Desafio #26: A Agitada Vida de Serena – Pelo Menos, É O Que Dizem Por Aí...

em sexta-feira, 8 de setembro de 2017

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Pensei não ter muito a dizer sobre Gossip Girl após concluir a leitura do primeiro livro. Veja bem: nunca assisti a nenhum episódio da série de TV, por isso não sei como eram os personagens na tela, nem quais participaram, quais ficaram de fora, ou quais tiveram seus papéis trocados. Portanto, não a uso como referência para esta resenha.


GOSSIP GIRL#1 – AS DELÍCIAS DA FOFOCA
Título Original: Gossip Girl
Autora: Cecily von Ziegesar
Editora: Record
Páginas: 256
Gênero: Chick-lit

Sinopse:
Adolescentes adoram fofocar em qualquer lugar do planeta, mas no mudinho fabuloso dos jovens da alta sociedade nova-iorquina as fofocas são sempre mais divertidas, nem que seja pela suas roupas caras de estilistas famosos, pelas casa de férias em lugares hiperchiques, pelos litros de bebidas que consomem ou pelas brigas sem qualquer motivo. Em Gossip Girl, iremos conhecer o universo quase secreto doa alunos de tradicionais escolas particulares para meninas e meninos, onde nem mesmo os horríveis uniformes conseguem esconder a beleza desses afortunados.

EEEEE


O que posso dizer sobre As Delícias da Fofoca?
Gossip Girl parece ser um desfile de personagens intragáveis. Veja bem: PARECE! A princípio temos Blair Waldorf, desabafando sua insatisfação com o relacionamento da mãe com um cara que ela parece não aprovar totalmente – o típico ressentimento de uma adolescente que nunca imaginou possível o divórcio dos pais. Até aí, ok, nada que me fizesse detestar a Blair. Eis que entra em cena Serena van der Woodsen. E a história finalmente começa.
O Uper East Side gira em torno de Serena: todas as conversas, todas as fofocas, todos os olhares, todos os boatos – e olha que eles são muitos! Reza a lenda, que Serena foi expulsa do internato na Suíça porque dormiu com todo mundo no planeta Terra. Supostamente, ela dava inúmeras festinhas em seu alojamento, regadas a muita bebida, sexo, drogas e rock’n roll. Dizem que ela continua traficando drogas, e tem até uma droga própria, um comprimido com a letra S gravada. Reza a lenda também que Serena teve um filho enquanto esteve fora, e abandonou a criança na França; supostamente seu pai pagou a uma família para que o adotasse. Dizem por aí que essa não foi sua única gestação, e que ela teria feito inúmeros abortos; o último, muito recentemente. Também corre um boato de que ela tem todas as DSTs que você puder imaginar. E a foto que circula estampada nos ônibus e no teto dos táxis pela cidade pode ser seu olho, seu umbigo, ou... Vai saber...
Já deu para perceber que tem muita gente cuidando da vida da Serena ultimamente, né?! O detalhe é que nenhuma dessas pessoas está sequer falando com ela direito. Mas falando dela, todos estão.
De verdade, a única personagem tolerável nessa história é a Serena. O livro só existe por causa dela, e sem dúvida só é lido por causa dela. Enquanto todas as fofocas correm, Serena se sente deprimida porque não consegue se reaproximar de seus antigos amigos, se sente solitária, e cada vez mais pressionada a fazer algo de útil no colégio se quiser impressionar uma boa universidade. O drama é bem típico dessas histórias em torno dos adolescentes riquinhos de Nova York, mas Serena é o diferencial, porque em vez de ficar em casa sentindo pena de si mesma, ela vai em busca de uma mudança. Ela não é tola a ponto de se deixar enganar pelo apoio falso de Blair, nem esnobe o bastante para desprezar quem está disposto a lhe dar um apoio sincero simplesmente por estar abaixo de sua classe social. Acho que podemos dizer que Serena é gente como a gente, e a única alma humana nesse círculo de robôs sem emoção.
Já que os antigos amigos não estão interessados nela, Serena faz amigos novos. Primeiro ela se aproxima de Vanessa, uma garota meio punk que frequenta as aulas de cinema de Blair, e, através dela, conhece Dan, que estuda em outra escola, e com quem vislumbro um futuro romântico para Serena – de novo, tenha em mente que não vi a série de TV. Também é nesse caminho que Serena conhece Jenny, irmã mais nova de Dan, que é basicamente uma pobrinha meio boba-alegre, que terá muitos motivos para não querer tanto assim ser incluída no High Society de Manhattan depois de sua primeira experiência na festa beneficente em favor dos falcões do Central Park.
Aliás, essa festa é um divisor de águas para Serena também, porque foi através disso que ela se deu conta de que Blair não estava realmente a fim de tê-la por perto. Afinal, readmitir Serena em sua panelinha significava abrir mão de seu posto como abelha-rainha, que Serena retomaria sem dificuldade. E esse é basicamente o motivo porque Blair não sentiu tanta falta assim da melhor amiga depois que ela foi embora. Não devia ser tão divertido viver à sombra da diva Serena van der Woodsen; e voltar a ser a Número Dois do Uper East Side estava fora de cogitação.
Acho que depois de dizer tudo isso fica fácil definir os personagens dessa história: Serena é uma diva; Blair é uma vaca; Nate – namorado de Blair, meio apaixonado por Serena – é um banana, que basicamente come na mão da Blair, e se permite ser manipulado por ela; e Chuck é um idiota – nem vale a pena explanar sobre ele.
Se por um lado, os protagonistas deixam a desejar – com exceção da loira diva –, os personagens secundários roubam a cena. Não consegui simpatizar muito com a Jenny até vê-la em apuros, mas não posso negar que ela foi uma das poucas personagens que pareceu autêntica nessa história desde o início – para o bem ou para o mal. Vanessa me ganhou mais facilmente pelo mesmo motivo – e por compartilharmos basicamente a mesma repulsa pela Blair. E Dan foi o único cara bacana que o livro nos apresentou. Mas ele não pertence ao High Society – mais um ponto a seu favor!
Ah, sim, e também tem o Erik, irmão da Serena, que, mesmo não tendo aparecido exatamente na história – exceto nas lembranças narradas por Serena, e em uma conversa por telefone –, pareceu muito mais interessante do que todos os outros riquinhos que conhecemos.
Enfim, Gossip Girl provavelmente é um retrato fiel da hipocrisia que existe entre as classes mais afortunadas, não só em Manhattan, mas em qualquer lugar do mundo; e, se não me deixou ansiosa pelos volumes seguintes – que inevitavelmente lerei, de uma forma ou de outra, num futuro não muito próximo –, também não chegou a desapontar. O motivo é único, loiro e fabuloso. E espero, sinceramente, que roube definitivamente a coroa da cabeça de Blair. Muito em breve!
– Para vocês que me amam – e me odeiam...
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