Imaginem um conto de fadas, cujo cenário é uma
cidade no interior de Pernambuco.
A mocinha é bem tradicional, meiga, gentil,
sonhadora e apaixonada por filmes românticos.
O príncipe não tem encanto nenhum, porém é
rico, e passa a história toda tirando onda de carioca só porque isso
supostamente é legal.
O rei, pai da mocinha, é o delegado da cidade,
um pai zeloso e profissional autoritário, que cuida em manter a ordem na
cidade, dentro do possível.
E como em todo bom conto de fadas, não pode
faltar um bobo da corte, alguém para fazer graça e animar até as cenas mais
tensas, temos um Cabo do Exército atrapalhado, que acaba de arrumar uma nova
mulher, e passa a história inteira tentando apresentar as armas à sua nova
senhora.
Agora imaginem que a mocinha do nosso conto de
fadas deixe o príncipe sem encanto por um plebeu malandro e cheio de conversa
fiada, que ainda trouxe na bagagem uma amante vingativa e invejosa, cujo marido
é um pistoleiro valente que jurou o malandro de morte quando descobriu o caso
dele com sua mulher.
Embora este conto possa ser chamado de “A
Princesa e o Malandro”, ele é mais conhecido como Lisbela e o Prisioneiro.
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