O
desafio literário já perdeu completamente o sentido, uma vez que o estou
arrastando pelo terceiro ano, mas como não gosto de deixar as coisas
inacabadas, vou continuar enumerando-os à medida que as minhas leituras se
encaixem na lista.
Como
é o caso do livro de hoje, o escolhido para “com a capa linda”.
VOCÊ (NÃO) É O HOMEM DA MINHA VIDATítulo Original: You’re the one that I don’t wantAutora: Alexandra PotterEditora: RecordPáginas: 448Gênero: Chick-lit
Sinopse:“O sonho da maioria das mulheres é encontrar o homem da sua vida. Lucy só quer se livrar dele”.
No instante em que Lucy conhece Nate em Veneza, durante o intercâmbio da faculdade, ela tem certeza de que é o amor da sua vida. Com toda a magia do primeiro amor, eles se beijam ao pôr do sol sob a Ponte dos Suspiros, o que, segundo a lenda local, os uniria para sempre.Passados dez anos, porém, eles perderam contato por completo. Até que Lucy se muda para Nova York, e o destino faz com que se reencontrem. E se reencontrem. E se reencontrem. Mas o Nate atual é muito diferente do que ela conheceu aos 19 anos, e Lucy preferia o antigo.Será que ele é mesmo sua alma gêmea? Como ela conseguirá se livrar dele? Afinal “para sempre” pode ser muito tempo...Uma comédia romântica original e mágica sobre o que acontece quando o sonho de toda menina de encontrar sua alma gêmea se torna verdade.EEEEE
Você (Não) é o Homem da Minha
Vida
é um chick-lit (o correspondente literário das comédias românticas), escrito
pela britânica Alexandra Potter.
Esse
é um tipo de romance meio água com a açúcar, mas vale a pena comentar.
A
frase impressa na capa já nos dá o tom da novela: “A maioria das mulheres deseja encontrar o homem perfeito. Lucy só quer
se livrar dele”. Isso, somado ao título “Você (Não) é o Homem da Minha
Vida” e à beleza da capa parecem ser a receita ideal para aguçar a curiosidade
do leitor.
O
livro conta a história de Lucy Hemmingway, uma britânica que em 1999, quando
estudava arte na faculdade, fez um curso de verão em Veneza, uma das cidades
mais belas e mais conectadas à arte no mundo, onde conhece Nathaniel Kennedy,
um americano que parece ser sua alma gêmea.
Pois
é... Parece.
E
eles estão tão convictos de que seu amor é perfeito, que decidem desafiar o
destino, depois que um velhinho estranho lhes dá duas metades de uma moeda
partida presas em cordões, representando as duas metades de um todo que se
encaixam com perfeição, e conta a lenda da Ponte dos Suspiros: o casal que se
beijar numa gôndola, sob a Ponte dos Suspiros ao pôr do sol, ao mesmo tempo em
que os sinos tocam na basílica de São Marcos, garantirá amor eterno, e nada jamais poderá separá-los.
Lucy
e Nate decidiram tornar seu amor eterno, cumprindo o ritual da lenda, mesmo
sabendo que se separariam em breve, pois ela morava em Manchester, na
Inglaterra, e ele na Califórnia, Estados Unidos. Por algum tempo, eles até
tentaram manter o relacionamento à distância, até o dia em que Nate comunicou à
Lucy, por telefone, que se apaixonara por outra mulher, e que se casaria com
ela. Aquele foi o fim do que poderia ter sido uma história de amor “lendária”. Mas
o casal ainda descobriria que o destino é mais poderoso do que podiam imaginar.
Dez
anos mais tarde, Lucy consegue um emprego numa pequena galeria de arte em Nova
York, e pouco tempo depois, quando vai instalar uma coleção de obras de arte na
cobertura de um cliente em Manhattan, depara-se com uma segunda chance de
reviver aquela história de amor épica.
O
problema é que aquele não é mais o mesmo Nate. E aquele não é mais o mesmo amor
adolescente que compartilharam em Veneza. Suas vidas tomaram rumos que tornaram
inconcebível o reenlace daquela paixão.
Mas
o destino parece não estar nem aí para sua decisão de permanecerem separados. E
Lucy não sabe mais o que fazer para se livrar de uma vez por todas de sua
suposta alma gêmea, e dessa forma abrir espaço em sua vida para uma nova história
de amor.
Você (Não) é o Homem da Minha
Vida
é como as comédias românticas da Katherine Heigl: divertido, porém, previsível.
Fica claro desde o início que Lucy e Nate vão se reencontrar em Nova York –
aliás, fica evidente onde eles vão se
reencontrar –, e também fica claro desde o mini enredo da capa que esse romance
terá prazo de validade curto. Mas, como diria Lisbela, “a graça não é saber o que acontece; mas quando acontece, e como
acontece”. E acontecem muitas confusões com esses personagens. O destino
parece determinado a uni-los, e não está economizando recursos para isso – para
quem ainda não foi informado, o destino até aprendeu a utilizar telefones
celulares(!), e ele sempre sabe a senha para desbloquear seu aparelho.
Maluquice? De modo algum! São coisas do universo.
E,
eu não sei se já ficou claro nesses quase cinco anos do blog, que eu sou
apaixonada por personagens secundários. Não importa o quanto o protagonista
seja bom – ou ruim, algumas vezes –, o que me cativa na maioria dos livros que
eu leio, é um personagem que aparece como quem não quer nada, com a função de
ser só um coadjuvante: o(a) melhor amigo(a), o(a) colega de trabalho, o(a)
vizinho(a) que está sempre por perto quando alguma coisa interessante acontece,
o garçom que sempre tem um conselho ou um comentário bem sacado para dar...
Enfim, um personagem sem grandes pretensões, que vai chegando de mansinho,
ganhando espaço e transformando cenas corriqueiras em grandes – ou divertidos –
diálogos. Eu poderia fazer uma lista de personagens secundários que já me deram
motivo para suportar alguma protagonista intragável (que não é caso da Lucy, de
modo algum. Se ela não chega a ser uma Scarlett O’Hara, também está muito longe
de ser uma Anastácia qualquer coisa daquele livro que não se sabe porque diabos
fez sucesso. Ou melhor, o diabo é que todo mundo sabe exatamente porquê ele fez sucesso, mas isso agora não vem ao caso).
E emendando um parêntese no outro, agora que dei ideia para maluca (eu mesma,
no caso), pode ser que um dia desses eu poste uma lista com os meus personagens
secundários favoritos nos livros.
Mas,
como ia dizendo, gosto de personagens secundários, e esse livro em particular
possui alguns que não podem deixar de ser mencionados:
Robyn,
a colega de apartamento da Lucy em Nova York, que é fascinada pelas questões
relacionadas ao destino e ao universo interferindo na vida das pessoas, e que é
a grande responsável por não deixar que a Lucy fique muito pirada por não
conseguir se livrar de Nate – e, frequentemente, sendo a catalisadora das
grandes confusões em que Lucy se mete na tentativa de expulsar o ex-namorado de
sua vida –, e que passa o livro inteiro obcecada em procurar sua alma gêmea,
que uma vidente “garantiu” que é moreno, bonito e se chama Harold. Aliás, essa
é outra novela dentro da novela principal do livro, e com um desfecho muito
legal;
Magda
Zuckerman, a chefe de Lucy na galeria, uma perua toda trabalhada na cirurgia
plástica, que apregoa um infalível talento para casamenteira, e está
determinada a encontrar uma boa moça judia para seu filho Daniel e um marido
rico para Lucy. Aliás, ela é a grande responsável por colocar Lucy de volta no
caminho de sua “alma gêmea” – mas só da primeira vez;
E
Adam, o penetra de galerias, apaixonado por cinema, que está aberto a aprender
um pouco sobre arte com sua nova professora, adivinha quem? Pois é... E cá
entre nós, com meia dúzia de aparições, o rapaz conseguiu conquistar mais de um
coração.
Enfim,
essa não é uma história revolucionária, nem cem por cento original. Pensando
nisso agora, até me fez lembrar um pouco o filme Quando em Roma em que a personagem de Kristen Bell recolhe moedas
jogadas por cinco homens diferentes na Fontana D’Amore, em Roma, e, graças a
isso, todos eles se apaixonam por ela. Mas como cinco é demais, ela precisa
subtrair pelo menos quatro dessa equação. Aliás, uma boa comédia romântica.
Assim
como o livro da Alexandra Potter, que tem todos os ingredientes para conquistar
as amantes de chick-lit: uma história de amor interessante, belos cenários
desde Veneza à Nova York, muitas encrencas para a protagonista se meter, e uma
lenda romântica cuja magia tem eficiência comprovada – para infelicidade geral da
mocinha.
Danke ich, Lisa *-*
ResponderExcluirWillkommen!
Küss
Olá!
ResponderExcluirEncontrei seu blog num grupo do facebook! Visitando para conhecer!
Um grande Abraço!
O.C.
Olá, Oscar!
ExcluirObrigada pela visita. Espero que goste do meu espaço maluco, rs.
Seja sempre bem-vindo *-*
Beijos