Finalmente, o tão aguardado desfecho da saga de Bella Swan, agora numa versão estupidamente imortal. Episódio de hoje “POR UM FILHO TEU NÃO FOGES À LUTA”!
Para deleite dos que se divertem com esses filmes, e para a ira dos defensores dos vampiros injustiçados e oprimidos, eu lhes apresento o final... Bem, o final (juro que tentei achar um adjetivo simpático) de uma saga que já nos proporcionou muitas risadas – e uma enciclopédia de erros de produção, coerência, interpretação, etc...
O que dizer da última parte da saga cômico-romântica de Edward e Bella?... FINALMENTE, ACABOU!
O bom de acompanhar uma saga que não é tão boa quanto dizem (ao menos nos filmes) é que você não cria expectativas sobre o final, e consequentemente, não se decepciona. Como foi o caso dos livros:
Crepúsculo perde muito tempo com o interrogatório da Bella sobre os vampiros, mas como já expliquei em outra postagem, era necessário explicar a versão Stephenie Meyer dos vampiros, então, é compreensível e perfeitamente tolerável.
Lua Nova foi o melhor livro e o pior filme da série respectivamente. O filme jogou fora tudo o que tinha de bom no livro e filmou um monte de fatos desconexos e mal interpretados. Frustrante!
Eclipse é um grande nada até no livro, uma sequência desnecessária que deveria ter sido resolvida no primeiro livro se alguém tivesse bom senso, mas ao menos a narrativa é interessante, e ainda te prende a prosseguir até a última página.
Mas Amanhecer, depois que Jacob devolveu a pena para Bella, se tornou uma narrativa extremamente maçante e incoerente, que só não foi pior que seu final completamente entediante. Não houve derrota aos Volturi. O que houve foi uma cena patética onde os diálogos foram do nada a lugar nenhum, e só serviu para que Bella e sua trupe se tranquilizassem com a informação óbvia de que “o bebê de Rosemary” terá uma vida longa. Sobre os Volturi, eles simplesmente se recolheram a sua glamorosa insignificância (usei de propósito duas palavras que discordam entre si, para ilustrar bem o que aconteceu nesse final) para pensar em outro pretexto para incomodar os Cullen.
O mundo clamava por um final menos “ZzZzZzZzZzZz” para a saga de Edward, Bella, os lobisomens, os figurantes, as aberrações e todo o resto, e foi justamente o que tivemos no filme. Não concluam por este comentário que eu adorei o filme. Foi quase tão meia-boca quanto os outros, mas a cena da batalha foi realmente de tirar o fôlego. Me decepcionou menos que o livro.
Enfim, já que chegamos até aqui...
Amanhecer – Parte 2 entra para a história do cinema como o filme que conseguiu superar o livro. Mas isso não é um elogio. Tenho a impressão de que Stephenie Meyer já estava tão cansada daquela história que só queria se livrar logo dela... Ou o tradutor teve dificuldade de compreender o verdadeiro significado do que a autora propôs. Dá quase na mesma, de qualquer modo.
O que os roteiristas do filme fizeram foi basicamente um milagre: cortaram pelo menos 80 páginas de embromação; a busca por testemunhas pelo mundo foi resumida em poucas cenas, e sua estadia na casa dos Cullen foi tão breve que deu a impressão de que eles não ficaram em Forks por mais de cinco dias, mas no livro a tensão da espera pelos Volturi durou mais ou menos um mês. O que, aliás, não faz o menor sentido.
Enfim, melhor não adiantar muitos fatos. Apenas ressalto que, apesar de ter dado uma “polida” na história, não é um filme extraordinário. Mas por que alguém esperaria isso?
Vamos ao que interessa: