frustrada e avoada, que quando não estava em coma alcoólico, também não estava nem aí para o que sua filha estava fazendo, ou por onde andava até altas horas da noite; e a irmã mais velha, Olga, que deveria ser um exemplo, ou no mínimo um apoio para Helga, apenas aparecia em casa quando tinha algum problema, ou a necessidade de esfregar na cara da caçula que ela era a prole perfeita de Big Bob, o que, invariavelmente, só deixava Helga ainda mais zangada, frustrada e mau humorada que de costume.
Tenho pena daquele garoto bocó que só aparecia em cena para levar socos da Helga cada vez que ela precisava extravasar sua raiva – e cujo nome, pelo que me lembro, nunca chegou a ser mencionado no desenho.
Mas este ano, Helga descobriu o jeito perfeito de fazer Big Bob indenizá-la por todos os traumas de infância que ela terá que resolver na terapia no futuro, pedindo como presente de Natal não só um item caro, mas também extremamente difícil de se conseguir em cima da hora: as novas e maravilhosas e cobiçadas botas de neve assinadas por Nancy Spumoni.
E quem diabos era Nancy Spumoni? Não faço ideia! Mas devia ser a Beyoncé dos calçados, de acordo com o desespero das garotas pelas malditas botas nesse desenho. Sabe o emprego com a Miranda Priestly, que, diz a lenda, milhares de garotas matariam para conseguir? Esse caso é igual, e me espanta que a taxa de homicídios em lojas de departamento não tenha crescido 99% nesse desenho.
Aliás, exatamente no momento em que Helga está com a fuça colada na vitrine, namorando as botas da última moda, Honda – a patricinha riquinha, que geralmente é legal com o Arnold, e uma das poucas personagens ricas não estereotipadas em desenhos animados – aparece para abalar as esperanças de Helga de ganhar as botas dos sonhos nesse Natal, já que o produto está esgotado em praticamente todas as lojas da cidade.
Que são pensamentos extremamente espiritualizados, perfeitos para se ter no Natal...
Enquanto Helga decide qual combustível utilizará para queimar os negócios de seu pai caso não ganhe o presente esperado, Arnold e Gerald compram presentes para suas famílias. Gerald, que é um sujeito prático, comprou gravatas para a família inteira: para o pai, para a mãe, o irmão mais velho, a irmã caçula, o cachorro, o papagaio, os morcegos que fizeram ninhos no sótão... Mas Arnold está ali para fazê-lo perceber que gravata não é um presente apropriado para uma menina de quatro anos.
Tô brincando, tá gente?! O psicopata desse desenho, e serial killer em potencial é o garoto que vive apanhando da Helga – e talvez o Garoto-Chocolate –, não o Gerald.
E como reconhece que seu amigo com cabeça de bola de futebol tem razão, ele decide dar a gravata para o avô e comprar algo mais adequado para sua irmãzinha. Tipo um boneco do Chucky.
Daí os garotos se separam para que um possa comprar o presente do outro, e nesse momento Helga vê Arnold andando na rua, e começa seu monólogo sobre ele ser um caipira bobão, com cabeça de ovo deitado, cuja existência é um ultraje à natureza, que jamais deveria ter concebido um ser tão abominável e...
... tão maravilhoso, com seu andar elegante, seu olhar de ursinho de pelúcia, seu bravo, ainda que mal dirigido interesse pelos menos afortunados, e tão apaixonadamente adorável...
Oh!
Sim, Helga é completamente apaixonada pelo Arnold.
E demonstra isso transformando sua vida num grande inferno.
Se o sexo oposto também for adepto desse tipo de comportamento, começo a identificar alguns prováveis fãs que tive nos meus primeiros anos do ensino fundamental.
Isso explica muita coisa...
E também nos apresenta uma das principais missões desse episódio: Helga precisa desesperadamente encontrar o presente perfeito para dar ao seu amado Cabeça de Bigorna nesse Natal. Algo que o impressione, que expresse todo o seu afeto, e que faça com que o garoto se apaixone irremediavelmente por ela também.
A outra missão, ainda mais importante, começa a ser apresentada na cena seguinte, quando Arnold chega em casa, no exato momento em que sua avó está desejando Feliz Ação de Graças a todos – porque a mulher é birutinha da Silva –, e os pensionistas estão realizando o sorteio do amigo secreto de Natal, mas estranhamente todos tiraram o Oskar.

Sei, me engana que eu gosto, Sr. Kokoshka.
Daí é claro que eles refazem o sorteio, enquanto a avó do Arnold canta:
Ah, não, péra... Essa aí é a biscavó da Chiquinha.
Mas enfim, as duas têm mais ou menos os mesmo nível de loucura.
E no amigo secreto, Arnold tirou o Sr. Hyuhn, o inquilino vietnamita da Pensão, que nesse Natal parece mais desanimado que de costume.
Para falar a verdade, esse é o único episódio em que eu me lembro de ter visto o Sr. Hyuhn desanimado. Se bem que esse especial de Natal aconteceu logo no começo da série, e eu não tenho certeza de que o cidadão tenha feito alguma grande aparição antes disso.
E como é um garoto que se importa com as pessoas, Arnold quer dar algo realmente especial ao seu amigo secreto, ao que Gerald sugere que ele dê uma gravata.
Então Gerald sugere que Arnold pergunte o que seu inquilino gostaria de ganhar.
Assim mesmo, na lata.
Porque, convenhamos que amigo secreto raramente é secreto.
E caso alguém esteja se perguntando o mesmo sobre mim – o que eu gostaria de ganhar no Natal, quero dizer –, esse ano, estou aceitando meus presentes em dólar, euro, e bitcoins.
Mas o Arnold não tinha essa opção – quer dizer, dólar era uma opção, já que o menino vive nos States –, então decidiu perguntar, como quem não quer nada, o que alegraria o Sr. Hyuhn nesse Natal. Coisas básicas, sabe: doces, um bom casaco de inverno, um cachecol, uma barra de ouro que vale mais que dinheiro...
Mas só havia uma coisa que o Sr. Hyuhn poderia desejar.
E é nesse momento que somos apresentados à triste história do passado do inquilino vietnamita da pensão do Arnold.
Muitos anos atrás, o Sr. Hyuhn vivia no Vietnã com sua filhinha May, e era um homem feliz. A mãe da menina, não sabemos que fim levou, e o Sr. Hyuhn parece não gastar pensamentos com ela. Vai ver, May era uma produção independente do cidadão. Vai saber...
Mas com a chegada da guerra, interromperam-se os sonhos dele sobre o futuro de sua filha, e ele se viu diante da difícil decisão de separar-se da menina para que ela pudesse crescer protegida na América, longe dos horrores da guerra.
Sem ter como sair do país com sua filha, o homem precisou entregá-la a um soldado americano, quando o helicóptero já estava partindo. Enquanto a aeronave decolava, o soldado gritou o nome de uma cidade, onde mais tarde Hyuhn poderia procurar sua filha.
E foi por isso que ele veio parar na cidade do Arnold, vinte anos depois; mas encontrar sua filha naquele lugar era como procurar uma agulha num palheiro. Apesar disso, ele daria qualquer coisa para vê-la de novo, e saber se ela é feliz.
Agora que já sabe o que o Sr. Hyuhn quer nesse Natal, Arnold está determinado a localizar a filha dele. O problema é que já é véspera de Natal, ou seja, ele tem menos de vinte e quatro horas para conseguir, basicamente, um milagre.
Esta seria uma missão adequada para Jack Bauer.
Mas como esse desenho foi criado antes do seriado 24 horas, Arnold só pode contar com a sorte, mesmo. E, no máximo, o Chapolin Colorado.
Assim, Arnold pesquisou todas as agências governamentais da cidade, e descobriu a existência de uma Repartição Federal de Informações, onde ele espera encontrar alguma alma caridosa disposta a varar a madrugada trabalhando em pleno 24 de Dezembro só para dar a um pobre imigrante vietnamita um Natal feliz.
Já disse o sábio Mestre Linguiç... Digo, Professor Girafales. Mas como esse desenho reflete a realidade, o que encontramos nessa Repartição Federal são montes de funcionários bêbados, enchendo ainda mais a cara, esperando pacientemente o fim do expediente, aquele momento mágico em que poderão ir para casa, encher a pança de quitutes deliciosos, mandar o chefe para todos os infernos, e não ver a fuça dele até o próximo 2 de Janeiro.
Mesmo assim, Arnold não perde a esperança, e decide se embrenhar pelas entranhas do lugar. E não é que ele encontra um sujeito atolado em trabalho?
Aliás, atolado demais para ajudá-los.
Mas bem nesse momento, a esposa do cara telefona, enchendo o saco porque ele ainda não fez as compras de Natal, e ameaça arrancar seu fígado para rechear o panetone, caso ele chegue em casa sem os presentes das crianças. E os meninos veem nisso uma boa oportunidade de barganha: eles se oferecem para fazer as compras pro sujeito enquanto ele termina seu trabalho atrasado, e em troca, ele ajuda a encontrar a filha do Sr. Hyuhn.
Enquanto os garotos percorrem todas as lojas da cidade atrás dos itens da lista do Sr. Bailey – o funcionário não muito solícito da Repartição Federal –, Helga também vaga pelo comércio local em busca do presente perfeito para o seu adorado Cabeça de Bigorna. Ela já tinha se decidido por um jogo de videogame, quando o objeto de seu afeto e o melhor amigo com o cabelo da Marge Simpson apareceram para destruir suas ilusões de conquistar o amor do garoto com um presente caro e impessoal.
E nem se deram conta de que, enquanto passavam um sermão na menina, acabaram deixando cair a lista de compras do Sr. Bailey. Mas tudo bem, porque só faltava comprar um item: as botas de neve oficiais de Nancy Spumoni.
Não disse que estava todo mundo querendo essas botas?
Agora, querer e encontrar esse item tão requisitado em plena véspera de Natal são duas coisas completamente diferentes.
É entrar na loja e pedir as tais botas, para todos os vendedores caírem na gargalhada.
Rindo de duas crianças em plena véspera de Natal... Acho que não existe um grau na escala FDP que comporte esse tipo de atitude. Tudo bem que eles estão querendo um produto que está simplesmente esgotado até quatro de julho, mas pelo amor do Bambi! São duas crianças! Vocês não têm coração?! Tomara que seu bônus de Natal seja pago em notas do Banco Imobiliário, que é o que vocês merecem, seus... seus...
Minha mãe pediu encarecidamente que eu não use linguajar chulo no Natal, mas nesse tipo de situação não dá para ser gentil.
... SEUS DEPUTADOS FEDERAIS!
Perdoem a baixaria, queridos leitores, família brasileira. Prometo me comportar daqui em diante.
O pior é que a cena se repete em todas as lojas em que os garotos entram. Então, mais tarde, cansados de serem ridicularizados, e em cima da hora para o fim do expediente na Repartição do Governo, lá vão eles explicar ao Sr. Bailey que foi impossível encontrar as tais botas.
E como não concluíram a tarefa, o cidadão decide não mover um dedinho sequer para encontrar a filha do Sr. Hyuhn.
Mesmo que os meninos tenham se esforçado.
Mesmo que eles tenham comprado todos os outros duzentos e noventa e nove itens da lista do cara.
Eles não trouxeram TUDO. Por isso ele não vai fazer NADA!
Essa imagem ilustra bem o espírito natalino deste cidadão da Cornolândia.
Daí os garotos voltam para casa desolados, convencidos de que o Natal é um grande papo furado, e que esse mundo é um lugar horrível para se viver, recheado de pessoas egoístas, salafrárias, que não merecem nada além de seu desprezo, e decidem dar a gravata que o Gerald comprou para sua irmãzinha ao Sr. Hyuhn – torcendo para que ele não perceba a diferença entre o acessório e sua querida filhinha –, e enviar uma bela caixa de bosta ao Sr. Bailey como presente de Ano Novo. Com os devidos agradecimentos POR COISA NENHUMA!
Quem também ficou inconsolável por ver seu amado Cabeça de Bigorna tão desanimado foi a Helga – que, a essa altura, já havia desistido de comprar um presente de Natal para ele. Daí ela foi para casa, onde encontrou sua família reunida em volta do piano tocado por sua irmã perfeita Olga – que devia estar algum problema, para estar em casa no Natal –, cantando alegremente uma canção natalina, como se fossem a família mais feliz do mundo.
Mas sabemos que a realidade aí é outra. A família de Helga, conforme já comentei, se resume a um pai escroto, uma mãe alcoólatra e totalmente desinteressada na família, e uma irmã que só lembra de voltar para casa em casos de vida ou morte. Ninguém nunca se preocupou em ensinar bons valores à caçula. Então, por que diabos estão todos cantando agora? Desde quando os Pataki são uma família normal?
Bem, talvez porque seja Natal, e a convenção social diga que devem agir assim.
Mas convenhamos que esta cena é, em toda a história deste desenho, a que menos reflete a realidade – e olha que já tivemos cocheiro sem cabeça, maquinista de trem fantasma, e até um fantasma do feijão fedorento. Se esse desenho refletisse a realidade, o mais próximo que a família da Helga chegaria de uma família unida e feliz no Natal, seriam todos enchendo a cara de “líquidos proibidos para menores” e tacando as garrafas uns nos outros no final da noite. Na melhor das hipóteses, disputariam a tapa as coxas do peru.
Mas enfim...
Nesse momento, Helga recebe da mãe o presente que mais queria: as botas de neve da Nancy Spumoni – aliás, segundo Miriam, aquele devia ser o último par da cidade, já que ela passou dezoito horas na fila da loja, e precisou esfaquear as outras mães para poder comprá-las.
Já sabem a quem culpar pelo fracasso de Arnold em sua tentativa de fazer uma boa ação nesse episódio, né?
Imediatamente esquecida desses aborrecimentos, Helga calça suas botas novas e vai para a rua desfrutar seu presente, toda empolgada, e pronta para esfregar na cara da Honda que ela conseguiu as botas da Nancy Spumoni e ela não – ou sim, né? Não tivemos mais notícias dela neste episódio, então, vai saber...
Mas aí ela se lembra que era isso que separava seu amado Arnold da felicidade nesse Natal, e se vê diante de mais um dilema moral, aos quarenta e cinco do segundo tempo: por um lado, ela ganhou o presente que queria; por outro, não consegue ficar  totalmente feliz sabendo que Arnold está tão para baixo por não ter conseguido alegrar seu amigo secreto.
Aproveite e chute a bunda do Sr. Bailey, Helga, porque o filho duma égua do dia é ele!
A consciência fala mais alto, e Helga decide embrulhar as botas de novo e dá-las ao Sr. Energúmeno, para que não tenha mais desculpas esfarrapadas para não ajudar o Sr. Hyuhn a reencontrar a filha de suas entranhas.
E ela só consegue convencê-lo depois de fazer um grande discurso sobre o verdadeiro significado do Natal, que consiste em mostrar às pessoas o quanto se importa com elas. E se não fizer nada, Arnold nunca mais acreditará em milagres novamente.
Então o desenho salta para a manhã seguinte, quando os pensionistas estão abrindo os presentes de Natal. Curiosamente, o amigo secreto deles consistia em colocar os presentes embaixo da árvore de Natal, etiquetados com o nome de seu destinatário, sem que ninguém revelasse quem tirou quem.
Enquanto isso, o Arnold continua cabisbaixo, pois com todo o corre-corre do dia anterior para tentar encontrar a filha do Sr. Hyuhn, ele não conseguiu comprar nenhum presente, de modo que o vietnamita ficou sem filha, sem presente, sem biscoito, sem nada.
Mas bem na hora em que o menino decide ir até o amigo e explicar o que houve, são interrompidos pela campainha.
Oh, é um milagre!
Depois de todos os aborrecimentos, de ter passado a noite inteira acordado rezando para o santo que estivesse de plantão fazer qualquer coisa que estivesse ao alcance para proporcionar um bom Natal ao Sr. Hyuhn, eis que a graça foi alcançada, e May Hyuhn encontrou o caminho da pensão onde mora seu pai.
Não é emocionante?
É uma epidemia de ciscos, Ernie, porque tá todo mundo com o mesmo problema aí na pensão.
Mas bem que o Arnold gostaria de entender como foi que esse milagre aconteceu.
Esse desenho é o tipo de coisa que devia passar com frequência: uma obra carregada de bons valores, e com uma mensagem realmente válida nessa época do ano.
Muito embora não tenhamos mais notícias da filha do Sr. Hyuhn nessa série, sabemos como foi importante para o sujeito reencontrá-la, e afinal, é a lição do dia que conta: deixar de lado o consumismo desenfreado que se apodera de nós nessa época do ano, e dar atenção àqueles detalhes que realmente importam, ao que realmente pode fazer nossos entes queridos mais felizes.
A quem me acompanhou por todo esse ano – e foi um ano bem agitado; nunca antes eu conseguira passar de cinquenta postagens num único ano, e desta vez, cheguei perto da casa dos oitenta! Só faltou concluir as reviews de Once Upon a Time, que já estão escritas, até o final da série, mas eu acabei me enrolando, e não tive tempo de montar todas as fotos. Fica para o ano que vem.
Como ia dizendo, aos que me acompanharam ao longo de todo esse ano, quero desejar um excelente Ano Novo. Espero que tenham se divertido, e que vocês continuem com o coração aberto para encarar as minhas loucuras aqui no blog por pelo menos mais um ano.
Em 2019 teremos muito mais diversão aqui no meu, no seu, no nosso
Admirável Mundo Inventado!
Até lá, pessoal!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita!
E já que chegou até aqui, deixe um comentário ♥
Se tiver um blog, deixe o link para que eu possa retribuir a visita.



Apoie o Blog Comprando Pelo Nosso Link




Topo