O
que você faria se alguém depositasse por engano uma quantia milionária na sua
conta? A lei da honestidade manda devolver, afinal, o dinheiro não é seu,
certo? Mas e se você soubesse que esse dinheiro é sujo, e que como parte do
povo lesado pelo desfalque, tem todo o direito (ao menos, aquele direito
concedido pela porta dos fundos da moral) de ficar com ele?
Esta
parece uma questão pouco relevante, afinal, quem seria tão burro a ponto de
depositar milhões numa conta sem verificar direito se o número está certo?
Acredite ou não, um advogado formado em Harvard!
Claro
que essa não é uma história real. É o enredo de um filme nacional, de 2007,
dirigido por Bruno Barreto.
Fazendo
uma paródia com a corrupção no nosso país, Caixa
Dois conta a história de um banqueiro que pretendia lavar um dinheirinho
sujo na Suíça, mas no meio do caminho, os cinquenta milhões acabaram caindo na
conta da esposa de um de seus funcionários; diga-se de passagem: um funcionário
que tinha sido demitido naquela manhã!
O
filme brinca com alguns estereótipos (como a secretária gostosa, o milionário
corrupto, o trabalhador humilde e honesto), e coloca em xeque os valores éticos
de cada um. E de quebra, ainda levanta a polêmica sobre a diminuição das vagas
de emprego por causa dos avanços na informatização dos serviços.
E,
como estamos falando de uma comédia nacional, do mesmo diretor de O Casamento de Romeu e Julieta, nem
preciso dizer que é diversão garantida; e sem direito a estorno!
Sem
mais delongas, vamos ao filme: