Por Verônica
Lira
Conta-se
que o nome da dama era Elena. Viveu na Inglaterra no século XVIII, e foi esposa
de um marquês. Este, embora um homem íntegro, não era o ideal que ela
procurava. De fato, o marquês passava mais tempo com seus amigos políticos e
com suas amantes do que com a esposa, e isso a deixava muito entediada.
Em
contrapartida, ele cedia a todos os caprichos dela. Dava-lhe tudo o que pedia:
os melhores vestidos, as joias mais caras, um pedaço de terra murada para
plantar o jardim grotesco de plantas exóticas que ela garantira ao marido que o
jardineiro não saberia cuidar, por isso ela própria cuidava... Deu-lhe até um
valete! Este não era um luxo comum às damas. Geralmente os valetes só serviam
aos senhores. A não ser que se castrasse o valete. Mas, por alguma razão
incompreensível, o marquês não estava preocupado.
O
moço fora escolhido a dedo. Thomas era jovem e agradável, e apesar do que ela
tenha feito parecer, não era um mero acaso ele ser um jovem atraente.