A
fantástica história de dois lindos irmãos caçadores de monstros, que
passam a vida na estrada, procurando encrenca onde quer que escutem um boato de
que há atividade sobrenatural, dirigindo um Impala negro que deve impor
respeito até parado no sinal vermelho, invadindo casas assombradas,
exterminando fantasmas, bruxas, anjos, demônios, vampiros, lobisomens, fadas,
duendes, leviatãs, deuses malucos de mitologias pagãs, médiuns, psíquicos,
monstros de mitologias orientais e o diabo a quatro. Literalmente, o diabo a quatro! Já passou tanto
monstro nessas onze temporadas e meia da série que fica difícil relacionar
todos numa lista. Está mais para uma enciclopédia. E apesar de alguns episódios
bizarros, Supernatural segue firme e forte na 12° temporada, sem ameaças de
cancelamento e sem jamais perder o rebolado – algo que não é muito comum em
séries de fantasia, que geralmente perdem qualidade depois de três temporadas.
Tomem como exemplo The Vampire Diaries – que já foi superada em qualidade pelo
spin-off The Originals há muito tempo – e Once Upon a Time, para citar apenas séries
recorrentes aqui no blog.
Mas
qual é o segredo da longevidade do sucesso de Supernatural? Saber dosar a
temporada, incluindo um pouco de cada coisa: tem os episódios mais
“assustadores” – aqueles com nível mais alto de terror –, os monstros de sempre
– anjos e demônios e seus dramas existenciais –, aqui ou ali um fantasma pirado
para dar uma temperada nas coisas, e as comédias sobrenaturais. Porque, afinal
de contas, nem só de criaturas assassinas ou apavorantes vive o mundo
sobrenatural.
A
alta rotatividade de elenco de apoio também pode ser um fator que colabora para
o sucesso da série, pois sempre traz novos rostos e novos personagens à
história, e permite trabalhar o pequeno elenco fixo sem deixar ninguém de lado
ao longo da temporada, e sem colocar ninguém como figurante em cena – entendeu,
Once Upon a Time? Aprendam como é que se faz as coisas!
Por
exemplo: neste momento, o elenco fixo de Supernatural é constituído de cinco
atores: Jensen Ackles (Dean Winchester), Jared Padalecki (Sam Winchester),
Samantha Smith (Mary Winchester), Micha Collins (Castiel Winchester) e
Mark Sheppard (Fergus... Digo, Crowley!). Eventualmente, Ruth Connell também
aparece no papel da bruxa Rowena, que sempre foi mais recorrente do que fixa
nessa história. Sim, eu sei que o personagem Lúcifer também é fixo nessa
temporada, mas vários atores dão rosto ao diabo, então, não entra na conta.
E
claro, contribui muito para o sucesso a consistência dos personagens
principais. Dean com seu sarcasmo e carisma impagáveis; Sam com aquele jeitinho
“santo até que o conheçam”; Castiel com sua moral, sua ingenuidade e seu amor
platônico pelo Dean; Crowley com aquela postura “me respeitem que eu sou o rei
do inferno, mas sou legal demais para administrar aquela bagaça pessoalmente”;
e Rowena, a bruxa que tenta ser má, mas que se passa fácil por uma tia maluca
que faz bolinhos de chuva com sal em vez de açúcar e pimenta no lugar da
canela. Sim, eu a vejo como uma simpática tia meio doida. De mamãe Winchester
não há muito a ser dito, considerando que ela passou pouco tempo fixo na série.
Por enquanto ela está parecendo a mãe da Caroline Forbes, de TVD: a xerifona,
tentando entender como foi que o circo dos horrores invadiu sua cidade, mas
pronta pra briga, caso alguma entidade esquisita ameace suas crias. Ou por
aí...
Enfim,
Supernatural é o tipo de série que não dá para fazer a review de todas as
temporadas. Esporadicamente, pretendo resenhar alguns episódios aleatórios, mas
há alguns acontecimentos de episódios que não estão na minha lista de planos
para o blog, com cenas que valem muito a pena relembrar. Não necessariamente
nessa ordem.