Ano
passado, eu embarquei clandestinamente no Desafio Literário do Tigre, criado
pela Tati Lopatiuk, do blog Elvis Costello Gritou Meu Nome. Clandestinamente,
porque eu tinha certeza que iria pular alguns temas, mas acabou que – apesar de
alguns inevitáveis atrasos – cumpri os doze temas direitinho, e admito, aqueles
que eu estava mais na dúvida foram os que me renderam as melhores leituras.
Quando o desafio acabou, pensei que fosse me sentir aliviada, com aquela sensação
de dever cumprido – e realmente senti um pouco –, mas fiquei com um gostinho de
quero mais.
Por
isso, decidi embarcar na versão 2015 do desafio. Agora ele dobrou: dois livros
por mês, 24 temas, mas agora eles não são fixos – fica a cargo do leitor
escolher os temas do mês. Não sei se vou cumprir todos, mas vamos tentar.
A
escolha de “crônicas” para dar o pontapé inicial na brincadeira, admito, foi
para a leitura se ajustar a minha correria do mês – com tantas pendências que
ficaram de 2014, meu tempo para ler esse mês estava realmente escasso –, e como
as crônicas são curtas, a leitura flui com muito mais facilidade. Em coisa de
dois minutos você lê uma crônica inteira, então, era só deixar o livro num
canto na minha mesa, e naquele intervalinho de cinco minutos dava para ler duas
ou três. Quando vi, o livro já tinha acabado – e eu queria mais!
Claro
que eu tinha certeza que iria ficar com essa vontade de ler mais, já que o
escolhido da vez foi Diálogos Impossíveis, do Luis Fernando Veríssimo,
e ler Veríssimo nunca é demais – nem o bastante.
O
título Diálogos Impossíveis é
completamente autoexplicativo: são crônicas com diálogos que você nunca
imaginou, nem viu em nenhum outro lugar, como: uma mulher adulta que recebe
conselhos de seu ursinho de pelúcia – e convence o marido a aceitá-los também! –;
um padre que, na hora de oficiar um casamento, decide aconselhar os noivos a
pensarem melhor no que estão prestes a fazer; um homem que foi convidado a
cantar “aquela música” no velório de um amigo, mas ele não se lembra direito do
amigo, nem da tal música; um
entrevistador que parece parente da Velha Surda (Roni Rios, da Praça é Nossa) – ou o Chaves lendo a carta do
Professor Girafales para a Dona Florinda; e confesso que me encantou, de certo
modo, uma crônica intitulada “Geoffrey” – para quem gosta de primeiras
impressões criativas. Isto para citar só alguns exemplos do que recheia as
deliciosas páginas deste livro. Ele é curtinho, rápido de ler, as crônicas são
divertidas, surreais, algumas engraçadas, e com certeza, insuficientes para a
fome voraz de uma fã de seu autor.
Claro
que não se pode esperar menos de Luis Fernando Veríssimo.
Sobre
os outros temas do desafio, cá está a lista completa:
Vamos
ver se desta vez, também, eu consigo gabaritar a leitura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela visita!
E já que chegou até aqui, deixe um comentário ♥
Se tiver um blog, deixe o link para que eu possa retribuir a visita.